Não sei se a actual crise vai ou não "matar" o governo.
Presumo que não mas pode ser que sim.
Mas se há alguém que esta crise já deixou de rastos, em termos políticos e de credibilidade,é o líder do PS António José Seguro que mostrou até á exaustão que não tem o estofo necessário a quem quer ser uma alternativa politica credível.
È hoje claro, para quem não usar palas, que na negociação tripartida imposta pelo presidente da república os partidos do governo estavam por convicção e o PS apenas e só por conveniência e táctica politica.
Na louca ilusão de que podia agradar a Deus e ao Diabo.
Ou seja, não afrontar o Presidente com uma recusa de negociações mas também não desagradar á ala esquerda do partido e aos partidos da esquerda mais radical.
E por isso "negociou", apresentando propostas inaceitáveis e que nos mantinham no caminho que nos trouxe até aqui (despesismo e mais despesismo) e simultâneamente votou favoravelmente a moção de censura do "escarro da democracia" que esta semana foi apresentada no Parlamento.
Pelo caminho Seguro ainda deixou uma clara sensação de não passar de uma marioneta manipulada pelos anciãos socialistas (Soares e Alegre) que não tiveram pejo nenhum em virem a público, durante as negociações, condicionar o líder(?) socialista de forma inaceitável para quem tenha vergonha na cara.
Soares ameaçando-o com cisões internas e Alegre divulgando que Seguro lhe tinha garantido que não faria acordos com o governo.
Por isso quando Seguro apareceu nos telejornais anunciando o fracasso das negociações, no que aliás foi uma clara descortesia para com o presidente da república que bem deve ter agradado aos seus manipuladores, já não admirou ninguém.
Porque em boa verdade Seguro e o PS andaram toda a semana a trabalharem para aquele desfecho que era o único que lhes interessava:
Poderem aparecer em "prime time" a piscarem descaradamente o olho ao eleitorado de esquerda recusando um acordo com os "malvados" do governo e mandando ás "urtigas" o apelo presidencial.
Teve os seus cinco minutos de fama.
E um dia até pode ser primeiro ministro.
Pode.
Mas nunca será um homem de Estado!
Porque para isso falta-lhe dimensão, coragem e substância.
E espero que a maioria dos portugueses perceba isso a tempo.
Depois Falamos
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2 comentários:
Não sei se foram pressões ou tática partidária, mas as propostas do ps eram ridículas e inviáveis
Caro Marco:
Tacticazinha apenas. O PS nunca quis fazer acordo nenhum mas não quis assumi-lo e por isso arranjou maneira de PSD e CDS não poderem aceitar o que propunha.
Que era,na boa linha socialista que nos trouxe até esta crise, despesa e mais despesa
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