Como a imagem que encima este texto e que me apareceu num blogue afecto a clube de Lisboa quando fazia uma pesquisa fotográfica para um artigo que então estava a escrever.
A curiosidade dela é situar sobre uma imagem dos nossos dias (a da direita)a localização dos três últimos estádios do Vitória (Bem-Lhe-Vai-Amorosa e D. Afonso Henriques) que o clube utilizou nos últimos oitenta e cinco anos.
Primeiro o Bem-Lhe Vai (de 1932 a 1946), onde hoje se situa o Centro Comercial Triângulo e anteriormente o quartel dos Bombeiros Voluntários, depois a Amorosa (de 1946 a 1964) onde desde 1975(entre 1964 e 1975 o campo da Amorosa era utilizado pelas camadas jovens e pelas equipas de reservas) se situa a urbanização de nossa Senhora da Conceição e de 1964 até aos nossos dias o estádio D. Afonso Henriques que durante as primeiras décadas foi conhecido como estádio municipal e assim aparece identificado na imagem.
Creio que o facto de os três estádios se situarem na cidade (embora a Amorosa à data da construção fosse ...arredores) é uma das razões que explica o facto de o Vitória ter uma ligação tão profunda com a comunidade, fazer tão parte da sua vida diária, permitir que os vimaranenses vivam o clube com tal paixão que dispensam outras simpatias clubísticas.
Ao contrário do que se vê noutras cidades, próximas e longínquas, em que a tendência foi tirar os estádios do centro das cidades com isso os afastando dos adeptos e dificultando a deslocação dos mesmos para assistirem aos jogos( especialmente dos mais jovens e dos mais idosos)em Guimarães e no Vitória houve sempre o bom senso de manter os recintos bem próximos do centro com todas as vantagens que isso traz.
Repare-se até na curiosidade de na transição do Bem_Lhe-Vai para a Amorosa ter existido um distanciamento em relação ao centro da cidade rapidamente corrigido aquando da construção do Municipal que foi "puxado" para mais perto.
São os tais detalhes que ajudam a fazer a diferença num clube único.
Depois Falamos
2 comentários:
É de facto verdade que esta proximidade física com o centro da cidade tem influência na forma como se vive o clube. Dá gosto ver as ruas do centro da cidade inundadas de gente com cachecóis e camisolas do clube em direcção ao estádio. E não, como noutras cidades, pessoas nas paragens de autocarro à espera de serem levadas para os arredores... Outro detalhe é de que me parece ser o estádio, em Portugal, que melhor se integra urbanisticamente na cidade. O edificio tem uma relação perfeita com a envolvente.
Miguel Silva
Caro Miguel Silva:
Tudo isso que refere contribui para sermos um clube realmente diferente
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