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sexta-feira, agosto 31, 2018
Previsões
Sorteados os grupos da Liga dos Campeões, com todo o entusiasmo e expectativa que a maior prova de clubes do mundo do futebol sempre suscita, é tempo de aqui deixar as habituais previsões sobre que clubes se poderão apurar em cada um dos grupos.
No grupo A, com o acréscimo de interesse provocado pelo facto de a final deste ano se jogar no estádio "Wanda Metropolitano" que é a nova casa do... Atlético de Madrid, creio que para além dos "colchoneros" se apurará o Borússia de Dortmund porque o Mónaco tem vendido muito e bom e comprado abaixo disso e o Brugges não tem andança para os favoritos do grupo. Aliás o Atlético de Madrid é favorito no grupo e um dos favoritos na prova.
O grupo B junta três campeões europeus e uma das melhores equipas inglesas dos últimos anos e será, seguramente, um dos grupos que oferecerá mais incerteza a par de melhores espectáculos nos relvados.
O Barcelona é favorito, no grupo e na prova, e creio que entre um Tottenham a crescer e um Inter algo longe do seu melhor se decidirá o segundo classificado. Mas o PSV pode surpreender.
O grupo C é idêntico.
O Estrela Vermelha dificilmente fugirá do ultimo lugar mas PSG,Liverpool e Nápoles vão disputar ao milímetro o apuramento. Acredito que PSG e Liverpool o conseguirão mas se for o Nápoles em vez de um deles não será nenhuma surpresa.
O grupo D, onde está o Porto, é um grupo muito aberto. Tem o cabeça de série que todos queriam,o que não significa que não seja uma equipa forte, mas todas as quatro equipas são relativamente equilibradas e a forma como decorrerem os primeiros jogos pode ser decisiva.
Pessoalmente acho que se vão apurar Porto e Galatasaray mas...
No grupo E estão também três campeões europeus mas o favoritismo é claramente do Bayern com Benfica e AEK a disputarem o outro lugar porque não creio que o Ajax tenha hoje argumentos para entrar nessa luta.
Bayern e Benfica são os meus favoritos.
No grupo F o Manchester City é favoritissimo e depois Shaktiar e Lyon disputarão a outra vaga com o Hoffenheim a poder surpreender embora isso não seja muito previsível.
No grupo G, e não fora a UEFA uma entidade tão séria quanto se sabe e até se poderia pensar num fenómeno de "bolas quentes", o Real Madrid é o cabeça de série com grupo mais fácil e deverá ser acompanhado no apuramento pela Roma com os outros dois a fazerem quase figura de corpo presente tal a desproporção de forças.
Finalmente no grupo H a promessa de uma disputa interessantíssima entre Juventus, Manchester United e Valência, com favoritismo para os dois primeiros restando aos suíços do Young Boys o prazer de defrontarem grandes equipas e arrecadarem exceletes receitas de bilheteira.
Atlético de Madrid, Borussia Dortmund, Barcelona, Tottenham, PSG, Liverpool, Porto, Galatasaray, Bayern, Benfica, Manchester City, Shaktiar, Real Madrid, Roma, Juventus e Manchester United são as minhas apostas para a fase seguinte.
Lá para o final do ano saberemos até onde acertei nestes vaticínios.
Depois Falamos.
quinta-feira, agosto 30, 2018
Pioraram
Não sou, seguramente, um esquerdista daqueles que entendem que todos os serviços se devem manter na esfera do Estado que a tudo deve superintender e tudo deve controlar para assegurar o seu regular funcionamento.
Mas também não sou um encarniçado liberam daqueles que tem como "Bíblia" a supremacia do privado sobre o público e que entendem a privatização como a mezinha capaz de solucionar todos os problemas e assegurar um funcionamento sem falhas de tudo quanto é serviço.
Sou social democrata.
E por isso defendo a coexistência do público com o privado defendendo que há matérias e serviços que é importante manterem-se nas mãos do Estado enquanto outros certamente estarão melhor na mão dos privados.
Entendo,por exemplo, e ao arrepio do que o meu partido defendeu nos últimos anos que a água não deve ser privatizada porque, entre outras razões, é essencial e insubstituível não devendo ficar à mercê de qualquer tipo de especulação ou coisa pior.
Como entendo que o SNS deve continuar público,embora em cooperação com o sector privado, porque a Saúde é um direito que constitucionalmente cabe ao Estado assegurar e assim deve continuar a ser.
O mesmo se aplica à CP, onde a gestão publica tem cometido erros terríveis (especialmente no encerramento de linhas e na degradação do material circulante) , mas onde os privados nada trariam de bom porque governariam a empresa sobre critérios economicistas que iriam lesar ainda mais os interesses das populações que não fossem abrangidas por duas ou três linhas de grande utilização e portanto rentáveis.
Penso isto há muito tempo.
E a minha convicção nestas matérias, nomeadamente de que o Estado não deve abrir mão de alguns serviços, reforçou-se depois da privatização dos CTT.
Não só porque andam a fechar postos pelo país,que tanta falta fazem às populações, como também porque a própria qualidade do serviço piorou quer no atendimento nos seus balcões quer na distribuição da correspondência que tem hoje atrasos superiores aos que tinha há quarenta anos ou mais.
É um caso claro de como uma privatização redundou em prejuízos para os utentes.
Que,ao menos, sirva de exemplo para evitar mais disparates.
Depois Falamos.
quarta-feira, agosto 29, 2018
Crédulos
Vivemos num país de gente crédula.
Gente que tem propensão para acreditar facilmente no que lhe parecem boas noticias mas resiste estoicamente,quantas vezes para lá do racionalmente admissível, a acreditar em realidades que lhe entram pelos olhos dentro e que só não veem porque não querem.
O disparar da dívida pública, a bater consecutivamente tristes recordes em termos de dimensão, a par das cativações ordenadas pelo ministro Mário Centeno (não, não somos todos Centeno)que são uma forma de austeridade indiciam claramente uma situação económico financeira em degradação o que somado às cedências do PS à extrema esquerda para aprovar o OE para 2019 irá descambar naquilo que já todos conhecemos mas acreditávamos não ter de suportar de novo.
Mas o povo parece gostar, pelo menos as sondagens assim o indicam, porque tendo circunstancialmente a sensação ilusória de ter mais dinheiro no bolso nem sequer se interroga sobre quanto isso irá custar (e como iremos todos pagar este descontrole em curso) e por isso mostra satisfação para com Costa e seus "muchachos".
Com o PR a banhos fluviais de pré campanha, o PSD remetido às longas e imperturbáveis férias do seu presidente da comissão política nacional, os partidos de esquerda domesticados pese embora as ridículas tentativas de PCP e BE de fazerem crer que exercem oposição, resta o CDS e alguns cronistas independentes para dizerem que o primeiro ministro e o governo vão completamente nus.
É pouco.
E por isso um destes dias vamos todos pagar muito cara esta irritante credulidade de muitos portugueses.
Depois Falamos
terça-feira, agosto 28, 2018
segunda-feira, agosto 27, 2018
O Comboio da Vergonha
No passado fim de semana, num país à beira mar plantado onde à esquerda tudo se perdoa, o PS de um desavergonhado chamado António Costa deu mais um passo rumo à mexicanização da política portuguesa em torno de um único partido.
Resolvendo fazer a sua reentre em Caminha o PS fretou um comboio que fez o percurso entre a margem sul do Tejo e a vila minhota,com várias paragens pelo caminho para embarcar militantes, onde os viajantes iriam ajudar a encher o espaço destinado ao comício.
Até aqui nada de estranho.
O estranho vem no facto de a empresa pública CP, cujo objectivo é o serviço público na área dos transportes, ter aceite contratualmente atrasar os horários dos seus comboios de passageiros para dar prioridade ao comboio partidário dos socialistas!
Ou seja prejudicou o público em prol do privado.
Uma vergonha, um escândalo, uma total falta de respeito por todos quantos não sendo (ou até sendo e não viajando no comboio da vergonha) socialistas viram os seus legítimos interesses prejudicados por Costa e pelos camaradas.
Fosse na Coreia do Norte, na Venezuela, em Cuba ou na Nicarágua e ninguém estranharia.
Mas em Portugal?
Numa democracia e num Estado de Direito como foi isto possível?
Pior, como foi possível que ninguém com responsabilidades institucionais tivesse vindo a público denunciar esta pouca vergonha e este atropelo aos direitos dos cidadãos?
O Presidente da Republica que fala sobre tudo resolveu sobre isto abrir uma excepção e nada dizer.
O PSD que não fala sobre nada manteve a coerência e nada disse.
O CDS tão empenhado a falar da privatização de ligações ferroviárias sobre isto disse o menos possível ou seja quase nada.
E a esquerda?
A esquerda do PCP ao BE passando pelo PEV sempre tão pressurosos a defenderem o serviço público e a atacarem tudo que é privado que fizeram?
Calaram-se.
Embora fosse fácil de imaginar o que diriam sobre idêntico assunto se PSD e CDS estivessem no governo e um deles alugasse um comboio para idênticos fins e com idênticos privilégios.
Caia o Carmo e a Trindade.
Assim...o assunto apenas teve relevo porque alguma imprensa, pouca, o denunciou e trouxe a público porque caso contrário tinha passado despercebido e sem qualquer denúncia.
Uma vergonha.
Da responsabilidade de quem a praticou mas também dos que por omissão se tornaram cúmplices.
Depois Falamos
domingo, agosto 26, 2018
Dez Conclusões
1) Se as derrotas com Tondela, Benfica e Feirense não significaram que tudo estava mal também este fantástico (pelas adversidades artificiais de que se revestiu)triunfo não significa que passe a estar tudo bem. Apenas que houve uma evolução e se aprendeu com alguns erros. E ,já agora, que se matou um borrego velho de vinte e dois anos.
2) Luís Castro voltou a mexer na equipa por força da lesão de Dodo mas também porque retirou as devidas ilacções da escusada derrota na Luz.
3) Sacko correspondeu em pleno e o lançamento de Joseph, a formar duplo pivot com Wakaso (a tal cautela que faltou na Luz) revelou-se um sucesso com o jovem vitoriano a protagonizar um desempenho extremamente personalizado e com classe em tudo que fez.
4) O povoamento do meio campo com João Carlos Teixeira revelou uma boa leitura do jogo pelo treinador já que o "10" vitoriano teve uma participação muito activa e sobre ele foi cometido um penálti que o árbitro viu mas não quis marcar.
5)Uma das principais conclusões deste jogo é que o Vitória ganhou uma equipa. Coesa a defender, e a sofrer quando foi preciso como nos primeiros trinta minutos, dinâmica a atacar e solidária a festejar golos, defesas de Douglas ou cortes quase miraculosos como o de João Afonso.
6)Luís Castro ganhou o jogo, e muito provavelmente os adeptos, quando um minuto após chegar ao empate trocou um médio (João Carlos Teixeira) por um avançado (Davidson) dando clara demonstração de que queria ganhar o jogo. Muito poucos,praticamente nenhuns, treinadores depois de estarem a perder por dois golos no "Dragão" e alcançarem o empate fariam o mesmo preferindo segurar o empate. Luís Castro arriscou,teve êxito, e a audácia e a coragem ajudam a explicar o sucesso e o insucesso dos treinadores no Vitória.
7) Sacko e Joseph corresponderam à confiança, João Afonso fez um grande jogo,Whelton fez a sua primeira exibição a justificar porque razão foi contratado na época passada, Tozé está na luta pela titularidade e Douglas provou mais uma vez que na baliza não tem o clube nenhum problema.
Mas isso não obsta a que continuem a ser necessários reforços. Pelo menos um ponta de lança é indispensável.
8) Mais uma vez num jogo clássico do nosso futebol o Vitória alinhou de preto sem qualquer necessidade de distinção do equipamento adversário. Não consigo entender a facilidade com que se prescinde da camisola branca nestes jogos.
9) A ausência do VAR durante largo período da primeira parte transformou-se rapidamente em assunto de polémica a acrescentar às sucessivas polémicas que as aldrabices dos VAR tem despoletado. Direi apenas que para assinalar a grande penalidade sobre João Carlos Teixeira e anular o segundo golo do Porto não era preciso nenhum VAR. Bastava um trio de arbitragem competente e sério.
10) Fábio Veríssimo, mais uma vez o escrevo, é um dos árbitros que anda por aí a estragar o futebol e a prejudicar a verdade desportiva das competições ao sabor da sua profunda incompetência e falta de qualidades fundamentais para ser árbitro. Ontem mais uma vez deu prova de que é um incapaz ao ver e não marcar um penálti a dois metros de distância e ao usar de um critério disciplinar (o amarelo a Wakaso é uma barbaridade) desigual favorecendo o Porto. No golo em fora de jogo a culpa é do fiscal de linha que viu e não quis marcar.
A reacção do presidente do Vitória em cima do acontecimento foi adequada e regista-se que a política do silêncio parece ter sido posta de lado depois de anos a fio em que não teve sucesso.
Em suma um excelente triunfo, verdadeiramente contra tudo e contra todos, que moraliza a equipa para os próximos embates mas que valeu apenas os três pontos da ordem.
Sexta feira face ao Tondela há que manter este espírito, esta garra e esta ambição.
Depois Falamos
quinta-feira, agosto 23, 2018
terça-feira, agosto 21, 2018
Gelo
Já todos sabemos que os vitorianos vivem o Vitória com uma paixão dificilmente igualável o que tendo a vantagem de os tornar em adeptos únicos no contexto nacional tem também a desvantagem de fazer com que as viagens entre o "8" e o "80" sejam muito rápidas e nem sempre justas quando toca a avaliar desempenhos de jogadores e treinadores.
A época não começou bem,estaremos todos de acordo, com uma eliminação precoce na taça da liga e duas derrotas nos dois primeiros jogos do campeonato.
Mas será motivo para se dizer, como se vai ouvindo e lendo nas redes sociais, que o treinador não presta, que os reforços são uns barretes, que não temos equipa ,que vamos lutar para não descer e que será outro ano perdido?
Não. Não é!
Até porque se contra o Tondela as coisas correram de facto mal (excesso de confiança?) nos outros dois jogos não podemos olhar só para aquilo que é mais evidente e que são, evidentemente, os resultados.
Na Luz fizemos uma péssima primeira parte mas com as rectificações ao intervalo a equipa melhorou e quase recuperou do atraso de três golos realizando uma boa exibição e provando que tem plantel com soluções.
Faltam um ou dois retoques mas já lá vamos.
Com o Feirense a exibição não foi boa mas quando se olha para o resultado tem de se ver tudo e ver tudo é constatar que ficaram por marcar três grandes penalidades a nosso favor e com elas tudo teria sido diferente,da exibição ao resultado, porque o Feirense sofrendo golos não podia passar o resto de tempo na "ronha" e no anti jogo a que se dedicou durante largos minutos.
Não é alijar as nossas responsabilidades mas apenas olhar o jogo com olhos de ver.
Provavelmente este início de campeonato com derrotas terá mais um episódio no próximo sábado, no "Dragão", porque é um jogo de enorme dificuldade num estádio em que normalmente as coisas nos correm mal.
As coisas são o que são e a evitável repetição do sorteio deu-nos o "prémio" de os dois primeiros jogos fora serem em casa das duas mais fortes equipas portuguesas.
E por isso, esperando que as coisas corram bem mas percebendo realisticamente que o mais certo é correrem mal, parece-me que é preciso ter calma e não encarar a possibilidade de os três primeiros jogos se saldarem por três derrotas como se do fim do mundo vitoriano se tratasse.
É preciso por algum gelo nestas emoções sempre à flor da pele e olhar a realidade com a frieza e a sensatez que se impõe.
Para isso também a SAD terá de dar o seu inevitável contributo proporcionando a Luís Castro o reforço do plantel com mais uma ou duas unidades de reconhecido valor que se possam constituir como titulares imediatos da equipa e não jogadores para renderem no médio prazo.
Sendo que a contratação de um ponta de lança é a prioridade das prioridades, saiam ou não jogadores do plantel até ao fecho do mercado, porque parece evidente que é o sector em que a equipa apresenta maior debilidade.
Vamos pois por algum gelo nestas emoções sempre latentes nos vitorianos , dando tempo à equipa e ao treinador, mas na certeza que se o homem golo não for contratado nos próximos dez dias corremos o risco de ficarmos todos..."gelados" e aí tudo se complicará de forma imprevisível.
Depois Falamos.
Dez Conclusões
Conclusões deste Vitória-Feirense.
1) Sem querer branquear as responsabilidades, e são muitas, do Vitória nesta derrota há que dizer que o resultado do jogo fica marcado por três grosseiros erros da equipa de arbitragem, e dessa fantochada chamada VAR , ao não marcar três grandes penalidades contra o Feirense que a terem sido assinaladas dariam ao jogo um desfecho provavelmente diferente.
2) Luís Castro mudou meia equipa em relação à Luz mas com excepção de Florent,bela exibição, os resultados em termos exibicionais foram idênticos (para não dizer piores) pese embora o menor grau de dificuldade.
3) Na Luz a equipa entrou com um trinco e dois médios mais ofensivos e ontem com dois trincos e um médio ofensivo o que parece denotar uma avaliação errada quer do potencial do adversário quer do grau de dificuldade dos dois jogos.
4) Fica a dúvida,que os próximos jogos esclarecerão(assim se espera),sobre que modelo de jogo é o do Vitória. Se o que privilegia a posse de bola e a progressão com passes de pé para pé ou o que explora a profundidade e os passes de longa distância acompanhados por movimentos de ruptura.
5) Na Luz a equipa melhorou com as substituições. Ontem nem por isso embora João Carlos Teixeira tenha melhorado os movimentos ofensivos trazendo imaginação ao ultimo terço de terreno. Difícil de perceber que com o resultado 0-0 e a necessitar de marcar se tenha trocado um ponta de lança por outro ponta de lança (embora seja compreensível que Whelton depois de longa paragem ainda não tenha "gaz" para 90 minutos) e um extremo por outro extremo. E da saída de Célis,que estava a ser o melhor médio,também a equipa não beneficiou.
6) Terceiro jogo oficial e terceira derrota não são um panorama nada animador ainda para mais antes da deslocação mais difícil do campeonato a casa do campeão. Há uma "dinâmica" de derrota (acompanhada pela equipa B, pelos sub 23 e até pelos juniores num total de oito derrotas em oito jogos) que importa contrariar em termos anímicos e em termos práticos. Ou seja conseguir resultados positivos e ir ao mercado até 31 de Agosto buscar o que não temos.
7) Fábio Sturgeon fez trinta e nove jogos pelo Vitória e não marcou um único golo. Ontem no terceiro jogo pelo Feirense fez o segundo golo. Típico jogador de equipa "pequena".
8) Alexandre Guedes passou de titular na Luz para titular na bancada. Óscar Estupiñan continua de fora das opções o que se torna um "mistério" cada vez maior face ao potencial do jovem colombiano e ao discreto rendimento dos pontas de lança até agora utilizados.
9)Para esta época o Vitória indicou como equipamento principal camisola e calção branco enquanto o Feirense indicou camisola azul e calção branco. Ontem a jogar fora o Feirense jogou integralmente vestido com o equipamento principal enquanto a jogar em casa o Vitória teve de mudar para calções pretos! Eu até prefiro a camisola branca e o calção preto mas não é isso que está em causa mas sim perceber o critério dos "estilistas" da Liga. Pode parecer uma questão menor mas não é. Porque o que está realmente em causa é o Respeito pelo Vitória.
10) Hugo Miguel fez uma arbitragem miserável que teve no VAR o cúmplice perfeito. Três grandes penalidades por marcar deviam mandá-los para a "jarra" por muito tempo mas nada disso acontecerá.
Neste futebolzinho tem muito mais relevância uma mão no pescoço do que três erros com brutal influência no resultado de uma partida.
Depois Falamos.
segunda-feira, agosto 20, 2018
sábado, agosto 18, 2018
Equipamentos
Numa postagem anterior tive oportunidade de me referir aos equipamentos do Vitória e à forma como a LPFP se intromete numa matéria que devia ser exclusiva dos clubes naquilo que considerei um excesso de regulamentação.
Por isso explano agora o que penso sobre a matéria.
Penso que o Vitória deve fazer todos os jogos em casa e obrigatoriamente os jogos fora na Luz,Dragão, Alvalade, Braga e Bessa com a camisola branca por uma questão de identidade e orgulho próprio.
Para os grande jogos é inaceitável que não actuemos com a nossa principal camisola.
Aliás a exemplo do que fazem os chamados "grandes" que nos jogos entre eles usam sempre a camisola principal.
Depois sim o equipamento preto.
Para os jogos fora em que seja importante distinguir cores, e por perfeitamente aceitáveis razões comerciais que visem a promoção do segundo equipamento para reforçar as suas vendas nas lojas do clube, é compreensível o uso da camisola preta.
Depois o terceiro equipamento.
Que devia existir sempre e não apenas quando nos apuramos para a Europa (também nos devíamos apurar sempre para a Europa mas isso são outros contos) e que seria utilizado nos jogos fora da Liga Europa , na Taça de Portugal (com excepção da final) e na taça da Liga .
Um pouco a exemplo do que faz o Sporting com o seu equipamento "Stromp".
E esse terceiro equipamento que devia mudar todos os anos de design e cor (o amarelo da época passada é bem bonito) seria um verdadeiro sucesso de vendas,estou certo, dado que os adeptos todas as épocas teriam uma nova camisola completamente diferente para comprar.
Amarelo, roxo, laranja, castanho, rosa, lilás, cinzento as possibilidade são mais que muitas bem como o desenho que podia ser liso, de listas verticais, de listas horizontais e por aí fora.
Creio que o Vitória teria muito a ganhar se fosse por este caminho.
Nomeadamente se para vender mais aceitasse receber menos no preço de cada camisola.
Depois Falamos.
sexta-feira, agosto 17, 2018
Os desafios de PSL
Agora que decidiu, com toda a legitimidade, seguir um caminho diferente do do PSD creio que a Pedro Santana Lopes se põe quatro grandes desafios de cuja ultrapassagem depende o sucesso do seu projecto político.
O primeiro é constituir o novo partido.
Recolher 7.500 assinaturas, montar uma máquina que operacionalize tudo (e é bastante) que é preciso fazer, eleger orgãos compostos por gente que seja novidade mas também por gente que tenha já alguma visibilidade e experiência política e por fim por o partido a funcionar.
É uma primeira fase que se desenrola sem grande visibilidade pública mas que dá muito trabalho e obriga a bastante capacidade organizativa.
É difícil mas faz-se.
O segundo desafio será para ele e para o novo partido o mais fácil.
Apresentar ideias, propostas de ruptura com o "status quo" que mobilizem as pessoas, marcar a diferença programática e ideológica com tudo o que existe actualmente.
E digo que será o mais fácil porque quem conhece PSL, quem o acompanhou de perto nas últimas directas, quem tem acompanhado o seu discurso político ao longo dos anos sabe bem que excelentes ideias é algo que não lhe falta e que tem grande facilidade em expôr.
Claro que o novo partido não pode assentar apenas nas ideias do seu líder e fundador mas elas serão certamente uma base segura e o núcleo central para a produção programática que será necessário fazer e para a qual será certamente constituída uma equipa multidisciplinar.
O terceiro desafio será obter resultados positivos nas eleições europeias e legislativas e portanto "intrometer-se" no quadro partidário existente em termos de representantes eleitos.
Não é fácil, por razões que todos conhecem (muitos o tem tentado nos últimos anos mas apenas o PAN o conseguiu e não é certamente um "resultado PAN" que PSL ambiciona) , mas há condições que permitem prever que existem boas probabilidade de isso acontecer.
Por um lado porque PSL tem uma popularidade e abrange um espectro eleitoral que extravasa as fronteiras do PSD e que lhe permitem ir buscar votos à direita e à esquerda do seu antigo partido com relativa facilidade.
Por outro porque com o caminho que o PSD está a seguir, de combate à anterior direcção e aproximação ao PS (é incrível mas é o que temos), são cada vez mais os militantes e eleitores do PSD que não se reveem nesta estratégia e não a quererão apoiar em termos eleitorais.
E se para muito eleitor do PSD é impensável votar PS e seria extremamente difícil votar CDS já é com grande naturalidade e sem nenhum esforço que votarão num partido liderado por Pedro Santana Lopes.
Será quase não votar no PSD mas votar no PPD.
E portanto o partido de PSL poderá captar uma franja "interessante",digamos assim, de eleitores descontentes com o PSD.
O quarto e último desafio , do qual depende o sucesso futuro do novo partido, é saber o que fazer com o previsível bom resultado.
Mas são tantos os cenários possíveis que não é possível,hoje , teorizar sobre todos eles.
Basta pensar num cenário,por exemplo, de o PS ganhar sem maioria e PSD, CDS e o partido de PSL terem maioria parlamentar em conjunto ou de o PSD ganhar sem maioria e poder fazer maioria com PS ou CDS e o partido de PSL em conjunto para constatar que há muitas hipóteses em aberto.
E é precisamente na forma como souber posicionar-se estrategicamente no pós legislativas que está o segredo do sucesso para Pedro Santana Lopes e o seu partido.
Meses animados aí vem.
Depois Falamos
quinta-feira, agosto 16, 2018
As Nossas Sagas
Começado o campeonato, do qual está disputada apenas a primeira jornada, recomeçaram de imediato duas velhas sagas que acompanham o Vitória e os vitorianos ao longo dos últimos cada vez mais largos anos.
A saga dos equipamentos pretos e a saga dos jogos à segunda feira à noite.
Começando pelos equipamentos já todos sabemos que é moda imposta pela Liga (talvez copiando a Liga inglesa ou a NBA por exemplo) as equipas usarem nos jogos fora aquilo a que se convencionou chamar o segundo equipamento seja ou não necessário uma distinção de cores relativamente a quem joga em casa.
Uma moda discutível (porque razão num Marítimo-Vitória, por exemplo, temos de jogar de preto?), que descaracteriza as equipas,mas que admito tenha vantagens comerciais porque promove os tais segundos equipamentos.
Também sabemos que no início de cada época a Liga manda aos clubes, naquilo que considero um excesso de regulamentação, uma lista dos equipamentos que devem usar em cada jogo fora de casa ao sabor das vontades dos "estilistas" da própria Liga.
Acontece, porém, que o critério não é uniforme.
E por isso enquanto não vir o Porto a jogar na Luz, o Benfica em Alvalade e o Sporting no Dragão ( e restantes combinações possíveis entre eles) com os respectivos equipamentos alternativos nunca concordarei que nesses três estádios e na Pedreira de Braga o Vitória jogue com outra camisola que não seja a branca.
É uma questão de identidade, prestígio e orgulho próprio do clube.
Quanto aos jogos à segunda feira à noite estamos perante uma época que ameaça ser mais do mesmo com o Vitória a ter jogos em casa a dias de semana à noite enquanto adversários directos e não só jogam ao fim de semana.
E para um clube que tem nos seus adeptos a sua força maior é muito importante jogar em casa em dias que possibilitem o seu acesso ao estádio em elevado número tal como é importante , dado tratar-se de um clube cujos adeptos o acompanham de forma significativa, que os jogos fora sejam em dias de lazer para que esse acompanhamento não seja prejudicado.
Mandaria o bom senso e a lógica de ter gente nos estádios que assim fosse.
Mas a sport-tv é useira e vezeira em fazer precisamente o contrário e obrigar o Vitória a jogar nas noites de sexta e especialmente de segunda que são péssimos dias para muitos dos adeptos poderem estar presentes.
Aliás gostava bem de saber quantos jogos por ano faz o Vitória nesses dias e comparar com os jogos que fazem os seus rivais directos na disputa do acesso às competições europeias para perceber até que ponto a sport-tv interfere na verdade desportiva da competição.
Porque marcar jogos para dias que impossibilitem um clube de ter o máximo apoio dos seus adeptos é uma clara interferência na verdades desportiva como todos sabemos e a sport-tv também.
São as sagas que temos,ano após ano, e das quais não nos conseguimos ver livres.
Até um dia.
Depois Falamos
terça-feira, agosto 14, 2018
Ingratidão
Vi grande parte do Fenerbahçe-Benfica num café enquanto conversava com um amigo e ia espreitando a televisão.
Vi um Benfica a jogar de forma inteligente, consciente de que o resultado de Lisboa lhe dava alguma vantagem, a dominar grande parte do jogo e a gerir bem o resultado a partir do momento em que Gedson fez o golo que obrigava os turcos a fazerem três para passarem a eliminatória.
No início de época,com vários jogadores novos no onze inicial, sem a grande referência ofensiva dos últimos anos (Jonas) creio que em bom rigor não era de exigir mais ao Benfica do que ultrapassar o adversário rumo ao play off.
O que fez e com alguma tranquilidade!
O café estava cheio de benfiquistas.
Daqueles que não tem lugar anual na Luz, não são sócios do clube, não gastam um cêntimo em produtos da "marca Benfica" e não veem um jogo "ao vivo" que seja durante toda uma época.
Os típicos adeptos de café, de sofá, das vitórias e não do clube.
Boa parte deles passaram o jogo a criticar o treinador,os jogadores, a insurgirem-se contra a exibição e a reivindicarem goleadas, constantes jogadas de encher o olho e conquistas que não estão hoje ao alcance do Benfica nem de nenhum clube português.
Nem sequer percebendo que as equipas capazes dessas proezas que exigiam a Rui Vitória e aos seus jogadores não disputam pré-eliminatórias da Liga dos Campeões nem tem orçamentos equiparáveis aos clubes portugueses que por lá andam.
Em suma esses adeptos de café não gastam um cêntimo por ano com o clube mas exigem como se dele fossem os maiores accionistas!
Por mim, adepto de um clube da minha Terra e que não tenho nenhuma simpatia pelo Benfica, confesso que a única coisa que me aborreceu foi mesmo a ingratidão para com um treinador sério e competente que todos os anos faz novas "omeletes", embora de ano para ano lhe vão vendendo os melhores "ovos", sem que ele se queixe minimamente ou disso faça desculpa seja para o que for.
De facto ser adepto das vitórias tem a consequência quase inevitável da ingratidão.
Depois Falamos.
Caro ?
Uma das formas mais idiotas de populismo ligado ao futebol são aquelas afirmações de que os grande sjogadores ganham muito dinheiro e é um escândalo pagar-lhes tanto porque há muita gente a viver com dificuldades a quem esse dinheiro tanto jeito daria.
Claro que uma coisa nada tem a ver com outra.
Desde logo porque quem paga os salários são os clubes e não o Estado e estes enquanto entidades privadas gastam o dinheiro como muito bem entendem (ás vezes bem mal mas isso é outra questão) e os únicos que com isso tem a ver são os seus associados e os seus accionistas (quando se trata de SAD) e os governos não tem qualquer interferência nisso.
São as leis de mercado a funcionar e a regerem transferências e contratos.
Mas a questão substantiva é outra.
São os grandes jogadores, e portanto os mais bem remunerados, jogadores caros e que ganham demasiado dinheiro?
Creio que não.
Porque os grandes jogadores, e Cristiano Ronaldo é o maior exemplo disso, pagam-se a eles próprios!
Fruto da sua classe, da importância que tem na suas equipas, dos jogos decisivos em que são preponderantes (especialmente os avançados) ganham um mediatismo e uma legião de seguidores que tem um brutal retorno financeiro em termos de publicidade, marketing e merchandising.
Veja-se ainda agora que a Juventus com a contratação de Ronaldo já vendeu mais camisolas (sem contar com a contrafacção...) antes de começar o campeonato do que tinha previsto para toda a época bem como viu as suas acções (e as da Fiat) terem uma enorme valorização bolsista na casa das centenas de milhões de euros.
Não.
Os grandes jogadores não são caros nem ganham demasiado dinheiro.
Caros são os que não jogam pouco ou nada e ganham salários que não justificam.
Depois Falamos
domingo, agosto 12, 2018
Dez Conclusões
Conclusões a tirar deste Benfica-Vitória na óptica vitoriana, é claro,que a outra não interessa para nada.
1) A equipa alinhou com um onze diferente do que defrontara o Tondela ,registando três alterações, mas os efeitos das mudanças não se fizeram sentir e o resultado final acabou por ser o mesmo.
2) A primeira parte foi muito fraca em termos defensivos concedendo grandes espaços aos avançados e médios adversários do que resultaram três golos idênticos com o marcador a aparecer à vontade em zona proibida para quem defende.
3) Alguns jogadores (Rafa Soares e Ola John são os casos mais flagrantes) estiveram bastante aquém do exigível, até com responsabilidades nos golos, pelo que aplicando-se a "Lei Miguel Silva" no próximo jogo espera-os o banco. Estranho será se assim não for.
4) Douglas não teve culpa nos golos, defendeu um penálti e esteve seguro no restante comprovando que a equipa não tem nenhum problema de guarda redes jogue ele ou Miguel Silva.
5) O "onze" inicial revelou alguma ousadia, com a utilização simultânea de André André e João Carlos Teixeira, que se compreenderá noutros jogos mas que talvez tivesse sido de evitar neste face à valia do adversário.
6) A entrada de Célis para o lugar de J. Teixeira equilibrou o meio campo, deu mais capacidade de luta e mais "músculo" e levou a crer que talvez devesse ter sido essa a opção inicial.
7) André André teve uma primeira parte muito discreta, sem influência, mas quando Luís Castro corrigiu posições com a entrada de Célis e o adiantou no terreno "regressou" o influente André que todos conhecemos com um golo, uma assistência e maior participação no jogo.
8) Tallo , que alguns tanto criticam, teve uma exibição interessante efectuando o primeiro remate perigoso do jogo e ganhando bolas na luta com os centrais. Renderá mais ,seguramente, quando tiver ao lado um ponta de lança que também poderá beneficiar muito da sua capacidade de luta.
9) Whelton e Óscar Estupinan,os dois pontas de lança do plantel, não foram convocados. Se no caso do primeiro já nem se estranha dados os seus problemas fisícos o desaparecimento do segundo das opções de Luís Castro é... estranho dado ser um genuíno homem de área com capacidade goleadora.
10) João Pinheiro fez uma boa arbitragem sem margem para grandes reparos e sem qualquer influência no resultado. Para o seu trabalho ser perfeito faltou apenas manter o critério de deixar jogar até ao fim dado que nos últimos dez minutos passou a apitar a tudo causando constantes quebras no ritmo de jogo. E o Vitória, em busca do empate, foi quem mais se ressentiu disso.
Depois Falamos
quinta-feira, agosto 09, 2018
Tristeza
Devo dizer, à laia de intróito,que pensei muito antes de escrever este texto sobre a saída de Pedro Santana Lopes do PSD.
Há toda uma amizade, uma consideração, uma admiração e um respeito pessoal que se mantém evidentemente intactos mas não conseguem esconder uma profunda tristeza por uma decisão que não consigo entender por mais que me esforce ou nela tente encontrar um sentido.
Percebo a sua desilusão com o PSD actual.
É a de muitos de nós, incluindo alguns (muitos?) que votaram Rui Rio, que não se reveêm nesta forma de fazer política, nesta incapacidade de fazerem uma oposição " a sério",nestas cumplicidades cada vez mais evidentes com o PS e António Costa, neste desrespeito por acordos internos resultantes do congresso, nesta obsessão de destruírem em várias áreas o legado e a imagem de Pedro Passos Coelho.
Mas acredito que o combate para mudar este estado de coisas deve ser feito dentro do partido.
Como o próprio Pedro Santana Lopes tantas vezes fez, ao lado de Francisco Sá Carneiro e de outros lideres, de forma frontal, corajosa, sem temer nem medir os riscos.
Defendendo sempre o que entendia ser melhor para o partido, mesmo quando isso o punha em rota de colisão com as lideranças, nunca recusou os combates externos que lhe eram pedidos.
Da Figueira da Foz a Lisboa.
Entre outros relevantes serviços prestados ao PSD.
Como o de substituir um primeiro ministro de partida para a Europa sem poder recolher a legitimidade do voto popular como tanto gostaria de ter feito mas não lhe permitiram por razões que depois se viriam a entender.
Pedro Santana Lopes teve 46% nas ultimas directas recolhendo o voto de quase 20.000 militantes o que significa que quase metade do partido seguiu as suas ideias, acreditou no seu programa e se revia na sua liderança.
Respeitando-a lamento profundamente a sua decisão.
Por várias razões.
Porque os tais 46% lhe davam uma sólida base eleitoral para continuar a lutar pelas suas ideias.
Porque se Rio fracassar, o que infelizmente tem boa dose de probabilidade de acontecer, depois do ciclo eleitoral do próximo ano o partido cair-lhe -ia naturalmente nas mãos.
Porque os partidos precisam de referências e PSL era uma das ultimas grandes referências do PSD.
Porque não se deve confundir nunca o destino das instituições com o destino de quem momentaneamente as dirige.
Porque com a sua saída, e na tal hipótese de fracasso/substituição de Rio, o PSD fica com um caminho demasiadamente estreito pese embora as várias manifestações de disponibilidade que se vão conhecendo.
Porque, finalmente, nas directas de Janeiro deste ano Pedro Santana Lopes recolheu inúmeros apoios nos concelhos, distritos,regiões autónomas, estruturas do partido, de gente que deu a cara por ele, pôs a cabeça no cepo pela sustentabilidade e credibilidade da sua candidatura, de gente que nele se revia e nele acreditava como melhor líder para o partido, de gente que garantiu aos militantes o que afinal não podia garantir e toda essa gente,apenas seis meses depois, ficou de boca aberta, perplexa, incrédula sem perceber o abandono e sujeita a "cobranças" diversas por parte dos que estiveram do outro lado.
E essa gente não merecia isso!
Nem merecia esta quase "orfandade" em que se viu repentinamente mergulhada.
Pedro Santana Lopes é um político de excepcional talento mas também um homem normal sujeito a erros e acertos em cada momento em que tem de decidir.
Creio que desta vez decidiu mal.
O que não significa que deixe de ser um político talentoso e um homem Bom, merecedor de respeito e consideração, a quem desejo com toda a sinceridade que seja feliz neste caminho que decidiu corajosamente encetar.
E oxalá a sua felicidade nesse caminho possa ser compatível com a felicidade do próprio PSD.
Depois Falamos.
P.S. Nas directas de 2008 e 2018 integrei a direcção nacional de campanha de Pedro Santana Lopes.
Se a questão,por hipótese, me voltasse a ser posta hoje voltaria a fazê-lo sem qualquer hesitação.
Um Aviso
Como não se trata de Benfica,Porto ou Sporting o assunto tem passado relativamente despercebido porque a comunicação social está focada nos três clubes, a tutela (Governo) assobia para o ar, Liga e Federação não estão para se incomodar com arraia miúda e por isso a grave crise do Belenenses é assunto menor embora na verdade de importância maior.
A essência do futebol, a paixão dos adeptos, o historial das instituições construído ao longo de muitas décadas está nos clubes.
As SAD são,pelo menos em teoria, instrumentos de racionalização do negócio futebol e de potenciação dos proveitos económicos a ele ligados no pressuposto de isso ser feito em total harmonia com os clubes de quem dependem.
No Belenenses, depois de muito tempo de conflitos entre direcção do clube e a SAD (que não coincidem em termos de responsáveis), a corda partiu e nesta época que agora começa o clube inscreveu uma equipa nos distritais,que jogará no Restelo, enquanto a SAD onde o clube é minoritário inscreveu a equipa na primeira liga e jogará no Jamor.
Percebo bem a tristeza e a revolta de muitos adeptos do clube que veem uma História gloriosa de décadas ser posta em causa e o futuro de "Os Belenenses" seriamente ameaçado com esta ruptura.
Não vou sequer especular sobre como uma equipa que já tinha poucos adeptos a ver os jogos no Restelo será apoiada no mais distante e absolutamente desconfortável estádio do Jamor onde os adeptos não terão bancadas cobertas como no seu estádio e jogar à noite e no inverno será um quase terror.
Prefiro olhar para este mau exemplo como um enorme aviso para outros clubes em que as SAD são maioritariamente dos accionistas e os clubes minoritários na sua estrutura accionista.
Porque enquanto os dirigentes no clube e na SAD forem os mesmos a questão não se porá mas quando os accionistas decidirem que assim não seja, e que as SAD sejam dirigidas exclusivamente por quem tem acções, o assunto pode tornar-se muito complicado em muitos lados.
Porque ninguém está livre que este exemplo se repita e que, a exemplo do que acontece na NBA, as administrações decidam levar as equipas de um lado para outro ao sabor do negócio que a cada momento se lhes ofereça.
Daí a importância de uma eficaz blindagem de estatutos e de pactos sociais entre clubes e respectivas SAD.
Depois Falamos.