Algo me diz que nos próximos anos vamos continuar a ouvir falar do TGV em Portugal com razoável frequência.
Desde logo porque continua por fazer o debate nacional que este vultuoso investimento pressupõe atendendo,até,a que importantes sectores da sociedade portuguesa tem manifestado reiteradas dúvidas sobre a oportunidade e viabilidade do comboio de alta velocidade no nosso país.
Pelo custo,pelos resultados práticos,pelo traçado.
De facto tratando-se de um vultuoso investimento a verdade é que ao traçado Porto-Lisboa permitirá retirar apenas 15 a 20 minutos de percurso o que é manifestamente pouco.
Isto,claro,se os regionalismos pacóvios nao impuserem paragens em dois ou três pontos do percurso como o faz o comboio Alfa.
Lembro-me,parece anedota mas não é,de nos meus primeiros tempos de Parlamento ter ouvido um deputado eleito por Braga (não do PSD) defender que o Tgv devia parar em ...Famalicão.
Quanto aos traçado,bom,aí está a "mãe" de todos os problemas.
Porque é uma obra de grande dimensão,que vai passar por zonas densamente habitadas,vai obrigar a grandes movimentos de terras,enfim,vai mexer com muita coisa,com muitos interesses.
E a "festa" já começou...
Noticiou a SIC um destes dias que técnicos que deram parecer negativo ao traçado entre Alcobaça e Pombal,contrariando a vontade do governo,foram substituidos por outros presume-se que mais cordatos.
Numa democracia tipo inglesa o governo já estaria em maus lençois.
Nos Estados Unidos também.
Noutros paises seria ao contrário:
No Zimbabwé do camarada Mugabe,jamais o governo pediria parecer aos técnicos numa obra de tantos milhões.Isto partindo do principio de que eles ainda por lá existem...
Na China,técnicos que contrariassem o governo,não veriam "os amanhãs que cantam"...
Na ex União Soviética teriam direito um pacote de férias num qualquer resort da Sibéria...
Nas democracias musculadas da América do Sul corriam o risco de desaparecerem sem deixarem endereço...
Em Portugal são demitidos.
Solução que não envergonharia Putin ou Chavez mas que devia fazer corar de vergonha os autores de tal "solução".
Ou será que os pareceres dos referidos técnicos não eram merecedores de credibilidade por terem tirado os respectivos cursos numa qualquer Universidade Independente com amplo recurso ao fax ?
Não sei.
Mas gostava de saber.
Depois Falamos
1 comentário:
Caro Cirilo: parece que o TGV que iremos ter é o que se vê na imagem o velho comboio regional, que para em todas as estações e apeadeiros.
Como parece que o TGV já está obsoleto -há um modelo mais moderno- já nem precisamos de discussões. Realmente o TGV/AGV só interessa em percursos com mais de 300 KM -em Portugal Porto-Lisboa-Faro. Se quisermos Porto-Vigo; Lisboa-Madrid. Outras paragens é o ALFA~-já existe e funciona!
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