Não sou nada entusiasta do mercado de transferências de Janeiro.
Em boa verdade creio que apenas serve para encher os bolsos aos empresários e comissionistas, melhorar os contratos de alguns futebolistas e aumentar as assimetrias entre clubes com o fortalecimento dos que tem dinheiro e enfraquecimento dos restantes.
Que são a grande maioria.
Por outro lado, e com as devidas excepções, creio que Janeiro dificilmente traz melhorias qualitativas à equipas, especialmente nas transferências internacionais em que os jogadores precisam de algum tempo para adaptação aos novos países e quantas vezes a um futebol bem diferente.
Por mim preferia que em Janeiro apenas pudessem ser inscritos futebolistas desempregados e quanto ao resto quem tinha trabalhado bem na pré época, em termos de construção de plantel, era recompensado e quem tivesse trabalhado mal...que lhe servisse de lição.
Creio que isso contribuiria, e muito, para a salvaguarda da verdade desportiva das competições e para a estabilidade com que os treinadores trabalham nos clubes.
Infelizmente não é assim.
E por isso nestes últimos dias quem se der ao trabalho de ler a imprensa desportiva (e não só) fica saturado de tanto milhão que parece andar no ar , de tanta transferência dada como certa, de tanto negócio em perspectiva.
A 1 de Fevereiro, uma vez mais, perceber-se-à que eram muito mais as vozes que as nozes e que as alterações no plantel dos clubes não foram tantas como as noticiadas antes e durante a reabertura do mercado futebolístico.
No que toca ao Vitória, que é o que realmente me interessa, há que reconhecer que os últimos "Janeiros" não nos deixaram boas recordações porque por norma o clube saiu desse período mais fraco e com "menos "argumentos" para discutir as posições cimeiras da classificação que são as únicas compatíveis com o nosso historial e a nossa dimensão enquanto clube.
Aguardemos para ver o que nos reserva o Janeiro de 2017.
Para já os jornais já nos "venderam" Josué, Soares e talvez Rafinha enquanto noticiam um possível negócio de milhões(para o Porto) na hipotética ida de Marega para a China o que a confirmar-se na sua totalidade seria um verdadeiro "hara quiri" quanto às nossas ambições desportivas.
Devo dizer que não acredito em tudo que se noticia.
Marega não depende do Vitória, Josué poderá ser uma transferência aceitável e até compreensível, mas quanto a Soares e Rafinha creio que se manterão no clube porque as suas saídas debilitariam imenso a equipa e deixar-nos-iam muito enfraquecidos face aos clubes com que disputamos actualmente as posições europeias.
A ver vamos...
Depois Falamos.
2 comentários:
Mais que abrir ou fechar as transferências em meses específicos, eu resolveria o problema de uma maneira muito mais drástica. Cada clube apenas poderia ter inscrito n jogadores. Quer contratar o jogador A, então que liberte primeiro um dos jogadores do plantel.
Bastaria isso para tornar tudo muito mais equilibrado. Acabam-se os empréstimos e terminava o 'açambarcamento' dos melhores jogadores pelos clubes mais ricos!
Caro MF:
Há Ligas com regulamentos a preverem isso.
Pode se ruma possibilidade para a nossa num futuro em que os clubes pensem seriamente na evolução do nosso futebol
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