domingo, dezembro 17, 2006

Conselho Nacional



Há mistificações que já nem valeria a pena combater se não fosse por causa do direito á verdade que está constitucionalmente consagrado e que como tal deve ser inteiramente respeitado.

A propósito do ultimo conselho nacional do PSD,no DN e na "pregação" de domingo da RTP1, foram feitos comentários tão maliciosos quanto desrespeitadores da verdade acerca do teor da intervenção de Luis Filipe Menezes(LFM) na referida reunião.

Como os jornalistas não tem acesso á sala onde se desenrolam os trabalhos naturalmente que tem de se valer das suas fontes,o que é legitimo,mas nos dois casos referidos sem cuidarem de ouvir a pessoa cujas declaraçoes supostamente transmitem,o que revela,no minimo,falta de profissionalismo.

Como estive lá e ouvi,duas coisas posso asseverar:

LFM disse lá dentro o que tem dito cá fora (nem outra coisa seria de esperar),ou seja,elogiou o que merece elogio e criticou tudo quanto acha errado na orientação politica e estratégica do partido.

E reiterou que qualquer militante tem o direito de criticar,dentro e for dos orgãos,porque isso faz parte do património genético do partido.

Mas não se limitou a criticar:deu ideias e apontou caminhos,o que aqueles que o criticaram se esqueceram de fazer.Provavelmente por não terem a minima ideia sobre o assunto.

Não deixando de lembrar,aos mais esquecidos,que neste ultimo ano contribuiu para várias e importantes vitórias do PSD.

Em Gaia,terceiro municipio do país,em varias dezenas de campanhas eleitorais autarquicas em todo o Portugal onde esteve a convite dos varios candidatos e até nas eleições presidenciais organizando em Gaia um mega almoço (é... mais um,por sinal o maior da campanha) em que o candidato Cavaco Silva fez uma das raras apariçoes ao lado de um autarca e dirigente do PSD.

Em segundo lugar é redondamente mentira que LFM tenha usado o Conselho Nacional para atacar Rui Rio.

Bem sabemos que alguns actuais e outros futuros "sem abrigo" da politica lisboeta adoram criar intriga entre os dois.Pensam,pobres diabos,que vão dividir para reinar.

O que LFM disse,na sequência dos ataques que lhe foram dirigidos por Marques Mendes (sui generis estratégia para um lider...) e por essa divertida figura,felizmente peça unica,chamada Macário,foi que nunca tinha afirmado que era inevitável a vitória de Sócrates em 1999 ou que MM não tinha possibilidades de chegar a primeiro ministro.

Se isto são ataques a Rui Rio vou ali e já venho...

O problema,é que para alguma imprensa e para alguns talibans do direcção do partido,a uns tudo é permitido,a outros tudo merece censura.

Mas como felizmente nem uns(certa imprensa) nem outros(alguns dos actuais dirigentes) vão ser decisivos nos caminhos do futuro não haverá grandes razões para preocupação.

Depois Falamos

2 comentários:

Maria Manuel disse...

Bem disse que gostaria de ser mosca para estar presente e neste certamente muito mais..mas não deu o meu passe de mágica não foi eficaz. Bom, mas ao que parece, e tal vale o que vale,o que foi debatido não foi o que foi transferido cá para fora, nem convinha...é que vivemos no tempo da "ética" unilateral como meio de salvaguardas a manutenção de poder...
Mas sobre isso fale-se, mas não depois...agora e torne-se público o obvio...

Rui Miguel Ribeiro disse...

Se foi má fé, e não tenho nenhum motivo para duvidar do que dizes, olha que surtiu algum efeito, a julgar por alguns comments escritos no meu Blog "Tempos Interessantes". E as pessoas que o fizeram sei que estavam de boa fé. Eu próprio fiquei perplexo quando li as citações do DN!
O pudor anda mesmo arredado da vida público-mediática portuguesa!!!