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As Listas (1)


Fazer listas de candidatos a deputados deve ser das tarefas mais difíceis que se oferecem a um líder partidário.
Porque por maior que seja a vontade de acertar,por maior que seja o espírito de justiça com que se elaboram ,por melhores que sejam os critérios aplicados a verdade é que não existem listas perfeitas.
Nem modos infalíveis de as fazer.
Já participei em processos desses e bem sei o quanto ingratos são !
Daí entender que salvo qualquer critério ou escolha absolutamente inaceitáveis é necessário olhar com alguma tolerância e compreensão a difícil tarefa de escolher os candidatos a deputados para a XI Legislatura.
Exigindo-se á líder , e aqueles com quem partilhará a tarefa, apenas o bom senso de escolherem de forma a não fracturarem o partido com base em exclusões que dificilmente poderão ser compreendidas.
Pelos militantes e pela opinião pública.
Isso significa,claramente, fazer listas tão abrangentes quanto possíveis dentro de um necessário espírito de renovação mas também ouvindo as estruturas do partido e as suas sugestões.
Achei deploráveis,neste enquadramento da questão, as declarações de Alexandre Relvas preconizando o afastamento de Pedro Passos Coelho.
Desde logo porque Relvas não tem sequer estatuto para proferir tais "sentenças".
Do que ao partido deu,até hoje, a História ainda não regista nada.
Depois porque PPC pode significar,precisamente,a tal abrangência necessária a apresentar um PSD forte e coeso perante os eleitores.
Passos Coelho representou,nas ultimas directas, cerca de 32% do partido.
Podemos dispensá-lo ?
Só se quisermos dar trunfos ao PS.
Deixemo-nos pois de fundamentalismos mais próprios de outras paragens do globo.
Para além de outra questão relevante:
A ultima coisa que interessa á líder ,penso eu (mas ela lá saberá), é dar ao país uma imagem de listas feitas para os amigos e apoiantes.
Que é mais ou menos o preconizado por Relvas.
Mas não é o que os eleitores esperam de quem quer governar Portugal.
Depois Falamos

(Continua)

sábado, junho 27, 2009

Que Vergonha !

Foto: http://ovimaranes.blogspot.com
Preferia não ter de escrever este post !
Mas calar-me seria pactuar com alguma escumalha que parece querer tomar o Vitória de assalto. E com gente dessa não pactuo.
Em primeiro lugar quero manifestar total solidariedade pessoal e clubistica com Emílio Macedo da Silva e Pedro Xavier.
Que são pessoas de bem e não mereciam o que se passou ontem.
Nem eles nem os restantes membros dos órgãos sociais.
Porque o Vitória,então,é que não merecia de certeza absoluta ver a sua imagem digna e honrada ser maculada por uns gandulos indignos de fazerem parte da família vitoriana.
Podemos gostar ,ou não, da forma como Pedro Xavier exerce a presidência da assembleia geral.
Mas os que não gostam não tem por isso o direito de o insultarem como ontem se viu.
Podemos apoiar, ou não, a forma como Emílio Macedo preside ao Vitória, as decisões que toma,as posturas que assume.
Mas isso não dá a ninguém o direito de o insultar,achincalhar e até tentar agredir !
Podemos estar a favor ou contra a proposta de prorrogação do contrato com as águas do ave.
É para isso que existem assembleias gerais.
Para discutir os problemas do clube.
Mas isso não dá o direito aos que estão contra de passarem o tempo a insultar os que estão a favor bem como o de colocarem a causa a honradez e seriedade da direcção que levou a proposta á assembleia.
Até porque existem as votações para os sócios decidirem o que querem.
Sempre assim foi.
Ontem o Vitória viveu uma noite muito triste.
Em que duas dúzias de energumenos,malcriados e sem hábitos de convivência com a divergência de opiniões, transformaram uma assembleia geral num espectáculo lamentável que todo o país vai ver.
Admiro a paciência de Pedro Xavier em ter levado a assembleia até ao fim.
Provavelmente devia tê-la interrompido quando os arruaceiros deixaram perceber no que aquilo ia dar.
Louvo Emílio Macedo pela serenidade.
E por ter tentado,apesar de tudo,responder aos sócios de forma cordata.
Quando,quer os arruaceiros quer alguns oradores que foram ao púlpito com uma agressividade (para não lhe chamar ódio num ou noutro caso...) absolutamente despropositada,mereciam era o desprezo do silêncio.
Os comportamentos lamentáveis desses indivíduos, infelizmente portadores de cartões de sócio, são uma ofensa ao Vitória.
Porque ao ofenderem e achincalharem os orgãos sociais revelam o profundo desprezo que tem por quem os elegeu.
E pela instituição.
Espero,em defesa do bom nome do clube,que os orgãos jurídicos do Vitória não existam apenas para ocuparem uma mesa na assembleia geral.
Há gente indigna de fazer parte da família vitoriana.
Ontem,á saída do pavilhão,vi alguns "velhos" vitorianos com lágrimas nos olhos.
Envergonhados com a imagem que o clube estava a dar por culpa dos gandulos referidos.
Que ,nalguns casos,com meia dúzia de meses de sócios e pagando uma quota mensal de onze ou doze euros já se acham donos do clube e com o direito de insultarem tudo e todos.
Estão enganados.
E provar~lhes isso é o grande desafio que se põe aos verdadeiros vitorianos.
Para que noites como a de ontem nunca mais se repitam.
Depois Falamos

sexta-feira, junho 26, 2009

Os da IX


A politica tem histórias curiosas.
E que de alguma forma desmentem certas imagens que se pretendem colar aos políticos como autênticas etiquetas.
Já aqui falei,anos atrás, dos deputados eleitos pelo PSD na IX legislatura.
Aquela que teve como primeiros ministros Durão Barroso e Santana Lopes.
E que acabou mal.
Com o então presidente a dissolver um Parlamento em que existia uma maioria sólida e coesa.
Originalidades á portuguesa.
Nessa legislatura,como em todas as outras,formou-se um grupo parlamentar heterogéneo com gente vinda de quase todos os distritos,de profissões variadas,com percursos partidário diversos.
Muitos nem se conheciam.
Quis o destino,contudo,que também por força das circunstancias se criassem entre muitas (não todas) pessoas laços de amizade e afinidades que ultrapassavam naturalmente as diferenças pessoais e politicas.
Tudo isto para dizer que nos recusamos a ser "dissolvidos" como o foi a IX Legislatura.
E periodicamente continuamos a reunir o nosso "plenário".
Duas vezes por ano,á mesa como bons portugueses,lá vamos pondo a conversa em dia.
Uns permanecem na Assembleia.
Outros talvez para lá voltem.
Outros nunca voltarão.
Mas ficaram os laços,ficou a amizade,ficou o interesse pela politica.
E prova de que se pode estar na politica para além dos interesses.
Depois de convívios gastronómicos em Lisboa,Gaia,Estremoz,Águeda e Viseu lá estivemos no passado dia 20 em Braga.
Apareceram uns,não apareceram outros, as coisas são mesmo assim e há compromissos pessoais que são impeditivos.
Mas está provado que os PSD's da IX não são fáceis de dissolver.
Porque já está a terminar a X Legislatura.
E a 24 de Outubro,já em plena XI legislatura, os da IX lá estarão em Alcobaça para mais um convívio politico/gastronómico.
Porque a vida continua.
Depois Falamos

E continua...


A antiga vice-presidente do PSD, Paula Teixeira da Cruz, criticou hoje o facto de o PSD ter já manifestado preferência por uma coligação com o CDS-PP caso vença as eleições sem maioria absoluta. A social-democrata, em declarações ao Rádio Clube, prefere não descartar uma eventual coligação com o PS.A política de alianças está longe de ser consensual dentro do PSD: dirigentes como Paulo Rangel e Guilherme Silva já manifestaram preferência pelo CDS, em caso de uma aliança no Governo. Mas Paula Teixeira da Cruz insiste que pode ser mais útil uma coligação com o PS – na situação em que está o país.Segundo a ex-vice de Marques Mendes, o estado do país pode exigir coligações transversais.

In Público
Perante mais esta pérola só apetece perguntar a Paula Teixeira da Cruz :
Porque não te calas ?
Depois Falamos

O Rei e o Presidente

Foto:http://ovimaranes.blogspot.com

O Sr Presidente da República, personalidade sobejamente conhecida pelo seu perfil institucional e pelo rigor de que reveste todas as suas atitudes, veio a Guimarães presidir ás comemorações dos 900 anos do nascimento de D.Afonso Henriques.

O que constituindo uma honra para todos os vimaranenses, que não esquecem nunca que a residência ofial dos presidentes da república no norte é o Paço dos Duques de Bragança,é também a confirmação de que ninguém leva a sério algumas tentativas que por ai andam de reescrever a História de Portugal.

D.Afonso Henriques nasceu em Guimarães.

Aqui foi baptizado, daqui partiu á construção de Portugal.

Se Viseu, e uma ou outra cidade,precisam de referências históricas basta consultarem os almanaques.

Continuam a existir portugueses ilustres de que não se conhece a naturalidade.

Podem sempre adoptá-los.

Depois Falamos

quinta-feira, junho 25, 2009

Era Feroz...


Nada corre bem ao ex "animal feroz" !
Ontem á tarde questionado no hemiciclo pelo CDS, e nos corredores pelos jornalistas, afirmou peremptóriamente nada saber acerca da compra de parte da Média Capital (entenda-se TVI) por parte da PT.
Ninguém acreditou.
Á noite,em entrevista á Sic Noticias, Manuela Ferreira Leite arrasou-o por completo.
Afirmando peremptóriamente que era impossivel (e era) ele não saber.
No que a generalidade dos comentadores lhe deu razão.
A duvida ,para quem quiser ser generoso, é se Sócrates faltou á verdade ou apenas revelou incompetência.
Porque se sabia, e disse o contrário,faltou á verdade.
Mas se não sabia (lá está a generosidade...) então revela a incompetência que assola o governo.
Porque o detentor de uma "golden share" da PT não podia deixar de saber.
Em qualquer dos casos adivinha-se um Verão quente para o primeiro ministro e o seu governo...
Depois Falamos

Vitor Paneira


Com o despedimento de Manuel Cajuda o Vitória encontra-se, a meia duzia de dias do regresso ao trabalho, sem treinador.
Situação que preocupa.
Porque para época decepcionante já basta a agora terminada.
Daí que seja particularmente importante a escolha que a direcção vai fazer.
E que face ao atrás exposto aponta para a necessidade de escolher alguém familiarizado com o futebol português, a realidade do Vitória, o grau de exigência que os sócios transmitem á equipa.
Daí que me pareça,face ao timing, pouco recomendável a contratação de um estrangeiro.
"Tem" de ser um português.
E se o leque de opções já não é vasto, por natureza ,muito menos o será em finais de Junho.
Daí que se exija algum risco.
Porque entre os disponiveis mais citados como hipóteses não vejo nenhum capaz de suceder com exito a Cajuda.
Por mim,e felizmente não tenho de ser eu a resolver o assunto,apostaria em Vitor Paneira.
Foi um grande jogador no Benfica, na selecção e no...Vitória.
Foi treinado por grandes técnicos e dentro do campo sempre mostrou uma cultura táctica notável que faziam dele um verdadeiro "braço armado" do treinador que estava no banco.
Jogou no Vitória,foi capitão de equipa,tem enorme empatia com os adeptos.
Sempre disse sentir-se um vitoriano.
Conhece perfeitamente o clube,a realidade vimaranenses, a exigência dos sócios.
Tem feito,embora nas divisões inferiores,um percurso interessante como treinador.
Porque não apostar nele ?
Depois Falamos

Como se previa...


Publiquei, hoje,este artigo no Correio do Minho.

Agitadas andam as águas para os dois maiores clubes do Minho e únicos outsiders credíveis face á ditadura do chamados grandes.
Curiosamente pela mesmíssima razão.
Falta de respeito dos seus ex treinadores pela entidade patronal.
Primeiro foi Jorge Jesus, que curiosamente tal como Cajuda, treinara no Minho os dois maiores clubes da sua carreira de mais de vinte anos até se transferir para o Benfica.
Com contrato assinado, uma época para ser planificada, um clube que contava com os seus serviços face a um compromisso livremente assumido de tudo fez tábua rasa quando de Lisboa lhe acenaram com uma proposta que acredito irrecusável.
Foi para o Benfica.
Por quanto tempo logo se verá.
Mas deixou “feridos” um clube, uma direcção e uns adeptos que sempre o tinham tratado bem.
Quando o encantamento pelo SLB terminar, e os treinadores lá não costumam durar mais de uma ano, voltará ao seu mundo.
O mundo real de um treinador da sua dimensão.
E então será tempo de avaliar os danos colaterais da forma como abandonou o Sporting de Braga.
Manuel Cajuda não é um caso muito diferente.
Vitória e Braga foram, até á data, os melhores clubes que treinou numa carreira já bastante longa.
Em Braga foi um treinador de sucesso.
Com algumas polémicas á mistura.
Chegou a Guimarães a meio de uma época terrível, com o clube na II Liga e poucas perspectivas de subir, e com um trabalho notável (a par de um estranho hara quiri do Rio Ave) conseguiu a subida de divisão.
Contrariamente ao que alguns esperavam o facto de ser muito conotado com o velho rival não obstou (como não obstara com Quinito anos atrás) a que se transformasse num ídolo para todos os sócios e adeptos do clube.
Essencialmente porque devolvera o Vitória a um escalão de onde nunca deveria ter saído.
O ano seguinte foi também ele de glória com o apuramento para a pré eliminatória da Liga dos Campeões (que só não foi apuramento directo porque os árbitros não deixaram) e um excelente terceiro lugar no campeonato.
Contrariamente ao que se esperava foi o princípio do fim confirmando o velho provérbio romano de que do Coliseu á rocha Tarpeia vai um pequeno passo.
Divergências com a direcção, praticamente desde a pré temporada, á volta da formação do plantel, dos reforços e dispensas e da estruturação da época.
Depois, quando toda a gente via que o plantel estava mais fraco, um conjunto de declarações a soarem a falso quer quanto á valia dos jogadores de que dispunha quer quanto a quem fazia ou não falta.
E assim foi a época toda.
Perdida a ida a´Champions, perdida a fase de grupos da Uefa, eliminados da taça da Liga e da taça de Portugal (em casa frente ao Amadora) com um campeonato muito abaixo das expectativas percebia-se que o ambiente entre treinador e direcção estava muito longe de ser o melhor.
Em Janeiro, quando o clube faz um sério esforço de reforçar a equipa, assiste-se a inacreditáveis declarações do treinador sobre a “porcaria” (sic) que já tinha no plantel a par da recusa em aceitar reforços propostos pela direcção.
Silvestre Varela, então no Amadora e já contratado pelo Porto, é o exemplo mais chocante.
Outros houve.
Até ao final de época foi sempre assim.
Entrevistas equivocas, declarações por meias palavras, muitos subentendidos, cartas aos jornalistas todo um adensar das divergências com a direcção.
A tudo Emílio Macedo resistiu com uma paciência que não é por demais louvar.
Outros há muito que teriam “explodido”.
Mas tudo tem um limite.
E a entrevista a “O Jogo” é deselegante para com o presidente, abusiva para com a direcção, desrespeitosa para com o clube.
Cajuda, funcionário do Vitória, não tinha na sua esfera de competência o pronunciar-se sobre decisões da direcção, gestos do Presidente, clausulas que não tinha exigido para o seu contrato.
Se não exigiu, ao celebrar contrato com a direcção de Vítor Magalhães, prémio de subida terá sido porque não acreditava que naquela época ainda fosse possível subir.
Não lhe retira o mérito de o ter conseguido mas esvazia todos os discursos que fez sobre o assunto dizendo que sempre acreditou.
A rescisão de contrato é a decisão que melhor defende os interesses do Vitória.
Porque era completamente inaceitável manter como treinador alguém que ainda antes da pré temporada já reincidia nas provocações a quem foi eleito, pelos sócios, para dirigir o clube.
Tenho pena, por tudo que fez pelo Vitoria, que Cajuda tenha saído desta forma.
Mas foi ele que escolheu a porta de saída.
Pequena!

BOLA CHEIA
Nelson Évora e Naide Gomes
Dois atletas portugueses, de nível mundial, que nos recentes europeus voltaram a conquistar triunfos para o nosso país.
Num país em que nos últimos tempos só se ouve falar de Ronaldo é bom constatar a existência de outros desportistas portugueses de sucesso.

BOLA VAZIA
Com a pré temporada prestes a começar para alguns clubes continua sem se saber qual o quadro de clubes participantes na I Liga.
Adensam-se as interrogações sobre Amadora e Setúbal entre outros.
Só mesmo em Portugal!


quarta-feira, junho 24, 2009

A Loira

A história conta-se em pouca palavras mas é um exemplo.
E um aviso.
Em entrevista ao Jornal i Luis Filipe Menezes apelidou Pacheco Pereira de " a loira do PSD".
E fundamentou.
Muito bem do meu ponto de vista.
O jornal utilizou,dentro de um respeitável critério editorial, essa frase como titulo para a entrevista com chamada na primeira página.
O visado, expoente em pregar democracia e moral para os outros, tinha dado ao mesmo jornal uma entrevista para ser publicada nos próximos dias.
Só que,como verdadeira "prima dona" ofendida,não gostou do titulo da entrevista de Luis F.Menezes.
Vai daí proibiu o jornal de publicar a sua própria entrevista!
Vê-se assim qual o seu conceito de democracia e liberdade de expressão.
Não gosta... proibe !
Há determinados politicos cujo verniz democrático é excessivamente fino...
Ou por outras palavras,como aqui se tem dito noutras ocasiões,há gente cujas origens marxistas-leninistas são impossiveis de esconder.
Depois Falamos

1109 ? 1111 ?

Embora tenha tomado a decisão de neste blog escrever o minimo possivel sobre o que se passa em Guimarães,politicamente falando,não deixo de estar minimamente atento ao que se vai passando.
Nomeadamente através da leitura dos quatro semanário locais de informação geral.
Foi assim que tomei conhecimento de dois factos.
Um a decisão de festejar este ano os 900 anos do nascimento de D.Afonso Henriques.
O outro sobre a polémica (?) com Viseu acerca do lugar de nascimento do primeiro Rei.
Devo dizer,para não perder mais tempo com ninharias,que acho completamente ridicula a tese defendida por um historiador de... Viseu sobre o facto.
Nunca nada apontou para aí.
Nem documentos,nem tradição,nem qualquer vestigio histórico.
É uma vergonha, e um oportunismo baixo e desprezivel,vir-se agora pôr em causa o local que ao longo de quase novecentos anos de História foi comummente apontado como o berço do Rei e da
Pátria.
Passemos ao importante.
Referi linhas atrás os quase novecentos anos de História por uma simples razão:
Não compreendo aonde foi a excelsa Câmara de Guimarães buscar a data de 1109 como a data de nascimento de D.Afonso.
Dando de barato que não é provável que um dia seja exibida a certidão de nascimento do Rei (a não ser por um qualquer Indiana Jones de Viseu...) temos de ,como em relação ao local do nascimento,acreditar na tradição e na data passada de geração em geração.
Que é 1111 !
Sempre foi essa a data que constou da História de Portugal.
Escrita e confirmada por ilustrissimos historiadores.
Tem pois muita razão o dr Barroso da Fonte quando se indigna,como o tem feito nas páginas do "Noticias de Guimarães" ,quanto a esta antecipação de dois anos do aniversário.
Quando se sabe que Guimarães festejou,com pompa e circunstância, os 800 anos do nascimento do Rei.
Em 1911 !
Acho que com a vinda a Guimarães do Presidente da República para participar nas comemorações está criado,de alguma forma, o acto consumado.
Mas , apesar disso, entendo que as forças politicas locais deviam exigir da Câmara uma explicação cabal para estas curiosas coincidências:
De em ano eleitoral atribuirem a medalha de ouro da cidade a ... D.Afonso Henriques (patético do meu ponto de vista)e simultâneamente "descobrirem" uma nova data para o seu nascimento.
Há aqui qualquer coisa que não bate certo.
Depois Falamos

sexta-feira, junho 19, 2009

Já ?


Seria talvez caso para dizer "...outra vez..." !
Li hoje declarações do Presidente do Vitória, Emilio Macedo, manifestando-se "magoado" com o teror de algumas declarações de Manuel Cajuda prestadas ao jornal "O Jogo".
Creio que tem razão.
Porque as declarações do funcionário Cajuda são incorrectas, deselegantes e imiscuem-se em áreas que não são da sua competência.
O que merece total censura.
Porque nunca ouvi, e até teria legitimidade para isso,o presidente imiscuir-se nas mais que discutiveis opções tácticas do treinador ao longo de uma época frustrante.
Bem como no desperdicio de activos do clube por parte de Cajuda.
Este é um conflito surdo, e dispensável,que vem da época anterior.
Alimentado por um treinador que quanto menos a equipa jogava mais falava e menos acertava.
E suportado por um presidente e uma direcção que se foram calando, talvez demais,por perceberem que atitudes intempestivas podiam sair caras ao clube.
Com a nova época a iniciar-se, e estando o clube a fazer um visivel esforço de reforçar bem a equipa, lá vem o funcionário deitar mais achas para a fogueira.
Sempre a falar do passado(á sua maneira é óbvio) e criticando opções da direcção do clube com as quais não tem nada a ver.
Seja no recurso aos tribunais por causa do acesso á Champions seja nas medidas de redução do passivo.
Pondo em causa a valia da equipa que ele próprio avalizara no inicio da temporada.
Todos nos recordamos disso.
Ninguém obriga Manuel Cajuda a treinar o Vitória.
Seguramente que a treinador com tanta conversa, e tão boa opinião de si próprio,não faltarão clubes para treinar.
Ainda que" o amor da sua vida" (sic),leia-se Benfica, já tenha contratado Jorge Jesus.
Uma coisa Cajuda tem de interiorizar.
O trabalho da direcção é avaliado pelos sócios.
O trabalho de Cajuda pela direcção.
Sempre assim foi e é assim que sempre terá de ser.
Não vale a pena tentar subverter as coisas nem apostar em colocar direcção e sócios em conflito.
Cajuda construiu,com trabalho e mérito,uma excelente imagem junto da massa associativa.
Infelizmente declarações e entrevistas como esta estão a arruiná-la.
Ao ponto de a principal interrogação,hoje,ser quanto tempo vai ficar em Guimarães.
Desconfio que pouco...
Depois Falamos

quinta-feira, junho 18, 2009

Eleições Simultâneas ?


Já aqui escrevemos noutra ocasião sobre a hipótese,agora a ganhar novamente possibilidades de ser real, de as eleições autárquicas e legislativas serem no mesmo dia.
Com os argumentos de que os eleitores sabem distinguir eleições e de que o país pouparia dinheiro com a realização simultânea.
Também já aqui escrevi que foi uma pena não ter sido possível fazer coincidir europeias e legislativas que me pareciam,essas sim,perfeitamente compatíveis.
Vamos então por partes:
É mais económica a realização simultânea ?
Será.
Mas a democracia tem custos que vale a pena suportar.
Porque mais económico seria...não fazer eleições e é por esse caminho que essa lógica nos leva.
As pessoas sabem distinguir os actos eleitorais ?
Sem dúvida.
Mas cada eleição,além de uma dignidade própria que deve ser respeitada,tem um fim objectivo que neste caso é bem diferente.
Porque uma trata da eleição do parlamento e do governo.
Tem uma lógica.
A outra visa eleger autarcas.
É uma lógica completamente diferente.
Com eleições no mesmo dia,para além de uma tremenda confusão de materiais de campanha,vamos assistir á evidente sobreposição do debate nacional em relação ao debate local com óbvio prejuízo para o esclarecimento global dos eleitores.
Pior:
PSD e CDS concorrem coligados em muitos municípios.
Lisboa, Sintra, Gaia, Porto, entre outros.
Por acaso os quatro maiores.
Com eleições no mesmo dia como se faz a campanha ?
De um lado da rua de braço dado para uma vitória comum e do outro lado da rua, separados, em busca da melhor votação para cada uma das listas de deputados ?
E nos comícios ?
Por exemplo em Lisboa.
Das 10 ás 11 a dra Ferreira Leite e o dr Paulo Portas aparecem juntos a apoiar a candidatura autárquica do dr Santana Lopes e das 11 á meia noite cada um vai para um espaço diferente com os respectivos apoiantes lutar pela melhor votação nas legislativas ?
Enre muitos outros problemas que uma data comum gera.
Sejamos claros:
Eleições autárquicas e legislativas no mesmo dia só interessam a quem tem uma visão da politica demasiado economicista ou a quem ,não gostando de fazer campanhas eleitorais , pensa que juntando as eleições evita a maçada de ter de fazer duas campanhas.
É o chamado dois em um !
Sejamos francos:
Portugal Merece Melhor.
Depois Falamos

Três Casos Exemplares

Publiquei,hoje, no Correio do Minho este artigo
Ao longo destes meses de colaboração com o “Correio do Minho” tem sido minha preocupação escrever sobre futebol, sem uma orientação clubista demasiado exacerbada, de molde a reflectir uma preocupação sobre a modalidade em geral e os clubes da nossa região em particular.
Especialmente face ás tropelias de que são alvo perante os vários poderes instituídos.
A maioria saberá que sou adepto do Vitória de Guimarães, incondicional, mas daqueles que querendo ganhar sempre no terreno de jogo ao Sporting de Braga entende que no resto os dois clubes tem de manter um relacionamento e uma cooperação exemplares.
O que, infelizmente, nem sempre tem acontecido.
Os casos que vou aqui citar hoje, nada tendo aparentemente a ver com os dois clubes, encerram em si lições que são importantes serem assimiladas.
Ainda que á nossa escala.
O primeiro exemplo prende-se com a transferência de Ronaldo para o Real Madrid.
Tenho lido, visto e ouvido tanta coisa sobre o assunto que sinceramente não percebo o que se passa.
Parece que não existe mais nada de que se possa falar.
Jornais, rádios, televisões, governos, parlamentos, Igreja, sindicatos eu sei lá.
Tudo a falar das verbas envolvidas por comparação com outras realidades infelizmente bem difíceis que se vivem no mundo.
Como se uma coisa tivesse directamente a ver com outra.
Do que poucos falam é da genial manobra de marketing de Florentino Perez que tem literalmente o mundo inteiro, há oito dias, a falar do Real Madrid!
Alguém imagina qual é o retorno disso em termos publicitários?
Ou as verbas astronómicas que o Real vai facturar, especialmente na Ásia?
A grande lição deste negócio é que quando há engenho, e um mínimo de sustentabilidade,até o que parecem megalomanias podem ser excelentes negócios.
Preciso é saber.
O que nos leva direitinhos ao segundo exemplo.
Um jogador chamado Cissokho.
Que veio directamente da II Liga francesa para o Vitória de Setúbal.
Onde jogou cinco meses, toda a gente o viu (ainda por cima numa posição tão carenciada de bons valores) mas só o Porto se interessou pela sua contratação.
Pagou trezentos mil euros por ele, um valor quase ridículo, e pô-lo a jogar na imensa montra que é a Liga dos Campeões onde o jovem francês agarrou bem a oportunidade.
Foi agora transferido para o colosso Milan por quinze milhões de euros.
Atendendo ao palmarés de ambos é um valor quase idêntico ao de… Ronaldo.
E aqui está a segunda lição.
Os dirigentes de Vitória e Braga têm de olhar com mais atenção para o que lhes passa debaixo dos olhos.
Porque as grandes contratações, que potenciam grandes negócios, nem sempre estão em paragens longínquas.
Quantas vezes podem estar no mesmo campeonato ou até na Liga inferior.
Hoje, como sempre, no comprar barato para vender caro pode estar o futuro dos clubes.
Terceiro, e inesquecivel, exemplo trazido pelos dias que correm.
A forma vergonhosa como o Benfica se comportou com o Sporting de Braga ao longo de todo este caso Jorge Jesus.
Treinador de um clube da mesma Liga, com contrato para o futuro, nem isso impediu os dirigentes benfiquistas de um assédio a lembrar o dos senhores feudais aos pobres servos da gleba.
Falaram com o treinador, estabeleceram acordo, programaram a próxima época como se o Braga não existisse e os contratos não tivessem qualquer valor.
A lembrar os tempos de Vale e Azevedo.
Uma vez mais.
E esta é a terceira e mais importante das lições.
Não vale a pena,mas não vale mesmo, Vitória e Braga acreditarem na amizade dos chamados grande clubes.
Seja o Benfica ou o Porto.
Porque eles de nós só querem o que lhes dá jeito.
E na primeira oportunidade deixam-nos a falar sozinhos.

BOLA CHEIA
António Salvador
Noutras ocasiões tenho criticado atitudes suas.
Hoje reconheço-lhe o mérito de se ter dado ao respeito e obrigado o Benfica a respeitar o Braga.
A “golpada” foi feita.
Mas por ela pagaram o que estava estipulado.
E ver um “grande” a vergar a coluna é sempre agradável.

BOLA VAZIA
Jorge Jesus
Cumpriu um sonho legítimo e vai treinar, durante algum tempo, o Benfica.
Mas sai com a imagem como profissional de rastos.
Porque foi ingrato com um clube que o tratou bem.
E quando o sonho SLB acabar (e vai acabar seguramente mais dia menos dia) verá que muitos clubes passarão a evitá-lo.
Porque o mau exemplo que deu vai perdurar na memória dos dirigentes

O Lobo Mau


Ontem vi ,na SIC Noticias,uma entrevista da jornalista Ana Lourenço a um senhor que estava a fazer um enorme esforço para ser simpático !
Ele sorria, ele falava num tom de voz controlado, ele fazia um enorme esforço para não se irritar.
Afável, quase humilde, reconhecia com um ar de causar dó que tinha cometido erros, que havia coisas por fazer, que determinadas classes profissionais teriam razão para estarem descontentes.
Um autêntico santinho !
Bem longe do "animal feroz" que foi durante muito tempo a sua imagem de marca.
Claro, as coisas são o que são,que houve uma altura em que a verdadeira natureza veio ao de cima.
Quando admitiu, já perto do fim da entrevista e provavelmente saturado de tanta encenação, estar muito satisfeito consigo próprio.
O que,na substância,contradizia tudo que acabara de dizer!
Depois do final, no corredor de acesso ao estúdio ,e em ar mais informal outra entrevista (curiosa prática esta de duas em uma) a um repórter.
Mais simpatia e afabilidade até dizer basta.
Confesso que foi enjoativo.
Esta necessidade ditada pelos resultados eleitorais de mudar a imagem e o comportamento na tentativa de recuperar o perdido e iludir os incautos.
Desde o lobo mau e o capuchinho vermelho que não via tão desastrada tentativa de se tentar parecer aquilo que não se é.
Vale que o lobo mau acabou como se sabe...
Depois Falamos

quarta-feira, junho 17, 2009

T.G.Viu-se...


Não tenho pena nenhuma que fique claro.
Mas é quase penoso ver uma maioria a desfazer-se aos bocados depois de três anos de irritante arrogância e autismo politico.
A forma como o PS e o governo recuaram,aos tropeções, no assunto TGV na ânsia de recuperarem algum do capital de simpatia que as europeias demonstraram ter desaparecido é a melhor ptrova da não existência de uma linha de rumo.
Navegava-se á vista, das sondagens por exemplo, sempre na expectativa de que os eleitores premiassem a aparente firmeza e capacidade de decidir.
Na Ota já tinha sido a "barracada" que se sabe com o governo a negar hoje o que tinha convictamente decidido ontem.
No TGV mais do mesmo.
Só faltou o ministro Lino a proferir o seu famoso "Jamais".
Mas não percamos a esperança.
Com este governo e estes ministros tudo é de esperar.
Até, em pleno século XXI ,ver um TGV desaparecer numa nuvem de fumo.
Depois Falamos

terça-feira, junho 16, 2009

Estratégia Real

Podemos gostar,ou não , do clube.
E do seu presidente.
Podemos ter a opinião que tivermos sobre as verbas envolvidas na aquisição de Ronaldo conforme o ângulo de apreciação pelo qual quisermos ver o assunto.
Podemos ter as mais legitimas dúvidas sobre se este projecto "Galácticos Parte 2" vai ter o sucesso desportivo que se exige a um conjunto de valores como o que está a ser reunido no "Santiago Bernabéu".
É legitimo pensarmos que Ronaldo, Káká, mais os que virão somados aos que já lá estão ,vão ter dificuldades em atingir o nível exibicional e a eficácia da grande equipa do Barcelona.
Mas uma coisa é certa.
Florentino Perez conseguiu pôr o mundo inteiro a falar do Real Madrid !
E das suas aquisições milionárias.
Nos últimos oito dias as televisões,rádios,jornais de todo o mundo tem dedicado largos espaços ao clube madrileno.
Até parlamentos e governos se tem pronunciado sobre os valores da transferência de Ronaldo.
E isso tem um retorno,em termos publicitários e financeiros,difícil de quantificar.
Mas de muitos milhões seguramente.
E por aí já o Real começa a rentabilizar as suas aquisições.
É tudo uma questão de negócio.
E de saber fazê-los.
O que dispensa leituras,tão simplistas quanto oportunistas,sobre este tema.
Por mim espero que em Espanha o Barça continue a ganhar.
Mas reconheço a Florentino um génio inigualável para os grandes negócios.
Que nem sempre (veja-se os "Galácticos Parte 1")tem correspondência desportiva.
Depois Falamos

segunda-feira, junho 15, 2009

Democraciazinha


Por vezes é nos pequenos "nadas" que se confirma que ainda vivemos numa democracia pequenina a que falta alguns laivos de maturidade para se poder comparar a outras democracias europeias.
Refiro-me ao calendário eleitoral de 2009.
Que como é sabido comporta três actos eleitorais (um até já foi) com tudo o que isso acarreta de custos,perdas de tempo,organização e até cansaço dos eleitores.
Teria sido desejável que os protagonistas desta peça se tivessem entendido em volta da possibilidade de fazer coincidir dois desses actos no mesmo dia.
Europeias e Legislativas.
Aquelas que do meu ponto de vista não tinham nenhuma incompatibilidade que desaconselhasse a marcação simultânea.
Não foi possível o entendimento e perdeu-se a oportunidade de simplificar a vida ás pessoas.
Vem agora as eleições restantes.
Legislativas e Autárquicas.
Que entendo deverem ser em datas diferentes por razões óbvias e que a que não voltarei neste post.
Pois com essas eleições a serem realizadas entre Setembro e Outubro ,abrangendo períodos de férias de muitos cidadãos e retorno ás aulas dos alunos, faria todo o sentido que as datas já estivessem fixadas há muito tempo.
Muito mesmo.
Para simplificar a vida ás pessoas,mais uma vez,mas também para que a elaboração dos complexos processos eleitorais pudesse ter um cronograma há muito fixado.
Porque com as listas a terem de ser fechadas durante o mês de Agosto qualquer leigo na matéria percebe bem a dificuldade de que essa tarefa se reveste.
Qual quê.
Quer o primeiro ministro quer o Presidente da República tem-se mostrado completamente insensíveis a isso e estão a arrastar a marcação das eleições até á data limite.
Pode ser uma respeitável,discutível mas respeitável,exibição de poder.
Ok,que seja.
Mas que estão a complicar a vida a muita gente...lá isso estão !
Depois Falamos

domingo, junho 14, 2009

Pouca Vergonha !


Diz-se, e os documentos provam-no,que a Câmara de Lisboa está em difícil situação financeira.
Que a pobre,de ideias e obras,presidência de António Costa nada fez para melhorar.
Lembrando-nos todos bem que Costa, na campanha eleitoral,espalhou pela cidade uns cartazes que diziam "Rigor" !
É caso para dizer olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço.
Porque a gastar dinheiro não é Costa pobre.
Nas ultimas semanas,largas semanas,tenho-me entretido a observar a publicidade da câmara de Lisboa nos diversos orgãos de comunicação social.
Seja por obras,seja pelo Sto António,seja por um concerto de Tony Carreira,seja por muitos outros motivos.
Aliás em parceria com os supermercados "Modelo" (nada a dizer) e com a RTP (o que me oferece muitas duvidas) no caso do espectáculo.
É uma enormidade de espaços publicitários.
Nas televisões,nas rádios, nos jornais de referência !
Que carece de explicação.
Porque custa muito dinheiro.
E,além do mais,estamos em pré campanha autárquica que deveria merecer limites nesta matéria.
Mais que não fossem os impostos por um valor chamado decência.
Do qual António Costa faz tábua rasa.
Como se vê na participação semanal num programa televisivo (que me recuso a ver) onde já não devia estar há muito tempo.
Porque está num plano de clara vantagem mediática face aos outros candidatos ao município.
Mas está.
Com a cumplicidade e conivência de quem o pôs lá.
Deve ser aquilo a que chamam a "ética republicana"...
Depois Falamos

O Purgante


Segundo o insuspeito Diário de Noticias de hoje, o lamentável militante do PSD chamado Pacheco Pereira terá afirmado qualquer coisa deste género:
"...é altura de limpar o partido para garantir que esta forma de fazer politica é a vencedora..." !
A isto se chama,em bom português, fazer uma purga.
Confesso que vindo daquela origem já nem me admira.
Porque remete o autor directamente para os bons tempos em que sendo marxista-Leninista via, seguramente com admiração, esse tipo de procedimentos usados frequentemente pelos então bem amados (por ele) Estaline e Mao Tse Tung.
Por sinal dois dos maiores criminosos da História da humanidade.
Mas que através de sucessivas purgas mantinham com mão de ferro um poder que a História revelou como ruinoso para os países, criminoso para os cidadãos, desligado de qualquer utilidade em termos de progresso e bem estar.
Faço,apesar de tudo, a justiça de reconhecer que Pacheco Pereira nem em sonhos aplicaria os métodos dos seus ídolos de juventude.
Fossem deportações para a Sibéria, tiros na nuca, desaparições em deixar rasto.
Mas que bem lhe agradaria correr do PSD com todos os que não pensam como ele (que desconfio serem a esmagadora maioria) lá isso não tenho duvidas.
Nem que fosse á bomba !
Como o próprio já preconizou há não muito tempo.
Depois Falamos

quinta-feira, junho 11, 2009

Ronaldo Madrid


Sou,seguramente,um dos milhões de adeptos de futebol satisfeitos com a contratação de Ronaldo pelo Real Madrid.
Pela simples razão de que já não tinha mais paciência para essa novela que se vinha desenrolando de há um ano a esta parte.
Vai não vai, fica não fica,compra não compra,parecia que o assunto não tinha fim.
Com a agravante de que quanto mais as partes desmentiam menos se acreditava nelas!
Agora está resolvido e o melhor jogador do mundo vai jogar no clube mais famoso,e com mais palmarés, á superfície da Terra.
Como simpatizante do Barcelona (e do Atlético de Bilbau) espero que a sua contratação ,mais a de Káká e David Villa, não afecte a actual correlação de forças no campeonato espanhol.
Penso,mas é a minha opinião, que Ronaldo vai sentir a falta de Alex Ferguson e do ambiente mais austero de Manchester porque sem a forte autoridade do primeiro e com a esfuziante "movida" madrilena como alternativa, corre o risco de se concentrar menos no futebol.
Para além de no Real não se saber muito bem onde são as fronteiras entre futebol, marketing e vida social.
Quanto aos valores envolvidos,record mundial absoluto em transferências, parece-me uma exorbitância mas os dirigentes do Real Madrid lá saberão fazer as suas contas entre custos e benefícios.
Aliás é precisamente por essa sabedoria a fazer contas que o passivo do clube já vai na bonita cifra de 500 milhões de euros!
Um coisa é certa:
Com estas contratações do Real Madrid, mais as que se adivinham para o Barcelona com Ibraihimovic á cabeça, Espanha terá na próxima época um campeonato verdadeiramente fabuloso.
Cá estaremos para ver.
Depois Falamos

Que Selecção ?

Foto:http://www.gloriasdopassado.pt.vu (1963/1964)
Publiquei,hoje,no Correio do Minho este artigo:
Com o jogo da selecção nacional na Albânia terminou oficialmente a época futebolística de 2008/2009.
Terminou nos relvados, é claro, porque na secretaria promete continuar por mais uns tempos com os infindáveis processos jurisdicionais respeitantes a épocas há muito terminadas.
E um pouco ao arrepio do resto do texto não posso deixar de manifestar a minha perplexidade por este estranho facto:
As grandes polémicas na arbitragem são sempre em volta dos jogos de Porto, Benfica e Sporting.
Televisões, comentadores, jornais é um nunca mais acabar de discutir as arbitragens, semana após semana, com base nos “gravíssimos” erros dos árbitros.
Mas depois quem desce por corrupção é o Vizela, o Gondomar e afins.
Qualquer coisa não bate certo.
Adiante…
Voltando á selecção, agora que vai ter dois meses de pausa antes dos jogos decisivos com Hungria e Dinamarca, apetece perguntar como é possível nesta fase estar com o apuramento tão tremido.
Porque o grupo não ganha certamente e o segundo lugar, mesmo que lá chegue, impõe um play off que estará muito longe de poder ser visto como “favas contadas”.
Se a isto acrescentarmos uma equipa que nesta fase de apuramento ainda não produziu uma única exibição na linha daquelas a que nos habituara nos últimos anos as razões de preocupação são cada vez maiores.
Creio que as razões para tudo isto são, do meu ponto de vista, relativamente fáceis de explicar.
Bem mais difíceis de resolver!
Em primeiro lugar, e essencial, a qualidade dos jogadores seleccionáveis baixou de forma clara.
Porque embora se mantenham Ronaldo, Deco, Ricardo Carvalho, etc. a verdade é que faltam lá outros.
Desde logo Figo.
O melhor jogador português desde Eusébio e que durante tantos anos deu á selecção um talento e uma qualidade exibicionais que ainda não foram devidamente substituídos.
Mas também Rui Costa, outro talento de excepção, e Pauleta o melhor marcador de sempre da equipa de todos nós.
E esses três jogadores fazem uma diferença monumental.
Mas há outros:
Maniche que foi durante anos um jogador de altíssimo rendimento, com a especialíssima qualidade de ser um especialista em fases finais, Jorge Andrade cujas lesões o afastaram prematuramente do núcleo duro e Vítor Baia que o Sr. Scolari estupidamente afastou da selecção no ano em que foi considerado o melhor guarda redes europeu!
Ainda hoje considero que com Baia teríamos ganho o Euro 2004.
A ausência desses jogadores, a que com justiça se pode juntar Fernando Couto, privou a selecção de qualidade futebolística mas também de dois outros factores essenciais:
Liderança dentro do campo e hábito de ganhar.
Couto, Figo, Baia, Rui Costa eram jogadores que no terreno de jogo e no balneário tinham claro ascendente sobre os colegas e funcionavam como verdadeiros porta vozes do treinador no decorrer dos jogos.
Hoje ninguém faz isso na actual selecção.
Por outro lado a chamada “geração de ouro” transportava consigo o hábito de ganhar na selecção. Desde os escalões jovens.
Hoje cada vez ganhamos menos nas competições internacionais de selecções e isso priva os jogadores desse saudável hábito.
Finalmente a mudança de treinador ainda não foi totalmente assimilada pelos jogadores e adeptos.
Para mim, que nunca fui um entusiasta de Scolari, era evidente que o treinador brasileiro tinha pelo menos dois méritos:
Criava grupos de trabalho muito coesos (quantas vezes á custa de convocatórias incompreensíveis…) e uniu os portugueses á volta da selecção.
Para além disso tinha sorte.
Muita sorte.
Queiroz ainda não acertou no seu “núcleo” duro e é olhado com muita desconfiança pelos adeptos. Para além de ser um azarento.
Aquilo a que na gíria se chama um “pé frio”.
Quem viu o Portugal-Dinamarca em Alvalade, por exemplo, sabe do que estou a falar.
Tudo isto, somado, leva-nos a agarrar na calculadora com desespero.
Sendo minha convicção, infelizmente, que não vamos conseguir estar no Mundial de 2010.
Oxalá esteja enganado.

BOLA CHEIA
Vitória
É uma modalidade menos conhecida, que se disputa quase em circuito fechado, mas que dá títulos.
E o Vitória acaba de se sagrar bi campeão nacional de kickboxing.
A juntar a títulos europeus e mundiais de alguns atletas seus.
E assim, serenamente mas com muito mérito, o clube vai construindo um palmarés eclético que honra os seus adeptos e dirigentes.

BOLA VAZIA
Benfica:
Independentemente de simpatia ou antipatia pelo clube todos reconhecemos que o Benfica é uma grande instituição desportiva deste país no qual se revêem milhões de portugueses.
Por isso é de lamentar o triste exemplo dado pelos seus dirigentes com esta antecipação de eleições.
Porque o que lhe está subjacente não é a afirmação de um projecto mas apenas o manter o poder a qualquer preço.
E quando o adversário temido é o “Dragão de Ouro” José Veiga percebe-se até que ponto chegou o desnorte!

quarta-feira, junho 10, 2009

Olhar em Frente

Publiquei,hoje,este texto no site da Associação Vitória Sempre.
http://www.vitoriasempre.net/
Terminada nos terrenos de jogo, porque na secretaria é outra história, a temporada 2008/2009 os clubes começam já a preparar-se para a próxima época futebolística.
Treinadores e jogadores estão, pois, na ordem do dia.
No Vitória, aquele que de facto nos interessa, apenas de jogadores se faz o quotidiano das notícias uma vez que tudo indica que Manuel Cajuda irá cumprir o seu contrato até ao fim.
Tendo ainda bem presentes todas as peripécias do final da época passada, em que vimos sair jogadores que não viriam a ser cabalmente substituídos, mas acreditando que a direcção terá apreendido com alguns erros vamos então dedicar-nos aquele que é o exercício preferido de muitos vitorianos nesta época do ano:
Idealizar o plantel de 2009/2010.
Na baliza, e uma vez dispensado (bem) Nuno Santos restam Nilson e Serginho.
Com a subida a terceiro guarda-redes do actual titular dos juniores que parece ter “pinta para o lugar.
Problema resolvido embora não fosse descartável a saída de Nilson, perante uma boa proposta, e a contratação de outro guarda redes.
Por exemplo Moreira que estará de saída do Benfica.
Nas laterais, com o lado esquerdo preenchido por Milhazes e Mendieta, há uma vaga no lado direito para acompanhar Lionn.
Isto perante a provável saída de Andrezinho.
Se se confirmar a vinda de Alex, e o valor atribuído a Mendieta, penso que estaremos muito bem nas laterais.
No centro de terreno parecem-me indiscutíveis as permanências de Moreno e Sereno, a saída de Danilo, e a opção por transferir Gregory.
Assim sendo necessitaremos de dois bons centrais.
No miolo com Flávio, Custódio e a ascensão do jovem Dinis estaremos com a posição de trinco muito bem preenchida.
Ainda por cima todos portugueses” feitos” no clube.
Com Nuno Assis, João Alves, Desmarets e Fajardo teremos o meio campo bem coberto não sendo, contudo, de excluir a hipótese de contratar um número 10 para ser alternativa a Assis.
Cristiano, do Paços de Ferreira, parece-me ser uma excelente alternativa.
E depois o ataque.
Com a contratação do americano Hill, bem referenciado mas incógnita, e a continuação de Marquinho teremos dois lugares preenchidos.
Regressando Targino, de preferência para jogar e não para ter problemas com Cajuda, fica ainda assim em aberto vaga para um extremo esquerdo que poderia muito bem ser Marinho da Naval 1º de Maio.
Pessoalmente gosto muito de o ver jogar.
E rematar.
Finalmente os pontas de lança.
Com enorme esperança num Douglas a 100% ,e na evolução de Santana Carlos que me parece bom jogador, ficam duas incógnitas.
Roberto que parece ter boas propostas de um país asiático e Cícero que nestes meses não mostrou… nada!
Talvez Roberto seja de transferir e Cícero ter a oportunidade, até Dezembro, de mostrar o que vale.
Em qualquer dos casos parece-me inevitável a contratação de um ponta de lança.
O nome de Jorge Gonçalves, actualmente em Santander, parece-me uma escolha interessante embora não seja um goleador puro.
Claro que nestas contas já não entram nomes como Luís Filipe, Carlitos ou Wénio.
Ou melhor, espero que não entrem!
Penso, face ao atrás exposto, que o Vitória terá condições para preencher as lacunas do plantel através do recurso ao mercado interno ou contratando jogadores portugueses actualmente no exterior.
Porque apostas em mercados exóticos, em jogadores de que nunca ninguém ouviu falar, ou em craques do vídeo, parecem-me totalmente de evitar.
Nota final para desejar, sinceramente, que o Vitória saiba aproveitar já, ou daqui a pouco tempo, a excelente fornada que os seus escalões de formação lhe estão a oferecer.
É que estou farto de ver preterir jovens portugueses para serem dadas oportunidades com fartura a jovens brasileiros e de outras nacionalidades que por cá aparecem.
E Lucas , Jussane, Dinis, Diogo, Rafael, Vítor Bastos, Cristiano, entre outros “exigem” que lhes seja prestada atenção.
Basta de asneiras nessa matéria.
De que os dois anos de banco e bancada de Tiago Ronaldo são o pior dos exemplos!

Pato Donald


O Pato Donald está a comemorar os seus 75 anos.
Bela idade para um compincha tão divertido como este simpático pato que ao longo da sua vida tem entretido milhares de adolescentes e adultos em todo o mundo com as suas aventuras .
Pessoalmente, e sendo desde criança um leitor entusiasta das personagens Disney,sempre tive o Donald como figura favorita.
Talvez por ser o mais "humano" de todos eles com uma vida complicada e cheia de imprevistos mas sem perder a sua alegria de viver e um optimismo sempre presente.
Ao lado de uma namorada(Margarida) caprichosa mas sempre presente, "massacrado por uns sobrinhos verdadeiros terroristas (Luisinho,Huguinho e Zézinho), assistindo á inacreditável sorte do primo (Gastão) para quem tudo é fácil, sempre a compor os disparates de outro primo(Peninha) cujo unico objectivo de vida parece ser arranjar confusões, valem ao nosso amigo os conselhos da simpática avó (Donalda) sempre pronta a ajudá-lo.
Porque o tio (Patinhas) esse só contribui para o manter em permanente stress !
Enfim um leque de personagens em volta de Donald que tanto contribuem para o entretenimento das crianças de todas as idades...
Depois Falamos

terça-feira, junho 09, 2009

Vale Tudo

Quem ler este blog com alguma regularidade já terá percebido que o seu autor não tem qualquer simpatia pelo Benfica.
Nenhuma mesmo !
Respeito pela instituição, pelo seu passado (muitíssimo mais que pelo seu presente),pelos grandes jogadores/atletas que envergaram a sua camisola,por dirigentes de excepção que o ajudaram a tornar-se no maior clube português.
Mas nada mais do que isso.
Tanto se me dá que jogue na I Liga, na Vitalis ou nos distritais.
Reconhecendo que sem ele, e mais o FCP, qualquer campeonato tem mais verdade desportiva.
É dos livros.
Mas sendo-me indiferente a realidade dessa agremiação, especialmente as suas lutas pelo poder interno, não deixo de constatar que para quem tanto quer pregar moral para os outros, para quem tanto (quão ridículos são)se auto apregoa como defensor da verdade desportiva, da transparência e da moral, não deixa de ser vergonhosa a golpada ensaiada na noite de ontem.
Demissão dos órgãos sociais em bloco e marcação apressada de eleições para impedirem a oposição de se organizar para um acto que apenas devia ocorrer em Outubro.
Ou seja tentativa de manutenção do poder a qualquer preço.
Ao arrepio de uma tradição democrática que perdurou no clube durante muitos anos mas que se foi paulatinamente perdendo.
De facto, no Benfica, o "Vale Tudo" veio para ficar.
Mesmo com o seu ideólogo longe os seus sucessores tudo fazem para não o desmerecer.
Depois Falamos

Os Vencedores !


Manuela Ferreira Leite e Paulo Rangel, por esta ordem, foram os grandes vencedores das eleições europeias em Portugal.
A lider do PSD por soube escolher um bom cabeça de lista,mesmo contra a opinião de alguns dos seus vice presidentes, e definir uma estratégia vencedora.
Paulo Rangel porque fez uma excelente campanha, derrotou Vital Moreira em todos os debates,e se revelou como um novo protagonista no palco político.
Dando sequência,aliás, aos excelentes indicios que já dera como lider parlamentar.
Nem tudo na campanha correu bem, nem todas as inicitivas terão sido plenamente conseguidas,mas o resultado final é esclarecedor e fala por si.
Creio que com a motivação que as vitórias sempre trazem ,mais a percepção dos erros cometidos e respectiva correcção, a "máquina " de campanha do PSD poderá preparar uma campanha para as legislativas ainda mais eficaz e que faça a mensagem chegar a todos os portugueses.
Resta saber que interpretação interna será feita destes resultados.
Ou a lider os entende como um passo importante para construir uma enorme abrangência interna e chama a colaborar aqueles que publicamente a criticaram e divergiram na estratégia(como fez Durão Barroso em 2001), ou então entende que ela mais os fieis chegam e prescinde de uma parte do partido para o próximo combate eleitoral.
Tem toda a legitimidade para optar por qualquer um dos caminhos.
E todos terão de entender isso.
Mas todos entendem também que o resultado da opção , leia-se resultado das legislativas, poderá não ser bem o mesmo consoante opte por um ou outro dos caminhos.
Penso que depois do resultado das europeias a lider do partido merece,no minimo,o beneficio da dúvida e o direito de escolher o seu caminho ouvindo quem muito bem entender.
Espero é que que não perca um minuto a ouvir Pacheco Pereira.
Porque esse,cujo unico interesse parece ser dividir o partido,logo na noite de domingo estava mais preocupado em falar de questões internas ultrapassadas do que em vincar a derrota de Sócrates e do PS.
E não é por aí que se constroem vitórias.
Depois Falamos

sexta-feira, junho 05, 2009

Eu voto PSD !


No domingo votarei PSD.
Como o tenho feito ao longo da minha vida.
Mas não por tradição,clubite, ou rejeição dos outros candidatos.
Votarei PSD por acreditar que tem o melhor cabeça de lista, uma boa equipa de candidatos, as melhores ideias para representar Portugal no Parlamento Europeu.
Também porque fez uma campanha digna, que tentou esclarecedora,com completo respeito pelas outras candidaturas.
E por outra razão ainda:
Acho que Durão Barroso tem sido um bom presidente da Comissão Europeia.
Como tal desejo que o meu voto contribua para que ele possa fazer um novo mandato.
Por ter sido competente mas também por ser português.
Não sou,nunca serei,daqueles que põe á frente do interesse nacional o interesse partidário ou outros muito mal explicados.
Daí acreditar que Portugal tem muito a ganhar tendo um português á frente da Comissão.
Facto que seguramente não se voltará a verificar durante dezenas de anos.
Por tudo isto votarei PSD.
Mais uma vez.
Depois Falamos

A Verdade


A razão que me leva a escrever este post não é uma boa amizade, construida ao longo dos anos, nem tão pouco a solidariedade advinda de combates comuns por causas em que acreditávamos.
E em que,algumas vezes,nos encontravamos quase sózinhos no caminho e na estratégia que entendiamos como mais adequada.
É a convicção inabalável de que a Helena está a ser vitima de uma tremenda injustiça.
Porque ao longo do seu mandato, como vereadora da habitação em Lisboa,atribuiu mais de 3000 casa a municipes necessitados sempre com base em pareceres dos técnicos e face a processos de candidatura devidamente instruidos.
Atribuiu casas não a titulo definitivo,como alguns parecem querer fazer crer,mas sim a titulo provisório e revogáveis a qualquer momento.
Por ela ou pelos que lhe sucederam nas funções.
Entende agora o Ministério Público que nesse enorme volume aparecem duas dezenas de casos a merecerem processo judicial face a um eventual abuso de poder.
Muito bem.
Deixemos Justiça seguir o seu curso, fazer as suas investigações,tirar as suas conclusões.
Tenho a certeza absoluta que se for feita Justiça a Helena Lopes da Costa não terá qualquer problema.
A não ser as chatices que vai enfrentar, o dinheiro que vai gastar,os danos de imagem que infelizmente não são quantificáveis mas perduram durante mais tempo do que aquele que o processo vai durar.
Em boa verdade não espanta que "isto" surja agora.
O poder judicial tem alguma tradição de fazer coincidir processos mediáticos com periodos pré eleitorais.
Até se compreende,para quem não for ingénuo, o jeito que este processo daria nesta altura a quem procura desesperadamente balões de oxigénio para evitar uma asfixia eleitoral inevitável.
A verticalidade, honradez e sentido solidário da Helena evitou que tudo isto chegasse a quem de facto se pretendia...que chegasse.
Agora há uma coisa que é completamente inaceitável e que aumenta a revolta do comum cidadão perante a Justiça que se pratica neste país.
Ontem á noite a acusada Helena Lopes da Costa ainda não sabia de qualquer acusação !
Não lhe tinha chegado nada ás mãos.
Rigorosamente nada !
Como eu,como milhões de pessoas,soube por uma noticia da SIC que era acusada num processo.
É este o segredo de Justiça que se pratica em Portugal.
A SIC,que não é parte do processo,soube primeiro.
Por isso compreendo a indignação da Helena.
Pela injustiça da acusação e pela forma como chegou á opinião pública.
A Verdade vai triunfar estou certo.
Mas ,uma vez mais,com graves danos para a imagem da Justiça.
Depois Falamos