Não sou, seguramente, um esquerdista daqueles que entendem que todos os serviços se devem manter na esfera do Estado que a tudo deve superintender e tudo deve controlar para assegurar o seu regular funcionamento.
Mas também não sou um encarniçado liberam daqueles que tem como "Bíblia" a supremacia do privado sobre o público e que entendem a privatização como a mezinha capaz de solucionar todos os problemas e assegurar um funcionamento sem falhas de tudo quanto é serviço.
Sou social democrata.
E por isso defendo a coexistência do público com o privado defendendo que há matérias e serviços que é importante manterem-se nas mãos do Estado enquanto outros certamente estarão melhor na mão dos privados.
Entendo,por exemplo, e ao arrepio do que o meu partido defendeu nos últimos anos que a água não deve ser privatizada porque, entre outras razões, é essencial e insubstituível não devendo ficar à mercê de qualquer tipo de especulação ou coisa pior.
Como entendo que o SNS deve continuar público,embora em cooperação com o sector privado, porque a Saúde é um direito que constitucionalmente cabe ao Estado assegurar e assim deve continuar a ser.
O mesmo se aplica à CP, onde a gestão publica tem cometido erros terríveis (especialmente no encerramento de linhas e na degradação do material circulante) , mas onde os privados nada trariam de bom porque governariam a empresa sobre critérios economicistas que iriam lesar ainda mais os interesses das populações que não fossem abrangidas por duas ou três linhas de grande utilização e portanto rentáveis.
Penso isto há muito tempo.
E a minha convicção nestas matérias, nomeadamente de que o Estado não deve abrir mão de alguns serviços, reforçou-se depois da privatização dos CTT.
Não só porque andam a fechar postos pelo país,que tanta falta fazem às populações, como também porque a própria qualidade do serviço piorou quer no atendimento nos seus balcões quer na distribuição da correspondência que tem hoje atrasos superiores aos que tinha há quarenta anos ou mais.
É um caso claro de como uma privatização redundou em prejuízos para os utentes.
Que,ao menos, sirva de exemplo para evitar mais disparates.
Depois Falamos.
Os serviços de distribuição de correio são uma vergonha.
ResponderEliminarRecebia praticamente correio todos os dias agora recebo por atacado, tudo junto, num o máximo 2 dias por semana. Cheguei a receber uma carta da Unicre para pagamento de débitos do cartão de crédito com o prazo já ultrapassado. Deram-me uma desculpa sem nexo.Mas se fossem só os correios...
E assim via este país.
Francisco Ferreira
Caro Francisco Ferreira:
ResponderEliminarE casos como o seu serão às centenas por todo o país