No "futebolizado" reencontro parlamentar entre José Sócrates e Pedro Santana Lopes,que seguramente fez subir o share da Sic Noticias e da Rtp/N,é dificil dizer claramente quem ganhou.
Foi contudo possivel constatar algumas curiosidades:
A profunda antipatia pessoal entre os dois,mais patente em Sócrates do que em Santana,resquicio de uma disputada campanha em 2005.
A forma previsivel,e pouco imaginativa,como Sócrates atacou Santana desde o inicio do seu discurso de abertura de debate.
A forma inteligente como Santana se deixou ir nessa discussão,a do passado,ciente de que quanto mais depressa dele se falasse mais depressa deixava de ser assunto.
E Santana,que defendeu bem o passado,está obviamente mais interessado em falar do presente para condicionar o futuro.
A falta de "prática" parlamentar de Santana visivel na forma como (não)geriu os tempos.
O vazio em que se tornou o PS,a quem o "eucalipto" Sócrates ameaça trasnformar num deserto politico.
A forma desastrada com Sócrates "levou" para o debate o lider do PSD,á boleia de algumas questões importantes que Luis Filipe Menezes dissera querer ver discutidas neste debate,sendo o próprio primeiro ministro a fazer-lhe a vontade.
A conhecida e incurável arrogância de Sócrates,que lhe permite dar-se ao atrevimento de opinar sobre escolhas feitas livremente noutros partidos que não o seu.
A assumpção,em termos claros e num lugar com dignidade própria,por Santana de que o candidato a primeiro ministro é Menezes e não ele próprio.
O reconhecimento de que nestes tempos em que a imagem é (quase) tudo,não faria mal ao grupo parlamentar do PSD fazer uns pequenos acertos em termos de preenchimento das filas visiveis e de algumas exuberâncias desnecessárias...
No computo geral foi um debate interessante e equilibrado.
Mas bem lá no fundo,sem atirarem foguetes,Luis Filipe Menezes e Pedro Santana Lopes tem razões para algum contentamento.
A "tenaz" funcionou !
Depois Falamos
1 comentário:
Não vi o debate e não confio no que dizem os jornais.
Vi apenas o encerramento e a votação. Uma vergonha! Em vez de dizer que o seu orçamento era o melhor, o governo disse mal da oposição. Com uma linguagem e modos de 'mulheres de soalheiro' zangadas. 'Ele disse', 'o outro disse', 'olha aquele'...
Repugnante sermos governados por comadres-peixeiras. Não querem saber da Res Publica, apenas de modo ordinário achincalhar tudo e todos. Miseravelmente...
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