sexta-feira, novembro 22, 2013

50 Anos Depois

Completam-se hoje 50 anos sobre o assassinato de John F. Kennedy em Dallas.
Meio século passado ainda hoje não se sabe quem foram os mandantes e os executores do crime (lembra irresistivelmente...Camarate) sendo certo que a tese do atirador solitário tão defendida pelo relatório da Comissão Warren não passa de uma história da carochinha.
Está mais que provado que era impossível, em especial com a arma utilizada, disparar três tiros em oito segundos (e já nem vou falar da questão de acertar num"alvo" em movimento a dezenas de metros) para além do filme de Zapruder mostrar claramente que Kennedy foi atingido por trás e depois pela frente no tiro fatal.
Lee Harvey Oswalda mais que um dos assassinos foi um "bode expiatório" ao serviço dos verdadeiros responsáveis.
Fossem eles a Máfia, os exilados anti castristas, o próprio regime cubano,o KGB, a CIA, o complexo industrial-militar americano que receava que Kennedy ordenasse a saída do país da guerra(ainda no inicio)do Vietname ou quaisquer outros.
Sou um admirador de John Kennedy não o escondo.
Do filho de pai riquíssimo que se alistou para combater na II guerra mundial onde praticou actos de heroísmo que lhe valeram condecorações várias.
Do escritor que com "Perfis de Coragem" venceu o prémio Pulitzer.
Do Presidente que definiu o Espaço como a "Nova Fronteira", que se bateu pelos direitos cívicos e políticos da população negra, que em Berlim soube assumir um compromisso de defesa da Europa Ocidental e dos seus valores, que na crise dos misseis teve a firmeza de não ceder conseguindo evitar uma confrontação de consequências imprevisiveis.
Também cometeu erros (Baía dos Porcos por exemplo),também tomou más decisões e fez opções mais que discutíveis mas errar é humano.
Pessoalmente prefiro recordá-lo como um grande presidente que se bateu por causas e princípios.
Que sonhou novos limites para a humanidade.
E que "partiu" muito mais cedo do que merecia e do que a América e o mundo precisavam.
Depois Falamos.

P.S Theodore Sorensen que foi seu colaborador próximo e depois biógrafo escreveu que "...fomos todos mais felizes por termos vivido no tempo de John Kennedy..."
E creio que tinha toda a razão.

6 comentários:

Anónimo disse...

Caro Sr. Luís Cirilo

JFK foi sem dúvida um grande Presidente. Julgo que nos tempos conturbados em que ele exerceu a mais alta magistratura de Estado, tomou uma das maiores acções que mudou radicalmente a forma de fazer política, afrontando a antiga União Sovietica, mostrando uma faceta até então desconhecida, para mais vinda de um Presidente católico.
Foi um gesto que poderia ter graves consequências para o Mundo, mas naquelas circunstâncias creio que agiu bem.
A célebre frase que incentivou os americanos quando lhes dirigiu o apelo "não pergunteis o que a América pode fazer por vós, mas sim o que vós podereis fazer pela América" foi lapidar.
Fui um grande admirador de Kennedy, e senti como todos os americanos o seu assassinato, assim como também nunca acreditei que fosse um acto isolado de Lee Oswald. A reconstituição do sucedido, mais veio a adensar as minhas e as dúvidas de muita gente.
A Comissão Warren, que nunca chegou a nenhuma conclusão, só tem paralelo com o caso de Camarate.
Lá como cá, os mistérios e os segredos de muita gente obscura, a sobreporem-se à justiça.
Assim sendo, creio que a verdade jamais virá à luz do dia, o que me causa uma enorme indignação.

Cps
S. Guimarães

luis cirilo disse...

Caro S.Guimarães:
Partilho inteiramente do seu comentário.
JFK, a par de Winston Churchill e Francisco Sá Carneiro, será provavelemte um dos politicos sobre quem já li mais. De biografias a livros sobre o atentado que o vitimou.
A comissão Warrem deve ser "prima" das comissões de inquérito a Camarate...

Anónimo disse...

Esse político tem a sua reputação manchada com sangue português.
Foi um inimigo de Portugal.
Pode juntar aos seus muitos livros sobre esta triste personagem este pequeno pequeno artigo:
http://duas-ou-tres.blogspot.pt/2013/11/kennedy-e-portugal.html

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
O seu comentário e o artigo do embaixador Seixas da Costa de que anexou o link davam pano para mangas.
Há contudo duas notas que não quero deixar de dar:
A primeira é que JFK foi eleito para defender o que considerava os interesses dos Estados Unidos e não de Portugal.
A segunda é que o regime português de que os EUA de Kennedy eram opositores frontais era uma ditadura que não dava ao seu próprio povo o direito de se pronunciar sobre assuntos determinantes. Como por exemplo o futuro dos territórios africanos.
Não quero com isto desculpar,longe disso, os crimes da UPA que foram muitos e horrendos. Mas nessa matéria Portugal tem pouca moral para falar. Tivessemos exercido o poder em África de outra forma e a História seria bem diferente

Anónimo disse...

"Não quero com isto desculpar,longe disso, os crimes da UPA que foram muitos e horrendos"

JKF foi o mentor-financiador da UPA.
Permita-me que lhe sugira a leitura do livro Kennedy e Salazar- O leão e a raposa, de José Freira Antunes.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
É um manifesto exagero afiormar que JFK foi mentor da UPA.
Quanto ao livro já o li. E não mudou o meu ponto de vista sobre JFK