Este livro tem para mim uma história curiosa.
Comprei-o em 2010, vai fazer cinco anos, e só agora o acabei de ler!
Na altura, como pode ler aqui, estava a ler uma monumental biografia de Hitler e já tinha em lista de espera,para além deste livro, biografias de Napoleão, Salazar e Sá Carneiro.
Li-as todas mas a verdade é que esta foi ficando para trás e cedendo a primazia a outras obras que a cada momento me pareciam mais interessantes.
Também porque as primeiras cem páginas, mais coisa menos coisa, são um pouco maçudas e a história custa um pouco a arrancar perdida em detalhes da infância e adolescência de Mao que são pouco interessantes.
Mas semanas atrás decidi-me a deitar olhos à empreitada.
Em boa hora o fiz porque é um livro verdadeiramente fascinante, escrito com base numa investigação profundíssima e meticulosa, que é indispensável para quem quiser perceber em profundidade a História do século 20 chinês.
E por tabela o que foi o papel da China em termos mundiais na segunda metade do século 20 depois de Mao conquistar o poder.
É, obviamente, uma biografia não autorizada escrita depois da morte de Mao e beneficiando de alguma abertura que o regime chinês conheceu durante a liderança de Deng Xiao Ping que permitiu o acesso a arquivos e fontes que de outra forma seria impossível consultar.
E o retrato cru que a obra faz de Mao mostra-o como um dos maiores criminosos da História da humanidade, responsável pela morte de mais de 80 milhões de chineses, a par de Hitler e Estaline mas ultrapassando-os largamente no número de mortes de compatriotas.
É um livro que impressiona.
Porque revela bem as atrocidades cometidas pelo Partido Comunista Chinês e por Mao contra o seu próprio povo e o horror que assolou a China durante os vinte e sete anos de poder absoluto daquele a quem chamaram o "Grande Timoneiro".
Mas vale a pena ler.
São 800 páginas de História.
Depois Falamos
9 comentários:
O meu Amigo pode imaginar, que tendo tido o privilégio de visitar a China várias vezes, a partir de 1963, até à explosão da China moderna, li em tempo oportuno o mesmo livro...em francês.
Este livro, para a escritura do qual Jung Chuang consultou mesmo o Bush (Pai) e Kissinger, e outros do mesmo gabarito e "qualidade ", mereceu dos especialistas da época muitas criticas.
Por exemplo : The Sydney Morning Herald reported that while few commentators "disput[ed] the subject," "some of the world's most eminent scholars of modern Chinese history" had referred to the book as "a gross distortion of the records." Exactamente isso: grande distorsao dos factos".
Jung esqueceu que a China esteve sob controlo dos ocidentais durante anos, que estes os obrigaram a assinar acordos que permitiram a exploração das riquezas chinesas. Entre estes acordos, a guerra do ópio foi a mais abjecta que fizeram os ocidentais a este povo que sempre viveu sob a ditadura feroz dos imperadores. Não explico o sentimento que ainda hoje os Chineses têm em relação a esses tempos, em que bastava enviar una canhoneira subir o Yang-tsé Kiang para impor respeito ao imenso Império. Tempos em que os ocidentais punham cartazes nos jardins das concessões ocidentais de Xhanghaii " Proibido aos chineses e aos cães "! Eu vi-os , Amigo Luis Cirilo. E ainda lá estão.
Claro que depois do que vimos no fim da guerra, em que os EUA queriam impor um dos seus amigos, Chiang kai shek , que se tinha aliado aos Japoneses para combater Mao e os comunistas, a repressão ia ser violenta. E foi-o.
Mao cometeu muitos erros económicos. Os problemas para gerir uma Nação de quase dois biliões de almas, não tem nada a ver com o nosso. O perigo de cometer grandes erros existia, à escala dos problemas a resolver, entre os quais, a fome, era o mais premente, seguido do respeito a impor ao exterior, àqueles que queriam continuar a influenciar a sua politica e o seu futuro. O esforço na Defesa Nacional foi imenso e exigiu imensos sacrifícios. Hoje a China é respeitada e mesmo temida.
Mas acusar Mao das grandes fomes, quando todos os anos as grandes cheias do Rio Amarelo matavam milhões de chineses, e esquecer que foi ele que mandou fazer os trabalhos que protegeram definitivamente o povo desse perigo anual, domesticando o rio, é injusto.
Certos especialistas disseram que, proporcionalmente às populações respectivas, a revolução chinesa fez menos vítimas que a Revolução Francesa. Tratava-se de mudar de sistema económico e de sociedade. Grande tarefa, que Deng prosseguiu, com o resultado actual onde dois sistemas económicos coabitam sob um mesmo regime politico autocràtico.
A primeira vez que fui à China foi em plena Revolução Cultural. Já o expliquei aqui no seu blogue, creio eu. Os únicos automóveis que circulavam em Pequim eram os Zil, soviéticos e ...as bicicletas! Que de caminho percorrido!
Jung e o seu marido, no fundo, eram conservadores, que, apesar de terem nascido sob o regime de Mao, nunca aceitaram a mudança radical de sociedade.
Seria interessante de conhecer o que pensam hoje da China. Há Revoluções que não são compreendidas pelos cidadãos, porque falharam parcialmente no objectivo. A Chinesa não falhou.
Com um abraço.
Freitas Pereira
Esqueci de frisar este ponto, Caro Amigo: Um dos erros de Mao, inflexível na sua ideologia, foi o de ter esquecido o papel motor da classe media na economia. Qualquer que seja o regime, quando se enfraquece o nível económico da classe média, perde-se automaticamente um motor importante, sem o qual a recuperação duma economia é muito mais difícil.
A classe média é fonte de iniciativas e criar incentivos para as iniciativas é mais positivo para o futuro duma nação que de a espoliar dos recursos e da motivação tão necessárias.
Deng Xiao Ping compreendeu-o e aplicou-o.
E é neste aspecto onde a política de austeridade imposta hoje nos nossos países pela política dominante de Berlim é contraproducente. Entre uma ligeira inflação e um ponto de crescimento económico, não pode haver hesitação.
Caro Joaquim de Freitas:
Alguém dizia que matar meia dúzia de pessoas é assassínio e matar uns milhões é estatística!
Dou de barato que os autores do livro tenham exagerado, que sejam conservadores que não se revêem na ditadura de esquerda implantada por Mao, que tenham escrito sobre influência dessas condicionantes.
Se eles atribuem a Mao a responsabilidade por 80 milhões de mortes vamos dar um desconto substancial e admitir que foi responsável apenas por vinte milhões.
Acha pouco?
Que a fome tenha a ver com as cheias do rio amarelo, que as perseguições e campos de extermínio fossem consequência "natural" da guerra civil, que os erros dos ocidentais na China tenham levado a exageros ainda assim acha admissível o que Mao fez ao seu próprio povo?
Logo o meu Amigo que é sempre tão exigente com a democracia americana a quem não "perdoa" nada tem uma atitude tão benevolente para com um ditador que durante 27 anos escravizou o seu próprio povo.
Não é possível dar uma interpretação apenas económica a decisões que contribuiram para que milhões morressem de fome, de perseguições, em campos de extermínio e no horror que foi a chamada "revolução cultural".
A China era e continua a ser uma ditadura onde não existe liberdade de expressão, onde não há imprensa livre, onde são proibidos os partidos politicos e a democracia é uma miragem.
A tese de Deng Xiao Ping "um país dois sistemas" pode ter melhorado a situação económica da China, isso nem discuto, mas o essencial continua a faltar. Liberdade e Democracia.
Caro Luís Cirilo: O facto de constatar que a revolução chinesa não causou, comparativamente, mais vítimas que a revolução francesa, não significa que absolvo. Constato, simplesmente. Como constato que os Europeus, há 70 anos, numa guerra civil europeia, mataram o mesmo número, mais ou menos 60 milhões, para uma população equivalente a metade, na época, à da China. Para mim, a Europa incluía a União Soviética, como a China incluía Formosa, (Taiwan), Hong Kong e Macau.
Os Europeus eram democracias antes do conflito, de alta cultura e não tão miseráveis como eram os Chineses, sob o jugo, então, dum sistema político quase teocrático.
Os Europeus estriparam-se por uma questão puramente de supremacia de raça superior, e de expansão económica e territorial da maior potência económica da Europa, a Alemanha, na qual as oligarquias industrialo-financeiras mundiais fizeram os seus jogos, inerentes ao sistema económico capitalista que os motiva.
Os EUA entraram no conflito por interesses óbvios inerentes ao mesmo sistema: um MERCADO, que não se podia perder, em benefício duma potência concorrente. E por razoes ideológicas para conter o expansionismo comunista eventual. Como fizeram mais tarde no Vietenam.
A Revolução Chinesa teve uma origem completamente diferente. Um povo imenso, que desde há séculos vivia sob o jugo dos proprietários da terra, os funcionários e os comerciantes, únicos letrados, (95% de analfabetos), uma organização piramidal no cume da qual havia um quase deus, o imperador.
Uma miséria congénita, epidemias e milhões de mortos pela fome todos os anos, era a história da China. Ainda tive a oportunidade de visitar algumas comunas rurais para o verificar em 1963.
A sociedade que possuía tudo não podia aceitar de ceder o poder sem combate. A guerra civil que se seguiu após a derrota dos japoneses, visava a mudar esta sociedade. E à escala da nação, o combate só podia ser feroz.
Data desta época a interferência dos EUA no conflito, pelo apoio que deram ao Kuomitang, o seu aliado. Como sempre, os EUA estiveram do lado dos seus interesses e não do lado dos povos. E se a 7a. frota americana navega ainda hoje nas águas de Taiwan é para proteger os mesmos que, derrotados, escaparam para a ilha chinesa. Taiwan, como a Alemanha, transformaram-se nas belas vitrinas do capitalismo que todos conhecem. O imenso poder financeiro americano fez o que devia: mostrar a diferença.
Não, Luís Cirilo, não posso confundir a revolução chinesa, e os seus milhões de mortos lamentáveis, e os desvarios da potência americana que causa centenas de milhares de mortos por todo o lado, para expandir o seu poder, na defesa dos seus interesses económicos.
A destruição do Iraque, da Líbia, os golpes de Estado na América Latina desde séculos, fazem parte da política americana de expansão mundial.
Uma revolução é a mudança dum regime político e social dum Estado pela força. Não pode ser de outra maneira.
Mas o imperialismo exercido por uma potência em tempos de paz, sobre as outras nações, é execrável. Diria a mesma coisa da Alemanha hoje.
(Suite)
Quanto à democracia, por favor, diga-me onde se encontra hoje ! Os "arranjos" no Ocidente, com a democracia são tantos, que esta perdeu a sua cor original. Quando vejo o que fazem os Turcos aos Curdos, sob o "chapéu" da NATO, aliado da democracia (?) ocidental, com o acordo dos EUA!
Quando vejo o Ocidente aliado duma ditadura como a da Arabia Saudita!
Quando vejo como funciona a democracia na UE, nas suas instituições! Oh my God! (Sobre este mundo democrático que é a UE, permito-me de lhe enviar o que escrevi há dias no blogue do Embaixador Seixas da Costa).
E porque me pareceu afectado pela minha posição anti americana em muitos aspectos, permita que lhe diga: Os EUA, que conheço muito bem, são um país muito particular em muitos aspectos. São provavelmente o único país no mundo que nasceu império. Como dizia George Washington e os Pais Fundadores, era um Império Criança.
. O mais liberal dentre eles, Thomas Jefferson pensava que o império criança devia estender-se e transformar-se no "ninho" a partir do qual o continente inteiro seria colonizado. O que significava se libertar dos "vermelhos" (os Índios), os quais foram efectivamente deslocados ou exterminados, Os Negros deviam ser reenviados em Africa desde que nao fossem mais necessários e os Latinos seriam eliminados por uma raça superior.
Cumprimentos
Freitas Pereira
SOBRE A LIBERDADE E A DEMOCRACIA
Ao meu Amigo Luis Cirilo
Quando os Europeus forem capazes de ver a dimensão real do desastre que responde ao nome de "União Europeia" talvez seja possível começar a reconstruir algo de mais sólido. Infelizmente, a grande massa amorfa dos Europeus não "vê" nada.
Ninguém vê a impunidade total da qual beneficiam estes Eurocratas que se escondem por trás do seu projecto absurdo de querer impor uma Europa a marchas forçadas, feita para o benefício vergonhoso de alguns. O lucro retirado pelos alemães da crise grega - 100 mil milhões descoberto agora, é um exemplo.
Que seja através da livre circulação dos bens e das pessoas tornando a concorrência entre cidadãos da UE exacerbada. O picheleiro polaco não é uma legenda! Os trabalhadores portugueses contratados pela France Telecom ,no Sul da França, que vivem em barracas , no local onde trabalham, eu vi-as.
Que seja alargando sempre mais as fronteiras para se aproximar da Rússia com o objectivo de a cercar...onde a sombra dos EUA e da NATO não é um ecrã de fumo, como todos compreenderam.
Que seja criando estas novas fronteiras abertas à irresponsabilidade dum "espaço Shengen" que facilita todos os tráfegos, incluindo o das armas que facilita o terrorismo.
Que seja impondo a países que não estavam prontos para a aceitar, uma moeda comum, cujos estragos colaterais se vêm bem e que os Eurocratas tentam colmatar sem sucesso.
Que seja uma política estrangeira comum impossível a aplicar, onde cada um fala em seu nome próprio.
Que seja os decretos e leis impostos pelos funcionários que não têm a mínima ideia das dificuldades que ressentem os cidadãos ordinários na vida de todos os dias.
Uma grande lista, e o que me revolta mais é que estes funcionários, que causaram e causam tantos prejuízos às populações não são sancionados pelas suas faltas colossais omissões, mentiras, erros, incompetências.
Dá-me a impressão que se contentaram de ter encontrado uma boa ideia no Hino à Alegria de Beethoven e um Euro mal concebido para esconder as realidades desta UE que se desumaniza e na qual os cidadãos não se encontram. Mas, até quando...antes da derrocada deste edifício cujas fundações estão podres?
Acha que isto tem conserto?
Caro Joaquim de Freitas:
Começo pelo fim.
Partilhando dos seus receios de que "isto" não tenha conserto e a União Europeia se encaminhe para um abismo de profundidade desconhecida.
E isso tem muito a ver com aquilo que refere: Um alargamento de fronteiras a qualquer preço e a entrada no euro de países que para ele não estavam preparados.
A que se acrescenta a realidade cada vez mais visível de um governo europeu, composto por burocratas e tecnocratas, longe da realidade dos países periféricos e completamente ignorantes da realidade de cada povo.
Pessoalmente nunca fui, não sou, nem nunca serei um adepto do federalismo.
Defendo uma Europa de nações independentes e soberanas embora não me desagrade o poder circular num espaço europeu sem fronteiras como fazemos actualmente.
Voltemos à China.
Não há mortes "boas".
E muito menos guerras "boas" embora infelizmente existam guerras necessárias nalguns pontos do globo e perante casos especificos.
As duas guerras mundiais, predominantemente disputadas em solo europeu (e no Pacífico é claro), trouxeram um número de morte eventualmente superior ás verificadas na China de Mao é verdade.
Mas foram mortes em consequência de guerras.
Na China foi em tempo de paz, sem guerra contra ninguém, que Mao foi responsável por esse autêntico genocídio contra o seu povo.
Posso concordar com algumas das suas criticas ás democracias europeias e americana e à forma como na prossecução dos seus interesses económicos agiram (e agem) de forma errada em vários ponto do mundo.
África então é um exemplo chocante disso.
O Iraque outro.
Mas os europeus e os americanos tem periodicamente a hipótese de sancionarem politicamente quem entenderem que governa mal o que os chineses nunca puderam fazer quanto a Mao e à sua oligarquia.
E na China não poderíamos ,sequer, ter este troca de opiniões porque a Internet é uma miragem para a esmagadora maioria dos seus habitantes.
Isto tudo não significa que esteja de acordo,porque não estou, com muito do que a América ou os grandes estados europeus fazem nomeadamente com as sinistras amizades que mantém com países que ainda estão no século 15 (para ser simpático) como a Arábia Saudita.
Nem que goste das democracias tal como hoje existem porque são cada vez menos...democracias.
Mas com todos os seus defeitos a democracia ainda é,como dizia Churchill, o pior dos regimes exceptuando todos os outros.
E é por esse prisma que avalio a China de Mao.
P.S: Não fico afectado pelo meu Amigo ter uma posição anti americana em muitos aspectos.
É uma visão do mundo que respeito profundamente até porque conhece a realidade americana muitíssimo melhor do que eu que apenas lá estive duas vezes e de férias.
Apenas não sou tão critico sobre alguns aspectos.
Caro Amigo
Mesmo se aprecio muito de me exprimir no seu blogue e "conversar" consigo, não quero roubar-lhe o seu tempo.
Sobre a China estamos de acordo : muitas mortes podiam ter sido evitadas, segundo o nosso julgamento. Mas podemos realmente analisar os problemas duma Nação , todos os problemas aliás, desta dimensão , com os seus antecedentes: invasão japonesa, guerra civil imposta pelo Kuomitang e a interferência americana , país analfabeto e desorganizado, mudança radical de sistema económico e de sociedade? "O salto para a frente" foi um desastre que custou milhões de mortes de fome.
Dois pontos sobre a sua resposta: A Europa estava em paz em 1914 e 1939. Não havia razão para a guerra civil europeia, excepto a acção das oligarquias industriais e financeiras, que, como sempre, financiaram um louco que se quis vingar de Versalhes e assegurar a predominância da sua raça e do seu povo na Europa. "Deutschland über Alles" . Expansão e pan germanismo.
As guerras civis são sempre uma calamidade. E o número de mortes é sempre inaceitável. Penso por vezes na da Espanha: 1 milhao de mortes. Porquê? A Espanha estava em paz. Mas tinha votado à esquerda, eu sei.
Os mortos das guerras nunca poderão ser justificados. Penso muito nas palavras da secretária de Estado americana Madeleine Albright:, que justificava assim a morte de meio milhão de crianças iraquianas:
" Lesley Stahl :"Nous avons entendu dire que 500.000 enfants sont morts (en Irak). Ca fait plus qu’à Hiroshima. Et, vous savez, est-ce que cela en valait le prix ?
Secrétaire d’Etat US Madeleine Allbright : "Je pense que c’est un choix difficile. Mais le prix - nous pensons que cela en valait le prix."
Entretien télévisé sur CBS 60 minutes, Mai 1996
Tenho uma grande admiração pelo povo americano, pela sua capacidade de inovação e desenvolvimento, pelo patriotismo e pelo amor do trabalho e do esforço. Detesto os seus políticos!
Não posso esquecer : -
Como foi conquistado - massacre dos índios, aparcados nas reservas.
Co organização do tráfego dos Negros, escravatura, racismo e KU Klux Klan
Financiamento do nazismo no início.
2 bombas atómicas desnecessárias (segundo Eisenhower ele mesmo)
Guerra do Vietname durante 20 anos, com bombas de neutrões, a bilhas, fragmentação, napalm, gás laranja, plutónio, urânio, etc, com efeitos visíveis ainda hoje.
Financiamento de Israel para espoliar o povo Palestiniano.
Apoio militar e financeiro a Suharto, Indonésia : 500 000 comunistas executados.
Ditaduras na América do Sul, directamente ou indirectamente: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile, etc.
Bombardeamento da Nicarágua e Salvador.
Guerra do Golfo , pelo petróleo, sob cobertura das AMD !!!!
Guerra do Afeganistão , para escorraçar os Soviéticos e do Iraque.
700 bases militares no mundo.
Orçamento militar superior ao do resto do mundo.
Tortura em Guantanamo e Abou Ghraib.
Politica estrangeira destabilizante para a paz do mundo (apoio ao regime nazi da Ucrânia, por ex. ) visando sempre a ordem unipolar hegemónica.
Qualquer que seja o partido no poder e a cor da pele do presidente, o perigo de hegemonia agressiva existirá sempre.
Caro Joaquim de Freitas:
Cada povo tem os seus "pecados".
Que são tão mais visíveis quanto a dimensão dos respectivos países.
A nação americana tem naturalmente os seus , que são muito e variados nos seus duzentos anos de História, mas tem também imensos méritos que por vezes são esquecidos em função dos erros.
Teve melhores e piores presidentes,é verdade, e politicos de maior e menor dimensão como qualquer país ao longos dos séculos.
Mas quando se pensa nos grandes criminosos do século XX, naqueles que foram responsáveis por muitos milhões de mortes não se encontra nenhum líder americano entre eles.
Há um nazi e dois comunistas.
Hitler,Estaline e Mao.
E com excepção do ultimo que se entreteve a massacrar exclusivamente o seu povo (pese embora umas incursões pela Coreia onde aliás lhe morreu um filho) os outros dois fizeram exactamente aquilo de que acusa os americanos.
Invadiram outros países,apoiaram regimes ditatoriais,ajudaram a derrubar governos legítimos,saquearam riquezas de países invadidos, massacraram populações,ocuparam militarmente (e no caso da URSS por muitos anos) nações independentes,etc.
Os erros de uns não justificam os erros de outros.
Mas no caso de Estaline e Mao retiram à esquerda qualquer pretensa supremacia moral sobre outras áreas politicas.
Será naturalmente desejável que a democracia americana evolua para patamares mais consentâneos com a grandeza da América em tantas outras áreas.
Nisso estamos de acordo.
Mas ao menos nos EUA há uma democracia.
Coisa que China e Rússia estão longe de saberem o que é
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