O caso da fábrica da Opel na Azambuja,com encerramento previsto para 31 de Outubro,é mais um exemplo paradigmático do que tem sido a relação do Estado português com as multinacionais que cá se instalam.
Isto tem a ver,sejamos claros,com governos do PS e do PSD !
Aqui a culpa não morre solteira.
A verdade é que quando essas empresas demonstram vontade de virem para Portugal tudo são facilidades; beneficios fiscais,incentivos económicos, isenções de taxas,enfim,cenários perfeitamente apeteciveis.
Esquecendo-se a salvaguarda dos direitos e dos empregos de quem nelas trabalha,olvidando-se a necessidade de as comprometer(em alguns casos pelo menos) a um determinado prazo de laboração no país,não as vinculando a penalizações quando resolverem de um momento para o outro irem embora.
Este caso é igual,ou idêntico,a muitos outros casos que tem surgido nos ultimos anos em empresas estrangeiras que se estabeleceram em Portugal e que,ao menor sinal de noutros lugares poderem usufruir de ainda melhores condições,tratam de fazer as malas,despedir os trabalhadores e ala que se faz tarde.
É o capitalismo selvagem na sua mais pura expressão.
Que trás por consequência os despedimentos selvagens,o desemprego,a miséria,o agravamento das condições sociais em que vivem muitos e muitos portugueses.
E um despedimento,individual ou colectivo(sim porque o colectivo mais não é do que a soma dos despedimentos individuais com a natural especificidade de cada caso),feito nestas condições,sem salvaguardar direitos,com absoluto desprezo pela necessidade de quem trabalha,assente muitas vezes em justificações ridiculas e mentirosas,é um acto repugnante,atentório dos direitos das pessoas e demonstrativo da "bestialidade" de quem imbuido do direito de decidir o faz desta forma.
É necessário,neste e noutros casos,demonstrar bem o direito á indignação.
Neste caso lançando uma campanha nacional de boicote á compra de veiculos Opel.Que vão vender carros para os tais novos mercados...
Noutros casos impedindo que quem decide mal...continue a decidir !
Depois Falamos
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