Páginas
terça-feira, junho 30, 2009
As Listas (1)
segunda-feira, junho 29, 2009
sábado, junho 27, 2009
Que Vergonha !
Mas calar-me seria pactuar com alguma escumalha que parece querer tomar o Vitória de assalto. E com gente dessa não pactuo.
Em primeiro lugar quero manifestar total solidariedade pessoal e clubistica com Emílio Macedo da Silva e Pedro Xavier.
Que são pessoas de bem e não mereciam o que se passou ontem.
Nem eles nem os restantes membros dos órgãos sociais.
Porque o Vitória,então,é que não merecia de certeza absoluta ver a sua imagem digna e honrada ser maculada por uns gandulos indignos de fazerem parte da família vitoriana.
Podemos gostar ,ou não, da forma como Pedro Xavier exerce a presidência da assembleia geral.
Mas os que não gostam não tem por isso o direito de o insultarem como ontem se viu.
Podemos apoiar, ou não, a forma como Emílio Macedo preside ao Vitória, as decisões que toma,as posturas que assume.
Mas isso não dá a ninguém o direito de o insultar,achincalhar e até tentar agredir !
Podemos estar a favor ou contra a proposta de prorrogação do contrato com as águas do ave.
É para isso que existem assembleias gerais.
Para discutir os problemas do clube.
Mas isso não dá o direito aos que estão contra de passarem o tempo a insultar os que estão a favor bem como o de colocarem a causa a honradez e seriedade da direcção que levou a proposta á assembleia.
Até porque existem as votações para os sócios decidirem o que querem.
Sempre assim foi.
Ontem o Vitória viveu uma noite muito triste.
Em que duas dúzias de energumenos,malcriados e sem hábitos de convivência com a divergência de opiniões, transformaram uma assembleia geral num espectáculo lamentável que todo o país vai ver.
Admiro a paciência de Pedro Xavier em ter levado a assembleia até ao fim.
Provavelmente devia tê-la interrompido quando os arruaceiros deixaram perceber no que aquilo ia dar.
Louvo Emílio Macedo pela serenidade.
E por ter tentado,apesar de tudo,responder aos sócios de forma cordata.
Quando,quer os arruaceiros quer alguns oradores que foram ao púlpito com uma agressividade (para não lhe chamar ódio num ou noutro caso...) absolutamente despropositada,mereciam era o desprezo do silêncio.
Os comportamentos lamentáveis desses indivíduos, infelizmente portadores de cartões de sócio, são uma ofensa ao Vitória.
Porque ao ofenderem e achincalharem os orgãos sociais revelam o profundo desprezo que tem por quem os elegeu.
E pela instituição.
Espero,em defesa do bom nome do clube,que os orgãos jurídicos do Vitória não existam apenas para ocuparem uma mesa na assembleia geral.
Há gente indigna de fazer parte da família vitoriana.
Ontem,á saída do pavilhão,vi alguns "velhos" vitorianos com lágrimas nos olhos.
Envergonhados com a imagem que o clube estava a dar por culpa dos gandulos referidos.
Que ,nalguns casos,com meia dúzia de meses de sócios e pagando uma quota mensal de onze ou doze euros já se acham donos do clube e com o direito de insultarem tudo e todos.
Estão enganados.
E provar~lhes isso é o grande desafio que se põe aos verdadeiros vitorianos.
Para que noites como a de ontem nunca mais se repitam.
Depois Falamos
sexta-feira, junho 26, 2009
Os da IX
E que de alguma forma desmentem certas imagens que se pretendem colar aos políticos como autênticas etiquetas.
Já aqui falei,anos atrás, dos deputados eleitos pelo PSD na IX legislatura.
Aquela que teve como primeiros ministros Durão Barroso e Santana Lopes.
E que acabou mal.
Com o então presidente a dissolver um Parlamento em que existia uma maioria sólida e coesa.
Originalidades á portuguesa.
Nessa legislatura,como em todas as outras,formou-se um grupo parlamentar heterogéneo com gente vinda de quase todos os distritos,de profissões variadas,com percursos partidário diversos.
Muitos nem se conheciam.
Quis o destino,contudo,que também por força das circunstancias se criassem entre muitas (não todas) pessoas laços de amizade e afinidades que ultrapassavam naturalmente as diferenças pessoais e politicas.
Tudo isto para dizer que nos recusamos a ser "dissolvidos" como o foi a IX Legislatura.
E periodicamente continuamos a reunir o nosso "plenário".
Duas vezes por ano,á mesa como bons portugueses,lá vamos pondo a conversa em dia.
Uns permanecem na Assembleia.
Outros talvez para lá voltem.
Outros nunca voltarão.
Mas ficaram os laços,ficou a amizade,ficou o interesse pela politica.
E prova de que se pode estar na politica para além dos interesses.
Depois de convívios gastronómicos em Lisboa,Gaia,Estremoz,Águeda e Viseu lá estivemos no passado dia 20 em Braga.
Apareceram uns,não apareceram outros, as coisas são mesmo assim e há compromissos pessoais que são impeditivos.
Mas está provado que os PSD's da IX não são fáceis de dissolver.
Porque já está a terminar a X Legislatura.
E a 24 de Outubro,já em plena XI legislatura, os da IX lá estarão em Alcobaça para mais um convívio politico/gastronómico.
Porque a vida continua.
Depois Falamos
E continua...
O Rei e o Presidente
O Sr Presidente da República, personalidade sobejamente conhecida pelo seu perfil institucional e pelo rigor de que reveste todas as suas atitudes, veio a Guimarães presidir ás comemorações dos 900 anos do nascimento de D.Afonso Henriques.
O que constituindo uma honra para todos os vimaranenses, que não esquecem nunca que a residência ofial dos presidentes da república no norte é o Paço dos Duques de Bragança,é também a confirmação de que ninguém leva a sério algumas tentativas que por ai andam de reescrever a História de Portugal.
D.Afonso Henriques nasceu em Guimarães.
Aqui foi baptizado, daqui partiu á construção de Portugal.
Se Viseu, e uma ou outra cidade,precisam de referências históricas basta consultarem os almanaques.
Continuam a existir portugueses ilustres de que não se conhece a naturalidade.
Podem sempre adoptá-los.
Depois Falamos
quinta-feira, junho 25, 2009
Era Feroz...
Vitor Paneira
Como se previa...
Curiosamente pela mesmíssima razão.
Falta de respeito dos seus ex treinadores pela entidade patronal.
Primeiro foi Jorge Jesus, que curiosamente tal como Cajuda, treinara no Minho os dois maiores clubes da sua carreira de mais de vinte anos até se transferir para o Benfica.
Com contrato assinado, uma época para ser planificada, um clube que contava com os seus serviços face a um compromisso livremente assumido de tudo fez tábua rasa quando de Lisboa lhe acenaram com uma proposta que acredito irrecusável.
Foi para o Benfica.
Por quanto tempo logo se verá.
Mas deixou “feridos” um clube, uma direcção e uns adeptos que sempre o tinham tratado bem.
Quando o encantamento pelo SLB terminar, e os treinadores lá não costumam durar mais de uma ano, voltará ao seu mundo.
O mundo real de um treinador da sua dimensão.
E então será tempo de avaliar os danos colaterais da forma como abandonou o Sporting de Braga.
Manuel Cajuda não é um caso muito diferente.
Vitória e Braga foram, até á data, os melhores clubes que treinou numa carreira já bastante longa.
Em Braga foi um treinador de sucesso.
Com algumas polémicas á mistura.
Chegou a Guimarães a meio de uma época terrível, com o clube na II Liga e poucas perspectivas de subir, e com um trabalho notável (a par de um estranho hara quiri do Rio Ave) conseguiu a subida de divisão.
Contrariamente ao que alguns esperavam o facto de ser muito conotado com o velho rival não obstou (como não obstara com Quinito anos atrás) a que se transformasse num ídolo para todos os sócios e adeptos do clube.
Essencialmente porque devolvera o Vitória a um escalão de onde nunca deveria ter saído.
O ano seguinte foi também ele de glória com o apuramento para a pré eliminatória da Liga dos Campeões (que só não foi apuramento directo porque os árbitros não deixaram) e um excelente terceiro lugar no campeonato.
Contrariamente ao que se esperava foi o princípio do fim confirmando o velho provérbio romano de que do Coliseu á rocha Tarpeia vai um pequeno passo.
Divergências com a direcção, praticamente desde a pré temporada, á volta da formação do plantel, dos reforços e dispensas e da estruturação da época.
Depois, quando toda a gente via que o plantel estava mais fraco, um conjunto de declarações a soarem a falso quer quanto á valia dos jogadores de que dispunha quer quanto a quem fazia ou não falta.
E assim foi a época toda.
Perdida a ida a´Champions, perdida a fase de grupos da Uefa, eliminados da taça da Liga e da taça de Portugal (em casa frente ao Amadora) com um campeonato muito abaixo das expectativas percebia-se que o ambiente entre treinador e direcção estava muito longe de ser o melhor.
Em Janeiro, quando o clube faz um sério esforço de reforçar a equipa, assiste-se a inacreditáveis declarações do treinador sobre a “porcaria” (sic) que já tinha no plantel a par da recusa em aceitar reforços propostos pela direcção.
Silvestre Varela, então no Amadora e já contratado pelo Porto, é o exemplo mais chocante.
Outros houve.
Até ao final de época foi sempre assim.
Entrevistas equivocas, declarações por meias palavras, muitos subentendidos, cartas aos jornalistas todo um adensar das divergências com a direcção.
A tudo Emílio Macedo resistiu com uma paciência que não é por demais louvar.
Outros há muito que teriam “explodido”.
Mas tudo tem um limite.
E a entrevista a “O Jogo” é deselegante para com o presidente, abusiva para com a direcção, desrespeitosa para com o clube.
Cajuda, funcionário do Vitória, não tinha na sua esfera de competência o pronunciar-se sobre decisões da direcção, gestos do Presidente, clausulas que não tinha exigido para o seu contrato.
Se não exigiu, ao celebrar contrato com a direcção de Vítor Magalhães, prémio de subida terá sido porque não acreditava que naquela época ainda fosse possível subir.
Não lhe retira o mérito de o ter conseguido mas esvazia todos os discursos que fez sobre o assunto dizendo que sempre acreditou.
A rescisão de contrato é a decisão que melhor defende os interesses do Vitória.
Porque era completamente inaceitável manter como treinador alguém que ainda antes da pré temporada já reincidia nas provocações a quem foi eleito, pelos sócios, para dirigir o clube.
Tenho pena, por tudo que fez pelo Vitoria, que Cajuda tenha saído desta forma.
Mas foi ele que escolheu a porta de saída.
Pequena!
BOLA CHEIA
Nelson Évora e Naide Gomes
Dois atletas portugueses, de nível mundial, que nos recentes europeus voltaram a conquistar triunfos para o nosso país.
Num país em que nos últimos tempos só se ouve falar de Ronaldo é bom constatar a existência de outros desportistas portugueses de sucesso.
BOLA VAZIA
Com a pré temporada prestes a começar para alguns clubes continua sem se saber qual o quadro de clubes participantes na I Liga.
Adensam-se as interrogações sobre Amadora e Setúbal entre outros.
Só mesmo em Portugal!
quarta-feira, junho 24, 2009
A Loira
E um aviso.
Em entrevista ao Jornal i Luis Filipe Menezes apelidou Pacheco Pereira de " a loira do PSD".
E fundamentou.
Muito bem do meu ponto de vista.
O jornal utilizou,dentro de um respeitável critério editorial, essa frase como titulo para a entrevista com chamada na primeira página.
O visado, expoente em pregar democracia e moral para os outros, tinha dado ao mesmo jornal uma entrevista para ser publicada nos próximos dias.
Só que,como verdadeira "prima dona" ofendida,não gostou do titulo da entrevista de Luis F.Menezes.
Vai daí proibiu o jornal de publicar a sua própria entrevista!
Vê-se assim qual o seu conceito de democracia e liberdade de expressão.
Não gosta... proibe !
Há determinados politicos cujo verniz democrático é excessivamente fino...
Ou por outras palavras,como aqui se tem dito noutras ocasiões,há gente cujas origens marxistas-leninistas são impossiveis de esconder.
Depois Falamos
terça-feira, junho 23, 2009
segunda-feira, junho 22, 2009
1109 ? 1111 ?
Nomeadamente através da leitura dos quatro semanário locais de informação geral.
Foi assim que tomei conhecimento de dois factos.
Um a decisão de festejar este ano os 900 anos do nascimento de D.Afonso Henriques.
O outro sobre a polémica (?) com Viseu acerca do lugar de nascimento do primeiro Rei.
Devo dizer,para não perder mais tempo com ninharias,que acho completamente ridicula a tese defendida por um historiador de... Viseu sobre o facto.
Nunca nada apontou para aí.
Nem documentos,nem tradição,nem qualquer vestigio histórico.
É uma vergonha, e um oportunismo baixo e desprezivel,vir-se agora pôr em causa o local que ao longo de quase novecentos anos de História foi comummente apontado como o berço do Rei e da
Pátria.
Passemos ao importante.
Referi linhas atrás os quase novecentos anos de História por uma simples razão:
Não compreendo aonde foi a excelsa Câmara de Guimarães buscar a data de 1109 como a data de nascimento de D.Afonso.
Dando de barato que não é provável que um dia seja exibida a certidão de nascimento do Rei (a não ser por um qualquer Indiana Jones de Viseu...) temos de ,como em relação ao local do nascimento,acreditar na tradição e na data passada de geração em geração.
Que é 1111 !
Sempre foi essa a data que constou da História de Portugal.
Escrita e confirmada por ilustrissimos historiadores.
Tem pois muita razão o dr Barroso da Fonte quando se indigna,como o tem feito nas páginas do "Noticias de Guimarães" ,quanto a esta antecipação de dois anos do aniversário.
Quando se sabe que Guimarães festejou,com pompa e circunstância, os 800 anos do nascimento do Rei.
Em 1911 !
Acho que com a vinda a Guimarães do Presidente da República para participar nas comemorações está criado,de alguma forma, o acto consumado.
Mas , apesar disso, entendo que as forças politicas locais deviam exigir da Câmara uma explicação cabal para estas curiosas coincidências:
De em ano eleitoral atribuirem a medalha de ouro da cidade a ... D.Afonso Henriques (patético do meu ponto de vista)e simultâneamente "descobrirem" uma nova data para o seu nascimento.
Há aqui qualquer coisa que não bate certo.
Depois Falamos
sexta-feira, junho 19, 2009
Já ?
quinta-feira, junho 18, 2009
Eleições Simultâneas ?
Já aqui escrevemos noutra ocasião sobre a hipótese,agora a ganhar novamente possibilidades de ser real, de as eleições autárquicas e legislativas serem no mesmo dia.
Com os argumentos de que os eleitores sabem distinguir eleições e de que o país pouparia dinheiro com a realização simultânea.
Também já aqui escrevi que foi uma pena não ter sido possível fazer coincidir europeias e legislativas que me pareciam,essas sim,perfeitamente compatíveis.
Vamos então por partes:
É mais económica a realização simultânea ?
Será.
Mas a democracia tem custos que vale a pena suportar.
Porque mais económico seria...não fazer eleições e é por esse caminho que essa lógica nos leva.
As pessoas sabem distinguir os actos eleitorais ?
Sem dúvida.
Mas cada eleição,além de uma dignidade própria que deve ser respeitada,tem um fim objectivo que neste caso é bem diferente.
Porque uma trata da eleição do parlamento e do governo.
Tem uma lógica.
A outra visa eleger autarcas.
É uma lógica completamente diferente.
Com eleições no mesmo dia,para além de uma tremenda confusão de materiais de campanha,vamos assistir á evidente sobreposição do debate nacional em relação ao debate local com óbvio prejuízo para o esclarecimento global dos eleitores.
Pior:
PSD e CDS concorrem coligados em muitos municípios.
Lisboa, Sintra, Gaia, Porto, entre outros.
Por acaso os quatro maiores.
Com eleições no mesmo dia como se faz a campanha ?
De um lado da rua de braço dado para uma vitória comum e do outro lado da rua, separados, em busca da melhor votação para cada uma das listas de deputados ?
E nos comícios ?
Por exemplo em Lisboa.
Das 10 ás 11 a dra Ferreira Leite e o dr Paulo Portas aparecem juntos a apoiar a candidatura autárquica do dr Santana Lopes e das 11 á meia noite cada um vai para um espaço diferente com os respectivos apoiantes lutar pela melhor votação nas legislativas ?
Enre muitos outros problemas que uma data comum gera.
Sejamos claros:
Eleições autárquicas e legislativas no mesmo dia só interessam a quem tem uma visão da politica demasiado economicista ou a quem ,não gostando de fazer campanhas eleitorais , pensa que juntando as eleições evita a maçada de ter de fazer duas campanhas.
É o chamado dois em um !
Sejamos francos:
Portugal Merece Melhor.
Depois Falamos
Três Casos Exemplares
Especialmente face ás tropelias de que são alvo perante os vários poderes instituídos.
A maioria saberá que sou adepto do Vitória de Guimarães, incondicional, mas daqueles que querendo ganhar sempre no terreno de jogo ao Sporting de Braga entende que no resto os dois clubes tem de manter um relacionamento e uma cooperação exemplares.
O que, infelizmente, nem sempre tem acontecido.
Os casos que vou aqui citar hoje, nada tendo aparentemente a ver com os dois clubes, encerram em si lições que são importantes serem assimiladas.
Ainda que á nossa escala.
O primeiro exemplo prende-se com a transferência de Ronaldo para o Real Madrid.
Tenho lido, visto e ouvido tanta coisa sobre o assunto que sinceramente não percebo o que se passa.
Parece que não existe mais nada de que se possa falar.
Jornais, rádios, televisões, governos, parlamentos, Igreja, sindicatos eu sei lá.
Tudo a falar das verbas envolvidas por comparação com outras realidades infelizmente bem difíceis que se vivem no mundo.
Como se uma coisa tivesse directamente a ver com outra.
Do que poucos falam é da genial manobra de marketing de Florentino Perez que tem literalmente o mundo inteiro, há oito dias, a falar do Real Madrid!
Alguém imagina qual é o retorno disso em termos publicitários?
Ou as verbas astronómicas que o Real vai facturar, especialmente na Ásia?
A grande lição deste negócio é que quando há engenho, e um mínimo de sustentabilidade,até o que parecem megalomanias podem ser excelentes negócios.
Preciso é saber.
O que nos leva direitinhos ao segundo exemplo.
Um jogador chamado Cissokho.
Que veio directamente da II Liga francesa para o Vitória de Setúbal.
Onde jogou cinco meses, toda a gente o viu (ainda por cima numa posição tão carenciada de bons valores) mas só o Porto se interessou pela sua contratação.
Pagou trezentos mil euros por ele, um valor quase ridículo, e pô-lo a jogar na imensa montra que é a Liga dos Campeões onde o jovem francês agarrou bem a oportunidade.
Foi agora transferido para o colosso Milan por quinze milhões de euros.
Atendendo ao palmarés de ambos é um valor quase idêntico ao de… Ronaldo.
E aqui está a segunda lição.
Os dirigentes de Vitória e Braga têm de olhar com mais atenção para o que lhes passa debaixo dos olhos.
Porque as grandes contratações, que potenciam grandes negócios, nem sempre estão em paragens longínquas.
Quantas vezes podem estar no mesmo campeonato ou até na Liga inferior.
Hoje, como sempre, no comprar barato para vender caro pode estar o futuro dos clubes.
Terceiro, e inesquecivel, exemplo trazido pelos dias que correm.
A forma vergonhosa como o Benfica se comportou com o Sporting de Braga ao longo de todo este caso Jorge Jesus.
Treinador de um clube da mesma Liga, com contrato para o futuro, nem isso impediu os dirigentes benfiquistas de um assédio a lembrar o dos senhores feudais aos pobres servos da gleba.
Falaram com o treinador, estabeleceram acordo, programaram a próxima época como se o Braga não existisse e os contratos não tivessem qualquer valor.
A lembrar os tempos de Vale e Azevedo.
Uma vez mais.
E esta é a terceira e mais importante das lições.
Não vale a pena,mas não vale mesmo, Vitória e Braga acreditarem na amizade dos chamados grande clubes.
Seja o Benfica ou o Porto.
Porque eles de nós só querem o que lhes dá jeito.
E na primeira oportunidade deixam-nos a falar sozinhos.
BOLA CHEIA
António Salvador
Noutras ocasiões tenho criticado atitudes suas.
Hoje reconheço-lhe o mérito de se ter dado ao respeito e obrigado o Benfica a respeitar o Braga.
A “golpada” foi feita.
Mas por ela pagaram o que estava estipulado.
E ver um “grande” a vergar a coluna é sempre agradável.
BOLA VAZIA
Jorge Jesus
Cumpriu um sonho legítimo e vai treinar, durante algum tempo, o Benfica.
Mas sai com a imagem como profissional de rastos.
Porque foi ingrato com um clube que o tratou bem.
E quando o sonho SLB acabar (e vai acabar seguramente mais dia menos dia) verá que muitos clubes passarão a evitá-lo.
Porque o mau exemplo que deu vai perdurar na memória dos dirigentes
O Lobo Mau
quarta-feira, junho 17, 2009
T.G.Viu-se...
terça-feira, junho 16, 2009
Estratégia Real
E do seu presidente.
Podemos ter a opinião que tivermos sobre as verbas envolvidas na aquisição de Ronaldo conforme o ângulo de apreciação pelo qual quisermos ver o assunto.
Podemos ter as mais legitimas dúvidas sobre se este projecto "Galácticos Parte 2" vai ter o sucesso desportivo que se exige a um conjunto de valores como o que está a ser reunido no "Santiago Bernabéu".
É legitimo pensarmos que Ronaldo, Káká, mais os que virão somados aos que já lá estão ,vão ter dificuldades em atingir o nível exibicional e a eficácia da grande equipa do Barcelona.
Mas uma coisa é certa.
Florentino Perez conseguiu pôr o mundo inteiro a falar do Real Madrid !
E das suas aquisições milionárias.
Nos últimos oito dias as televisões,rádios,jornais de todo o mundo tem dedicado largos espaços ao clube madrileno.
Até parlamentos e governos se tem pronunciado sobre os valores da transferência de Ronaldo.
E isso tem um retorno,em termos publicitários e financeiros,difícil de quantificar.
Mas de muitos milhões seguramente.
E por aí já o Real começa a rentabilizar as suas aquisições.
É tudo uma questão de negócio.
E de saber fazê-los.
O que dispensa leituras,tão simplistas quanto oportunistas,sobre este tema.
Por mim espero que em Espanha o Barça continue a ganhar.
Mas reconheço a Florentino um génio inigualável para os grandes negócios.
Que nem sempre (veja-se os "Galácticos Parte 1")tem correspondência desportiva.
Depois Falamos
segunda-feira, junho 15, 2009
Democraciazinha
domingo, junho 14, 2009
Pouca Vergonha !
O Purgante
sexta-feira, junho 12, 2009
quinta-feira, junho 11, 2009
Ronaldo Madrid
Um coisa é certa:
Que Selecção ?
Terminou nos relvados, é claro, porque na secretaria promete continuar por mais uns tempos com os infindáveis processos jurisdicionais respeitantes a épocas há muito terminadas.
E um pouco ao arrepio do resto do texto não posso deixar de manifestar a minha perplexidade por este estranho facto:
As grandes polémicas na arbitragem são sempre em volta dos jogos de Porto, Benfica e Sporting.
Televisões, comentadores, jornais é um nunca mais acabar de discutir as arbitragens, semana após semana, com base nos “gravíssimos” erros dos árbitros.
Mas depois quem desce por corrupção é o Vizela, o Gondomar e afins.
Qualquer coisa não bate certo.
Adiante…
Voltando á selecção, agora que vai ter dois meses de pausa antes dos jogos decisivos com Hungria e Dinamarca, apetece perguntar como é possível nesta fase estar com o apuramento tão tremido.
Porque o grupo não ganha certamente e o segundo lugar, mesmo que lá chegue, impõe um play off que estará muito longe de poder ser visto como “favas contadas”.
Se a isto acrescentarmos uma equipa que nesta fase de apuramento ainda não produziu uma única exibição na linha daquelas a que nos habituara nos últimos anos as razões de preocupação são cada vez maiores.
Creio que as razões para tudo isto são, do meu ponto de vista, relativamente fáceis de explicar.
Bem mais difíceis de resolver!
Em primeiro lugar, e essencial, a qualidade dos jogadores seleccionáveis baixou de forma clara.
Porque embora se mantenham Ronaldo, Deco, Ricardo Carvalho, etc. a verdade é que faltam lá outros.
Desde logo Figo.
O melhor jogador português desde Eusébio e que durante tantos anos deu á selecção um talento e uma qualidade exibicionais que ainda não foram devidamente substituídos.
Mas também Rui Costa, outro talento de excepção, e Pauleta o melhor marcador de sempre da equipa de todos nós.
E esses três jogadores fazem uma diferença monumental.
Mas há outros:
Maniche que foi durante anos um jogador de altíssimo rendimento, com a especialíssima qualidade de ser um especialista em fases finais, Jorge Andrade cujas lesões o afastaram prematuramente do núcleo duro e Vítor Baia que o Sr. Scolari estupidamente afastou da selecção no ano em que foi considerado o melhor guarda redes europeu!
Ainda hoje considero que com Baia teríamos ganho o Euro 2004.
A ausência desses jogadores, a que com justiça se pode juntar Fernando Couto, privou a selecção de qualidade futebolística mas também de dois outros factores essenciais:
Liderança dentro do campo e hábito de ganhar.
Couto, Figo, Baia, Rui Costa eram jogadores que no terreno de jogo e no balneário tinham claro ascendente sobre os colegas e funcionavam como verdadeiros porta vozes do treinador no decorrer dos jogos.
Hoje ninguém faz isso na actual selecção.
Por outro lado a chamada “geração de ouro” transportava consigo o hábito de ganhar na selecção. Desde os escalões jovens.
Hoje cada vez ganhamos menos nas competições internacionais de selecções e isso priva os jogadores desse saudável hábito.
Finalmente a mudança de treinador ainda não foi totalmente assimilada pelos jogadores e adeptos.
Para mim, que nunca fui um entusiasta de Scolari, era evidente que o treinador brasileiro tinha pelo menos dois méritos:
Criava grupos de trabalho muito coesos (quantas vezes á custa de convocatórias incompreensíveis…) e uniu os portugueses á volta da selecção.
Para além disso tinha sorte.
Muita sorte.
Queiroz ainda não acertou no seu “núcleo” duro e é olhado com muita desconfiança pelos adeptos. Para além de ser um azarento.
Aquilo a que na gíria se chama um “pé frio”.
Quem viu o Portugal-Dinamarca em Alvalade, por exemplo, sabe do que estou a falar.
Tudo isto, somado, leva-nos a agarrar na calculadora com desespero.
Sendo minha convicção, infelizmente, que não vamos conseguir estar no Mundial de 2010.
Oxalá esteja enganado.
BOLA CHEIA
Vitória
É uma modalidade menos conhecida, que se disputa quase em circuito fechado, mas que dá títulos.
E o Vitória acaba de se sagrar bi campeão nacional de kickboxing.
A juntar a títulos europeus e mundiais de alguns atletas seus.
E assim, serenamente mas com muito mérito, o clube vai construindo um palmarés eclético que honra os seus adeptos e dirigentes.
BOLA VAZIA
Benfica:
Independentemente de simpatia ou antipatia pelo clube todos reconhecemos que o Benfica é uma grande instituição desportiva deste país no qual se revêem milhões de portugueses.
Por isso é de lamentar o triste exemplo dado pelos seus dirigentes com esta antecipação de eleições.
Porque o que lhe está subjacente não é a afirmação de um projecto mas apenas o manter o poder a qualquer preço.
E quando o adversário temido é o “Dragão de Ouro” José Veiga percebe-se até que ponto chegou o desnorte!
quarta-feira, junho 10, 2009
Olhar em Frente
Terminada nos terrenos de jogo, porque na secretaria é outra história, a temporada 2008/2009 os clubes começam já a preparar-se para a próxima época futebolística.
Treinadores e jogadores estão, pois, na ordem do dia.
No Vitória, aquele que de facto nos interessa, apenas de jogadores se faz o quotidiano das notícias uma vez que tudo indica que Manuel Cajuda irá cumprir o seu contrato até ao fim.
Tendo ainda bem presentes todas as peripécias do final da época passada, em que vimos sair jogadores que não viriam a ser cabalmente substituídos, mas acreditando que a direcção terá apreendido com alguns erros vamos então dedicar-nos aquele que é o exercício preferido de muitos vitorianos nesta época do ano:
Idealizar o plantel de 2009/2010.
Na baliza, e uma vez dispensado (bem) Nuno Santos restam Nilson e Serginho.
Com a subida a terceiro guarda-redes do actual titular dos juniores que parece ter “pinta para o lugar.
Problema resolvido embora não fosse descartável a saída de Nilson, perante uma boa proposta, e a contratação de outro guarda redes.
Por exemplo Moreira que estará de saída do Benfica.
Nas laterais, com o lado esquerdo preenchido por Milhazes e Mendieta, há uma vaga no lado direito para acompanhar Lionn.
Isto perante a provável saída de Andrezinho.
Se se confirmar a vinda de Alex, e o valor atribuído a Mendieta, penso que estaremos muito bem nas laterais.
No centro de terreno parecem-me indiscutíveis as permanências de Moreno e Sereno, a saída de Danilo, e a opção por transferir Gregory.
Assim sendo necessitaremos de dois bons centrais.
No miolo com Flávio, Custódio e a ascensão do jovem Dinis estaremos com a posição de trinco muito bem preenchida.
Ainda por cima todos portugueses” feitos” no clube.
Com Nuno Assis, João Alves, Desmarets e Fajardo teremos o meio campo bem coberto não sendo, contudo, de excluir a hipótese de contratar um número 10 para ser alternativa a Assis.
Cristiano, do Paços de Ferreira, parece-me ser uma excelente alternativa.
E depois o ataque.
Com a contratação do americano Hill, bem referenciado mas incógnita, e a continuação de Marquinho teremos dois lugares preenchidos.
Regressando Targino, de preferência para jogar e não para ter problemas com Cajuda, fica ainda assim em aberto vaga para um extremo esquerdo que poderia muito bem ser Marinho da Naval 1º de Maio.
Pessoalmente gosto muito de o ver jogar.
E rematar.
Finalmente os pontas de lança.
Com enorme esperança num Douglas a 100% ,e na evolução de Santana Carlos que me parece bom jogador, ficam duas incógnitas.
Roberto que parece ter boas propostas de um país asiático e Cícero que nestes meses não mostrou… nada!
Talvez Roberto seja de transferir e Cícero ter a oportunidade, até Dezembro, de mostrar o que vale.
Em qualquer dos casos parece-me inevitável a contratação de um ponta de lança.
O nome de Jorge Gonçalves, actualmente em Santander, parece-me uma escolha interessante embora não seja um goleador puro.
Claro que nestas contas já não entram nomes como Luís Filipe, Carlitos ou Wénio.
Ou melhor, espero que não entrem!
Penso, face ao atrás exposto, que o Vitória terá condições para preencher as lacunas do plantel através do recurso ao mercado interno ou contratando jogadores portugueses actualmente no exterior.
Porque apostas em mercados exóticos, em jogadores de que nunca ninguém ouviu falar, ou em craques do vídeo, parecem-me totalmente de evitar.
Nota final para desejar, sinceramente, que o Vitória saiba aproveitar já, ou daqui a pouco tempo, a excelente fornada que os seus escalões de formação lhe estão a oferecer.
É que estou farto de ver preterir jovens portugueses para serem dadas oportunidades com fartura a jovens brasileiros e de outras nacionalidades que por cá aparecem.
E Lucas , Jussane, Dinis, Diogo, Rafael, Vítor Bastos, Cristiano, entre outros “exigem” que lhes seja prestada atenção.
Basta de asneiras nessa matéria.
De que os dois anos de banco e bancada de Tiago Ronaldo são o pior dos exemplos!