Páginas

domingo, novembro 30, 2008

A Vitória Certa


A vitória de Pedro Rodrigues no congresso da JSD tem um significado politico que não pode,nem deve,ser ignorado.
É,desde logo,a consagração de uma liderança e o reconhecimento de um trabalho feito em circunstâncias dificeis.
Dificeis,ente outras razões,porque a JSD tem vindo a perder peso institucional (em 1999 tinha catorze deputados e actualmente tem...um)e porque o actual lider no decorrer da sua liderança já vai no terceiro presidente do PSD !
Quer queiramos quer não,e com todo o respeito pela autonomia da orgasnização,cria sempre alguma dificuldade mais que não seja na articulação de estratégias.
Mas a vitória de Pedro Rodrigues foi também um claro sinal de rejeição,dado pelos congressistas, aqueles ex dirigentes da JSD que tem dificuldade em interiorizarem que tendo mais de 30 anos não deve imiscuir-se na vida interna da organização.
Eu sei,e compreendo,que á falta de peso político noutros quadrantes dá sempre jeito fazer passar a ideia que ainda se controla a organização de juventude.
Enganaram-se.
Já não controlam.
Finalmente,e é uma consequência que não me desagrada,a vitória dele representa também a derrota daqueles que no distrito de Braga (que é o meu e também do Pedro Rodrigues)entendem que "vale tudo" para aingirem os seus fins e defenderem os seus interesses.
Não vale !
Está feita a prova.
E não me refiro exclusivamente á JSD.
Bem pelo contrário.
Depois Falamos

quinta-feira, novembro 27, 2008

Leio e (Não) Pasmo...





A 1 de Novembro de 2008
PSD/Braga reafirma lealdade a Manuela Ferreira Leite

A Distrital de Braga do PSD reafirmou, hoje, em comunicado, o seu apoio a Manuela Ferreira Leite, desmentindo o que considera ser «notícias especulativas, falaciosas e mal intencionadas» sobre a sua participação na procura de um novo líder.
O documento, subscrito pelo presidente da Comissão Política Distrital, Virgílio Costa, garante que o organismo «não tem qualquer envolvimento político ou de outra natureza que não seja de celebração e empenho da sua actual liderança».
O comunicado surge após notícias surgidas na comunicação social nacional e local dando conta de que as distritais de Braga, Porto e Faro estariam a preparar uma alternativa à líder do PSD, Manuela Ferreira Leite.
O PSD/Braga garante, «como sempre», a lealdade do órgão a que preside para com a direcção actual do partido, e a sua «disponibilidade total para participar activamente em todos os desafios políticos e eleitorais que se colocam ao PSD e a Portugal».
Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=356876

A 27 de Novembro de 2008
PSD/Braga critica liderança de Manuela Ferreira Leite

A Comissão Permanente da Distrital de Braga do PSD vai convocar um plenário de militantes para debater a liderança de Manuela Ferreira Leite e a possibilidade de convocação de um congresso extraordinário, disse hoje à Lusa fonte partidária.
Segundo Miguel Moreira, da Comissão Permanente, o plenário, a realizar em Dezembro, debaterá, também, um eventual pedido a Marcelo Rebelo de Sousa para que se candidate à liderança do partido.
«Há outros nomes em cima da mesa, mas o do professor é prioritário», afirmou.
O dirigente partidário, que integra a Concelhia de Esposende, revelou que os seis membros da Comissão Permanente concluíram, depois de um debate interno de três dias, que o partido, sob a liderança de Ferreira Leite, se encontra «no marasmo».
«É necessário encontrar uma alternativa credível e que seja capaz de levar o PSD à vitória nas próximas eleições legislativas», afirmou o dirigente social-democrata.
Miguel Moreira adiantou que, para além do plenário de militantes, a Distrital vai convocar as secções concelhias e o Conselho Geral do partido, no distrito.
Contactado pela Lusa, o presidente da Comissão Política Distrital de Braga, Virgílio Costa confirmou a realização das reuniões da Comissão Permanente, bem como a decisão de convocar «de urgência» todos os órgãos distritais do partido.
Instado a comentar a possibilidade do PSD/Braga pedir a realização de um Congresso Extraordinário para demitir a actual líder, Virgílio Costa escusou-se a comentar o assunto.
Admitiu, apenas, que «a distrital de Braga tem especiais responsabilidades no distrito e no país».
«Como sempre, com discrição e firmeza, agirá no tempo certo e da forma que melhor sirva o país e o partido», frisou.
Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=361059

Comentários para quê ?
Depois Falamos

A Nossa Selecção ?



Publiquei hoje,no Correio do Minho,este artigo

A NOSSA SELECÇÃO ?

Não vou escrever nem uma linha sobre os últimos jogos da nossa selecção, em Braga e no Brasil, nem sobre o quanto eles desiludiram toda a legião de adeptos da equipa de todos nós.
Já basta o que basta nomeadamente nas oscilações entre oito e oitenta ou, na imortal teorização de Cândido de Oliveira, na rapidez com que em Portugal se passa de bestial a besta.
Há um assunto que me parece bem mais interessante e que é o da utilização de jogadores naturalizados na selecção nacional.
Depois de uma ou duas experiências num passado mais remoto, e que não deixou tradição, a questão volta a pôr-se com especial acuidade devido a dois factores.
Em primeiro lugar devido ao precedente aberto com as naturalizações de Deco e Pepe e a sua frequente utilização na selecção nacional.
Em segundo lugar com as pressões que vem aumentando para que o mesmo aconteça com Liedson (mais) e Paulo Assunção.
Devo dizer que sou completamente contra esta moda de á custa de naturalizações querer acrescentar mais valia á selecção nacional.
Posição que nada tem a ver com xenofobia, má vontade ou qualquer tipo de preconceito contra quem quer que seja.
Deco é um excepcional futebolista que muito tem dado á selecção e os outros três embora de bitola inferior são também futebolistas de alta qualidade.
A questão não está aí.
Está no facto de considerar que a selecção de Portugal deve ser constituída por portugueses, nascidos em Portugal ou filhos de pais portugueses e que representem ao seu melhor o real valor do nosso futebol.
Se por absurdo fosse possível naturalizar Messi, Káká, Lampard, Drogba e Ibrahimovic, por exemplo, e pô-los a jogar por Portugal teríamos certamente uma selecção fortíssima mas representaria ela o real valor do nosso futebol?
Se amanha um qualquer Dubai, Catar, Bahrein, Arábia Saudita contratar umas dezenas de jovens brasileiros, argentinos,ingleses, portugueses , alemães e os naturalizar construirá seguramente uma grande equipa mas que nada terá a ver com a realidade futebolística desses países.
Hoje, por força das conjunturas várias que também atingem o nosso futebol, é evidente que a grande tábua de salvação/sobrevivência dos nossos clubes está na formação.
O nosso futebol tem de ser essencialmente exportador.
A que realidade assistimos ?
Os nossos jovens vão fazendo excelentes figuras nas selecções das respectivas categorias, vão a fases finais, ganham competições e depois apenas uma ínfima parte deles alcança as principais equipas incluindo as dos clubes onde se formaram.
Porquê?
Porque muito simplesmente tem os lugares tapados por futebolistas estrangeiros que á custa da “Lei Bosman” e das duplas nacionalidades enxameiam os planteis dos clubes das Ligas profissionais.
Sem que muitas vezes demonstrem qualidade que o justifique ou, até, sejam melhores que os jovens futebolistas portugueses.
Se, fruto destas modas mais recentes (e que noutras modalidades atingem foros preocupantes) até a selecção nacional for permeável á entrada de estrangeiros naturalizados qualquer dia no onze nacional jogam nove brasileiros mais o Ronaldo e o Ricardo Carvalho.
Exagero?
Verão que não.
Agora fala-se do Liedson e do Assunção.
Amanha, quando toda a gente incluindo Queiroz perceber que Quim não é guarda-redes á altura de uma baliza que foi de Bento, Damas ou Vítor Baia vai pôr-se a questão do guarda-redes.
E é mais fácil ir buscar um qualquer brasileiro do que apostar em bons valores portugueses como Eduardo, Beto, Moreira ou Rui Patrício.
Porque infelizmente a margem de tolerância para quem vem de fora é sempre muito maior do que para quem é da casa.
E depois há outro factor a ter em linha de conta:
A selecção para nós, adeptos, é uma questão de afectividade.
É a equipa de todos nós, o “Clube Portugal”, onde jogaram todos os grandes vultos que povoam a nossa memória e que nos tem dado grandes momentos de exaltação e unidade nacional.
Para os dirigentes dos clubes, empresários e afins pode também ser isso mas é essencialmente uma excelente montra para colocar “produtos” que proporcionam excelentes negócios.
E é em nome dos negócios, precisamente, que temo o fim da selecção nacional como sempre a conhecemos.
A equipa onde tem a honra de actuar os melhores jogadores portugueses.

BOLA CHEIA
Leixões
Com um terço do campeonato decorrido a equipa de Matosinhos continua a assinar um percurso meritório na Liga Sagres.
Bem orientada, composta por um núcleo de jogadores muito interessante, tem ainda espaço para a afirmação de bons valores como Beto, Wesley e Braga.
Num campeonato qualitativamente pobre tem condições para ser um dos melhores.

BOLA VAZIA
Vitória e Braga
Nos antípodas do Leixões os grandes rivais do Minho, e as duas equipas com mais condições para disputarem o poleiro dos que sabemos, tem vindo a fazer provas muito abaixo das expectativas.
O Vitória por óbvias carências de plantel e o Braga, ele sim com excelente plantel, não tem sabido no plano interno corresponder á boa prestação europeia.
Ainda vão a tempo de corrigir o percurso, é certo, mas para já estão a desiludir.

quarta-feira, novembro 26, 2008

Dias Assim...


Foto:www.rtp.pt

Não conheço de perto Dias Loureiro.
Fomos colegas na Assembleia da República,cruzamo-nos várias vezes na sede do PSD noutros tempos,mas não tenho com ele nenhum tipo de proximidade que não seja a normal cordialidade entre companheiros de partido que partilharam causas.
Estou pois perfeitamente á vontade para dizer o seguinte:
Tenho dele a imagem de um homem inteligente,sensato, prudente nas atitudes e extremo rigor pessoal.
Não sei,nem tenho que saber,até que ponto esteve envolvido na gestão da SLN/BPN e em que altura exacta abandonou as funções executivas que detinha.
Mas não tenho nenhuma razão para duvidar do que ele diz e da tranquilidade com que se posiciona perante o assunto.
Neste país já existiram demasiadas pessoas trucidadas pela pressão mediática,pelos pregadores de moral e ética para os outros,pela inveja e mesquinhice de quem não suporta ver alguém ter sucesso na vida.
Dias Loureiro exerceu vários cargos politicos (deputado,governador civil,ministro,secretário geral do PSD,Presidente da mesa do congresso,etc)e em todos eles soube afirmar uma marca própria,um estilo de actuação,uma seriedade inatácável.
Como militante do PSD,mas também como cidadão,estou profundamente solidário com Manuel Dias Loureiro.
Acho lamentável que com base em suposições,especulaçoes jornalisticas e a "espuma" resultantes destes casos mediáticos,se venha já falar de demissões, de "desapego" a cargos, de incómodos causados a um terceiro que por acaso nem se queixou.
Gostaria nesta matéria de ver o meu partido,que é também o de Dias Loureiro,unido e solidário com um militante que muito lhe tem dado.
E a não contribuir para a tentativa de "linchamento" público que a máquina de propaganda do PS tão bem tem alimentado.
Depois Falamos

terça-feira, novembro 25, 2008

Somos (mesmo) Únicos.


Foto: http://paixaovitoriana.blogspot.com

Um destes dias fui visitar uma pessoa de familia que reside num Lar de 3ª idade.
Encontrei-a na sala de convivio ,na companhia de outros residentes, vendo atentamente na Sporttv o jogo de voleibol entre o Vitória e o Maritimo.
Quase tudo senhoras,apenas estava lá um homem,e de uma geração(todas com mais de 70 anos) que pouco ou nada tem a ver com a prática desportiva ou o interesse pelo desporto(voleibol) própriamente dito.
Achei piada.
E perguntei a uma das assistentes se elas estavam a ver o jogo por opção ou apenas porque alguém tinha posto naquele canal desportivo.
A resposta foi esclarecedora.
As senhoras,de facto,não percebiam nada de voleibol.
Mas como estava a jogar o Vitória gostavam de ver.
E ficavam contentes se o seu clube ganhava.
Depois digam lá que nós ,vitorianos e vitorianas ,não somos únicos.
Depois Falamos

segunda-feira, novembro 24, 2008

Japão


A Portela lá do sitio.
Onde,porém,não se discutem "Otas".
Maneira de ver as coisas.
Depois Falamos

1,2,3,4,5...


O PSD tem uma lider eleita para um mandato de dois anos.
Até aí estamos todos de acordo.
Mas depois lemos jornais e vemos televisão.
E a que assistimos ?
Pedro Passos Coelho anda no "circuito da vitela assada"e promove movimento de ideias.
Um.
Nuno Morais Sarmento dá entrevistas em que"...nao sei,pois ...talvez um dia..quem sabe..."
Dois.
Marcelo Rebelo de Sousa afirma que não é provável que Cristo volte a descer á Terra,muito menos antes de 2009 ,mas que nunca se sabe.
Três.
Rui Rio afirma ,numa cerimónia com bombeiros,que "...um dia ainda vou ter que ir apagar fogos no PSD...".
Quatro.
Castro Almeida ,vice presidente de Manuela,afirma no lançamento do livro de Marques Mendes em Aveiro "...se quiser(MM) voltar á politica activa terá muitos apoios neste distrito...".
Cinco.
O PSD é de facto o partido mais português de Portugal.
E o mais partido também já agora.
Depois Falamos

O que mudou ?



Em Maio deste ano, quando a direcção política de Luis Filipe Menezes quis avançar com um inquérito á supervisão bancária, a actual lider considerou que tal seria uma "atitude gravosa" que punha em questão o Banco de Portugal e o regular funcionamento das instituiçoes de supervisão.
Viviamos em pleno "caso BCP" e o governador do BdP era Vitor Constâncio.
Agora,com o "caso BPN" no centro da actualidade,o PSD viabiliza(em vez de ser ele a promovê-la mas isso são outros contos...) uma comissão de inquérito parlamentar á...supervisão bancária !
Sendo governador o mesmissimo,e distraidissimo,Vitor Constâncio.
Pasme-se.
O que era gravoso em Maio passa a ser adequado em Novembro .
O que mudou ?
Pois...o lider do PSD.
E é assim que,cantando e rindo (como se trauteava no tempo em que a democracia esteve suspensa por 48 anos),vamos parar onde todos desconfiamos.
Depois Falamos

sexta-feira, novembro 21, 2008

Cartaz do PPD



Um dos mais históricos cartazes do PSD.
De 1974 com Francisco Sá Carneiro como lider.
Reafirmando o apego do partido á liberdade, a rejeição de tutelas politico-militares(como então se dizia)e o empenhamento na construção de uma social democracia á portuguesa.
Mas sempre com a Liberdade como grande referência.
Depois Falamos

Miopia ?



É muito estranha a posição do PS ao recusar ouvir Dias Loureiro no Parlamento.
Especialmente se considerarmos que aquando do "caso BCP" existiu a maior abertura para ouvir toda a gente(passe o exagero) que lá quis ir.
Afinal de contas trata-se de alguém que tendo estado ligado ao BPN,tendo-se disponibilizado (o que raramente acontece)para ir depôr em comissão parlamentar sobre aquilo que sabe sobre o que se passou no banco devia merecer o melhor acolhimento.
De Vitor Constâncio já sabemos que não se apercebeu até ser tarde.
Pelos vistos o PS vai mais longe e ,pura e simplesmente,não quer saber !
Nem contribuir para que se saiba.
Porque será ?
Será que dá jeito que quando se fala do BPN só se fale de ex governantes do PSD ?
Não quererá o PS que outros nomes venham á baila ?
Já agora:
Sendo Dias Loureiro conselheiro de Estado ,por escolha do Presidente da República, não devia merecer outro tipo de consideração ?
Depois Falamos

quinta-feira, novembro 20, 2008

2ª Volta

Na segunda volta do campeonato,como é normal,o Porto terá de visitar o D.Afonso Henriques.
No passado sábado,no Dragão,o Vitória e os seus adeptos foram alvo de um conjunto de atitudes que qualificam bem o seu mentor e ordenante.
É o vale tudo ao serviço das mesquinhas vinganças de quem não entende que cada um tem o dever de zelar pelos seus interesses.
E se defendi,e defendo,que nem todas as posições do Vitória foram as melhores a verdade é que nada justificava a forma canalha como fomos tratados no estádio do clube cujos administradores se remuneram generosamente a si próprios pelas vitórias que os jogadores obtém no relvado.
E então o que se passou ?
A saber:
1) Convite ao presidente do Braga para se sentar ao lado(duvidosa honra) de Pinto da Costa no camarote.
2) Na habitual revista dos stewards na entrada do estádio centenas de vitorianos foram obrigados a descalçar-se coisa nunca vista em estádio de Portugal. Pelo menos !
3)Bilhetes escandalosamente caros.
4)Portas de acesso á sala de imprensa fechadas o que obrigou Cajuda a uma deslocação muito maior.
5)Hino da "Champions tocado no final(á cautela...) da partida.
A nada disto vi,infelizmente, a direcção do Vitória dar resposta.
A mesma direcção aliás que não devia ter aceite participar na farsa encenada no camarote presidencial do estádio do FCP !
Mas muda e queda lá entrou,esteve e saiu.
Foi pena.
Porque nunca lá devia ter ido.
Mas há uma segunda volta que exige uma resposta digna da parte do Vitória.
Sem violência,sem atropelos á lei,sem quebra de códigos de boa conduta desportiva.
Como ?
É fácil.
Impedir a entrada no camarote presidencial do nosso estádio ao condenado por corrupção Pinto da Costa (se ele tiver a lata e a coragem de por cá aparecer é claro...) dando aliás sequência ao estipulado pelos orgãos jurisdicionais do futebol.
De modo a que o referido senhor perceba que é mais fácil entrar com a Carolina numa audiência Papal no Vaticano do que aceder a um lugar onde não tem direito a estar e os vitorianos não o querem ver.
Colocar os bilhetes para público ao preço legalmente mais caro possivel ou,isso seria o ideal,não vender um unico bilhete a adeptos do Porto.
Nem que para isso cada sócio tivesse de pagar um bilhete extra.
E tornar pública,de imediato,uma deliberação de suspensão de qualquer relacionamento que não institucional com o Braga enquanto o referido clube for presidido por aquela espécie de arma de arremesso.
Um dia o próprio perceberá que não passa de um boomerang mas isso é problema dele...
Medidas simples,legais e que não violam nenhum código de conduta.
Mas que a nós vitorianos lavarão de alguma forma a lama depois de toda aquela porcaria do "Dragão".
Haja vontade.
Depois Falamos

P.S. Em tempo:Claro que qualquer dirigente do FCP ou do FCP SAD que queira aceder ao camarote presidencial(ou a qualquer outro espaço por convite) deverá ser revistado á entrada incluindo o descalçar-se !
Não são mais do que os vitorianos que foram ao Dragão !

Fair Play

Publiquei hoje este artigo no Correio do Minho

FAIR PLAY

A operação desencadeada pelas autoridades contra uma das claques do Benfica, sob o nome “fair play”, vem trazer para a primeira página da actualidade as relações pouco claras entre alguns clubes e os seus grupos organizados de adeptos.
Acho curiosa, no mínimo, a pressa com que alguns jornalistas e comentadores apareceram rapidamente a afirmar que os “No Name Boys” não eram uma claque oficial, não tinham o apoio do clube e coitado do Benfica que ainda ficava com má imagem por causa desse grupo quase terrorista.
Pois se não tinham o apoio do clube era bem difícil dar por isso !
Tinham lugares definidos no estádio, arrecadações para guardarem os materiais, preços especiais em bilhetes e mais algumas regalias que o comum dos adeptos não tem.
Recordo-me até de ver dois presidentes do Benfica, Vale e Azevedo e Manuel Vilarinho, a assistirem a jogos do meio da claque em grande comunhão de ideais e pontos de vista.
E o que se passa no Benfica passa-se igualmente noutros clubes onde as claques arrastam atrás de si um historial de desordem, crime e violência perante um encolher de ombros e fechar de olhos por parte dos responsáveis clubistas.
Como por exemplo a do F.C.Porto !
Onde o sentimento de impunidade é tão grande que até o líder dos “Superdragões” se atreveu a contar em livro um conjunto de historias bem pouco dignificantes que iam de roubos em estabelecimentos comerciais á vandalização de áreas de serviço das auto estradas.
Sem que, ao que se sabe, alguém o tenha incomodado por tão pública declaração de delinquência !
É um mundo sombrio, cheio de interrogações e que em nada contribui para a boa imagem do futebol.
Perguntar-se-á ,então, porque motivo os dirigentes dos principais clubes toleram (para sermos benevolentes) este estado de coisas e não tomam medidas sérias ,como o fez Joan Laporta no Barcelona ,para acabar com estes grupos organizados.
Com os que se portam mal sejamos claros.
Por várias razões:
Desde logo porque, em boa verdade, alguns dirigentes tem do fenómeno futebol uma visão idêntica á dos ultras das claques pese embora com uma ligeiríssima camada de polimento que os faz parecer um pouco diferentes.
Depois porque as claques são, nalguns casos, uma autêntica “guarda pretoriana” dos presidentes muito úteis para controlar assembleias gerais ou para fazerem outro tipo de serviços não previstos estatutariamente.
Quem se lembrar das imagens de uma célebre chegada de Pinto da Costa ao tribunal de Gondomar perceberá do que falo.
Finalmente porque as claques, e isso para os lados do “Dragão” é muito comum, também dão muito jeito para pressionar jogadores/treinadores a irem embora por iniciativa própria dispensando o clube de pagar indemenizações.
Bastará recordar Co Adrianse no Porto ou Fernando Santos no Benfica para se perceber o alcance que tem a manutenção em permanente pé de guerra desses grupos.
Ás vezes corre mal, é verdade, como quando as claques leoninas impediram a contratação de …José Mourinho !
Mas regra geral…compensa !
A questão fundamental, na linha do escrito noutros artigos, continua a ser a mesma.
Estas claques fazem parte do futebol que temos.
Com muitos dos actuais dirigentes como podemos ter outro futebol ?
Os cavalheiros querem que seja assim.
Os Quem ?


BOLA CHEIA:
Exemplo de fair play positivo foi o comportamento dos jogadores no Porto-Vitória. Alheios a guerras que não lhe dizem respeito souberam disputar um muito razoável jogo de futebol sem o árbitro se ver obrigado a mostrar um único cartão.
Tivessem os dirigentes a mesma postura.

BOLA VAZIA
Muito pobrezinha a atitude de António Salvador ao aceitar sentar-se á direita de Pinto da Costa no Porto-Vitória. Todos sabemos que PC é exímio em usar armas de arremesso a seu belo prazer.
Compreende-se que Alan, Renteria, Luís Aguiar, etc obrigam a alguma devoção ao “Papa”.
Mas há figuras tristes que deviam ser evitadas.
Porque não aproveitam a ninguém.


terça-feira, novembro 18, 2008

Cuidado

A dra Manuela Ferreira Leite fez, nos últimos dias, estas duas declarações.
A primeira a propósito da dificuldade do PSD em passar na Comunicação Social (pois...acontece com todos os lideres) e a segunda sobre a reforma da Justiça:

"Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite"

" E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia,mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia".

Sinceramente...é preciso cuidado.
Porque se a alternativa é entre a mensagem não passar ou passarem mensagens destas então creio que o PSD está de facto com um enorme problema !
Espero estar enganado !
Depois Falamos

Nada de novo...


O Porto-Vitória do passado sábado foi um jogo exemplar.
Dentro e fora das quatro linhas.
Lá dentro,onde verdadeiramente interessa,foi uma partida bem disputada,com um triunfo justo da melhor equipa e em que os jogadores deram um belo exemplo de desportivismo,de fair play e de respeito pelo jogo,por eles próprios e pelos espectadores.
Um jogo tão intensamente disputado terminar, e bem, sem a amostragem de qualquer cartão é verdadeiramente exemplar.
Foi também exemplar fora das quatro linhas.
Mais própriamente no camarote presidencial.
Mas aí pela negativa.
Porque Pinto da Costa,que gosta de declamar poesia,comprar pintura e aparecer como um intelectual,quando se trata de futebol vai até ao limite da ordinarice possivel.
São tantos os exemplos que aquilo que se passou sábado no "Dragão" é apenas mais uma amostra.
Convidar o presidente do Braga,coitado a que papel se prestou,para se sentar á sua direita pensando que aborrecia os vitorianos foi uma atitude ordinária que não demonstrou nenhum respeito (olha a novidade...) pela industria futebol.
Já todos sabemos que não existindo "almoços gratuitos" aqueles jogadores todos que foram do Dragão para Braga tem vários preços.
Um deles,visivel,foi o usar a seu belo prazer o presidente bracarense como arma de arremesso.
Só que se enganou no alvo.
Porque os vitorianos,sinceramente,gostam muito mais de ver á direita de PC o presidente do Braga do que o presidente do Vitória.
Ó se gostam ...
A segunda ordinarice foi,no final do jogo,tocarem o hino da "Champions" nos altifalantes do estádio.
Como se sabe o Vitória foi eliminado na pré eliminatória através de uma arbitragem escandalosa que raia a corrupção.
Que o F.C.Porto se tenha sentido feliz com a eliminação e com a forma como ela se processou também não é novidade para ninguém.
Aquele "modus operandi" não lhes é desconhecido nem tão pouco lhes desagrada.
Como se sabe.
Nada de novo, pois, no "reino" do Dragão .
Depois Falamos

quarta-feira, novembro 12, 2008

Os apitos da discórdia

A imagem,tendo relativamente pouco a ver com o restante texto serve,ainda assim,para relembrar a alguns amnésicos como acabou o último campeonato.
Vamos ao assunto:
Causa-me,apesar de tudo,algum espanto a contestação que por aí anda ao treinador do Sporting por causa das criticas ao arbitro do jogo com o Porto.
Paulo Bento tem toda a razão no que disse e,se quisesse,podia ainda ter dito muito mais.
Tal como Jesualdo Ferreira podia ter afirmado outro tanto,ou ainda pior,porque também não lhe faltaram razões para isso.
Foi uma arbitragem miserável.
Mais uma.
Do mesmo árbitro já celebrizado pela sua "cegueira" num Campomaiorense-Porto de má memória em que não viu dezenas de faltas cometidas por José Soares sobre Jardel !
Em bom rigor,como todos sabemos,não tem categoria para arbitrar competições profissionais.
Mas há quem o nomeie.
E há,pasme-se,um observador da FPF que classificou a sua exibição como...boa !!!
E não há,infelizmente,uma vassoura para arrumar com estes senhores todos.
Como se quer dignificar o futebol,atrair espectadores aos estádios,captar empresas para os patrocinios,tornar a industria rentável com individuos destes a apitar ?
Como se sente um espectador que paga bilhete e sabe que o jogo vai ser arbitrado por um sujeito que não viu cinco (!!!)grandes penalidades num mesmo jogo ?
E que ainda foi merecedor de nota positiva do respectivo observador !
O povo adora futebol mas não é parvo.
E os estádios a perderem continuamente espectadores não se deve só ás transmissões televisivas e ao preço dos bilhetes.
Deve-se,cada vez mais,ao facto de cada vez menos as pessoas acreditarem na seriedade do futebol português.
E tem toda a razão para isso.
Depois Falamos

A Ministra e os ovos

O que aconteceu ontem em Fafe merece uma condenação sem reservas.
Podemos considerar a ministra arrogante,antipática e até incompetente.
Não se andará longe da verdade.
Podemos discordar da politica seguida,das consequências que se preveêm e dos danos que estão a causar no sistema educativo.
E sobre isso estaremos (quase) todos de acordo.
Não podemos é transformar o legitimo direito á manifestação num concurso de ...ovos ao alvo,com tudo o que isso tem de condenável.
Porque é autoridade do Estado e a dignidade do cargo que são severamente postos em causa.
E se existe uma natural tendência pra relativizar dada a idade dos intervenientes a verdade é que as grandes asneiras começam,normalmente,por pequnos disparates.
Se hoje passar em claro a questão dos ovos amanhã,estou certo,estaremos a falar de pedras ou coisa pior.
E o que autoridade poderia resolver no inicio,se aplicada atempadamente, acabará por ser a repressão a solucionar no final.
Esperemos que desta vez o "nacional porreirismo" não deixe ficar tudo como está.
No que é um velho hábito nacional.
Agora uma coisa é certa:
Não acredito em teorias da conspiração nem na manipulação dos jovens por tenebrosas forças ocultas.
O que se passou em Fafe,e que merece severa censura pela forma como se processou,traduz uma enorme saturação de alunos,professores e encarregados de educação por esta ministra e esta política educativa.
E José Sócrates deverá levar isso em linha de conta.
Porque a Educação é hoje um barril de pólvora prestes a explodir.
Depois Falamos

segunda-feira, novembro 10, 2008

Jamor...

Foto:www.vitoriasc.pt

Todos os anos se repete a esperança vitoriana de trazer para a sala de troféus "Edmur" a primeira taça de Portugal da nossa História.

A quatro finais fomos,três perdemos e na outra fomos espoliados por uma arbitragem vergonhosa de um sujeito chamado antónio garrido,e nunca o "caneco" nos acompanhou na viagem de regresso.

Claro que quando pelo caminho encontramos os do Bessa,como no sábado passado,a vontade ainda é maior de corrigir uma das maiores injustiças da nossa História quase nonagenária.

Ainda é cedo,e a equipa também não nos dá grandes esperanças nesse sentido,para olhar para o Jamor como um destino próximo mas o evoluir da presente edição também não é desanimador de todo.

Sporting,Braga,Belenenses e Maritimo (entre outros) já foram eliminados e pela frente restam equipas que considero acessiveis.

Claro que ainda lá está o Porto e esse é um adversário forte.

Mas se hoje á noite no "derby do Galinheiro" as Aves visitantes pregarem uma partidinha (basta lembrar que o Penafiel esteve quase...) ás aves residentes,então o Porto poderá ser mesmo o único grande obstáculo rumo ao "caneco".

Claro sempre lembrando que temos sofrido alguns dissabores com equipas teóricamente muito acessiveis como o Sacavenense, o Mafra ou o Moreirense.

Mas pode ser que termos eliminado os do Bessa seja um bom sinal.

Aguardemos pelo derby de hoje e pelo sorteio da próxima eliminatória.

Depois Falamos



IL Divo


Foi hoje posto á venda em todo o mundo.
Não deixe a audição para amanhã se o puder fazer hoje.
É mais uma pequena obra prima.
Depois Falamos

sábado, novembro 08, 2008

Campeão Minhoto 2


Na 5ª feira publiquei este artigo no Correio do Minho


CAMPEÃO MINHOTO (2)

Vamos então aos factores externos, melhor seria chamar-lhes obstáculos, cuja ultrapassagem se me afigura decisiva para um dia podermos ter um campeão minhoto na I Liga.
Tem essencialmente a ver com Verdade.
Verdade desportiva, verdade financeira e verdade na comunicação social.
O futebol português tem, como todos sabemos, graves lacunas em termos de verdade desportiva das competições.
Centrando-nos na I Liga, afinal a que nos interessa, todos sabemos que ao longo de dezenas e dezenas de anos existe aquilo a que se chama um “sistema” que protege os chamados grandes e atropela os menos grandes quando se atravessam no caminho dos primeiros.
São os árbitros, são os fiscais de linha, são os observadores, são os órgãos dirigentes da arbitragem que ano após ano, campeonato após campeonato, mudando os protagonistas mas mantendo-se as linhas de rumo velam para que a “ordem natural” das coisas não se altere e as provas sejam ganhas pelos do costume.
Em tantos anos apenas por duas vezes isso não aconteceu.
Uma na década de quarenta com o Belenenses que tinha uma equipa tão boa que resistiu a tudo e conseguiu ganhar o campeonato.
Por uma vez apenas.
A outra deu-se muito mais recentemente com o Boavista.
Não por ter melhor equipa ou por jogar melhor que os outros.
Mas porque, por uma vez, conseguiu jogar melhor nos bastidores.
Todos nos lembramos da impunidade chocante com que os jogadores do Bessa distribuíam “lenha” pelos estádios deste país na mais absoluta impunidade.
Entre outras coisas…
E este obstáculo, o da falta de verdade desportiva, é porventura o mais difícil de ultrapassar.
Arrisco até afirmar que tal só será possível quando um governo tiver a coragem de cortar a direito na matéria.
Ainda que mexendo em interesses poderosíssimos.
A segunda questão prende-se com a verdade financeira que o triste exemplo actual do Estrela da Amadora vem confirmar.
Não é possível continuarmos a ter num campeonato profissional clubes que não cumprem orçamentos, não pagam salários e vivem de expedientes.
Não é possível que certidões passadas pelo Estado a garantir o cumprimento das obrigações por alguns clubes se venham a revelar, passados poucos meses, como notoriamente falsas
É um futebol assente na mentira.
E que abre a porta a muitas “ajudas” que cirurgicamente aplicadas favorecem uns (os do costume) e prejudicam os restantes.
Finalmente põe-se a questão da verdade na comunicação.
Que a existir, facto de que não estou certo, tem uma existência grotescamente distorcida.
Existe em Portugal, nos jornais (então nos desportivos nem se fala…) nas rádios e televisões uma protecção descarada aos três grandes.
Protecção e promoção.
Que se consubstancia através de noticias todos os dias, em todos os telejornais acerca dos mais ínfimos e míseros pormenores do dia a dia desses clubes.
Da constipação do Aimar, ao novo penteado do Miguel Veloso passando pelo estado de alma do Helton.
Todos os dias.
Que maravilha para os patrocinadores desses clubes e que mau para os dos outros!
É uma concorrência completamente desleal.
Se a isso juntarmos aqueles inenarráveis programas de debate futebolístico (Dia seguinte ou trio de ataque) com comentadores exclusivos dos três do costume, ou as dúzias de artigos nos jornais desportivos escritos semanalmente por simpatizantes desses clubes, concluiremos que de facto existe muito pouco espaço para todos os outros.
Ou seja, existe pouquíssimo espaço para a verdade e para a igualdade de tratamento.
E sem verdade(desportiva, financeira e comunicacional) torna-se muito mais difícil, mas não impossível, ter um campeão minhoto.

sexta-feira, novembro 07, 2008

O Mistério da Rua de S.Caetano

Se mesmo para mim ,com alguma experiência em processos de escolha, parece um mistério que fará para o comum do militante cuja única preocupação é ver o partido ganhar.
Pedro Santana Lopes disponibilizou-se para o dificil combate pela câmara de Lisboa.
Dando a cara e assumindo todas as consequências pelos resultados.
Bons ou maus.
Não pretende esconder-se numa candidatura a presidente de assembleia municipal como fazem tantos e tantos no partido.
PSL foi lider do PSD, eleito em conselho nacional e posteriormente em congresso com maiorias esmagadoras, foi primeiro ministro e foi candidato ganhador a duas câmaras que o PSD nunca tinha ganho.
Uma delas precisamente Lisboa.
Ao contrário de outros que nunca tiveram a coragem de testar a sua valia em eleições ou que quando o fizeram foram completamente derrotados mas que agora se acham donos da verdade.
As sondagens,que valem o que valem,indicam que é um candidato ganhador.
O nervosismo dos socialistas,o alvoroço dos mercenários da opinião paga,os conselheiros sombrios e na sombra da lider do PSD agitado-se num frenesim de oposição á candidatura demonstra claramente que é uma candidatura vencedora.
Aliás,e num aparte,se Santana fosse tão mau como o pintam a preocupação não seria tanta.
Neste cenário,que conta já com a aprovação e apoio da assembleia distrital de Lisboa,ninguém entende a falta de decisão da lider do PSD.
Lisboa é uma eleição demasiado importante para o partido estar a transmitir para a opinião pública uma imagem destas.
Com avanços e recuos, com posições dúbias,com silêncios que apenas dão espaço ás concertadas tentativas de fragilização da candidatura.
Se alguém com o curriculum de Pedro Santana Lopes não serve,muito bem,recusem-no e arranjem outro melhor que esteja disponivel para Lisboa.
Melhor curriculum político,melhor candidato,melhor tradição de vitórias autárquicas.
Há pessoas nos orgãos nacionais do PSD (ou lá perto...) que já tiverem protagonismo a mais para o pouco que tem feito pelo partido.
Talvez seja tempo de provarem nos votos que valem alguma coisa.
Porque entrevistas qualquer um dá.
Artigos de opinião ou discursos pomposos qualquer um faz.
Olhar o eleitor nos olhos,trasnmitir-lhe confiança e merecer o seu voto é que não é para todos !
Ainda me ria (embora com pouquissima vontade) se PSL,farto destas jogadas de bastidores,se declarasse indisponivel para uma candidatura autárquica.
Apreciaria ver quem,entre os criticos das candidatura,daria o passo em frente para resolver o problema ao partido e a Manuela Ferreira Leite.
Ou,como em 1993,arranjavam um qualquer Macário para marcar presença e nada mais ?
Pergunto-me como pode um militante de base entender isto.
Depois Falamos

P.S. A foto retrata uma visita de PSL,enquanto secretário de estado da cultura,á Biblioteca Raúl Brandão em Guimarães.
A curiosidade está nos acompanhantes....
Pelos vistos nesse tempo,de poder cavaquista,havia quem não se importasse de andar atrás de Santana.
E não me refiro ao Domingos Duarte Lima,nem ao Nuno Delerue ou ao Manuel Moreira.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Obama

A clareza da vitória de Barak Obama diz bem da vontade de mudança que assolava os Estados Unidos e da esperança que o senador do Illinois representava em termos de novas politicas.
Não entrando em grandes detalhes estatisticos ainda assim não deixa de ser impressionante que 63 milhões e quinhentos mil eleitores tenham dado o seu voto ao novo presidente naquela que constituiu a maior votação de sempre num político nos Estados Unidos.
Abre-se assim uma nova era.
De responsabilidade, de mudança e, porque não dizê-lo, de liderança mundial.
Mas também no âmbito das relações entre povos e raças.
E mais uma vez são os Estados Unidos que estão na vanguarda.
De facto a eleição de um presidente negro (mas de sangue vermelho ao contrário do que pensa o director do Público...) num país em que as marcas do racismo são ainda,e apesar de tudo,visiveis
significa uma atitude de profunda abertura cultural aos novos tempos e ás realidades multiculturais e multiraciais da América.
Como a Europa está longe de poder vangloriar-se do mesmo.
E voltando á estatistica,apenas de relance,interessará perceber que a vitória de Obama embora tenha sido expressiva não foi, e ainda bem por várias razões, esmagadadora.
Venceu em 29 estados, teve cerca de 53% dos votos expressos e elegeu 338 grandes eleitores que são quem elege de facto o presidente.
John McCain teve perto de 50 milhões de votos(qualquer coisa como 47%),venceu em 21 estados e conseguiu 156 grandes eleitores.
Foi uma derrota com honra de um homem que noutras circunstâncias podia perfeitamente ter ganho a eleição.
Em bom rigor poucos republicanos o mereceriam tanto como ele.
Mas o fenómeno/moda Obama era imparável e McCain foi o republicano certo no tempo errado.
Ainda assim a vitória em 21 estados,contra 29 de Obama,demonstra um certo equilibrio e permite aos republicanos a pequena consolação de continuarem a ser senhores da vitória mais expressiva de sempre.
Em 1984 ,na sua reeleição,Ronald Reagan venceu em 49 dos 50 Estados !
Marca que nunca tinha sido,nem voltou a ser,alcançada.
Importa agora é que Barak Obama esteja á altura do que os EUA e o mundo esperam dele.
Porque da forma como as coisas estão pode não haver segunda oportunidade.
Depois Falamos

quarta-feira, novembro 05, 2008

Contas Feitas


Publiquei este texto,hoje,no site da Associação Vitória Sempre
CONTAS FEITAS

A Assembleia Geral do Vitória realizada na passada sexta feira rodeou-se de algumas curiosidades.
Relativamente poucos associados, ainda assim mais do que em muitos estádios em que se disputam jogos da Liga Vitalis, quando a expectativa ia no sentido de uma presença massiva face ao interesse de que se revestiam os assuntos em agenda.
Creio que essa presença não muito expressiva de sócios traduz algum desencanto pela forma como tem corrido a época desportiva, por um lado, mas também alguma confiança na forma como estão a ser geridos os destinos do clube.
Nomeadamente em termos financeiros.
Creio que pela primeira vez em muitos anos o clube tem um responsável pelas área financeira que não só sabe o que faz como é claro na explicação dos números.
Podemos ou não estar de acordo com esta ou aquela operação, com este ou aquele valor, mas está lá alguém que explica, responde a dúvidas, transmite confiança.
Creio ,sem brincar, que a par de Douglas o vice presidente João Cardoso foi a melhor “aquisição” feita por Emílio Macedo nos últimos meses.
E direi mais:
Tivessem Pimenta Machado e Vítor Magalhães esta clareza na demonstração de contas e explicação das dúvidas e outra sorte lhes poderia ter sorrido.
Adiante.
Ainda em relação á A.G. apenas mais dois apontamentos curiosos.
Um para manifestar a mais completa estranheza com o negócio Pélé.
Não discuto a oportunidade da transferência, o relacionamento do jogador com colegas e técnicos, a mais valia que poderia ser em termos de equipa.
Mas admiro-me que num negócio em que o Vitória facturou um milhão de euros a Gestifute tenha definido para si própria uma comissão de 500.000 euros.
Ou seja metade do valor que o Vitória recebeu.
Ou cerca de 33%,se quisermos ir ao pormenor ,do valor total do negócio.
Acho que é mau principio aceitarmos negociar desta forma.
Outra curiosidade tem a ver com Geromel.
Acho, sinceramente, que a transferência do jogador foi um péssimo negócio para o Vitória.
Desportivamente está á vista.
Financeiramente creio que ele vale muito mais do que o valor que o Colónia pagou por ele.
E se vier a transferir-se em breve para o Bayern de Munique, como a imprensa internacional refere, se perceberá que fizemos mau negócio.
Até por uma razão.
Nada nos obrigava a transferi-lo logo em Agosto.
Pergunto:
Se Geromel tivesse feito a fase de grupos da Champions a jogar pelo Vitória não valeria muito mais em Janeiro ?
Dir-me –ão que o Vitória não foi á fase de grupos.
Pois não.
Precisamente porque na pré temporada cometeu erros na constituição da equipa, como a venda precipitada do Geromel, que depois pagamos caro.
Nota final sobre a Assembleia Geral.
Tenho, como todos os vitorianos, um enorme orgulho nas modalidades chamadas amadoras.
Sei que tem custos, que o dinheiro não abunda e que é preciso racionalizar os gastos.
Mas na época em que fomos campeões nacionais de Voleibol e ganhamos a Taça de Portugal de Basquetebol, não merecemos (e as secções respectivas muitíssimo menos) discursos menos claros sobre a respectiva continuidade.
Pelo contrário.
Meriamos ouvir, e não ouvimos, que voleibol e basquetebol serão apostas fortes da direcção nas próximas épocas.
Porque nos trouxeram títulos e também deles se alimenta o nosso vitorianismo.

O "nosso" Chavez


Sócrates I, Rei de Portugal e dos Algarves,consûl da Venezuela ,está a ficar perigosamente parecido com o seu amigo de peito Hugo Chavez aquele misto de lutador de wrestling e palhaço que governa o país sul americano mais parecido com uma "República das bananas.
São as constantes visitas de Chavez a Portugal,é a generosa encomenda de um milhão de computadores "Magalhães" feita pelo camarada e amigo,são os pródigos elogios mútuos.
É até a utilização de uma imagem de Sócrates numa campanha eleitoral na Venezuela.
Agora,num "número "que nos envergonhou a todos (tipico dos desbocados como Chavez) foi para uma sessão plenária da cimeira ibero americana propagandear o "Magalhães" no melhor estilo de um qualquer vendedor de electrodomésticos.
Não se coibindo de citar o amigo Chavez como garantia da resistência do computador.
Lamentável.
Que pena o rei Juan Carlos não o ter mandado calar.
Poupava-nos a vergonha de ver tão pobre espectáculo.
Contudo esta afinidade entre as personagens começa a ter outros contornos mais preocupantes.
Já nem me refiro á obsessão pelos Estados Unidos embora de sentido bem diferente.
Mas sim ao facto de Sócrates,como Chavez,ter enveredado pelas nacionalizações como forma de resolver problemas que lhe desagradam.
Assim foi com o BPN.
Onde,provavelmente,se podia ter seguido outro caminho que sem prejuizo dos clientes não tivesse feito Portugal regredir ao tempo do PREC.
Mas Sócrates está como Chavez.
Os McDonalds que se cuidem...
Depois Falamos

segunda-feira, novembro 03, 2008

O distraido...


Todos nos lembramos do rigor com que este senhor tratava os governos do PSD/CDS liderados por Durão Barroso e Santana Lopes.
Todos constatamos a sua complacência perante o governo de José Sócrates.
Este senhor,Vitor Constâncio, é o governador do Banco de Portugal.
Entidade de supervisão do sistema financeiro português.
Para além dessa disparidade de tratamento aos governos consoante fossem do seu partido ou de outra área politica o senhor em causa tem-se feito notar por outras más razões.
Como por exemplo as crises no BCP e no BPN.
Ou seja nas áreas que supervisiona e pelas quais deve responder.
Durante meses o BCP viveu mergulhado na crise que se conhece.
Constâncio não deu por nada.
Os problemas do BPN arrastavam-se,pelos vistos,á varios anos.
Constâncio também não deu por nada.
O principal responsável de um orgão de supervisão que devia transmitir confiança aos portugueses apenas transmite a imagem de andar a dormir !
Não será tempo de ,ainda que sem ele dar por nada, o substituir por alguém que exerça cabalmente as funções ?
Depois Falamos

Mais uma mistificação

Foto:http://paixaovitoriana.blogspot.com
Não vou entrar pelo caminho das desculpas arbitrais para justificar a derrota de ontem.
Mas não posso deixar de qualificar como vergonhosas as opiniões de alguns comentadores (quase sempre os mesmos) procurando fazer passar a ideia de que o Xistra & Cª tinham prejudicado o SLB.
Bem pelo contrário.
Se há alguém que se pode queixar,e bem,do trio de arbitragem é o Vitória tal a disparidade de critérios aplicada na protecção do clube de Lisboa.
Bastará atentar na reiterada indisciplina do " Fernando Aguiar francês",do Aimar e de mais alguns perante a complacência do árbitro para perceber para que lado pendia a balança.
Já não falando das perdas de tempo protagonizadas por um guarda redes com notório jeito para palhaço !
Mas só vou citar dois casos que a generalidade da imprensa,certamente por distracção,olvidou.
Aimar e Suazo tiveram que sair do terreno para receberem assistência médica.Mas recuperados logo Xistra os mandou entrar.
Com Roberto,numa peripécia que nunca tinha visto em campos de futebol,sua Excelência embora com jogadores do Vitória a chamarem-lhe a atenção retardou em mais de um minuto a sua entrada no terreno.
Sem motivo nenhum.
O outro caso,grave,porque teve reflexos no resultado do jogo,é o que a foto documenta.
Na jogada que dá o livre favorável ao SLB de que resulta o segundo golo a bola está fora do terreno de jogo.
Nas barbas do auxiliar que fez de conta que não viu.
Se tem assinalado o lançamento lateral nunca o SLB tinha feito o segundo golo.
E tudo poderia ser diferente.
Mas os jornalistas,comentadores e afins nada disseram.
Por isso me dá vontade de rir quando vejo o presidente do SLB,mais o apreendiz Rui Costa, queixarem-se do árbitro.
Vieira,cujas principais diferenças em relação ao presidente/modelo do SLB (João Vale e Azevedo) são mais de ordem capilar do que de outra qualquer já nem admira.
Rui Costa,que admirei enquanto grande jogador e que me parece uma pessoa ponderada e conhecedora,é que fará bem não ir por esse caminho.
Porque não é exemplo que se siga.
Depois Falamos