Imagem: Rubi Shine
Neste Carnaval antecipado, mas sem piada, em que as presidenciais ameaçam tornar-se começa a destacar-se o tabu de MArcelo Rebelo de Sousa que persiste em não revelar se será ou não candidato.
É evidente que estes cinco anos de presidência em que se esforçou por agradar a quase todos em quase tudo, em que pôs em segundo plano o eleitorado que o elegeu para tentar captar o eleitorado mais à esquerda em busca de uma reeleição histórica em termos de resultado, em que apoiou o governo muito para lá da solidariedade institucional indiciam uma clara vontade de recandidatura.
A verdade é que a declaração nesse sentido ainda não surgiu.
Como não surgiu, que se saiba, uma direcção de campanha e uma estrutura de apoio que serão absolutamente indispensáveis se ele realmente avançar.
E a mim, que tenho alguma experiência nestas coisas, começa a causar alguma estranheza essa inacção porque sendo as eleições em 24 de Janeiro o prazo de entrega das candidaturas termina a 24 de Dezembro, ou seja, daqui a menos de um mês!
E sendo candidato MRS tem de recolher as indispensáveis 7.500 assinaturas para formalizar a candidatura junto do tribunal Constitucional.
E se recolher 7.500 assinaturas normalmente já dá um certo trabalho que fará nestes tempos de pandemia, de restrições de circulação, de proibição de reuniões (excepto ao PCP é claro) e da preparação do Natal seja ele como venha a ser.
Mais duas pontes com os feriados de 1 e 8 de Dezembro.
É estranho. E ou MRS não se recandidata (o que me parece altamente improvável) ou para recolher as tais 7.500 assinaturas em três semanas vai ficar "pendurado" nas máquinas de PSD e PS o que não me parece grande princípio para quem quer estar acima dos partidos.
Não sendo grande entusiasta do Carnaval tolero-o no tempo dele. Antes é que não.
E acho tudo isto muito estranho!
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