Há mistificações que já nem valeria a pena combater se não fosse por causa do direito á verdade que está constitucionalmente consagrado e que como tal deve ser inteiramente respeitado.
A propósito do ultimo conselho nacional do PSD,no DN e na "pregação" de domingo da RTP1, foram feitos comentários tão maliciosos quanto desrespeitadores da verdade acerca do teor da intervenção de Luis Filipe Menezes(LFM) na referida reunião.
Como os jornalistas não tem acesso á sala onde se desenrolam os trabalhos naturalmente que tem de se valer das suas fontes,o que é legitimo,mas nos dois casos referidos sem cuidarem de ouvir a pessoa cujas declaraçoes supostamente transmitem,o que revela,no minimo,falta de profissionalismo.
Como estive lá e ouvi,duas coisas posso asseverar:
LFM disse lá dentro o que tem dito cá fora (nem outra coisa seria de esperar),ou seja,elogiou o que merece elogio e criticou tudo quanto acha errado na orientação politica e estratégica do partido.
E reiterou que qualquer militante tem o direito de criticar,dentro e for dos orgãos,porque isso faz parte do património genético do partido.
Mas não se limitou a criticar:deu ideias e apontou caminhos,o que aqueles que o criticaram se esqueceram de fazer.Provavelmente por não terem a minima ideia sobre o assunto.
Não deixando de lembrar,aos mais esquecidos,que neste ultimo ano contribuiu para várias e importantes vitórias do PSD.
Em Gaia,terceiro municipio do país,em varias dezenas de campanhas eleitorais autarquicas em todo o Portugal onde esteve a convite dos varios candidatos e até nas eleições presidenciais organizando em Gaia um mega almoço (é... mais um,por sinal o maior da campanha) em que o candidato Cavaco Silva fez uma das raras apariçoes ao lado de um autarca e dirigente do PSD.
Em segundo lugar é redondamente mentira que LFM tenha usado o Conselho Nacional para atacar Rui Rio.
Bem sabemos que alguns actuais e outros futuros "sem abrigo" da politica lisboeta adoram criar intriga entre os dois.Pensam,pobres diabos,que vão dividir para reinar.
O que LFM disse,na sequência dos ataques que lhe foram dirigidos por Marques Mendes (sui generis estratégia para um lider...) e por essa divertida figura,felizmente peça unica,chamada Macário,foi que nunca tinha afirmado que era inevitável a vitória de Sócrates em 1999 ou que MM não tinha possibilidades de chegar a primeiro ministro.
Se isto são ataques a Rui Rio vou ali e já venho...
O problema,é que para alguma imprensa e para alguns talibans do direcção do partido,a uns tudo é permitido,a outros tudo merece censura.
Mas como felizmente nem uns(certa imprensa) nem outros(alguns dos actuais dirigentes) vão ser decisivos nos caminhos do futuro não haverá grandes razões para preocupação.
Depois Falamos
Bem disse que gostaria de ser mosca para estar presente e neste certamente muito mais..mas não deu o meu passe de mágica não foi eficaz. Bom, mas ao que parece, e tal vale o que vale,o que foi debatido não foi o que foi transferido cá para fora, nem convinha...é que vivemos no tempo da "ética" unilateral como meio de salvaguardas a manutenção de poder...
ResponderEliminarMas sobre isso fale-se, mas não depois...agora e torne-se público o obvio...
Se foi má fé, e não tenho nenhum motivo para duvidar do que dizes, olha que surtiu algum efeito, a julgar por alguns comments escritos no meu Blog "Tempos Interessantes". E as pessoas que o fizeram sei que estavam de boa fé. Eu próprio fiquei perplexo quando li as citações do DN!
ResponderEliminarO pudor anda mesmo arredado da vida público-mediática portuguesa!!!