Embora já desconfiasse por experiências anteriores.
Eu só tenho um clube.
Vitória Sport Clube.
Mas depois, noutros países, tenho simpatia por alguns clubes pelas mais diferentes razões e sem que isso colida minimamente com o "meu" clube.
Em Espanha simpatizo com Barcelona e Atlético de Bilbau.
Em Inglaterra com Liverpool e Newcastle embora com Mourinho no Chelsea também simpatize com esse clube.
Em Itália o Nápoles e o Milan.
No Brasil o Corinthians.
Na Argentina o Boca Juniores.
Mas são simpatias que não me aquecem nem arrefecem e confesso que vivo os resultados desses clubes com um fair play que não consigo ter para com os insucessos do Vitória.
Só que agora, vá-se lá saber porquê, andam pelas redes sociais uns fanáticos do Real Madrid completamente incapazes de aceitarem derrotas e reconhecerem méritos e que na defesa do seu(vá-se lá saber porquê) clube não tem limites na argumentação.
Um fanatismo tão ridículo quanto absurdo.
Que vai até aos estafadissimos argumentos da arbitragem tão em voga nas discussões domésticas a três cores...
E se calhar do lado do Barcelona passa-se o mesmo.
Eu simpatizo com o Barcelona mas não detesto o Real Madrid.
Especialmente nestes tempos em que lá joga Ronaldo.
E se ontem o resultado tivesse sido ao contrário, e podia ter sido, de certeza que não ia para as redes sociais insultar os festivos adeptos do clube de Madrid.
A verdade é que as redes sociais são campo fértil para a malcriadice, a estupidez e a calúnia.
Bem como para o surgimento de uma geração de heróis do teclado".
Boa sorte.
Continuarei a gostar do Barcelona e a trocar ideias com quem gosta do Real Madrid e o faz de forma civilizada.
Os outros, os que levam para Espanha os comportamentos que em Portugal caracterizam o "diálogo" entre portistas e benfiquistas, esses vão ter de arranjar outro poiso.
Na minha página de facebook entrei em regime de tolerância zero para quem não sabe debater civilizadamente ideias diferentes.
Depois Falamos
2 comentários:
Caro Sr. Luís Cirilo,
Você anda nervoso e tem motivos para isso. Anda como eu se o assunto se chamar Vitória. Naquilo que escreve, ambos divergimos apenas numa coisa. Simpatizo com o Real de Madrid, mas não detesto o Barcelona. E até chego a sonhar em ver Ronaldo e Messi a jogar juntos, na mesma equipa, o que nunca será compatível nas circunstâncias actuais e até mesmo futuras.
A discussão sobre vários assuntos no facebook, twitter, linkedin, viadeco, instagram, ziki ou sejá lá o que for, é sempre salutar desde que haja respeito. Faltando o respeito, os amigos virtuais são fáceis de banir ou bloquear. É o que eu faço. Estou do seu lado porque acima das nossas opiniões estão as pessoas, os valores, os sentimentos em vez das motivações perigosas e desvirtuantes.
Nenhum insulto ou coacção é mais forte do que a paixão, a emoção e o sentimentos que se transmite às pessoas por bem.
Isto que se passou consigo, lembra-me o caso que se passa na turma da minha filha. O pai de um dos alunos, proveniente de uma das famílias tradicionais de Guimarães, entendeu educar a rebeldia compulsiva do filho com coças de meia noite. Erro crasso. Apesar de bom político, dotes de oratória em café e ser tido em conta em muitos fóruns de discussão online, onde o leio em aturadas conversas de lana caprina, o homem optou por ir vivendo com aparência de duas caras, contrária àquela que caracteriza historicamente os vimaranses. Uma cara de simpatia para o público e outra de mau viver em casa porque se tornou incapaz de lidar com um problema que seria resolvido com compreensão, respeito mútuo e amor. Nada disto aconteceria se ele tivesse recebido da tal família tradicional todos os valores que definem os homens bons e simplesmente os tivesse partilhado com o filho.
Resultado: nem lhe conto. O filho dele torna-se cada vez mais um revoltado com os outros, mal-criado, irresponsável, capaz de extorsão aos colegas mais fracos e de um atrevimneto sem precedentes. Sem medo, sem coração. Um comportamento traduzido por uma sucessão de faltas de respeito. Sem rei, nem roque. Sem eira, nem beira. Por culpa do pai.
É um rapaz sem medo. Destemido e treinado para enfretar os problemas através das piores soluções. Está a dar filho aquilo que recebeu do pai dele.
Portanto se há maus homens e más mulheres na redes sociais, há sempre uma explicação. São revoltados desde o berço difícil que tiveram, e que agora assumem posturas iguais, sem medo, sem respeito pelos outros. Depois perderam a vergonha de defender as ideias tontas que defendem online para terem o protagonismo efémero de figura pública e de ficarem bem vistos. Pensam eles.
O medo é um seguro de vida que as pessoas que andam pelas redes sociais desconhecem. Perderam a noção do ridículo e de quão fácil ir bater-lhes à porta no dia seguinte e ajustar contas como se fazia à antiga com quem escreve todas barbaridades que lhe vem à cabeça.
A privacidade é algo que eu prezo. Defendo-a até à exaustão. Não invejo, Sr. Luis Cirilo, a sua faceta de figura pública, capaz de despertar em alguns falhados o seu lado mais cruel na ânsia de um protagonismo que os enterra ainda mais no "mundo cão" em que foram criados.
Sr. Cirilo, diante de todos os pais que fazem dos filhos gato sapato, batem nos pais, nas mulheres, enfim, e até na parede, descarregando as suas frustrações nas redes socias por trás de uma cortina, somos uns felizardos.
Vamos andando e vamos vendo.
Quim Rolhas
Caro Quim Rolhas:
Totalmente de acordo com o seu excelente comentário.
Subscrevo por baixo.
Enviar um comentário