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terça-feira, abril 30, 2019
segunda-feira, abril 29, 2019
domingo, abril 28, 2019
Tozé
Ao que se vai lendo, que pode não corresponder à verdade, Tozé prepara-se para deixar o Vitória no final da época rumando ao futebol turco onde o poder do dinheiro terá falado mais alto e convencido o jogador a trocar a relativa visibilidade do nosso futebol pela relativa invisibilidade da liga turca.
Desejando que não seja verdade parece-me serem poucas as hipóteses de não o ser.
Tenho pena.
Porque Tozé tem sido o melhor jogador do Vitória ao longo desta época, porque vai fazer falta num plantel que não é nada rico de valores a este nível e porque vai sair a custo zero o que é difícil de compreender nos tempos que correm.
Até porque a carreira de Tozé no Vitória foi bem gerida.
Fez dois anos de pouca afirmação, foi bem emprestado ao Moreirense na época passada fazendo um belo campeonato (e 11 golos) e no regresso confirmou todas as qualidade que tinham levado à sua contratação assumindo papel de relevo na equipa.
Razões haverá para não renovar.
Não as conheço para lá da explicação "chapa quatro" de que vai ganhar mais dinheiro na Turquia.
Mas sei que se for embora, como tudo indica, será um passo atrás na construção do plantel para 2019/2020 e mais uma dificuldade no caminho de termos um Vitória à altura da sua História e do que o seu presente merece.
Depois Falamos.
Futebol
Gosto muito de futebol!
E gosto de futebol praticamente desde que me conheço a mim próprio e
desde que o conheço enquanto a mais entusiasmante de todas as modalidades desportivas.
Ou seja desde meados dos anos sessenta do século passado quando pela
mão do meu pai e do meu avô comecei a ir ver jogos do Vitória, ainda no saudoso
campo da Amorosa, com o entusiasmo próprio de uma criança que entrava pela
primeira vez num novo mundo do qual (ainda não o imaginava na altura) nunca
mais sairia.
Passados mais de cinquenta anos, vistos milhares de jogos em estádios
e na televisão, continuo a gostar muito de futebol e a adorar o “meu” Vitória
mas essas são as duas únicas certezas que ainda mantenho quanto à modalidade.
Gosto de futebol.
Do futebol dos grandes jogadores, das equipas de sonho, dos grandes
jogos e das competições de excelência onde a modalidade verte aquilo que tem de
melhor e que fez dela a mais popular do planeta.
Do futebol de Cristiano Ronaldo e Messi, de Pelé e Eusébio, de Cruyff
e Maradona, de Ronaldinho e Ronaldo, de Beckenbauer e Marco Van Basten entre
tantos outros que poderia citar para ilustrar o meu pensamento.
Do futebol das grandes jogadas, dos golos memoráveis, da emoção e
incerteza no resultado, da inteligência posta ao serviço do jogo.
Das grandes equipas que contribuíram para a lenda do futebol desde a
“laranja mecânica” holandesa de 1974 ao Barcelona do “tiki taka” passando pelo
espantosa selecção brasileira de 1970 no México sem esquecer outra selecção
brasileira, a de Espanha 1982, campeã sem título de um Mundial inesquecível.
Gosto do futebol das grandes competições.
Dos Mundiais, dos Europeus, da Liga dos Campeões que são competições
onde é fácil encontrar memórias fantásticas de jogos e jogadores fabulosos.
Mas também gosto de campeonatos nacionais.
Da fabulosa Liga inglesa, para mim a melhor do mundo, com os seus
jogos imprevisíveis, o seu compromisso com a verdade desportiva, o fair play
como regra e não como excepção, a rapidez e independência da Justiça
desportiva, a sua História mais que centenária.
Como gosto da Liga espanhola.
Da sua emotividade, da rivalidade tantas vezes cavalheiresca entre
Barcelona e Real Madrid e quase sem limites entre Sevilha e Bétis, das
especificidades exemplares do Atlético de Bilbau, da luta titânica do Atlético
de Madrid para ombrear com Barça e Real Madrid, de uma realidade que nos diz
existirem nove clubes que já venceram a Liga.
Como gosto da Liga alemã com a sua organização exemplar, os seus
estádios cheios, a competitividade do campeonato ao longo dos anos e uma
louvável certeza de através da organização evitarem complicações e suspeições.
Como vejo, embora com menos interesse, a liga italiana que depois de
muitos anos de grande competitividade entrou nesta última década numa monotonia
que deve preocupar os seus responsáveis porque não é bom para o futebol ver
numa das suas principais ligas o mesmo clube ganhar consecutivamente oito
campeonatos.
Infelizmente não gosto do futebol português.
E tenho imensa pena que o “meu” Vitória tenha de competir num
campeonato, e mais do que isso numa realidade futebolística global, em que
alguns dos principais valores que prestigiam as grandes Ligas europeias estão completamente
arredados.
O futebol português não tem verdade desportiva.
Não a tem nos relvados, não a tem nas novas tecnologias que
supostamente para ela deveriam contribuir decisivamente, não a tem no relato
que dela faz uma comunicação social que em grande parte não é isenta, não é
rigorosa e quantas vezes não é verdadeira.
Pior.
O futebol português, que interessa a milhões de portugueses entre os
quais muitos jovens, não é um bom exemplo para a sociedade, não é um modelo a
seguir pelos jovens em formação, não é motivo de orgulho para todos quantos
gostando de futebol e dos seus clubes não sofram em simultâneo de uma clubite
cega e incapacitante em termos de raciocínio.
Porque é um futebol de conflitos, de suspeição, de maus exemplos
vindos de quem mais devia zelar pela sua imagem (a maioria dos dirigentes
clubísticos), de constantes querelas e zaragatas, de nenhum ou quase nenhum
“fair play”.
É um futebol em que o dirigismo inculcou a ideia de que o mais
importante é ganhar não importando como, em que grande parte dos adeptos de
quem ganha mais só se preocupam em vencer não parando um minuto para pensar em
como algumas dessas vitórias foram obtidas, um futebol que consagra o principio
do “vale tudo” compensador face a uma justiça desportiva caricata e que apenas
tem como prioridade ser fraca com os fortes e forte com todos os outros.
No futebol português vale tudo para alguns ganharem.
Porque o futebol português é um “Estado” dentro do Estado a quem todos
os poderes tem medo, com quem nenhum poder ousa confrontar-se a sério, e que
consegue fruto da tal clubite cega e incapacitante em termos de raciocínio
fazer com que tanta gente absolutamente séria na sua vida pessoal e
profissional pactue (nem que seja pelo silêncio cúmplice) com os maiores
atropelos, desonestidades e aldrabices desde que o seu clube ganhe campeonatos
e taças.
Porque no futebol português há milhões que são adeptos de quem ganha
mais vezes, apenas e só por isso, em vez de apoiarem os clubes das suas terras
e assim contribuírem para um maior equilíbrio e competitividade das
competições.
Em Portugal o futebol é cada vez menos um desporto e cada vez mais um
sério caso de polícia.
E pese embora o pavor do poder político (desde sempre em boa verdade)
em afrontar os podres do futebol, com medo que isso tenha repercussões
eleitorais, lá terá de vir o dia em que alguém terá de ter a coragem para dizer
que os “reizinhos” vão nus e fazendo a Justiça funcionar de forma implacável
obrigue o futebol a seguir as leis da República a que todas as outras áreas
sociais estão obrigadas.
Infelizmente esse dia não será amanhã.
E creio que só chegará (infelizmente uma vez mais) quando um destes
dias, num estádio próximo de nós, acontecer uma inevitável desgraça motivada
pelo estado de permanente “guerra civil” de uns, na ânsia de ganharem sempre
ainda que de qualquer maneira, e de crescente indignação de outros, fartos de
serem “filhos de um Deus menor” e constantemente prejudicados pelo “vale tudo “
instalado (e televisivamente incentivado de todas as maneiras e feitos) em
proveito dos tais que ganham sempre.
Por mim continuo a gostar de Futebol e a adorar o Vitória.
“Deste” futebol português é que não consigo gostar mesmo.
Não é possível!
sexta-feira, abril 26, 2019
Sugestão de Leitura
Há livros, pensamentos e políticos que são intemporais.
Começam por ter razão antes do tempo, no caso dos políticos, e depois tem tanta razão que ela se torna eterna mantendo-se mesmo depois de os políticos terminarem o seu ciclo de vida terrena.
Este livro tem essa rara virtude.
Tornou-se intemporal por perpetuar pensamentos políticos que também o são porque oriundos de um dos tais raros políticos que começou por ter razão antes do tempo e depois a manteve para lá da própria morte.
Para mim, que ainda sou do seu tempo, Francisco Sá Carneiro será sempre a referência política maior e o grande "responsável" pelas quatro décadas que militei no partido que fundou.
E recordar o seu pensamento, hoje, é relembrar que com ele Portugal podia ser bem melhor se o atentado de Camarate não o tivesse roubado ao nosso país.
Um livro para ler, reler e voltar a ler.
Depois Falamos.
quarta-feira, abril 24, 2019
terça-feira, abril 23, 2019
Construir vs Destruir
É sabido que na vida pública, seja política, desportiva ,associativa ou qualquer outra é muito mais difícil construir , mostrar ideias, projectos, definir objectivos e alcançar metas do que pura e simplesmente destruir tudo aquilo que outros se proponham fazer.
E no destruir não me refiro literalmente a arrasar, demolir, “dar cabo
de...”, não deixar pedra sobre pedra mas “apenas” a outro tipo de destruição
que é aquele que se consubstancia em dizer mal, criticar sem fundamento, falar
por falar e até caluniar quando o resto falha.
São formas de estar.
Que em Portugal, por questões de tradição, “cultura” e ADN tem uma
larga aplicação em todos os sectores ao ponto de se entender como vulgar que
exista muito mais gente a destruir do que aquela que está realmente empenhada
em construir.
As razões são várias, as motivações da mais diversa ordem, mas o fim é
que não varia muito e traduz-se, regra geral, num enfraquecer daquilo que sem
esse tipo de atitude podia ser bem mais forte.
Na gíria desportiva aqueles que tem opinião sobre quase tudo sem
perceberem de quase nada costuma chamar-se os “treinadores de bancada” que é
uma espécie que pulula não só nas bancadas dos estádios (mas aí,vá lá, com
algum propósito) como em todos os outros sectores da vida social.
Nas empresas, nos partidos políticos, nas associações, na comunicação
social (então aí...)não faltam profissionais da opinião que regra geral não
conseguem ter opinião profissional como seria exígivel a quem gosta tanto de se
pronunciar sobre tudo.
Não se põe aqui em causa, minimamente, o direito inalienável de as
pessoas terem opinião e de a tornarem conhecida seja ela elogiosa seja critica
em relação seja ao que for.
Numa sociedade livre e democrática não pode existir qualquer ónus ao
direito de criticar, de divergir, de exercer o contraditório em relação seja ao
que for e em especial relativamente a quem detém poder.
Mal estávamos!
Mas acho razoável que se peça, para não dizer exija, que a critica, a
discordância, a divergência venham sempre acompanhadas de uma solução alternativa,
de uma proposta construtiva, da oferta de uma possibilidade de escolha.
Num pequeno aparte, mas para exemplificar, lembro que o partido
Aliança discorda da solução Montijo para o novo aeroporto de Lisboa mas propôs
em alternativa, devidamente estudada e fundamentada, a solução Alverca.
Discordou mas apresentou alternativa.
No fundo o importante é não transformar o acto critico, a postura
divergente, num simples “dizer mal” inconsequente que mais não visa do que
desvalorizar e desqualificar quem tem opinião diferente sem que se saiba o que
pensa de facto aquele que exerce o acto critico.
Até porque como defendo desde sempre a única forma de ser credível na
crítica é ser justo no elogio.
Quem só critica, quem só sabe pôr defeitos, quem prefere a denúncia de
um pequeno erro à valorização de mil grandes acertos nunca terá credibilidade
nas suas críticas nem poderá ser levado minimamente a sério por que ande
minimamente informado.
Infelizmente sempre assim foi e assim continua a ser em muitos
sectores da sociedade portuguesa.
Fenómeno defeituoso que as redes sociais vieram agravar de forma
exponencial.
Porque para lá das qualidades e benefícios que trazem, e são
inegáveis, acarretam de igual forma a maximização desses defeitos “genéticos”
de uma certa “cultura” portuguesa que passam por um “voyeurismo” desenfreado,
por uma irresistível tentação da critica fácil, por um gosto deplorável pela
denúncia , por uma irreprimivel necessidade de “contar novidades” , por um dedo
permanentemente esticado apontando em direcção aos erros dos outros ou aquilo
que o dono do dedo acha que são.
Muito mais isso em boa verdade.
Já para não falarmos daquilo que parece ser uma nova doença “profissional”
cujo principal sintoma é um formigueiro nos dedos perante um teclado!
A concluir diria que esta forma de ser traduz, essencialmente, dois
vícios intoleráveis em quem age desta forma: O pensarem que tem conhecimentos abalizados sobre tudo e está
toda a gente ansiosa por os conhecer e o acharem-se no direito de julgar
permanentemente atitudes e comportamentos dos outros.
Continuo a pensar, e não mudarei de ideias, que se está bem melhor do
lado de construir.
Ideias, projectos, instituições.
Dá muito mais trabalho, acarreta muito mais preocupações, arrosta
incompreensões e injustiças mas o “produto” final vale a pena porque se traduz
na construção de algo que vai perdurar e que deixa marca.
Ao contrário da critica fácil, do apontar obsessivo de possíveis
falhas e possíveis erros, do achar que os outros fazem tudo mal, porque isso
embora incomode ligeiramente mais do que uma melga no Verão acaba por se esvair
na inconsequência e na falta de sustentação.
Vale a pena Construir.
E é a força dessa convicção que dá alento a todos aqueles que andam na
vida com uma atitude positiva e empenhados em deixarem uma marca duradoura e
não sopros que a primeira brisa leva para longe.
domingo, abril 21, 2019
quinta-feira, abril 18, 2019
Meias Finais
Barcelona, Liverpool, Tottenham e Ajax estarão nas meias finais da Liga dos Campeões.
Tinha previsto aqui que os dois primeiros se apurariam, o que aconteceu com a naturalidade expressa nos resultados, mas nos outros dois casos funcionou a eterna imprevisibilidade do futebol com o apuramento das equipas à partida menos favoritas.
Barcelona e Liverpool eram claramente favoritos.
A equipa catalã venceu os dois jogos sem problemas de maior face a um Manchester United sem andamento para contrariar aquela que, em teoria, é a mais forte candidata a vencer a presente edição da prova.
Os homens de Liverpool eram favoritos e confirmaram-no plenamente perante uma boa equipa do Porto mas de um patamar competitivo inferior e que nunca chegou a pôr em causa o resultado da eliminatória.
Em Manchester, num dos melhores jogos desta edição da Champions, incerteza até final (até no tempo de descontos houve incerteza quanto a quem passava) com o Tottenham a ser mais forte e a provar que nem sempre um orçamento (bem) maior é garantia de sucesso.
Finalmente o Ajax.
Que vi jogar na Luz e me pareceu uma boa equipa mas não tão boa que conseguisse chegar às meias finais da prova.
A verdade é que chegou.
Eliminando Real Madrid e Juventus o que dá a clara dimensão da sua valia competitiva e o quanto a equipa foi evoluindo ao longo da época.
E agora?
É lugar comum, mas aqui perfeitamente aplicável, dizer-se que qualquer uma das quatro pode vencer a prova tal a valia das equipas ainda em prova e a capacidade que qualquer uma delas inegavelmente possui.
Pessoalmente aposto numa final entre Barcelona e Ajax.
Veremos...
Depois Falamos
Barcelona e Liverpool eram claramente favoritos.
A equipa catalã venceu os dois jogos sem problemas de maior face a um Manchester United sem andamento para contrariar aquela que, em teoria, é a mais forte candidata a vencer a presente edição da prova.
Os homens de Liverpool eram favoritos e confirmaram-no plenamente perante uma boa equipa do Porto mas de um patamar competitivo inferior e que nunca chegou a pôr em causa o resultado da eliminatória.
Em Manchester, num dos melhores jogos desta edição da Champions, incerteza até final (até no tempo de descontos houve incerteza quanto a quem passava) com o Tottenham a ser mais forte e a provar que nem sempre um orçamento (bem) maior é garantia de sucesso.
Finalmente o Ajax.
Que vi jogar na Luz e me pareceu uma boa equipa mas não tão boa que conseguisse chegar às meias finais da prova.
A verdade é que chegou.
Eliminando Real Madrid e Juventus o que dá a clara dimensão da sua valia competitiva e o quanto a equipa foi evoluindo ao longo da época.
E agora?
É lugar comum, mas aqui perfeitamente aplicável, dizer-se que qualquer uma das quatro pode vencer a prova tal a valia das equipas ainda em prova e a capacidade que qualquer uma delas inegavelmente possui.
Pessoalmente aposto numa final entre Barcelona e Ajax.
Veremos...
Depois Falamos
Sugestão de Leitura
Dos grandes jogadores do futebol mundial foi seguramente aquele que mais vezes vi jogar ao vivo , especialmente pelo Benfica mas também duas ou três vezes pela selecção e uma pelo Beira Mar, porque só depois do seu tempo (e de Pelé, Cruyff, etc) é que as transmissões televisivas se tornaram vulgares permitindo que, por exemplo, todas as semanas possamos ver Ronaldo e Messi os dois melhores da actualidade.
Eusébio, como Pelé, nasceu antes do tempo!
Hoje seria um jogador sem preço face à sua extraordinária qualidade futebolística mas também a uma capacidade de sofrimento igualmente extraordinária e que lhe permitiu fazer a carreira que fez massacrado por lesões.
Nos anos 60 e 70 sem os relvados, as bolas, as botas e equipamentos, a medicina desportiva, o conceito de profissionalismo, as metodologias de treino, a liberdade de transferência que existem hoje ainda assim Eusébio fez uma fantástica carreira que só não foi ainda melhor porque a infame "lei de opção" (os clubes eram donos dos jogadores que estes até para casar tinham de pedir licença à direcção) mais o salazarismo não o deixaram ir para Itália onde podia ter atingido patamares ainda mais altos.
Ainda assim foi extraordinário.
E terá certamente o seu lugar inamovível na galeria dos melhores de sempre.
O livro de Sónia Louro , uma biografia romanceada mas com grande aproximação à realidade, narra todo esse percurso do menino pobre nascido em Moçambique que se tornou uma grande estrela do futebol mundial.
Lê-se com muito agrado.
Depois Falamos.
quarta-feira, abril 17, 2019
10 Grandes
No futebol, grandes, são os jogadores.
Quando muito também os treinadores que conjuntamente com os jogadores
são quem ganha jogos, competições, troféus e assim contribuem para que os
clubes que representam tenham um palmarés que vá fazendo a diferença entre
eles.
É certo que em Portugal há um gosto, mesclado de subserviência, em
chamar “grandes” a uns clubes em detrimento de outros mas a expressão prática
disso apenas resulta no favoritismo de que esses clubes gozam a todos os níveis
e que ajuda a empolar diferenças que a realidade das coisas devia fazem bem
menores.
Vamos ao que interessa.
Os grandes jogadores.
Escrevendo isto na noite em que os dois maiores da actualidade tiveram
sortes bem diferentes na Liga dos Campeões, com Messi a seguir em frente e
Ronaldo a ficar pelo caminho, parece-me
oportuna uma peque na reflexão sobre o que tem sido os grandes jogadores da
História do futebol e a velha polémica (em que nunca entrarei) sobre quem foi o
melhor de sempre ou quem é o melhor da actualidade.
Mais de cem anos de futebol, mas com enfoque nos últimos sessenta,
dizem-nos que houve um número razoável de jogadores de excepcional qualidade
mas muito pouco ao nível da genialidade pura aquela que permite fazer a
diferença com absoluta regularidade.
Falo dos que vi jogar.
Nunca vi Di Stéfano jogar mas todas as opiniões convergem no sentido
de o declarar como um dos melhores de sempre o que ,aliás, o seu palmarés
individual confirma na plenitude.
Génios que vi jogar?
Pelé, Eusébio, Maradona, Cruyff, Beckenbauer, Ronaldo, Ronaldinho,
Messi , Cristiano Ronaldo e Zico.
Para mim os dez melhores jogadores que vi num relvado.
Infelizmente boa parte deles (Pelé, Maradona , Zico) muito menos vezes
do que gostaria porque nos seus tempos as trasnmissões televisivas não eram tão
frequentes e diversificadas como nos tempos que correm.
Os brasileiros praticamente apenas nos mundiais (Pelé vi uma vez ao
vivo no estádio das Antas num Portugal-Brasil) e o argentino pouco mais do que
isso embora o seu tempo já tenha sido um tempo televisivo.
Foram os melhores que vi e dois deles, Messi e Ronaldo, ainda vejo e
espero ver por mais alguns anos.
O melhor dos dez?
Nem me atrevo a dar opinião porque jogadores tão diferentes, em tempos
tão diferentes, não permitem que se façam comparações justas dadas as
diferenças abissais em termos de qualidade dos relvados, qualidade dos
equipamentos e especialmente das botas, diferença das bolas, dos métodos de
treino, da medicina desportiva , dos próprios conceitos de profissionalismo.
Imagino, por vezes, aonde teria chegado Maradona sem o vicio da droga
que lhe arruinou os últimos anos de carreira.
Imagino o que seria Pelé nos tempos de hoje.
Mas imagino, essencialmente, até onde chegaria Eusébio com os métodos
de treino actuais, com bolas e botas muito mais leves, com uma medicina
desportiva que lhe teria evitado sete operações aos joelhos, sem ter de jogar
em pelados, sem alinhar infiltrado em jogos particulares porque o cachet para o
clube seria menos se ele não jogasse, com uma consciencialização bem maior dos
árbitros para defenderem os grandes jogadores do jogo “sujo”, tendo
oportunidade de fazer carreira num grande clube europeu onde pudesse ganhar
Ligas dos Campeões.
Nunca saberei , e em bom rigor pouco me interessa, qual dos dez em igualdade
absoluta de condições e jogando no futebol actual seria o melhor de sempre.
Mas não me custaria a crer que fosse Eusébio.
terça-feira, abril 16, 2019
Liberdade
Costuma dizer-se que a Liberdade é algo de tão precioso que só quem
não a tem lhe consegue dar o devido valor.
E é verdade.
Portugal, felizmente, é um país onde se vive em Liberdade desde 25 de
Abril de 1974 e em democracia plena desde 25 de Novembro de 1975 pelo que há
sucessivas gerações que não conheceram a ditadura e não fazem nem ideia do que
é viverem provados da Liberdade.
Mas é um bem que tem de ser defendido todos os dias!
Recordo-me, porque já tenho idade para isso, dos tempos a seguir ao 25
de Abril em que Portugal que acabava de se livrar de uma ditadura de direita
correu sérios riscos de mergulhar numa ditadura de esquerda ao sabor do assalto
ao poder do PCP e das forças da extrema esquerda, então com alguma implantação
popular, que tomaram conta de parte do aparelho de Estado, de grande parte da
comunicação social e conduziram o país para uma quase guerra civil.
Valeu o 25 de Novembro, valeu a luta de muitos milhares de portugueses
que não tinham medo, valeram as lideranças de homens que acreditavam na
democracia como Mário Soares e Francisco Sá Carneiro que à frente de dois
grandes partidos democráticos foram uma barreira inultrapassável para os
totalitários de esquerda.
Foram tempos difíceis.
Tempos em que os comícios e sessões de esclarecimento do PPD e do CDS,
e nalguns locais também do PS, enfrentaram ameaças de boicote, viram os seus
militantes serem agredidos por gente da esquerda não democrática e forçaram os
seus dirigentes e militantes a organizarem a segurança dos seus próprios
comícios numa acção de legítima defesa adequada aos tempos que então se viviam.
Isso acontecia essencialmente no sul do país, onde PCP e extrema
esquerda (UDP, PSR, FEC-ML, MRPP, OCMLP, etc) tinham maior implantação, mas
também a norte se registaram graves incidentes em comícios dos partidos
democráticos tendo em Guimarães ocorrido um dos mais graves de todos com o
famoso cerco ao comício do CDS no Teatro Jordão que só por muito pouco não
acabou num banho de sangue.
Mas também num comício do PPD, em Janeiro de 1975, houve incidentes
graves que só não foram piores porque a segurança do partido foi extremamente
eficaz na contenção e expulsão do mesmo Teatro Jordão da turba esquerdista que
o tentara invadir.
Foi uma luta difícil, um processo revolucionário que acabou num Estado
de Direito (mas podia ter acabado numa ditadura marxista) e a implantação da
democracia plena começou em 25 de Novembro de 1975 mas só terminaria vários
anos depois numa revisão constitucional em que entre outras reformas se acabou,
finalmente, com o Conselho da Revolução e a tutela que este exercia sobre o
sistema político.
Mas a construção da Democracia e a preservação da Liberdade não são
nunca processos acabados.
A Democracia pode ser sempre aperfeiçoada fomentando a participação no
processo democrático de cada vez mais cidadãos e forças políticas e a Liberdade
deve ser sempre defendida contra todas as ameaças ainda que elas, por vezes,
venham de onde menos se espera.
Em Portugal há hoje um clube relativamente restrito, e que envida
todos os esforços para que assim continue a ser, de partidos que por vezes
parecem achar serem donos da democracia e os únicos a terem direito a em nome
dela elegerem representantes para qualquer tipo de orgão nacional ou
internacional.
PS, PSD, CDS, PCP, BE são esse quinteto que diferindo em muita coisa ,
e algumas delas particularmente distintas, há contudo uma em que estão de
acordo absoluto e na qual a cumplicidade é total.
Não querem mais partidos a elegerem deputados para o Parlamento, nem
para o Parlamento Europeu nem para as autarquias.
E não querem por razões de conveniência política fáceis de entender,mas
impossíveis de aceitar em termos democráticos, mas também por por razões de ordem
económica dado que a eleição de parlamentares por outros partidos os obriga a
dividirem com eles as subvenções estatais.
E por isso fazendo da comunicação social uma coutada sua, com a dócil
aquiescência da própria Comunicação Social diga-se de passagem, bloqueiam a
participação dos partidos que não tem representação parlamentar em Bruxelas nos
debates sobre as eleições para o Parlamento Europeu tentando com isso
impedi-los de fazerem chegar as suas mensagens a um grande número de eleitores.
É de uma pobreza democrática confrangedora.
Especialmente quando vem de partidos que fizeram da luta pela
Liberdade uma das formas da sua implantação e afirmação no nosso panorama
político.
As atitudes ficam com quem as toma.
Na Aliança, pese embora todos os bloqueios e boicotes vindos dos “velhos”
“donos disto tudo”, continuaremos a lutar pela Liberdade, pela Democracia e
pelo direito de os portugueses terem uma Liberdade de escolha informada na hora
de votarem.
A Liberdade está no nosso ADN e não apenas nas nossas conveniências como parece
ser o actual paradigma de outras forças políticas que outrora valorizavam a
verdadeira Liberdade.
Aquela que é para todos por igual!
segunda-feira, abril 15, 2019
domingo, abril 14, 2019
Enfim...
Hoje , em Vila do Conde, o Vitória jogou com a camisola branca!
E esse facto, que devia ser normalíssimo mas não é, constitui mesmo o único facto positivo que se encontra na desoladora tarde do estádio dos Arcos.
O resto foi mais do mesmo.
Um adversário que fez pela vida (não ganhava em casa desde Outubro mas a generosidade vitoriana nessa matéria é já lendária) , uma equipa amorfa que ainda começou bem mas depois de sofrer o primeiro golo se "apagou" e um treinador que fez (mais uma vez) substituições difíceis de perceber e que em nada melhoraram o desempenho global do onze vitoriano.
Devo dizer que não sendo treinador ,mas vendo futebol há mais de cinquenta anos, não percebo como estando a equipa a perder por 0-2 e não estando Guedes lesionado nem a jogar pior que a generalidade dos colegas seja o ponta de lança precisamente o primeiro a sair para dar lugar a outro ponta de lança (que nada acrescentou bem pelo contrário...) ao invés de jogar com dois homens na área e tentar assim desequilibrar a defesa adversária.
Mas quase tão lendária como a generosidade vitoriana em dar pontos a quem precisa é a teimosia do treinador em não mudar o sistema táctico, mesmo quando entra pelos olhos dentro que o devia fazer, para em determinadas situações jogar com dois pontas de lança em simultâneo.
Teimosias que tem ajudado a perder pontos diga-se de passagem.
Em suma mais uma derrota e o quinto lugar mais longe (agora a quatro pontos) quando faltam cinco jornadas e o Vitória termina a Liga com uma visita ao...Moreirense.
O árbitro Manuel Oliveira teve uma tarde infeliz, com prejuízo do Vitória, mas nem isso serve de desculpa nem estar a falar de arbitragem seria adequado face ao que é essencial.
E essencial é assumir que o Vitória perdeu por culpa própria fruto de erros cometidos no campo e no banco.
Depois Falamos
Sugestão de Leitura
Shimon Peres , falecido em 2016 aos 93 anos, foi uma das mais influentes personalidades de História do Estado de Israel onde desempenhou vários cargos de grande responsabilidade como ministro da defesa, dos negócios estrangeiros, primeiro ministro e presidente da república.
Em quase de 70 anos de vida pública assistiu (e participou) em grandes momentos não só do seu país como também do Médio Oriente e da própria política mundial como o foram a criação do Estado de Israel, as guerras de 1967 e 1973, o assassinato dos atletas olímpicos israelitas em Munique, o raide a Entebbe, os acordos de Oslo com a OLP (viria a ganhar o Nobel da Paz em conjunto com Arafat e Rabin) , o tratado de paz com a Jordânia, os acordos de Camp David e tantos outros em que foi participante.
Colaborador de David Ben Gurion, o lendário fundador do Estado de Israel e seu mentor político, Shimon Peres foi um visionário que dedicou os seus últimos anos de vida, depois de abandonar cargos governativos, a lutar por uma paz duradoura no Médio Oriente que permita a Israel viver em coexistência pacífica com os seus vizinhos árabes.
Este livro é uma visão do próprio sobre os seus setenta anos de vida pública e simultaneamente um contributo para um melhor conhecimento da História de Israel e do Médio Oriente.
Depois Falamos
sexta-feira, abril 12, 2019
Curiosidade
Há histórias curiosas.
No final dos anos oitenta, inicio dos anos 90, do século passado trabalhava na Companhia de Seguros Ocidental, pertencente ao grupo Banco Comercial Português então a dar ainda os seus primeiros passos (o Banco tinha sido fundado em 1985 e as empresas de seguros,leasing, factoring,etc , posteriormente), cuja sede era na Avenida Elias Garcia em Lisboa.
E embora o meu local de trabalho fosse no Porto, na Rua Sá da Bandeira ao lado do teatro com o mesmo nome e por cima de uma sucursal do BCP, estava frequentemente em Lisboa para reuniões diversas na sede da Companhia.
Nesse contexto os almoços eram em restaurantes da zona (a um deles , o "Funil", ainda continuo a ir de vez em quando) entre os quais um que ficava situado quase ao lado da sede chamado, ao tempo, "Big Apple" se não estou em erro.
O logótipo era este:
Fui lá várias vezes com os colegas de trabalho de então mas uma vez terminado o meu ciclo na Ocidental,em 1992, nunca mais lá voltei.
Quis o destino que agora trabalhando por perto tenha lá voltado hoje.
Vinte e sete depois!
Agora chama-se "Apple House" mas quer a ementa quer a decoração interior não são substancialmente diferentes de há vinte e sete anos atrás pelo que não deixou de ser um súbito regresso ao...passado.
Depois Falamos.
quarta-feira, abril 10, 2019
Incompreensível
Nos últimos meses tenho escrito pouco sobre o Vitória A e menos ainda sobre o Vitória B.
Por falta de tempo, é verdade, mas também por falta de vontade misturada com algum desalento face ao rumo que vejo ambas as equipas seguirem com uma a tentar apanhar o Moreirense no quinto lugar e a outra com a descida de divisão num horizonte infelizmente cada vez mais provável de acontecer.
Mas pese embora a minha capacidade de me surpreender com o Vitória seja cada vez menor não consigo deixar de estranhar que neste último jogo da equipa B, em casa com o Penafiel, estivéssemos a ganhar por 4-1 a 15 minutos do fim e ainda conseguíssemos perder por 4-5!
Mesmo reduzidos a dez elementos não deixa de ser estranho uma equipa profissional sofrer quatro golos num quarto de hora e, ainda por cima, a jogar em casa.
Enfim...
Por agora não me parece que haja outra coisa a dizer que não seja manifestar a esperança que , apesar do cenário negro actual, a equipa ainda consiga dar a volta ao posicionamento classificativo e manter-se na II Liga.
E deixar duas notas finais.
Uma para constatar , uma vez mais, que a praga das camisolas negras não se afasta do Vitória.
É na A, é na B, é nos jogos fora e no segundo caso também nos jogos em casa.
Porquê?
Segunda nota para uma curiosidade.
Neste jogo no banco do Vitória B estava, como sempre, Alex Costa que se arrisca a ser o segundo treinador a descer com a equipa B.
No banco do Penafiel estava Armando Evangelista que foi o primeiro !
Na bancada a assistir estava Vítor Campelos que fez três anos à frente da equipa B com classificações a meio da tabela e jogadores promovidos para a equipa A.
Curiosidades...
Depois Falamos.
Treze Anos
Hoje o "Depois Falamos" faz treze anos.
Treze anos de muitos textos, muitas fotografias, muitas opiniões e comentários.
Política, desporto, cinema, literatura, espectáculos, gastronomia , monumentos, viagens e tantos outros assuntos tem sido aqui tratados ao longo dos anos ao sabor da inspiração e da disponibilidade para escrever do autor.
Sofrendo a concorrência das redes sociais, por onde também ando com frequência, o blogue tem sido apesar disso um espaço estável de formulação e expressão das minhas opiniões e assim continuará ser no futuro.
Na certeza de que nunca poderá ser substituído por facebook, whatsApp,twitter, instagram ou qualquer outra rede social dos tempos que correm e onde a tentação do imediatismo da opinião nunca superará o prazer da reflexão que leva à escrita aqui.
Sem festas, sem bolo de anos , o "Depois Falamos" completou o seu décimo terceiro aniversário.
A caminho do décimo quarto.
Depois Falamos.
terça-feira, abril 09, 2019
Europa Nossa
As eleições europeias são, reconhecidamente, o acto eleitoral mais difícil para os partidos políticos portugueses face ao acentuado desinteresse que os cidadãos vão demonstrando pelas questões europeias e por esse tipo de eleição.
Pese embora sermos um país de emigrantes, que como se gosta de dizer
deu novos mundos ao mundo, a verdade é que os que por cá ficaram nunca
demonstraram um interesse por aí além pelo que se passava para lá das
fronteiras.
Mesmo com o regresso de muitos emigrantes, com as migrações para
Portugal de tanta gente de outras nacionalidades, os portugueses sempre olharam
a Europa como algo que está para lá dos Pirenéus (porque Espanha, enfim, sempre
se ia e continua a ir ) lá comprar uns
caramelos e uma ...gasolinazinha para quem mora perto da fronteira)e a que se
dá pouca atenção e ainda menos importância.
É certo que os milhões que vem de Bruxelas, de que tanto se ouve falar
mas de cuja aplicação prática muitos desconhecem os efeitos, despertam sempre
alguma atenção mas em boa verdade há muito português bem mais atento aos
milhões que ganha o Ronaldo do que aqueles que vem para Portugal para
supostamente (já lá vamos) contribuírem para o desenvolvimento de todo o país.
E por isso os portugueses olham para a Europa como uma questão
distante a que apenas o futebol (ups...) via Liga dos Campeões e Liga Europa
vai aproximando.
Se a isso somarmos uma das componentes mais presentes no ADN português
que é a inveja (até ela fecha os Lusíadas) e sabendo-se que os lugares na
Europa, de deputados a comissários, são os mais bem remunerados da política não
admira que muitos portugueses não só vivam de costas voltadas para a Europa
como nem queiram ouvir falar de eleições europeias convictos de que votando
estariam a ajudar os “do costume” a irem encher-se de dinheiro.
É triste mas é assim em muito lado e em muita cabeça.
E por isso as eleições europeias tem uma taxa de abstenção que não
cessa de subir traduzindo o tal desinteresse em crescendo dos portugueses pelas
questões para lá dos Pirenéus e pela própria participação de Portugal no processo
de construção europeia que faça da Europa um espaço cada vez mais forte de
Liberdade , de desenvolvimento económico e de solidariedade.
Um caminho a que não há alternativa para uma Europa que continua
entalada entre dois blocos, entre uma Rússia que com esse nome ou de União
Soviética como até 1990 continua a ter uma ambição imperialista e uns Estados
Unidos que periodicamente tendem para o isolacionismo ao sabor de lideranças
sem visão e sem memória de passados a que não convém voltar.
E por isso a Europa é , e tem de continuar a ser, uma Causa nossa.
Nossa.
De todos os portugueses independentemente de maior ou menor fé na
União Europeia, de maior ou menor reconhecimento dos benefícios de pertencermos
a esse espaço de liberdade e desenvolvimento, de maior ou menor simpatia pelas
instituições de Bruxelas e Estrasburgo.
A Aliança defende o projecto europeu, acredita no quanto Portugal ganhou
desde a adesão em 1985 mas não deixa de em simultâneo defender uma nova atitude
na Europa baseada na aprendizagem com os erros cometidos, na recusa de dogmas
sobre a construção europeia e na afirmação de posições que contribuam para um
refundamento da Europa.
Temos Causas.
O crescimento económico , a convergência de rendimentos dos portugueses
com a média europeia, a focagem dos fundos comunitários num investimento que
potencie o tal crescimento económico, o reforço dos fundos de coesão, a
existência de um “cartão vermelho” dos parlamentos nacionais ao processo
legislativo ordinário europeu, a aposta no Mar na inovação e na investigação
são algumas das Causas que os deputados eleitos pela Aliança defenderão
intransigentemente.
A Europa vale a pena.
Eleger deputados da Aliança para darem voz a Portugal também vale a
pena.
Porque também é Nossa!
segunda-feira, abril 08, 2019
Sugestão de Leitura
Há livros que ajudam a perceber os tempos em que vivemos e que, para além disso, também elucidam sobre a vida dos seus autores.
É o caso desta autobiografia de Michelle Obama.
Onde a par do percurso de vida de uma menina nascida numa família negra, de recursos modestos, na periferia de Chicago que à custa dos esforços dos pais e de muito trabalho pessoal conseguiu licenciar-se numa das melhores universidades americanas e trabalhar em grandes empresas de advogados se narra também o seu papel enquanto primeira dama dos Estados Unidos e mulher de Barak Obama.
A família Obama que foi, recorde-se porque não é questão menor, a primeira família de raça negra a chegar à Casa Branca com o presidente a cumprir dois mandatos nos quais deixou algumas marcas importantes.
É também uma visão da Casa Branca por dentro, narrada por quem lá viveu momentos importantes da vida mundial entre 2008 e 2016, que perpassa num livro cheio de interesse e cuja leitura se recomenda.
Depois Falamos
domingo, abril 07, 2019
sexta-feira, abril 05, 2019
Bullying
Ela é quadro superior de uma empresa pública numa região há muito dominada pela mesma cor partidária.
No exercício dos seus direitos de cidadania resolveu aderir, e dar a cara, por uma nova formação política surgida em tempos recentes.
Desde esse momento nunca mais teve paz no local de trabalho.
Ele é um jovem e talentoso profissional na área da informática.
Um dos melhores do seu curso tem um currículo inatacável que, à partida, lhe daria colocação garantida num concurso promovido por uma autarquia para profissionais da sua especialidade em número superior à dezena.
Foi preterido.
Porque o pai é dirigente uma nova força política surgida em tempos recentes.
E fizeram questão de lhe vincar isso.
Ela é funcionária de uma pequena autarquia.
No gozo dos seus direitos de cidadania resolveu aderir a uma nova formação política surgida em tempos recentes.
Foi o fim da sua tranquilidade. De lá para cá tem sido sujeita a autêntico bullying profissional por esse único e exclusivo motivo.
Ele é um jovem estudante.
Dirigente da respectiva associação de estudantes resolveu, também ele, dar a cara por uma nova formação política surgida em tempos recentes acreditando que é a melhor forma de lutar civicamente pelo seu futuro.
O estabelecimento de ensino em que estuda está relacionado com uma autarquia cujo presidente já lhe fez saber que por ter dado a cara por uma nova formação política surgida em tempos recentes teria de deixar a direcção da associação de estudantes.
Sim, o bullying existe.
Praticado por gente que eleita em representação de um partido democrático não hesita em usar práticas típicas de ditaduras, tipo Coreia do Norte, para reprimir e "castigar" quem tem a ousadia de no exercício dos seus direitos políticos aderir e dar a cara por uma nova formação política surgida em tempos recentes.
São quatro exemplos.
Há mais e com o aproximar de actos eleitorais mais haverá.
Indignam mas não amedrontam e o futuro próximo o demonstrará.
Depois Falamos.
quarta-feira, abril 03, 2019
terça-feira, abril 02, 2019
O "Flopzinho"
Querer é poder diz um velho ditado popular que ao contrário de muitos outros ditados provindos da sabedoria das nossas gentes nem sempre tem na realidade a confirmação que muitos gostariam que tivesse.
É que muitas vezes, quase sempre diria, ao “querer” é preciso juntar
outros componentes que são essenciais ao “poder” como o saber, o persistir, o
perseverar, o trabalhar afincadamente, etc, etc, etc.
Sem isso nada feito!
Vem isto a propósito de uma entrevista falhada, chamemos-lhe assim, de
um personagem do nosso palco político que é muito mais uma construção de uma
certa comunicação social sempre atenta, veneradora e obrigada aquilo que
considera uns (pseudo) gurus de esquerda que por alinhavarem duas ou três
frases, de vez em quando, que soam bem passam logo a ser referências políticas mais
pelo facto de as tais frases soarem bem do que pelo seu conteúdo que tantas
vezes é aflitivamente oco.
Pois esse personagem, com relativo impacto nos dois quilómetros
quadrados em redor do Terreiro do Paço, mas olimpicamente desconhecido no resto
do país, em busca de um protagonismo que não consegue decididamente alcançar
por méritos próprios resolveu atacar o partido Aliança e o seu líder ao invés
de se pronunciar sobre tantos outros assuntos que poderiam ter merecido a sua
atenção.
Importará dizer que o referido personagem, cujo ego é decididamente
bem maior que a sua expressão eleitoral (o chamado azar dos Távoras...), antes
de liderar a actual agremiação por ele
fundada já deambulou por outras forças partidárias nomeadamente o Bloco de
Esquerda de onde um dia saiu porque tal como a mãe que foi assistir ao
juramento de bandeira do filho e achava que o seu rebento era o único que
marchava direito também ele se achava dono de uma razão que não tinha expressão
dentro dessa força política.
E saiu.
Do Bloco de Esquerda que não do Parlamento Europeu, para onde tinha
sido eleito por esse partido, e onde ficou até ao último minuto ou até ao
último cêntimo interprete o leitor como muito bem entender.
Pois ,como atrás dizíamos, resolveu a excelsa personagem virar a sua
atenção, ou a sua bílis mais uma vez o leitor escolherá, para a Aliança com o
pobre argumento de que a sua agremiação devia merecer mais atenção mediática do
que esta dado ser liderada por alguém que já tinha sido deputado europeu (peço
o favor de não se rirem) e em Bruxelas tinha deixado “...relatórios que são os
que a Europa fala hoje(sic)...” o que reiterando o pedido para não se rirem
revela bem a altíssima conta em que o personagem se tem a ele próprio.
Matéria em que, aliás, presumo que será mesmo o único!
A par de algumas criticas ao presidente da Aliança que não vou
repetir, nem comentar, porque acho que para se rirem já basta o que basta dos
outros dislates do personagem.
Indo ao centro da questão.
É verdade que a Aliança tem muito mais atenção mediática do que o “Livre”
não só porque o líder da Aliança tem de facto um currículo político muitíssimo
mais vasto (também já foi deputado europeu, já foi primeiro ministro, secretário
de estado,deputado em várias legislaturas,líder parlamentar, presidente de duas
câmaras municipais entre outros cargos políticos, associativos e da área social
que desempenhou) mas também porque a Aliança é um partido nacional, implantado
nos dezoito distritos , nas duas regiões autónomas e na diáspora, que foi capaz
de recolher doze mil assinaturas num mês, merecer a aprovação do Tribunal Constitucional
noutro, ter organização territorial nacional em três meses e ao fim de quatro
realizar um congresso onde estiveram presentes quase mil militantes.
E essa é a diferença que faz toda a diferença.
Porque para além de uma diferença brutal na popularidade e
reconhecimento de cada líder a Aliança é um partido implantado no país ao
contrário do “Livre” que como partido nacional existirá apenas na imaginação de
quem o lidera.
E a prova está no facto de que todos os actos eleitorais a que
concorreu desde 2014 se saldaram por um completo fracasso nos resultados
alcançados.
Por isso bem melhor andaria o seu líder se metesse a mão na
consciência e reconhecesse que o défice de notoriedade está na exacta proporção
da sua inexistência como partido nacional e fizesse a única coisa adequada a
resolver o assunto: Trabalhar!
Trabalhar no terreno, criar organização nacional, filiar militantes,
ter resultados eleitorais e se o conseguir (já é outra questão...) então verá
que um dia talvez possa merecer a mesma atenção que os partidos que tem
existência real .
Porque caso contrário nunca deixará de ser o “flopzinho” que tem sido
desde a sua fundação!