Hoje , em Vila do Conde, o Vitória jogou com a camisola branca!
E esse facto, que devia ser normalíssimo mas não é, constitui mesmo o único facto positivo que se encontra na desoladora tarde do estádio dos Arcos.
O resto foi mais do mesmo.
Um adversário que fez pela vida (não ganhava em casa desde Outubro mas a generosidade vitoriana nessa matéria é já lendária) , uma equipa amorfa que ainda começou bem mas depois de sofrer o primeiro golo se "apagou" e um treinador que fez (mais uma vez) substituições difíceis de perceber e que em nada melhoraram o desempenho global do onze vitoriano.
Devo dizer que não sendo treinador ,mas vendo futebol há mais de cinquenta anos, não percebo como estando a equipa a perder por 0-2 e não estando Guedes lesionado nem a jogar pior que a generalidade dos colegas seja o ponta de lança precisamente o primeiro a sair para dar lugar a outro ponta de lança (que nada acrescentou bem pelo contrário...) ao invés de jogar com dois homens na área e tentar assim desequilibrar a defesa adversária.
Mas quase tão lendária como a generosidade vitoriana em dar pontos a quem precisa é a teimosia do treinador em não mudar o sistema táctico, mesmo quando entra pelos olhos dentro que o devia fazer, para em determinadas situações jogar com dois pontas de lança em simultâneo.
Teimosias que tem ajudado a perder pontos diga-se de passagem.
Em suma mais uma derrota e o quinto lugar mais longe (agora a quatro pontos) quando faltam cinco jornadas e o Vitória termina a Liga com uma visita ao...Moreirense.
O árbitro Manuel Oliveira teve uma tarde infeliz, com prejuízo do Vitória, mas nem isso serve de desculpa nem estar a falar de arbitragem seria adequado face ao que é essencial.
E essencial é assumir que o Vitória perdeu por culpa própria fruto de erros cometidos no campo e no banco.
Depois Falamos
Fui acérrimo defensor da vinda deste treinador, pela qualidade do futebol que mostrou no Rio Ave e em Chaves.
ResponderEliminarNo entanto, infelizmente, creio que o Luís Castro não percebeu muito bem aquilo de que precisa o Vitória, que é de garra e atitude. É incompreensível como é que uma equipa que está a fazer um campeonato muito bom nos jogos em casa quase que desaparece nos jogos fora, mais a mais quando na maioria desses jogos temos mais adeptos nas bancadas do que o clube visitado. Não vejo outra justificação que não a falta de mentalidade ganhadora, que o treinador não tem conseguido incutir na equipa.
Também a rigidez do sistema táctico está a tornar-se um peso negativo na equipa, tanta previsibilidade, mudar Guedes por Welthon e não procurar novas dinâmicas ou alternativas de jogo, é chover no molhado, as defesas contrárias já jogam de cadeirão, só têm de se preocupar em não cometer penaltys desnecessários. Chega a ser confrangedor ver o Vitória a jogar fora de portas.
Na minha modesta opinião, se Luís Castro conseguir o 5º lugar, terá nova chance na próxima época. Ficar atrás do Moreirense ditará o fim da sua estadia no Vitória. O futebol não perdoa...
Caro Anónimo:
ResponderEliminarDe facto o treinador não tem confirmado algumas das expectativas que o acompanhavam.
É certo que o plantel não dá para muito mais (mas dá para mais) e a lesão de André André também retirou à equipa uma unidade nuclear.
Ainda assim podia fazer melhor.
E a rigidez táctica é de facto algo incompreensível porque revela, no mínimo, incapacidade de mudar de sistema quando o 4-3-3 não resulta.
Em Vila do COnde a perder por dois ter como primeira opção a saída de Guedes não lembrava ao diabo mas lembrou a Luis Castro. Ainda por cima para meter um Whelton que manifestamente não tem rendimento compatível.
Mas independentemente da classificação, que até pode ser o quinto lugar, creio que o problema está para lá de treinador e jogadores. Cada vez mais para lá.
Sim, o problema está bem para lá do treinador, que deveria ter mais opções no ataque. Temos também de ser justos com o Luís Castro e dizer que a nível defensivo e meio-campo a equipa está a corresponder bem, e está estabilizada. O que me leva a pensar que tendo sido reforçado o ataque em Janeiro, e se calhar a rigidez do 4-3-3 poderia ter sustentação. Mas não foi, e saltou muito à vista a inoperância da direcção em dar ao treinador pelo menos mais uma solução de ataque. De resto, e apesar disso, os que saíram, saíram bem, porque para ficar com jogadores só por ficar, acho que a direcção fez bem em despachar. O que nos leva a outra questão, não havendo reforços, não teremos ninguém na equipa B que pudesse pelo menos "abanar as águas" e dar um safanão na equipa ? É o treinador que não quer ? É a direcção que não deixa ?
ResponderEliminarNão sabemos...
Certo é que a equipa não vai além do 6º lugar muito porque a direcção não investiu na equipa. Nem que fosse o Pires que ainda marca golos que se farta no Penafiel ! Dificil de perceber este marasmo. Acredito que estamos a chegar a um momento decisivo no que toca ao futuro do Vitória. A margem desta direcção para dar o salto qualitativo que nos falta está a ficar muito apertada...
Caro Anónimo:
ResponderEliminarCreio que a direcção fez bem em dispensar/emprestar alguns jogadores em Janeiro porque manifestamente não estavam cá a fazer nada. Nisso estou de acordo.
Acho é que podiam ter reforçado a equipa na frente e não o fizeram da forma mais conveniente (um ponta de lança era imprescindível) o que condiciona o treinador. Mas mesmo com o que tem creio que podia fazer algo melhor nomeadamente mudando de sistema quando o sistema que aplica não resulta. E para lhe ser franco não me recordo de uma unica ocasiao em que trocar de ponta d elança tenha resultado.
Não sei se na B existe actualmente alguma solução mas esta equipa precisa é de reforços "feitos" e não jogadores que enham do ultimo classificado da II Liga.
Enfim as coisas não estão a correr nada bem.
Os vitorianos andam entretidos a falar do treinador e dos jogadores quando o verdadeiro problema é o presidente. Senão vejamos:
ResponderEliminar- Em janeiro, na abertura de mercado, qualquer simples sócio sabia o que a equipa precisava para enfrentar o resto do campeonato. O presidente fez-se de desentendido, desapareceu do mapa e, depois do mercado fechar, vem o treinador dizer que foi feito 'o que era possível' com o dinheiro que havia e depois vem o presidente dizer que não há dinheiro...? Se não havia dinheiro porque se contratou mais um médio que, já se sabia, não vinha acrescentar nada à equipa??? Aliás estávamos a precisar de centrais e pontas de lança... são caros? Numa empresa para se ter lucro é preciso investir!!! Porque foi usado o dinheiro da Liga Europa para a criação de mais uma equipa - Sub-23 - se já tínhamos equipa B....?
- Logo a seguir, na sequência do discurso miserável em que insiste, vem o presidente dizer que sem abrir mão do veto na administração da SAD 'não há quem invista no Vitória'... Logo aí começou a notar-se que a equipa já não correspondia. No meu entender é fácil constatar que o presidente NÃO QUER O SUCESSO DESPORTIVO para pressionar os sócios, com esse argumento, a que se aprove em assembleia-geral a perda de veto por parte do clube. O argumento de que sem aumento de estrutura accionista não há dinheiro.. É MENTIRA!!! Se a compra e venda de atletas tiver uma boa gestão ganha-se muito mais dinheiro do que com a entrada de accionistas. Investir na Liga Europa permite aumentar o orçamento: na última participação recebemos o equivalente ao que recebemos da SporTv - um milhão e trezentos mil euros!!! COM INVESTIMENTO PRÓPRIO TAMBÉM SE AUMENTA O CAPITAL DO CLUBE! E volto a frisar que desconfio que o abandono da equipa - com os maus resultados - seja o argumento para pressionar a massa associativa a implementar as alterações que pretende na SAD. E para benefício de quem?
- Esta semana aparece finalmente Mário Ferreira em tom irritado - mostrando a sua verdadeira face - dizendo que sem poder não investe mais. Quem diz a Mário Ferreira que os sócios não vão aprovar os administradores indicados por ele? O poder de veto pode nunca ser usado pelo Vitória... O que Mário Ferreira pretende é SER DONO DO CLUBE E JÚLIO MENDES DÁ MAIS APOIO ÀS PRETENSÕES DE UM ACCIONISTA DA SAD DO QUE AO CLUBE!!! Quem sabe o que já lhe terão prometido se as alterações forem aprovadas...
Se algum dia acontecer ao Vitória o que aconteceu ao Belenenses Júlio Mendes será culpado de ter dado prioridade à SAD em vez de defender o clube. Se não gosta de futebol e se prefere a gestão pura e dura então que vá dirigir uma empresa de um outro produto qualquer; porque uma SAD é para quem gosta de futebol e do clube a quem a SAD está associada.
Miguel Leite
Caro Miguel Leite:
ResponderEliminarA situação que se vive entre administração da SAD, accionista maioritário e,por tabela, Vitória é de molde a suscitar as maiores preocupações.
Bast aolhar para os Belenenses deste nundo para perceber que tudo isto pode acabar muito mal.
Mas muito mal mesmo.
Esperemos que o bom senso prevaleça mas...