segunda-feira, outubro 25, 2021

Contas

No passado sábado o Vitória reuniu em Assembleia Geral.
No decurso da mesma a maioria dos sócios presentes decidiu, com inatacável legitimidade, reprovar o relatório e contas apresentado pela direcção do clube.
Não foi a primeira vez.
Já acontecera este século com as direcções de Pimenta Machado  e Emílio Macedo e não acontecera, miraculosamente, com as de Júlio Mendes onde radicam grande parte dos problemas agora no centro das atenções.
O chumbo nada teve a ver com as contas propriamente ditas porque não foi assente na presunção de que as contas estivessem erradas, não fossem rigorosas ou não retratassem a realidade do clube em termos financeiros.
Foram chumbadas porque a maioria dos associados presentes está descontente com os números do passivo, dos prejuízos do exercício e de uma outra rubrica, como por exemplo, as despesas com pessoal e por isso entendeu que a melhor forma de mostrar o seu descontentamento era reprovarem as contas apresentadas.
Uma espécie, para usar linguagem futebolística, de cartão amarelo à direccção.
Já acontecera no Vitória, acontece noutros clubes (veja-se o caso do Sporting), daí não vem mal nenhum ao mundo.
Inevitavelmente em próxima Assembleia Geral estas mesmas contas ( não existem nem nunca existirão outras) serão tranquilamente aprovadas permitindo ao clube continuar o seu normal relacionamento com Estado, banca, fornecedores e clientes como acontece com qualquer empresa.
Dito isto, e na convicção de que as contas virão a ser aprovadas, importa realçar duas questões que me parecem fundamentais:
Uma é ser claramente percebido que os números são preocupantes, embora sem as tragédias anunciadas que por aí se leêm e ouvem, e importa que sejam invertidos tão depressa quanto possível a bem do clube e da tranquilidade dos associados.
A outra é que assume fundamental importância para tudo isso o plano  de recuperação que a direcção entenda apresentar e no sucesso do qual reside o retomar da boa saúde económica do Vitória Sport Clube.
Agora é o tempo do pragmatismo e dos factos.

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