Publiquei, hoje,este artigo no Correio do Minho.
Agitadas andam as águas para os dois maiores clubes do Minho e únicos outsiders credíveis face á ditadura do chamados grandes.
Curiosamente pela mesmíssima razão.
Falta de respeito dos seus ex treinadores pela entidade patronal.
Primeiro foi Jorge Jesus, que curiosamente tal como Cajuda, treinara no Minho os dois maiores clubes da sua carreira de mais de vinte anos até se transferir para o Benfica.
Com contrato assinado, uma época para ser planificada, um clube que contava com os seus serviços face a um compromisso livremente assumido de tudo fez tábua rasa quando de Lisboa lhe acenaram com uma proposta que acredito irrecusável.
Foi para o Benfica.
Por quanto tempo logo se verá.
Mas deixou “feridos” um clube, uma direcção e uns adeptos que sempre o tinham tratado bem.
Quando o encantamento pelo SLB terminar, e os treinadores lá não costumam durar mais de uma ano, voltará ao seu mundo.
O mundo real de um treinador da sua dimensão.
E então será tempo de avaliar os danos colaterais da forma como abandonou o Sporting de Braga.
Manuel Cajuda não é um caso muito diferente.
Vitória e Braga foram, até á data, os melhores clubes que treinou numa carreira já bastante longa.
Em Braga foi um treinador de sucesso.
Com algumas polémicas á mistura.
Chegou a Guimarães a meio de uma época terrível, com o clube na II Liga e poucas perspectivas de subir, e com um trabalho notável (a par de um estranho hara quiri do Rio Ave) conseguiu a subida de divisão.
Contrariamente ao que alguns esperavam o facto de ser muito conotado com o velho rival não obstou (como não obstara com Quinito anos atrás) a que se transformasse num ídolo para todos os sócios e adeptos do clube.
Essencialmente porque devolvera o Vitória a um escalão de onde nunca deveria ter saído.
O ano seguinte foi também ele de glória com o apuramento para a pré eliminatória da Liga dos Campeões (que só não foi apuramento directo porque os árbitros não deixaram) e um excelente terceiro lugar no campeonato.
Contrariamente ao que se esperava foi o princípio do fim confirmando o velho provérbio romano de que do Coliseu á rocha Tarpeia vai um pequeno passo.
Divergências com a direcção, praticamente desde a pré temporada, á volta da formação do plantel, dos reforços e dispensas e da estruturação da época.
Depois, quando toda a gente via que o plantel estava mais fraco, um conjunto de declarações a soarem a falso quer quanto á valia dos jogadores de que dispunha quer quanto a quem fazia ou não falta.
E assim foi a época toda.
Perdida a ida a´Champions, perdida a fase de grupos da Uefa, eliminados da taça da Liga e da taça de Portugal (em casa frente ao Amadora) com um campeonato muito abaixo das expectativas percebia-se que o ambiente entre treinador e direcção estava muito longe de ser o melhor.
Em Janeiro, quando o clube faz um sério esforço de reforçar a equipa, assiste-se a inacreditáveis declarações do treinador sobre a “porcaria” (sic) que já tinha no plantel a par da recusa em aceitar reforços propostos pela direcção.
Silvestre Varela, então no Amadora e já contratado pelo Porto, é o exemplo mais chocante.
Outros houve.
Até ao final de época foi sempre assim.
Entrevistas equivocas, declarações por meias palavras, muitos subentendidos, cartas aos jornalistas todo um adensar das divergências com a direcção.
A tudo Emílio Macedo resistiu com uma paciência que não é por demais louvar.
Outros há muito que teriam “explodido”.
Mas tudo tem um limite.
E a entrevista a “O Jogo” é deselegante para com o presidente, abusiva para com a direcção, desrespeitosa para com o clube.
Cajuda, funcionário do Vitória, não tinha na sua esfera de competência o pronunciar-se sobre decisões da direcção, gestos do Presidente, clausulas que não tinha exigido para o seu contrato.
Se não exigiu, ao celebrar contrato com a direcção de Vítor Magalhães, prémio de subida terá sido porque não acreditava que naquela época ainda fosse possível subir.
Não lhe retira o mérito de o ter conseguido mas esvazia todos os discursos que fez sobre o assunto dizendo que sempre acreditou.
A rescisão de contrato é a decisão que melhor defende os interesses do Vitória.
Porque era completamente inaceitável manter como treinador alguém que ainda antes da pré temporada já reincidia nas provocações a quem foi eleito, pelos sócios, para dirigir o clube.
Tenho pena, por tudo que fez pelo Vitoria, que Cajuda tenha saído desta forma.
Mas foi ele que escolheu a porta de saída.
Pequena!
BOLA CHEIA
Nelson Évora e Naide Gomes
Dois atletas portugueses, de nível mundial, que nos recentes europeus voltaram a conquistar triunfos para o nosso país.
Num país em que nos últimos tempos só se ouve falar de Ronaldo é bom constatar a existência de outros desportistas portugueses de sucesso.
BOLA VAZIA
Com a pré temporada prestes a começar para alguns clubes continua sem se saber qual o quadro de clubes participantes na I Liga.
Adensam-se as interrogações sobre Amadora e Setúbal entre outros.
Só mesmo em Portugal!
Curiosamente pela mesmíssima razão.
Falta de respeito dos seus ex treinadores pela entidade patronal.
Primeiro foi Jorge Jesus, que curiosamente tal como Cajuda, treinara no Minho os dois maiores clubes da sua carreira de mais de vinte anos até se transferir para o Benfica.
Com contrato assinado, uma época para ser planificada, um clube que contava com os seus serviços face a um compromisso livremente assumido de tudo fez tábua rasa quando de Lisboa lhe acenaram com uma proposta que acredito irrecusável.
Foi para o Benfica.
Por quanto tempo logo se verá.
Mas deixou “feridos” um clube, uma direcção e uns adeptos que sempre o tinham tratado bem.
Quando o encantamento pelo SLB terminar, e os treinadores lá não costumam durar mais de uma ano, voltará ao seu mundo.
O mundo real de um treinador da sua dimensão.
E então será tempo de avaliar os danos colaterais da forma como abandonou o Sporting de Braga.
Manuel Cajuda não é um caso muito diferente.
Vitória e Braga foram, até á data, os melhores clubes que treinou numa carreira já bastante longa.
Em Braga foi um treinador de sucesso.
Com algumas polémicas á mistura.
Chegou a Guimarães a meio de uma época terrível, com o clube na II Liga e poucas perspectivas de subir, e com um trabalho notável (a par de um estranho hara quiri do Rio Ave) conseguiu a subida de divisão.
Contrariamente ao que alguns esperavam o facto de ser muito conotado com o velho rival não obstou (como não obstara com Quinito anos atrás) a que se transformasse num ídolo para todos os sócios e adeptos do clube.
Essencialmente porque devolvera o Vitória a um escalão de onde nunca deveria ter saído.
O ano seguinte foi também ele de glória com o apuramento para a pré eliminatória da Liga dos Campeões (que só não foi apuramento directo porque os árbitros não deixaram) e um excelente terceiro lugar no campeonato.
Contrariamente ao que se esperava foi o princípio do fim confirmando o velho provérbio romano de que do Coliseu á rocha Tarpeia vai um pequeno passo.
Divergências com a direcção, praticamente desde a pré temporada, á volta da formação do plantel, dos reforços e dispensas e da estruturação da época.
Depois, quando toda a gente via que o plantel estava mais fraco, um conjunto de declarações a soarem a falso quer quanto á valia dos jogadores de que dispunha quer quanto a quem fazia ou não falta.
E assim foi a época toda.
Perdida a ida a´Champions, perdida a fase de grupos da Uefa, eliminados da taça da Liga e da taça de Portugal (em casa frente ao Amadora) com um campeonato muito abaixo das expectativas percebia-se que o ambiente entre treinador e direcção estava muito longe de ser o melhor.
Em Janeiro, quando o clube faz um sério esforço de reforçar a equipa, assiste-se a inacreditáveis declarações do treinador sobre a “porcaria” (sic) que já tinha no plantel a par da recusa em aceitar reforços propostos pela direcção.
Silvestre Varela, então no Amadora e já contratado pelo Porto, é o exemplo mais chocante.
Outros houve.
Até ao final de época foi sempre assim.
Entrevistas equivocas, declarações por meias palavras, muitos subentendidos, cartas aos jornalistas todo um adensar das divergências com a direcção.
A tudo Emílio Macedo resistiu com uma paciência que não é por demais louvar.
Outros há muito que teriam “explodido”.
Mas tudo tem um limite.
E a entrevista a “O Jogo” é deselegante para com o presidente, abusiva para com a direcção, desrespeitosa para com o clube.
Cajuda, funcionário do Vitória, não tinha na sua esfera de competência o pronunciar-se sobre decisões da direcção, gestos do Presidente, clausulas que não tinha exigido para o seu contrato.
Se não exigiu, ao celebrar contrato com a direcção de Vítor Magalhães, prémio de subida terá sido porque não acreditava que naquela época ainda fosse possível subir.
Não lhe retira o mérito de o ter conseguido mas esvazia todos os discursos que fez sobre o assunto dizendo que sempre acreditou.
A rescisão de contrato é a decisão que melhor defende os interesses do Vitória.
Porque era completamente inaceitável manter como treinador alguém que ainda antes da pré temporada já reincidia nas provocações a quem foi eleito, pelos sócios, para dirigir o clube.
Tenho pena, por tudo que fez pelo Vitoria, que Cajuda tenha saído desta forma.
Mas foi ele que escolheu a porta de saída.
Pequena!
BOLA CHEIA
Nelson Évora e Naide Gomes
Dois atletas portugueses, de nível mundial, que nos recentes europeus voltaram a conquistar triunfos para o nosso país.
Num país em que nos últimos tempos só se ouve falar de Ronaldo é bom constatar a existência de outros desportistas portugueses de sucesso.
BOLA VAZIA
Com a pré temporada prestes a começar para alguns clubes continua sem se saber qual o quadro de clubes participantes na I Liga.
Adensam-se as interrogações sobre Amadora e Setúbal entre outros.
Só mesmo em Portugal!
O problema de manuel cajuda é nao ser humilde e sobretudo inteligente o fim de cajuda começou a meio da epoca passada o k se passou eu nao sei mas todos nota-mos k ele mudou lembram-se"dou um murro na mesa ou parto a mesa ou o pulso"se havia problemas punha o lugar a disposiçao,mas nao agarrou-se ao lugar nao respeitando a instituiçao vitoria com declaraçoes e entrevistas visando minar a direçao de emilio macedo se calhar pensava ser um deus em guimaraes mas estava muito enganado aqui so se adora a cidade e o clube nao pessoas ,e agora senhor cajuda va a sua vida deixe o vitoria em paz e lembre-se emilio macedo pode cometer erros ma é dos nossos voce era um contratado na familia so tinha k a respeitar mas a sua arrogancia é tanta k o cegou.
ResponderEliminarManuel cajuda conseguiu o mais dificil ter o respeito do universo vitoriano k jamais o esqueceriam,como foi possivel tamanha ingratidao,as tantas pensava k o vitoria nao existia antes dele e se saisse acabava!
ResponderEliminarAnónimos:
ResponderEliminarCreio que acertaram numa das razões que levaram a este desfecho.
Cajuda deslumbrou-se e achou que o Vitória era ele e que,portanto,tudo lhe era permitido.
Enganou-se.
E talvez agora perceba melhor a sucessão de erros que cometeu.Mas é tarde.
Caro luis cirillo eu so nao percebo como é k uma cidade como guimaraes e o seu clube nao conseguem arranjar ninguem decente,integra e com personalidade forte para dirgir os destinos do clube a pensar no presente e no futuro sera medo?
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarAcho que o presidente Emilio Macedo é uma pessoa decente e integra que tem feito o melhor que lhe é possivel.
Agora a verdade é que cada vez mais é dificil encontrar quem queira ser dirigente de clubes de futebol.
Falo em relação ao tal perfil de decência e integridade.
Porque ,para além de toda a suspeição que recai sobre os dirigentes e que já dissuade as pessoas de se meterem no dirigismo.existe uma exigência a nivel de adeptos que é cada vez mais incompativel com as disponibilidades orçamentais dos clubes.
E ninguém está para ser mal tratado e até achincalhado como acontece cada vez mais.
É verdade,caro Luis Cirilo,é verdade e é lamentavel a falta de cultura que ainda existe entre nós vitorianos,como foi amplamente comprovado na ultima assembleia.
ResponderEliminarLiberdade não é isto.
Ou há respeito na liberdade ou então prefiro muito claramente uma ditadura.
A direcção meteu água por ter insistido na votação do arrendamento,devia ter adiado a votação,Emilio Macedo meteu água porque devia ter respondido ás perguntas,embora reconheça ser preciso um grande poder de encaixe para o fazer após ter sido tão violentamente insultado na sua integridade pessoal.
Há gente na nossa cidade que tinha tudo para serem civilizados, mas não o são e tinham toda a obrigação de o ser,quer pela sua idade,quer pelas suas responsabilidades por serem interventivos na nossa cidade.
Nunca saí tão triste duma assembleia do Vitória,nunca tinha visto vitorianos contra vitorianos e ontem vi.
Realmente mais vale estar na oposição,é mais cómodo e há mais liberdade para ultrapassar todos os limites do razoavel.
Reconheço que é perigoso ser presidente do Vitória,correm-se muitos riscos,sem duvida não o aconselharia a qualquer amigo.
Mas em Março falaremos,quando os actuais lideres da critica permanente derem o tal passo em frente para apresentarem a sua candidatura.
Veremos.
Caro Jose Alves:
ResponderEliminarO assunto da assembleia está focado noutro post,que também já comentou, e por isso aqui apenas lhe digo o seguinte.
A assembleia podia ter sido melhor conduzida é verdade.
Nomeadamente a votação.
O Presidente podia (embora naquele ambiente...) ter dado algumas explicações.
Mas isso é pouco importante face ao que aconteceu.
Eu nao quero ver o Vitória nas mãos da arruaça e o poder na rua.
Porque isso será o principio de um fim rápido.