terça-feira, junho 10, 2014

Referência

O futebol também se faz de referências.
E Moreno é uma referência do Vitória.
Desde os escalões mais jovens que foi perceptível o gosto que este vimaranense tem em jogar no Vitória e o amor que tem ao clube e que vai muitíssimo para lá de uma simples relação profissional regida por um contrato.
Moreno não joga por amor à camisola(nenhum profissional o faz) mas joga com amor à camisola e isso é algo que merece realce a apreço por parte de todos os vitorianos.
As provas disso ao longo da sua carreira são muitas.
Mas esta disponibilidade evidenciada para ajudar a equipa B a subir do terceiro escalão à II liga merece especial destaque.
Porque Moreno, um consagrado da equipa A e com pergaminhos ao nível da I Liga, não teve problemas em ir jogar dois escalões abaixo para ajudar a equipa B do "seu" Vitória a alcançar o objectivo de subida e regressar ao escalão em que deve estar sempre.
E a forma como festejou a subida em nada o distinguiu dos jovens colegas de equipa em busca de um lugar ao sol.
Exemplar.
Moreno ainda tem mais alguns anos à sua frente para jogar pelo Vitória.
Mas um dia que termine a sua carreira é daqueles homens para os quais o clube tem de ter sempre um lugar nos seus quadros dirigentes ou técnicos.
Porque é com homens como ele que se constrói um Vitória maior e melhor.
Depois Falamos

11 comentários:

olheiro disse...

Concordo perfeitamente com o seu comentário hoje existem poucos jogadores como o Moreno que ajudou a equipa b a alcançar o seu objetivo da subida mas acho que deveria ter sido mais cedo mas parece-me que havia pouco interesse não dos jogadores esses sim lutaram sempre por isso mesmo aqueles que pouco jogaram mas basta ver ou ouvir as declarações das pessoas mas enfim isso são outras conversas hoje mais uma alegria a vitoria dos juvenis rumo a alcochete para sermos campeões e por fim uma noticia que ouvi e que me deixou triste a saída do Gonçalo um jovem que andou 12 anos de Rei ao peito e que para mim foi um dos melhores laterais esquerdos que passou pela formação do VSC não só pela sua atitude e garra que punha em campo isto sim é um jogador à VSC mas também pelos golos de livre que nos brindou se há jogadores que mereciam mais oportunidades este era um deles mas o futebol tem disto e continua o mesmo de sempre dá-se mais oportunidades a quem vem de fora dos que são formados no VSC e da geração das equipas do Luis filipe poucos restam no VSC por isso só tenho que desejar boa sorte a este míudo e em vez de um adeus espero que seja um até breve.

luis cirilo disse...

Caro olheiro:
os jogadores sempre quiseram subir e a disponibilidade de Moreno (mas também de Assis,Tomané e Josué)é a prova disso.
Quanto ao Gonçalo, jogador que sempre apreciei e por isso fiz regressar ao Vitória em 2012,tenho pena se vier a confirmar-se a saída. A verdade é que ele nestes dois anos teve pouca sorte especialmente com lesões.
Quanto ao restarem poucos das gerações preparadas por Luiz Felipe não me admiro. E mais não digo.

olheiro disse...

Sr. Cirilo esse seu "mais não digo" trás água no bico algo fica por dizer quanto ao Gonçalo concordo consigo quanto ás lesões mas mesmo assim depois de poder dar o seu contributo à equipa nunca mais foi aposta e se calhar faço como o SR. mais não digo.

luis cirilo disse...

Caro olheiro:
Um dia se saberá porque aconteceu o que aconteceu na equipa B desde janeiro de 2013.

Anónimo disse...

Caro Luis Cirilo
O pior é que quando se souber já é tarde ( sobretudo se continuarem com o " mais não digo " ).

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Nunca é tarde.

Anónimo disse...

Ai Sr. Luís Cirilo, se eu pudesse dizer o que sinto... se me permite, vou tentar.
Simplesmente estou farto de dizer sempre a mesma coisa com quem falo sobre o assunto. O futuro do Vitória não se faz só na equipa B. É um meio para atingir o fim, mas nunca será a solução final. É importante, sim senhor, mas os campeões fazem-se cá trás. Muito cá trás no tempo. Com certeza o Moreno não chegou a um nível de competição profissional se tivesse sido deixado permanentemente no banco a tirar ranhetas ou se não tivesse pais atentos a incentivá-lo nos maus momentos.
Se nós, Vitorianos, quisermos ser maiores do que aquilo que já somos, teremos encarar o futebol com uma indústria.
E aqui está tudo por fazer.
Há uma equipa profissional. Muito bem. Outra a limar arestas na II Liga. Boa. Está um complexo de milhões construído, graças à visão inteligente e futurista do Dr. Pimenta Machado. Fantástico. Um estádio de arrepiar. Soberbo! Mas a insatisfação perdura a cada final de época, sempre com as expectativas altas a ver quem chega para reforçar lacunas e começamos sempre qualquer competição, como aqui já alguém disse, com os adeptos mais motivados que os jogadores.
Como se o Vitória estivesse construído de cima para baixo, sem alicerces. É aqui que a máquina falha. Não haja dúvidas.
É preciso transformar o futebol como era o produto têxtil há 40 ou 50 anos.
Para sermos campeões começa-se desde o berço. Esse é o ponto de partida, o motor de arranque. A própria Cidade já nos aponta o caminho. Cidade Berço da Nação e, quiçá, Berço do Futebol das futuras estrelas nacionais.
Está tudo por fazer nos infantis, nos escalões jovens, desde os primeiros passos nas creches às escolas primárias. O início para o sucesso em qualquer modalidade dá-se por simpatia em qualquer modalidade e melhora-se com treino intensivo. Na repetição. Repetição incessante sem nunca esmorecer. O Ronaldo mostrou o exemplo a seguir para os jovens a partir de uma encosta íngreme do Funchal.
Primeiro haverá que escolher as pessoas certas para motivar os jovens. Aqui os ex-jogadores profissionais terão um papel preponderante. Teriam de ser escolhidos a dedo e, certamente, receber formação para desempenhar a tarefa.
Quantos talentos se perdem por falta de motivação por não haver a figura paternal de um treinador a ser posta em prática o seu saber acumulado numa competição local de futebol e que possa pôr milhares de miúdos do concelho a competir uns com os outros ao nível das freguesias e das escolas primárias? Eu diria, milhares se perdem nos primeiros anos de vida.
Teriam os génios de Ronaldo, Mozart ou Michael Jackson chegado onde chegaram sem um pai a motivá-los para lá do razoável? Não creio. É aqui que reside o segredo.

Anónimo disse...

(CONTINUAÇÃO DO MEU COMENTÁRIO ANTERIOR: «AQUI RESIDE O SEGREDO»...)
Afinal, o que é que queremos no futuro, Sr. Luís Cirilo? Ir ao Brasil, à Sérvia, à Argélia ou à Colômbia comprar o que não se faz cá? É isso o futuro? Nunca resultou no passado com brasileiros e não vai ser agora com colombianos ou marroquinos. Os melhores vão para o Porto, o Real ou Barcelona.
Os pais, a família, os párocos, os escuteiros e as rádios locais têm uma palavra a dizer. Sobretudo, a sensibilizar. Queremos que os miúdos aprendam a jogar futebol, a divertirem-se, a respeitar as regras, e se caso forem talentos, a maior parte deles fabricados à base de muito esfoço, se orgulhem mais tarde a ajudar o Vitória ou qualquer equipa no Mundo a atingir níveis de excelência nunca antes obtidos por outro jogador da Terra. E que o próximo seja melhor que o anterior e se lembre sempre de agradecer a quem lhe deu o ser.
Alguém acha que o caminho é pôr miúdos em casa a jogar computador e construir uma sociedade influenciável por jogos que acabam por desfazer os sonhos de enriquecer num qualquer casino? É o caminho para a perdição pessoal.
Só há uma fórmula a seguir. Os sonhos de amanhã, começam hoje e motivam-se diariamente. Desde o berço.
Fico fodido, a palavra é mesmo essa, FODIDO, de ver tantos campos de futebol vazios nas nossas freguesias, quando deveriam ser aproveitados para a formação dos mais pequenitos fora das competições oficiais. Se lá querem jogar, só se for na qualidade de apanha-bolas e só intervalos dos jogos! Afinal, essa infra-estruturas servem para treinar e jogar um ou outro jogo de uma competição que só serve para embevecer meia dúzia de aperaltados da terra.
É nisto que o Vitória tem de trabalhar, Sr. Luís Cirilo. Mudar mentalidades para formar campeões e nutrir as suas carências de talentos. O exemplo do Moreno, com todo o mérito, é apenas um factor de motivação. Nada mais.

Quim Rolhas

luis cirilo disse...

Caro Quim Rolhas:
Deixe-me felicitá-lo pela excelência do seu comentário que subscrevo integralmente.
É exactamente esse o caminho que o Vitória tem de trilhar se quiser ser tão grande como os maiores.
Aliás no projecto desportivo sufragado pelos associados em 2012 era claro que a opção era essa.
Uma grande aposta na nossa formação, uma aposta claríssima no futebolista português (formado por nós ou contratado noutros clubes fruto de um scouting altamente profissional)e recurso a estrangeiros muito esporádico e apenas para jogadores que fizessem a diferença relativamente aos que já tivessemos cá. E esse modelo era extensível ao basquetebol e ao voleibol. Curiosamente nessas duas modalidades de alta competição está a ser aplicado e com resultados bem animadores.
No futebol, por razões que não conheço na sua totalidade,é que foram sendo feitas alterações em relação ao projecto original nomeadamente na equipa B. Mas ,mais dia menos dia, o Vitória terá de voltar ao caminho inicial.

Anónimo disse...

Obrigado Sr. Luís Cirilo. Disse o que sinto e o que gostaria que acontecesse.
Para a minha terra e para a minha equipa, só quero e desejo o melhor. Confidenciei com o Senhor porque sei que o seu vitorianismo tem sentido e postura de Estado e, nessa medida, é o maior que eu conheço.
Repare só mais um exemplo. Semeei este ano, aqui perto da casa dos meus falecidos pais, uma cova de melões apimentados. Fiz tudo conforme as regras dos melhores produtores minhotos. Juntei e aprimorei uma técnica que fui anotando de especialistas de diversas localidades. Já vou na 8ª experiência anual consecutiva. Sei que em 10 melões, só terei sucesso garantido de 1 a 2 melões, no máximo, de grande qualidade porque o resto vai para dar de comer ao porco. Tomara que o futebol tivesse este ratio de sucesso. Contudo, acho ser possível criar ainda mais talentos com o que está feito e, sobretudo, com o que não é aproveitado.
É qie eu não regar todos os dias a minha plantação de melões, com cuidados permanentes de lhes tirar as ervas daninhas, acabo por só ver a crescer a rama e a ficar babado em sonhos com a produção do próximo ano.
Com o Vitória, passa-se a mesma coisa. Aquilo que a equipa fez durante os últimos 90 anos, não dá para um tipo como eu ficar babado. Quero mais. Todos anos, se quero ficar babado, só mesmo a criar melões.
Fala-se e tal, da Taça de Portugal. Memorável. Foi muito bom. Até se instituiu um dia de quase feriado municipal. Mas afinal o que é isso contribui para o muito que ainda falta ganhar? Se todos os clubes fizessem a mesma coisa, era dia santo todos os dias!
Estava ontem a ler o lema do autocarro da selecção nacional em terras brasileiras e, no que a nós diz respeito, devia estar escrito da maneira seguinte:'O passado é história, o futuro é o Vitória'
Era assim que devia de ser.

Quim Rolhas

luis cirilo disse...

Caro Quim Rolhas:
Não posso estar mais de acordo com aquilo que diz e a forma como olha para o futuro. E gostei muito do slogan do autocarro da selecção adaptadoao Vitória.