terça-feira, julho 11, 2023

Tácticas

No futebol , e se calhar bem, tudo se discute.
Treinadores, jogadores, dirigentes, contratações, dispensas, tácticas, arbitragens, Liga, Federação, VAR, lesões, castigos, leis do jogo e toda uma imensidade de coisas que quem acompanha esse desporto sabe bem do que estou a falar.
E por isso poderá parecer, mas não é, um contrasenso dizer-se que gostos não se discutem quando isso se  aplica ao futebol
Mas mesmo no futebol há os gostos que não se discutem.
Que são as preferências de cada um por clube, jogadores, treinadores, tácticas.
Porque discutindo-se tudo cada um tem as suas preferências e essas mesmo com larga discussão não são passíveis de serem alteradas como é bom de ver. E por isso não vale a pena discuti-las.
Por exemplo nas tácticas. 
Que ao longo dos anos tem tido uma continua evolução desde o WM de Herbert Chapman até ao futebol total da "Laranja Mecánica" de Rinus Michels, passando pelo "catenaccio" de Helenio Herrera, e em que o "tiki taka" de Pep Guardiola terá sido até à data a última grande inovação.
E todas elas tem os seus simpatizantes e os seus defensores. Estas e outras.
Pessoalmente , e percebendo que muitas vezes os treinadores tem de adaptar a táctica aos jogadores que tem e não podem jogar na táctica que gostam porque não tem jogadores para isso, gosto claramente dos dois modelos representados nas imagens.
O 4-2-3-1 e o 4-1-3-2.
O primeiro mais cauteloso, digamos assim, com dois médios mais recuados e depois um "10" em apoio ao ponta de lança e dois extremos abertos e o segundo mais ousado em que se troca o segundo médio por um segundo homem de área ainda que jogando mais atrás do ponta de lança mais fixo.
Claro que os dois extremos, num e noutro caso, podem não ser dois extremos puros com um a jogar na linha e outro em terrenos mais interiores mas em qualquer dos casos estamos a falar de quatro defesas e seis homens no meio campo e na frente.
Porque, lá está outro gosto, os sistemas de três centrais mesmo prevendo laterais ofensivos são sistemas de que não gosto nem um bocadinho (azar o meu já sei) porque traduzem regra geral um excesso de cautelas  (para não lhe chamar outra coisa) e o prescindir de mais um médio ou um avançado para dar lugar a um terceiro central.
E qualquer plantel que tenha jogaodres de qualidade nessa posição pode perfeitamente jogar com apenas dois centrais e apostar em jogadores mais adiantados no terreno.
Aliás é essa a principal crítica que faço ao seleccionador nacional Roberto Martinez porque acho um erro com tanto talento que Portugal tem no meio campo e no ataque  "desperdiçar" um homem da frente para jogar com três centrais sem qualquer necessidade.
Mas, lá está, são gostos e cada um tem os seus.
Depois Falamos.

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