Diogo Freitas do Amaral, hoje desaparecido, foi um dos fundadores do CDS (e seu primeiro líder) e também é considerado um dos "pais" fundadores da democracia portuguesa pelo papel que desempenhou a seguir ao 25 de Abril.
Num tempo muito difícil para os partidos não marxistas, nomeadamente o seu CDS e o PPD de Francisco Sá Carneiro ( o PS de Mário Soares proclamava-se de marxista !) , ajudou a estabilizar um regime que sem os centristas ficaria perigosamente inclinado à esquerda dado que a enorme maioria dos partidos existentes eram de esquerda e extrema esquerda.
Participou ao lado de Francisco Sá Carneiro e de Gonçalo Ribeiro Teles na AD (Aliança Democrática) de boa memória que conseguiu as duas primeiras vitórias eleitorais em legislativas de uma força política não socialista e que se veria gravemente abalada pelo atentado de Camarate e que nunca viria a recuperar das perdas de Sá Carneiro e Amaro da Costa.
Em 1986 foi protagonista, ao lado de Mário Soares, das mais disputadas eleições presidenciais de sempre que viria a perder por curta diferença mas nas quais se provou que o centro direita podia ser maioritário no país como Aníbal Cavaco Silva e o PSD viriam a provar no ano seguinte.
Desde essas eleições, e falhada uma nova passagem pela liderança do CDS onde não viria a conseguir resultados comparáveis com os do passado, Freitas do Amaral iniciou um trajecto de aproximação à esquerda e ao PS que culminaria com o ter sido ministro dos negócios estrangeiros do primeiro governo de José Sócrates.
Sem que episodicamente não se juntasse à sua antiga área política como o fez, por exemplo, nas candidaturas presidenciais de Cavaco Silva.
Dele fica a imagem de um dos políticos mais marcantes do regime democrático, a par de uma excepcional carreira como professor universitário de Direito (com vasta obra publicada), e ainda percursos como escritor, romancista e historiador.
Depois Falamos.
2 comentários:
Caro Luis cirilo
Nao sou nem nunca serei politicamente correcto. Essa personagem foi um vira casacas.Chegar ao ponto de ser ministro do socrates...falem me fe gente seria... Ate a catarina martins o elogia... Valha nos Deus...Se Sa Carneiro e Adelino Amaro da Costa fossem vivos... Em todo o caso e por caridade Crista paz a sua alma.
Caro Anónimo:
É isso mesmo. Paz à sua alma. O resto já nao importa
Enviar um comentário