Cada militante do PSD e cada militante do CDS tem o direito legítimo de terem a sua opinião sobre o governo, a coligação, a decisão de ambos os partidos irem juntos ao acto eleitoral de Outubro e não separados como no passado tantas vezes sucedeu.
Acontece que a 25 de Abril ambos os partidos anunciaram ao país a formação de uma coligação pré eleitoral que levará a votos não só um programa e listas comuns como porá à avaliação dos portugueses o legado de quatro anos de governo.
E assim sendo nada há para discutir sobre uma decisão tomada pelos líderes e ratificada pelos orgãos próprios dos dois partidos.
Há é que reforçar a solidariedade e coesão entre as partes, construir um bom programa eleitoral e constituir listas de deputados que sejam uma clara mais valia para a coligação e não um ónus politico como ás vezes acontece.
Por isso se estranha, e muito, este episódio de uma biografia de Passos Coelho agora lançada e que em nada contribui para os propósitos atrás enunciados.
Por um lado porque é uma biografia desagradável nalgumas passagens para o líder do CDS.
Por outro porque não percebo qual é o ganho de causa de se vir agora lembrar o episódio mais negativo destes quatro anos de governação no que ás relações entre lideres/partidos diz respeito.
Finalmente porque este episódio, ainda por cima neste momento, vai deixar sequelas e apenas serve para inquinar as relações entre ambos os partidos e respectivos líderes.
E sendo uma biografia autorizada e escrita por uma assessora do grupo parlamentar do PSD ainda se percebe menos o timing, a utilidade e a necessidade de uma publicação deste género a cinco meses das eleições legislativas.
Agências de comunicação bem pagas, comissões de coordenação da coligação para gerirem politicamente a candidatura, criticas ás divisões internas no PS e depois aparece "isto".
Tão escusadinho era...
Depois Falamos.
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