Publiquei este artigo na edição desta semana do jornal "Povo de Guimarães"
Tem sido assunto central da vida pública vimaranense, ao longo dos últimos meses (se calhar anos), a situação porque passa o Vitória em termos de equilíbrio financeiro e estabilidade directiva.
Pode sem receio de erro afirmar-se que nos últimos dez anos o clube terá vivido mais sobressaltos do que ao longo de várias décadas em que soube sempre com pouco alarido e muita sensatez ir resolvendo os problemas que lhe iam surgindo pela frente.
Com presidentes diversos, com direcções umas melhores outras piores, a verdade é que o Vitória era sempre visto no panorama do desporto nacional como um clube cumpridor dos seus compromissos e merecedor da confiança das instituições que com ele se relacionavam em termos financeiros, comerciais e desportivos.
Foi esse o legado transmitido ao longo de gerações.
A partir do inicio deste século, muito por força de assuntos que não quero para aqui chamar nesta oportunidade, o clube entrou em convulsões quase permanentes em que o distanciamento entre órgãos sociais e adeptos (com um ou outro período de excepção) se foi progressivamente dilatando até levar a situações de quase antagonismo entre as partes.
Todos nos recordamos de vários exemplos que podem demonstrar perfeitamente esta tese.
E actos eleitorais, em que ao contrário dos ocorridos nos anos 80 e 90 do século passado em que a imagem do clube foi sempre exemplarmente preservada, muito contribuíram para isso dada a forma como alguns entenderam ser a melhor forma de fazer campanha.
Não respeitando nada nem ninguém, extremando posições, transformando os que estavam noutra postura em verdadeiros inimigos.
O Vitória não é isso.
Pelo menos para quem sabe o que o Vitória é!
Mas é importante pensar positivo.
E hoje o clube tem uma nova direcção, novos órgãos sociais, uma postura que tal como a candidatura que lhe deu origem é de ruptura com os erros cometidos no passado e visa a construção de um Vitória mais sólido, mais racional e mais capaz de sobreviver aos tempos dificílimos que os clubes desportivos vão viver nos próximos anos.
E pese embora a enormidade de problemas a resolver, alguns deles bem complexos, a verdade é que ao longo deste mês de mandato ontem cumprido já foi possível solucionar algumas questões tão urgentes quanto inadiáveis assim permitindo que o clube possa continuar a aspirar ter futuro!
É evidente que estamos muito longe, infelizmente, de ter solucionado todas as graves questões que ensombram a vida vitoriana.
Algumas delas demorarão anos a serem resolvidas como é evidente.
Mas há uma linha de rumo, determinação em cumpri-la, total recusa de facilidades ou de continuar por caminhos sem saída e que põe em causa a sobrevivência do Vitória.
Sabemos que o caminho é difícil, obriga a enorme rigor e exigência, pressupõe um enorme acerto nas várias opções desportivas e de gestão que terão de ser feitas ao longo dos próximos anos.
Quer a nível do futebol quer a nível das modalidades quer no próprio funcionamento do clube teremos de viver dentro de orçamentos apertados, cumpridos com imenso rigor, que sacrificarão o acessório em nome da preservação do essencial.
E isso implica um enorme compromisso com os associados.
A quem as opções serão claramente explicadas, cujas dúvidas serão esclarecidas tão cabalmente quanto esteja ao nosso alcance, mas cujo apoio é fundamental para que a recuperação do clube seja bem sucedida.
O tempo das opções eleitorais, como a esmagadora maioria dos vitorianos sabe, já passou.
Agora é tempo de convergência em torno do Vitória.
E de um apoio solidário e entusiástico às equipas e atletas que nos vão representar nas diversas modalidades.
A aposta que vamos fazer no futebol em termos de atletas oriundos da formação, nomeadamente com a criação da equipa B, só terá sucesso se for uma aposta não só da direcção mas de todo o clube que sinta essa prioridade como a linha de rumo adequada para no médio prazo podermos ser tão grandes como os maiores.
E isso implica, ao contrário do que tantas vezes sucedeu no passado, que todos devemos olhar para os nosso “miúdos” como os nossos “Ronaldos” e “Messis” e não como aqueles a quem primeiro se cobra qualquer deslize ou insucesso.
Se fizermos isso, no futebol e nas modalidades, se interiorizarmos essa forma positiva de pensar em relação aos “nossos” então estou certo que o Vitória terá um excelente futuro.
Com o empenho, esforço e apoio de todos os vitorianos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
13 comentários:
Caro Cirilo,
O texto não está nada nitido. Reveja as cores para torná-lo de mais fácil leitura.
Abraço
FORÇA VITÓRIA!!!
FORÇA VITÓRIA!!!
Palavras bonitas...
Muita conversa, pouca acção!
Principalmente muita contra-informação para os jornais e pouca informação para os sócios.
Um mês passado e os sócios continuam na mesma ignorancia.
Sem nunca ter estado à espera de um milagre devido à situação em que nos deixaram, sou obrigado a admitir que este mês tem sido uma perfeita desilusão. Se falarmos apenas de gestao comunicacional então este mês é no minimo desastroso.
Aguardo ansiosamente por me penenticiar por este desabafo.
BDe
Caro Pedro:
Obrigado pela chamada de atenção. Já corrigi.
Caro Anónimo:
Claro.
Caro BD:
Anda muito mal informado.
Então no pouca acção é d euma injustiça atroz.
Acontece que o Vitória não tem de andar com a vida exposta na imprensa.
E vá perguntar aos jogadores se acham pouca acção em trinta dias de mandato terem recebido três salarios em atraso
Não digo que não estão a fazer um bom trabalho! Pura e simplesmente não questiono isso...
Mas se pagaram tres, haviam dito que pagavam tudo. Mas até isso tolero!!!
Mas so a titulo de exemplo é capaz de justificar as suas palavras de sábado à Sporttv e as de ontem relativamente á Liga Europa. Eu até sou indiferente em relação á participação ou não, neste momento.
O que acho é que os Vitorianos precisam de motivação, de animo, de "presença", de "raiva" mas também de coerencia e para isso precisam de uma estratégia de comunicação, para isso aposto (ou será apostava?!!!) em si. Ou seja, precisamos que nos façam sentir parte de um processo de reestruturação, que nos façam sentir que o Vitoria precisa dos socios para se re-erguer. Ambos concordamos que são precisos os socios, mas é preciso que eles sintam que podem ajudar, que são o bem mais precisoso do clube e tudo isso. E não quero dizer que a solucão são os socios mas serão ser determinantes. Por exemplo, na tal "paz social"...
Mas até agora, pouco!
Se tiver a ser injusto em tempo oportuno o admitirei.
Caro LC, na sua opinião porque as bancadas do DAH estão vazias ?
eu falo por mim, sinto-me aparte do meu clube, não sei nada (so sei um disse q não disse bla bla).... é obvio que o vsc não tem de andar nas bocas da comunicação social, estou totalmente de acordo, mas penso ser necessario, para trazer novamente os socios ao estadio, a direcçao começar lhes dar importancia, deixar de ter medo deles e permitir dentro do razoavel saberem a situação do clube sem rodeios e mentiras, bem como aceitar que os socios tem de ter voz activa no clube, o vsc é de todos nos e não da direcção, pelo menos para ja..............
espero que tenha muitos sucesso, mas lembre-se sempre, o senhor passa e o vsc fica........
e pagar o q me devem??
Precisamos quem nos fale VERDADE.
E isto ? http://www.abola.pt/nnh/ver.aspx?id=330828
Depois das conferências vitorianas mais uma tentativa de legitimização da SAD ? Vão ter uma grande surpresa quando os sócios forem chamados a votarem sobre essa SAD que vem não se sabe de quem nem de onde
Caro Anónimo:
Confesso que não percebi totalmente o alcance do seu comentário.
Não sei que motivação especial os sócios precisam para apoiar o clube. Eu nunca precisei de nenhuma.
Caro Anónimo:
A razão pela qual as bancadas estão vazias é do foro pessoal de cada sócio que não põe lá os pés.
E sobre essa matéria prefiro não dizer mais nada.
Que o Vitoria fica enquanto eu passo não tenho duvidas nem estou agarrado a nada.
Estive 10 anos fora dos orgãos sociais e nunca deixei de estar com o clube.
Se amanhã tiver de sair saio com toda a tranquilidade.
Caro Anónimo:
A melhor piada do ano. Um anónimo a perguntar quando lhe pagam.
Ao que isto chegou...
Caro Anónimo:
Qualquer vitoriano sabe que a SAD tem de ser aprovada em assembleia geral.
Por mim a decisão dos associados é soberana e não constituirá surpresa seja qual for.
E aceitarei com o maior despreendimento qualquer uma delas.
"E aceitarei com o maior despreendimento qualquer uma delas."
Esta sim a piada do ano...eu nao digo que este blog me faz rir?
hihihihi
Caro Cirilo,
Concordo em geral com as suas palavras relativamente ao fundamental, principalmente no que diz respeito á paz social que é necessária que volte a Guimarães e ao Vitoria fruto do desleixo e incúria de quem passou, cuja responsabilidade do prejuízo, é bom sempre relembrar e sem pudor assumir, cabe a todos sem excepção pois nessas pessoas confiaram e em consciência votaram. Contudo e se me permite um pormenor relacionado com a ultima parte do texto, é fundamental nunca esquecer que para ganhar ou descobrir estes "miudos" que se prentendem apoiar mais tarde, devemos fazer o trabalho mais cedo. E dai que se outros que andam atentos o fazem o VSC tem obrigação de o fazer,senão veja-se o exemplo do AC Milan que hoje mesmo celebra um contracto com um clube da terra- Pevidem SC - para que novos talentos possam ser reencaminhados para a sua cantera. E na minha opinião, se queremos no futuro ganhar cada vez mais, é aqui que nunca podemos começar a perder, pelo menos em relação ao que é "nosso".
Saudações Vitorianas.
Caro Alexandre:
Então ria-se...bom proveito.
Caro VSC 4402:
A formação é a prioridade.
Que será seguida dentro das nossas possibilidades.
Enviar um comentário