Amanha celebra-se mais um aniversário do 25 de Abril.
Mais propriamente o trigésimo oitavo.
Tempo de remeter a data para o seu contexto histórico em vez de teimosamente se insistir em celebrações que já pouco sentido fazem atendendo ao tempo entretanto decorrido.
Não se leia nisto nehum tipo de oposição ou critica ao que aconteceu neesse longinquo 1974.
A conquista da lberdade e o fim da ditadura nunca serão notas de rodapé na História.
Mas um país em que não se celebra nacionalmente a conquista da independência(1128) e se deixou de celebrar a sua reconquista (1640) que sentido faz comemorar aquilo que foi "apenas" uma saudável mudança de regime ?
Aliás como o 5 de Outubro.
Em que se comemora a transição da monarquia para a república mas em que é impossivel olvidar o muito que a instituição monárquica deu a este país em 800 anos de História.
Algumas das figuras mais importantes no existir Portugal e no seu papel perante o mundo foram os Reis.
D.Afonso Henriques, D.Dinis, D.João I, D.João II, D.Manuel I, D.João IV entre outros foram determinantes na nossa gesta colectiva.
Por isso entendo que há comemorações e comemorações.
E a do 25 de Abril começa a roçar o patético.
Não porque a data não tenha importância.
Mas porque é cada vez mais caricato que alguns dos protagonistas desses tempos queiram hoje, quem sabe se ao sabor de memórias confusas, recriar espiritos,palavras de ordem e estados animicos que já não tem sentido nenhum.
Personagens como os dois retratados satiricamente pelo blogue "We have kaos in the garden", o famoso Otelo ou o inefável Vasco Lourenço (nunca me lembro do seu posto militar tantos os que teve...) já tem idade para terem juizo e não andarem por ai com tiradas pseudo revolucionárias.
Porque ao contrário do que pensam não são "donos" da data.
Apenas interpretes, e quantas vezes bem errados, destes 38 anos dela decorridos.
Depois Falamos
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12 comentários:
Oh Snrs Mário Soares, Manuel Alegre e Vasco Lourenço, p.f. me digam a quem serviu o “depois de Abril de 1974”? Eu penso que essencialmente àqueles que não sabem vergar a mola e que toda a vida viveram às custas de quem durante anos "produziu". Descontei durante 48 anos,para agora pagar para os privilégios de uns quantos moradores nas Empresas P. P.. (Assaltaram) bancos com autorização dos governos e nacionalizaram os assaltos! E foi este Abril que nos ofereceram. Porque não defenderam ABRIL SEMPRE? É só a conta- gotas, ou então é só quando estão a tocar no seu bolso? Tratem-se e vão a médicos Cubanos que são de maior confiança.
Estou totalmente de acordo. Nao teria dito melhor. Dai que, com a sua permissao, partilhei nas redes sociais este post. Abraco
"Afinal, celebrar um regime que por 3 vezes nos submete à humilhação de termos que recorrer a uma intervenção externa, deixando a soberania portuguesa em mãos estrangeiras, parece-me coisa de gente esquizofrénica."
Apanhado algures na blogosfera.
Caro SIlva:
De facto há pessoas.como os que refere, que andam com muita falta de memória. E de vergonha também.
Caro Luis:
Partilhe à vontade. Abraço.
Caro Anónimo:
Há coisas que o tempo se encarregará de por no seu lugar.
Eu defendo o 25 de Abril pela conquista da liberdade.
Mas o "meu" capitão de Abril é Salgueiro Maia não Vasco Lourenço.
Olha que dois...
Venha o Dyabo e escolha!
Ah...os capitães de Abril, todos, de todos os quadrantes, estão bem retratados num poema de Joaquim Paço d´Arcos de 10/6/75.
o 25 de Abril a Soares serviu para ter todas as mordomias que se conhecem sem prejuizo da importancia que teve na consolidação democrática. A Alegre serviu para viver sem trabalhar durante quase 40 anos. e ainda se queixam...
Caro JPO:
Se calhar até o diabo tinha dificuldade em escolher.
Caro Anonimo:
Não conheço.
Caro J.B.Lopes:
Não será tanto assim...
Se não conhece aí vai ele:
"25 de Abril de 1974
Duzentos capitães! Não os das caravelas,
Não os heróis das descobertas e conquistas,
A Cruz de Cristo erguida sobre as velas
Como um altar
Que os nossos marinheiros levavam pelo mar
À terra inteira!
(Ó esfera armilar.
Que fazes hoje tu nessa bandeira?)
Ó marujos do sonho e da aventura,
Ó soldados da nossa antiga glória,
Por vós o Tejo chora,
Por vós põe luto a nossa História!
Duzentos capitães! Não os de outrora...
Duzentos capitães destes de agora,
(Pobres inconscientes)
Levando hílares, ufanos e contentes
A Pátria à sepultura,
Sem sequer se mostrarem compungidos
Como é dever dos soldados vencidos.
Soldados que sem serem batidos
Abandonaram terras, armas e bandeiras,
Populações inteiras
Pretos, brancos, mestiços
(Milagre português da nossa raça)
Ao extermínio feroz da populaça,
Ó capitães traidores dum grande ideal
Que tendo herdado um Portugal
Longínquo e ilimitado como o mar
Cuja bandeira, a tremular,
Assinalava o infinito português
Sob a imensidade do céu,
Legais a vossos filhos um Portugal pigmeu,
Um Portugal em miniatura,
Um Portugal de escravos
Enterrado num caixão d’apodrecidos cravos!
Ó tristes capitães ufanos da derrota,
Ó herdeiros anões de Aljubarrota,
Para vossa vergonha e maldição
Vossos filhos mais tarde ocultarão
Os vossos apelidos d'ignomínia...
Ó bastardos duma raça de heróis,
Para vossa punição
Vossos filhos morrerão
Espanhóis!
10 de Junho de 1975 (antigamente Dia da Raça).
Joaquim Paço D'Arcos"
Caro Anónimo:
Obrigado-
Li-o com todo o interesse
25 abril 2013
E um ano após, passado...
Ao luar da Lua Cheia
Que depois das sete e meia
Deste dia malfadado
Que aos Cravas deu barriga,
Ficamos como formiga
Ou bichinho centopeia
Apoiado em perna e meia
Por ter sido atropelado!!!
25 abril 2013
E um ano após, passado...
Ao luar da Lua Cheia
Que depois das sete e meia
Deste dia malfadado
Que aos Cravas deu barriga,
Ficamos como formiga
Ou bichinho centopeia
Apoiado em perna e meia
Por ter sido atropelado!!!
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