Páginas

segunda-feira, junho 15, 2009

Democraciazinha


Por vezes é nos pequenos "nadas" que se confirma que ainda vivemos numa democracia pequenina a que falta alguns laivos de maturidade para se poder comparar a outras democracias europeias.
Refiro-me ao calendário eleitoral de 2009.
Que como é sabido comporta três actos eleitorais (um até já foi) com tudo o que isso acarreta de custos,perdas de tempo,organização e até cansaço dos eleitores.
Teria sido desejável que os protagonistas desta peça se tivessem entendido em volta da possibilidade de fazer coincidir dois desses actos no mesmo dia.
Europeias e Legislativas.
Aquelas que do meu ponto de vista não tinham nenhuma incompatibilidade que desaconselhasse a marcação simultânea.
Não foi possível o entendimento e perdeu-se a oportunidade de simplificar a vida ás pessoas.
Vem agora as eleições restantes.
Legislativas e Autárquicas.
Que entendo deverem ser em datas diferentes por razões óbvias e que a que não voltarei neste post.
Pois com essas eleições a serem realizadas entre Setembro e Outubro ,abrangendo períodos de férias de muitos cidadãos e retorno ás aulas dos alunos, faria todo o sentido que as datas já estivessem fixadas há muito tempo.
Muito mesmo.
Para simplificar a vida ás pessoas,mais uma vez,mas também para que a elaboração dos complexos processos eleitorais pudesse ter um cronograma há muito fixado.
Porque com as listas a terem de ser fechadas durante o mês de Agosto qualquer leigo na matéria percebe bem a dificuldade de que essa tarefa se reveste.
Qual quê.
Quer o primeiro ministro quer o Presidente da República tem-se mostrado completamente insensíveis a isso e estão a arrastar a marcação das eleições até á data limite.
Pode ser uma respeitável,discutível mas respeitável,exibição de poder.
Ok,que seja.
Mas que estão a complicar a vida a muita gente...lá isso estão !
Depois Falamos

13 comentários:

  1. Já deviam ter resolvido Este compasso de espera não tem sentido algum.
    Há decisões difíceis,o que não é o caso.
    A propósito ,lembrei-me de um filme em que a decisão é de uma dor sem termo.
    "Sophie"s Choice" de Alan Pakula,1982

    ResponderEliminar
  2. Caro luis cirilo voce ja sabe o que a casa gasta!(v)

    ResponderEliminar
  3. Democraciazinha.
    Democratazinhos.
    Politicozinhos.
    Governantezinhos.
    E é por isto que estamos sempre,(peço humildemente desculpa pela aberração),fodidinhos...

    ResponderEliminar
  4. Por sentido prático e acima de tudo, por questões financeiras, creio que faria sentido que, com um espaço de tempo tão pequeno entre autárquicas e legislativas, as duas deveriam ser no mesmo dia. Creio que a população, pelo menos o grosso da mesma, sabem bem distinguir as duas e por isso acredito que seria a melhor solução.

    Ainda assim, concordo consigo de que as datas, há muito que deveriam estar definidas.

    ResponderEliminar
  5. "Neste país em diminuitivo, respeitinho é que é preciso."

    Alexandre O'Neill

    ResponderEliminar
  6. As anedotas que já se contaram acerca desta pose. A base era: com tantos tipos aqui tinham logo de pôr este ao pé de mim!

    Realmente vê-se logo que esta malta nunca fez a papelada para entregar em tribunal com as listas de candidatos. nem tem dificuldades em gerir uma casa com um ordenado de 400 euros/mês, onde uma fatia é gasta nestas 'festanças'. Os n/ (des)governantes não sabem respeitar a Res Publica, aliás nem devem saber o que significa, eticamente falando, claro!

    ResponderEliminar
  7. Cara Maria:
    Pois não.
    esse filme é excepcional. Com uma enorme interpretação de Meryl Streep.
    Caro Anónimo:
    Mas era tempo de deixar de gastar.
    Caro José Alves:
    Achei piada ao seu comentário.
    Caro Vimaranes:
    Acredita que misturar autárquicas com legislativas dava muita confusão.
    Vela só naqueles concelhos em que há coligações nas autarquicas mas não nas legislativas.
    Cara mimi:
    Isso é.
    Caro Anónimo:
    Uns piores que outros.
    Mas neste caso demasiado iguais

    ResponderEliminar
  8. Nada de novo..é mais do mesmo, já estou habituado.

    Nota: A foto demonstra bem o estado de espirito entre o PR Cavaco Silva e o PM José Socrates, eles têm um relacionamento FABULOSO! Aqui a musica "quanto mais te bato mais eu gosto de ti" não está a pegar.

    ResponderEliminar
  9. Caro Diogo:
    Cá se fazem cá se pagam.
    De depois de algumas atitudes arrogantes do senhor engenheiro (como no estatutot dos Açores) é natural que o Presidente nem possa vê-lo

    ResponderEliminar
  10. Errado.
    Pode não o poder ver mas ser inteligente q.b.para zelar pelos interesses do estado.
    Mas como em primeiro lugar está o ego de cada um deles,alimentam infantilmente esta falta de atitude dos governantes dum pais.
    Tenham vergonha,tanto Socrates como Cavaco.
    Tenham o minimo minimamente exigivel os politicos que que governam este cada vez mais triste país.

    Cara mimi
    Adorei a sua menção a Alexandre O´Neill.
    Com todo o carinho que tenho adquirido pos si neste blogue,devo dizer-lhe que saúdo essa menção a um grande escritor português.
    Saúdo e saudarei qualquer comentário sobre uma foto em lingua portuguesa,dum lugar português,dum escritor ou de um filme português e afinal temos um realizador com cem anos,por isso havemos de ter aí umas boas centenas de filmes.
    É o tal Portugal em diminuitivo que nenhum de nós diz que quer,mas inapelávelmente contribuimos,nem que seja inconscientemente,para mantermos.
    Mais coisa menos coisa todos estamos habituados a dizer que o que é nacional é que é bom quando falamos de bolachas.
    Cara mimi
    Peço-lhe que jamais pense que isto lhe é dirigido,é a minha forma de ser,aproveito qualquer comentário para dizer o que penso.
    Lêr mimi é como sentir uma leve e envolvente brisa maritima.
    Com todo o respeito e estima.

    ResponderEliminar
  11. Caro Jose Alves:
    Estou de acordo consigo.
    Também acho esta gestão do processeo ,por Cavaco,deveras lamentável.
    E tendo ele um sentido de Estado, e um cucciculum pessoal,incomensuravelmente maior e melhor que Sócrates bem escusavas de se igualar a ele nesta matéria.
    A não ser que existam(é bem possivel) dados que não sejam de conhecimento publico.

    ResponderEliminar
  12. Caro José Alves, neste país de poetas e marinheiros nem sempre os ventos sopram de feição, mas ainda há gente com alma, daquela de que se dizia...

    "Eram de longe.
    Do mar traziam
    o que é do mar: doçura
    e ardor nos olhos fatigados."

    Eugénio de Andrade

    ResponderEliminar