Antes de mais devo dizer que Luís Duque pelo que fez nos meses que dirigiu a Liga merecia ter vencido as eleições e continuar a liderar o organismo.
Mas nisto de eleições nem sempre ganha quem merece e muitas vezes, como no presente caso, vale mais uma campanha bem feita (com tudo que isso encerra) do que o trabalho feito no cumprimento de um mandato para que se tinha sido escolhido num quase consenso.
Dito isto há que reconhecer que a vitória de Pedro Proença nada tem de surpreendente.
Percebeu-se nas ultimas semanas que a par da recandidatura de Duque vinha sendo construída, com grande discrição, uma alternativa que pudesse reunir os descontentamentos que sempre existem com os que pretendiam um novo equilíbrio de forças no seio da Liga.
E para quem conhecer a forma como o Porto se movimenta nestas questões do poder do futebol cedo se tornou fácil perceber que uma alternativa em que Pinto da Costa apostasse teria sempre grandes possibilidades de vencer.
Porque já não sendo o FCP a "fortaleza inexpugnável" de outros tempos é ainda assim uma força poderosa e liderada por um homem que sabe muito de futebol quer do jogado quer do praticado nos bastidores.
Se a isso juntarmos o apoio da grande "eminência parda" do nosso futebol, o sempre presente Joaquim Oliveira, percebe-se que a candidatura opositora a Luís Duque estava a mexer-se em todos os tabuleiros decisivos.
Se a isso juntarmos o apoio da grande "eminência parda" do nosso futebol, o sempre presente Joaquim Oliveira, percebe-se que a candidatura opositora a Luís Duque estava a mexer-se em todos os tabuleiros decisivos.
Natural por isso que a candidatura de Proença tenha ganho apoios diversos na 1ª liga (12 clubes ao que se diz) e na 2º liga.
A que o apoio da APAF, e é preciso ser muito palerma para não perceber o que esse apoio significava em termos de "sugestão", deu o empurrão decisivo para um triunfo que tem de ser aceitar como perfeitamente natural.
Resta dizer que Proença pode vir a fazer um bom mandato, até pela enorme experiência que tem do futebol nacional e internacional, mas para isso terá de unir a Liga em volta da sua liderança e do projecto que apresentou.
E isso pode não ser fácil.
Depois Falamos
P.S: Claro que o próximo passo de Pedro Proença (e dos seus apoiantes) será a conquista da FPF.
Mas isso é mais lá para diante...
1 comentário:
Este resultado demonstra a honestidade de quem manda nos clubes portugueses. A lista de Luís Duque é derrotada poucas semanas após a assinatura de um documento em que a esmagadora maioria dos dirigentes apoiaram as medidas tomadas por Luís Duque nestes meses de mandato.
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