E com o frente a frente entre Cavaco Silva e Manuel Alegre terminaram os debates presidenciais mais aborrecidos desde a reeleição de Mário Soares em 2001.
Agora,como na altura, sabe-se quem vai ganhar tranquilamente as eleições.
Agora,como na altura, o presidente candidato á reeleição não tem competidores que dêem sequer a ideia de que disputam a vitória.
Agora,como na altura, o apoio do partido do governo a um candidato é táctico mas não convicto.
Agora,como na altura,os lugares no pódio estão definidos e os adversários preocupam-se mais em afirmar-se pelo ruído (a exemplo das tristes prestações de Basílio Horta) do que por um projecto alternativo.
Fiquei com a ideia de que o trio Alegre/Nobre/Moura tem apenas uma vaga ideia do que é ser presidente da república tal a inconsistência das ideias e a fantasia de que revestem a forma como exerceriam(quanta ilusão) o cargo se alguma vez os portugueses caíssem na tonteria de eleger um deles.
O camarada Xico Lopes,esse sim,tem ideias claras quanto á forma como exerceria a presidência.
Infelizmente, para ele ,o muro de Berlim caiu há vinte e um anos embora admita que no PCP façam um tremendo esforço para ignorar o facto.
Foram uns debates monótonos.
De que os portugueses olimpicamente se alhearam.
Mas convenhamos que, em linguagem futebolistica para ser clarinho,pôr o Barcelona a jogar na Liga Orangina é pouco interessante para os shares televisivos.
Não porque a competência do Barça não merecesse ser admirada.
Mas porque os outros,não jogando nada,não davam a luta necessária a atrair atenções.
Depois Falamos
quinta-feira, dezembro 30, 2010
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4 comentários:
Excelente metáfora! :D
Caro Vimaranes:
E ainda esteve para ser mais letal.
Esteve,esteve...
Vá lá, meu caro, um pouco mais de imaginação. Este último debate até foi muito interessante, a não ser na perspectiva de quem quer que os debates sejam desinteressantes por princípio. Lamento, mas sabes o que eu acho do teu Cavaco. Portugal de boliqueime no seu melhor. Hirto e rígido a caminho da emigração.
Caro Francisco
Boliqueime também é Portugal.
E a pseudo sobranceria intelectual de uma certa esquerda personificada em Alegre vale pouco.
Os portugueses pensam de outra forma.
é o chamado azar dos Távoras!
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