Com a época desportiva praticamente a meio, e com a reabertura do
mercado de transferências daqui a dois dias, importa fazer um balanço do que
tem sido a temporada do Vitória até hoje e as perspectivas para a segunda
metade da temporada com tudo de decisivo que ela encerra.
No início da época o clube encontrava-se perante a disputa das quatro
competições em que sempre deve estar presente (embora nem sempre isso aconteça)
e que são o campeonato, a taça de Portugal, a taça da liga e a competição
europeia para que se tiver apurado e que normalmente é a liga Europa.
Nesse contexto, e chegados a Dezembro, pode dizer-se que a prestação
da equipa tem sido desigual e com oscilações bastante grandes entre
competições.
Muito bem na taça da Liga onde venceu o seu grupo de forma categórica,
com mais do dobro dos pontos do segundo classificado que foi o Benfica actual
campeão nacional em título, e assegurou a presença na “final four” de Braga a
disputar-se já no próximo mês de Janeiro e onde começará por defrontar o Porto.
Bem no campeonato em que segue na quinta posição a três pontos do
quarto classificado, que é um Famalicão que surpreendeu mas está a perder gaz, e por isso a conquista de um lugar europeu (e
do tal quarto lugar que deve ser nas actuais circunstâncias o seu objectivo
mínimo)está perfeitamente ao seu alcance especialmente se este Janeiro não for
parecido com “Janeiros” anteriores.
Menos bem na Liga Europa onde as exibições foram melhores que os
resultados e acabou eliminado mas deixando a clara sensação de que podia ter
seguido em frente face à forma como se bateu com adversários de outro escalão
financeiro como Arsenal e Eintracht.
Nada bem, pessimamente diria, na Taça de Portugal onde foi
escandalosamente eliminado por um adversário do terceiro escalão fruto de uma
exibição miserável que permitiu ao Sintra Football seguir em frente por ter
sabido aproveitar os erros do Vitória.
Em suma das quatro competições restam duas e nelas o Vitória pode
aspirar a ganhar uma e a conseguir noutra uma classificação que lhe permita
estar uma vez mais na Europa como é sua obrigação.
E vem aí Janeiro o tal mês da reabertura de mercado que todas as
equipas aproveitam para ajustarem o respectivo plantel através de contratações,
transferências, empréstimos e dispensas ao sabor do que às suas equipas
técnicas (e não só...) parece mais adequado.
Não querendo perder tempo a falar do passado direi apenas que nos
últimos anos o período de reabertura do mercado , no que ao Vitória concerne,
foi mais de enfraquecimento da equipa do que de reforço e causou alguns
desgostos aos seus adeptos.
E como será agora?
Desde logo é uma oportunidade de a nova SAD marcar alguma diferença e
fazer deste período uma época de reforço da equipa e de sustentação das
respectivas ambições através de reajustamentos cirúrgicos no plantel.
Começando pelas saídas que terão de ser algumas face a um plantel que
já era excessivamente grande no início da temporada, mesmo com quatro
competições para disputar, e agora com a equipa presente em apenas duas provas
(e uma termina em Janeiro) tem forçosamente de ser encurtado.
Quem sairá?
Face ao que se tem visto penso que dos quatro guarda redes um sairá e
tudo aponta para que Miguel Oliveira possa ser emprestado para jogar com uma
regularidade que no Vitória, neste momento, não terá.
No sector defensivo , que neste momento tem dois jogadores para cada
posição, não me parece que venha a verificar-se alguma saída e espero que
algumas tentações que andam no ar... pelo ar fiquem. Muito mau será se assim
não for.
No meio campo tem o Vitória dez elementos mas as prolongadas lesões de
André André, Wakaso e Joseph fizeram com que outros seis tivessem muitas
oportunidades de jogar.
O restante elemento, Ibrahim Touré, sem um minuto que seja de utilização
tem obviamente a porta de saída escancarada.
Mas com a recuperação dos lesionados (e quanto tempo demorou André André
a recuperar...) continua a haver gente a mais no setor sendo provável que um ou
dois jogadores possam sair por empréstimo perfilando-se André Almeida como uma
dessas possibilidades já que nos seus 19 anos precisa de jogar com
regularidade.
Na dianteira tudo aponta para a saída de Guedes (não sou nada dessa
opinião mas é apenas a minha opinião) podendo ainda sair um dos extremos sendo
as probabilidades maiores os nomes de Ola John ou Rochinha.
Com estas quatro ou cinco saídas o plantel ficará, ainda assim, com
vinte e seis ou vinte e sete jogadores um número ainda ligeiramente elevado e
que não abre portas à entrada de mais ninguém.
Que para acontecer terá de ser a contrapartida a transferências, e não
empréstimos ou dispensas (que é do que vimos falando), sendo os alvos mais
evidentes de cobiça nomes como Tapsoba, Davidson e Edwards que são aqueles que
mais se tem destacado nesta primeira metade da temporada.
Sendo certo que a saída de qualquer deles será um rude golpe para as
ambições da equipa. Quanto a possíveis reforços há três jogadores, entre muitos
outros, cujas exibições me fazem crer que poderiam constituir excelentes
reforços para esta equipa do Vitória.
Kraev do Gil Vicente, Mansilla do Vitória FC e Nuno Santos do Rio Ave.
A partir da próxima quarta feira começam as movimentações.
Espero poder concluir, a 31 de Janeiro, que o Vitória estará mais
forte.
Porque se essas movimentações dificilmente terão influência na “final
four” da taça da liga podem ser decisivas para a conquista do quarto lugar.
Aguardemos!
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