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quarta-feira, junho 30, 2010

"Finito"


Sejamos objectivos:
Espanha tem melhores jogadores,melhor plantel, melhor equipa.
E joga bastante melhor!
O resultado foi justo para aquilo que aconteceu durante os 90 minutos e Portugal fez o Mundial que lhe foi possível chegando até onde lhe era possível chegar.
Podia ter ido mais longe?
Eventualmente.
Mas não contra a Espanha nem jogando daquela forma.
Nem com aquela equipa inicial e menos ainda com aquelas substituições.
Objectivamente,de novo, a verdade é que Queiroz falhou.E não voltarei a falar,porque já o fiz anteriormente,dos erros na convocatória ou dos jogos de preparação.
Tão pouco da falta de ambição face á Costa do Marfim ou do medo desnecessário com o Brasil.
Refiro-me apenas a este jogo com a Espanha.Em que por teimosia pura e dura, e para dar razão a si próprio,persistiu em erros provados.
Ricardo Costa a lateral direito,tão malzinho com o Brasil nesse lugar,foi um maná para os espanhóis e para um treinador experiente como Del Bosque.
Nos primeiros seis(!!!) minutos de jogo três lances perigosos pelo flanco direito da nossa defesa a que só "S. Eduardo" pôs cobro.
Depois,pelo jogo fora (o próprio Del Bosque o reconheceu publicamente),foi sempre o flanco preferido dos espanhóis para atacarem a nossa muralha defensiva.
Por lá,inevitavelmente,surgiria o golo decisivo.
O medo,sempre presente nas estratégias de Queiroz,empurrou-o para a ridícula opção de querer jogar com quatro centrais quando os dois titulares chegavam para as encomendas.
Ai está o resultado.
Pepe foi outro erro de casting lamentável.
E nem vou falar do facto de ser naturalizado.
Apenas que vindo de gravíssima lesão não se retorna á competição em jogos a doer contra...Brasil e Espanha!
Apenas os dois primeiros do ranking mundial.
E ainda por cima jogando num lugar que não é o seu.
Porque Pepe é central e bom.
Como trinco,lugar em que apenas Queiroz aposta nele,deixa muito a desejar.
Quer Pedro Mendes quer Miguel Veloso fazem o lugar bem melhor.
Depois a inacreditável substituição de Hugo Almeida numa altura em que nada estava decidido e o nosso ponta de lança estava a jogar bem.
Mas Queiroz,medroso,lá pensou que era melhor um esquema mais defensivo a privilegiar o contra ataque sem ponta de lança fixo.
Exactamente o contrário do que fez Del Bosque.
Com sucesso.
A Espanha,actualmente,é melhor equipa que Portugal.
Mas não muito melhor.
Estava ao nosso alcance.
"Nós" é que tivemos medo de nos "chegarmos".
Preferimos esperar e apostar no erro alheio.
E assim saímos,mal,da África do Sul.
A que o já habitual "romance" de declarações e desmentidos, de afirmações e contradições,apenas serviu para evidenciar que algo ia mal nos bastidores da equipa e do relacionamento com os responsáveis.
O que também não deixa de ser,infelizmente,habitual.
O que vale é que neste país a culpa costuma morrer solteira.
Em Setembro,quando começar a fase de apuramento para o europeu de 2012,veremos quais as sequelas de tudo isto.
E também como estarão as relações entre selecção e adeptos...
Depois Falamos

segunda-feira, junho 28, 2010

Aborrece-me...


Não sou nada de crendices,superstições,bruxedos,feitiçarias ou maus olhados.
Não acredito nisso.
Acredito que no futebol o que dá sorte é marcar golos e o que dá azar é sofrê-los!
Tão simples quanto isso.
Mas há coisas que me aborrecem.
Aborrece-me que chegados á fase decisiva de um Mundial ,genericamente bem arbitrado, comecem a aparecer os erros graves das equipas de arbitragem.
Incrível o golo anulado á Inglaterra em fase crucial da partida (era o 2-2) ou a validação do golo inicial da Argentina.
Incrível que no século XXI não seja possível,ainda, o recurso ás tecnologias para resolver lances duvidosos.
Embora desconfie que o golo não validado aos ingleses vai dar uma ajudinha nessa evolução necessária e urgente.
Aborrece-me que Portugal chegue ao jogo com a Espanha com sete jogadores em risco de exclusão (e alguns como Ronaldo ou Tiago fruto de amarelos injustíssimos)e os espanhóis com...zero jogadores nessas condições.
Aborrece-me que Portugal tenha tido três jogos apitados por árbitros de língua...espanhola.
Um uruguaio com a Costa do Marfim,um chileno com a Coreia,um mexicano com o Brasil.
Aborrece-me,ainda mais,que o jogo com a Espanha vá ser arbitrado por um...argentino!
Já agora,que diriam os espanhois se tivesse sido escolhido um árbitro brasileiro ?
Quatro jogos e quatro árbitros de língua espanhola.
É demais para ser coincidência.
Até porque passando a Espanha,como se espera,temos fortes probabilidades de encontrar o Paraguai e depois (já é um pouco de futurologia mas...) a Argentina.
E o que me aborrece mesmo é o facto de o Comité de Arbitragem da Fifa ser presidido por Angel Villar.
Esse mesmo,o presidente da Federação Espanhola!
Repito: Não acredito em bruxedos e afins.
Mas em teorias da conspiração...
Depois Falamos

domingo, junho 27, 2010

Xico Andebol

O Xico Andebol escreveu hoje mais uma brilhantíssima página do desporto vimaranense ao conquistar a Taça de Portugal de andebol.
Vencendo na final de Tavira o Sporting por uns claros 27-24 depois de um jogo que dominou de principio a fim.
Época absolutamente notável,depois da honrosa participação nas competições europeias,feita por um grupo de jovens atletas (grande parte deles "feitos" no Xico) que jogam pelo amor á modalidade e ao clube e não a troco de remunerações como a esmagadora maioria dos seus adversários.
Guimarães tem boas razões para estar grata a este grande clube de andebol que há dezenas de anos (convém não esquecer que o Xico sucede ao Desportivo Francisco de Holanda)prestigia este concelho e esta cidade essencialmente na sua modalidade de eleição mas também noutras que foi praticando ao longo do seu historial.
E esse agradecimento,neste momento,será fácil de materializar.
Proporcionando condições ao Xico para participar na Taça das Taças com toda a legitimidade advinda do direito conquistado no terreno de jogo.
Seria uma enorme vergonha para Guimarães toda que por razões financeiras o Xico tivesse de desistir da competição.
A direcção do clube tem feito um trabalho magnifico na gestão corrente e na recuperação de problemas que vinham de trás.
Mas não é justo pedir-lhes milagres.
A participação europeia, ainda para mais em ano anterior á Capital Europeia da Cultura,deve ser uma questão de honra para Guimarães.
O Xico merece !
Depois Falamos

sexta-feira, junho 25, 2010

Está Bem !

Vamos ser justos.
Se antes de começar o Mundial alguém nos garantisse que empatávamos com o Brasil creio que qualquer português se daria por satisfeito.
Afinal o "escrete" é sempre um dos principais favoritos ao titulo.
Mas até vou mais longe:
Se alguém ao conhecer a constituição da nossa equipa,com todas as alterações introduzidas por Queiroz,garantisse o 0-0 final ficaríamos igualmente contentes.
Porque todo aquele "experimentalismo",face ao Brasil,corria sérios riscos de correr muito mal.
Pepe sem qualquer ritmo, Ricardo Costa fora do lugar,Duda que andou toda a fase de apuramento a ser adaptado a lateral(ao contrario do que sucede no Málaga onde sempre foi médio/extremo) a jogar a ...médio /extremo, enfim muitas alterações em relação á equipa que brilhantemente esmagara a Coreia.
E a primeira meia hora foi um bocado para o assustador.
Grande domínio brasileiro, a nossa selecção sem conseguir sair a jogar, o golo a rondar a baliza portuguesa.
Valeram a enorme categoria dos nossos centrais e a qualidade de Eduardo a transmitir enorme confiança a toda a equipa.
Só após dois valentes abanões no jogo dados por Fábio Coentrão (mais uma magnifica exibição e face a Maicon e Daniel Alves!)a empurrar a equipa para a frente é que Portugal conseguiu equilibrar o jogo e começar a criar perigo (ai,ai Tiago aquele hábito tão português de a um ligeiro encosto se deixar logo cair...)para a baliza do Brasil.
Ao intervalo o 0-0 era lisonjeiro.
Na segunda parte tudo foi diferente para melhor.
Com Simão e Pedro Mendes nos lugares de Duda e Pepe a equipa portuguesa equilibrou o jogo, dominou o meio campo através de uma bem melhor circulação de bola e saiu par ao ataque com lances de grande perigo especialmente através de um Ronaldo a jogar muito bem e a assustar a defensiva canarinha.
No final o nulo aceita-se e é o resultado mais justo.
Mas ficaremos sempre com a pequena duvida de como teria sido sem as tais experiências.
Agora a Espanha.
Que sendo uma grande equipa está ao nosso alcance.
Sem experiências claro...
Depois Falamos

quinta-feira, junho 24, 2010

24 de Junho

Hoje,um pouco por todo o lado,festeja-se o S.João.
Em muitos concelhos deste país, Porto,Braga,Gaia,etc, é feriado municipal devido á comemoração do dia desse importante Santo.
Em Guimarães comemora-se algo bem mais importante sem falta de respeito ao S. João bem entendido.
A batalha de S. Mamede cujo desfecho permitiu o dia um de Portugal.
Num tempo em que se equacionam os feriados nacionais, e a razão de ser de alguns deles, continua a não fazer qualquer sentido que o 24 de Junho não seja um desses feriados nacionais.
Porque sem a batalha de S. Mamede, e a vitória de D. Afonso Henriques, não haveria lugar a comemorar o 1º de Dezembro, o 10 de Junho ou até o 25 de Abril.
Camões seria espanhol e estaria para a literatura castelhana na poesia como Cervantes na prosa.
Toda a História teria sido bem diferente.
Daí o entender que vale a pena continuar a lutar para que o 24 de Junho seja declarado feriado nacional especialmente neste tempo em que o Parlamento está aberto a avaliar a questão dos feriados.
O dia 1 de Portugal bem o merece.
Depois Falamos

segunda-feira, junho 21, 2010

Sete !

É sempre fácil, e muito agradável, escrever sobre uma vitória por 7-0 num jogo a contar para uma fase final do campeonato do mundo de futebol.
Se num jogo normal já é uma vitória de "encher" a alma que dizer de uma obtida nesta competição ?
Esperando que Portugal ganhasse naturalmente que os números surpreenderam e muito.
Porque creio que desde o Mundial de Espanha,em 1982, não existia um triunfo tão dilatado e tão esmagador na exibição e no jogo jogado entre equipas finalistas de um mundial.
Especialmente na segunda parte em que Portugal marcou seis golos!
O que deve constituir recorde absoluto num jogo destes.
Curiosamente, depois da exibição tão sofrida com a Costa do Marfim, nada fazia prever um desfecho desta dimensão.
Creio que Queiroz mexeu bem na equipa e conseguiu que Portugal jogasse mais depressa, com as linhas mais adiantadas, e dominando claramente a intermediaria onde estruturou os factores que fizeram a diferença.
É sempre ingrato quando uma equipa joga tão bem estar a destacar exibições individuais.
Mas há,contudo,quatro nomes que merecem saliência:
Ronaldo senhor de magnifica exibição a jogar, a assistir e a marcar.
Fábio Coentrão com uma exibição excelente a fazer todo o corredor,a dar assistências e quase
marcando um golo que bem merecia.
Tiago que dinamizou o meio campo ofensivo,fez a assistência para o primeiro golo(sempre importante) e marcou dois.
Ricardo Carvalho novamente em grande forma,imperial a comandar a defesa, e dando enorme tranquilidade ás manobras defensivas.
Queiroz, no seu melhor dia como seleccionador,esteve igualmente bem ao dar oportunidades a Duda e Miguel Veloso numa prova de confiança importante para os próximos jogos.
Agora o Brasil.
Com a moral em alta e aquela duvida curiosa de saber se é melhor tentar ganhar o grupo ou ficar em segundo lugar face ao posicionamento da Espanha no seu grupo.
Mas essa é uma boa duvida!
Nota final para registar, e perdoem-me os que não pensam assim,o quão agradável foi ver aquele onze inicial só com portugueses...portugueses!
Depois Falamos

domingo, junho 20, 2010

Pequenas Alegrias

Não sei,ninguém sabe, se a nossa selecção nos vai dar grandes alegrias neste Mundial sul africano.
Desconfia-se que não,infelizmente, mas há sempre a esperança de que a equipa renda mais do que contra os costa marfinenses e consiga passar aos oitavos de final.
Não tendo já a grande equipa de 2006 ainda assim temos equipa para isso.
Por isso,para já,vamo-nos ficando pelas pequenas alegrias.
Uma das quais,com particular significado para qualquer vimaranense,é ver Pedro Mendes a jogar no Mundial.
Justamente diga-se de passagem.
Porque Pedro é dos "nossos".
É vimaranense,é vitoriano, e tem orgulho nisso.
Foi um injustiçado pelas teimosias de Scolari mas Carlos Queiroz teve o mérito inegável de o recuperar para a selecção onde tem rubricado boas exibições e sido titular indiscutivel apesar de alguma criticas recentes á sua exibição.
É verdade que não fez um grande jogo com a Costa do Marfim, mas quem fez ?
Creio que,apesar de tudo,cumpriu bem em termos tácticos a missão que lhe foi confiada.
Claro que não é um jogador "Nike",nem um agenciado da Gestifute de Jorge Mendes, e isso "paga-se".
Nomeadamente num tempo em que parece que na comunicação social pululam os comentadores de futebol.
Alguns deles,sim,agenciados por essas e outra empresas!
Mas deixando de lado quem tem pouca importância o que releva é que um vimaranense e vitoriano joga pela selecção portuguesa num Mundial de futebol.
É o primeiro tanto quanto me lembro.
E daí este destaque.
Depois Falamos

Actualização: Aqui e no Facebook vários leitores me recordaram o vimaranense Fernando Meira. Que jogou por Portugal no Mundial 2006. Não sei como me esqueci dele. Mas faço gostosamente a rectificação.

Ronaldo e Messi

Com o decorrer do Mundial vão surgindo as inevitáveis discussões, que já vem de trás,sobre se Ronaldo é melhor que Messi ou o contrário.
Claro que neste modo de ser bem português não faltam aqueles que gostosamente ,e com prazer,defendem o jogador argentino em detrimento do português.
Sem outros argumento que não seja pura inveja de ver um compatriota triunfar.
Pessoalmente entendo que são dois excepcionais futebolistas, em estilos bem diferentes,e que tem alternado entre eles o duvidoso titulo de "melhor do mundo".
Porque sendo ambos muitíssimo bons acho a escolha de o melhor muito subjectiva.
Esta época Messi esteve melhor,na anterior esteve Ronaldo,na próxima logo se vê.
Agora se quisermos comparar rendimentos só é sério fazê-lo entre o Messi do Barcelona e o Ronaldo do Real Madrid ou do Manchester United.
Porque só aí estamos a falar da mesma coisa.
Comparar os rendimentos nas respectivas selecções é absurdo.
Porque na Argentina, a titulo de exemplo, Messi faz dois dribles fantásticos e passa a bola a Tevez,Higuain,Aguero.
Em Portugal Ronaldo faz uma daquelas sensacionais arrancadas,passa dois ou três adversários, e entrega a bola a Liedson,Simão ou Raul Meireles!
Não é bem a mesma coisa...
Depois Falamos

sábado, junho 19, 2010

Não !

Sempre achei as condecorações municipais,com o devido respeito por quem as recebe, perfeitamente...dispensáveis.
Porque homenageiam quem merece, outras vezes quem não merece, e em muitos casos deixam por homenagear pessoas e instituições com relevantes serviços prestados.
Há muitas formas dignas de homenagear que não passam pela entrega de medalhas (sendo de duvidosissimo gosto umas serem de ouro,outras de prata e outras de bronze como se no mérito houvessem critérios olímpicos) em que o que se almeja é muito mais promover quem entrega do que homenagear quem recebe.
Não será,obviamente, em todo o lado mas há muitos em que é.
Vem este introito a propósito da intenção da Câmara de Guimarães em entregar a medalha de ouro da cidade ao cidadão Jorge Sampaio.
Entrega de que discordo completamente.
Por não reconhecer que o referido cidadão tenha feito por Guimarães algo que o faça merecer tão alto galardão.
Que em principio devia ser reservado para figuras com relevantes serviços prestados ao município.
Qual foi o critério ?
Ser um antigo Presidente da Republica ?
Não é critério.
A não ser que no regulamento se estipule que todo o cidadão que seja presidente da república tenha automaticamente direito á medalhinha.
O que a faria perder todo o sentido.
Será o facto de o presidente do municipio ser um "sampaista" de sempre ?
Não acredito.
Não quero acreditar.
Será homenagem ao ex presidente por tudo ter feito para nos brindar com este Sócrates que nos (des)governa?
Talvez sim,talvez não...
Será uma cortesia entre camaradas inserta naquela promoção que os socialistas vão fazendo uns dos outros regularmente?
Talvez não, talvez sim...
Ou será mais uma manifestação de puro provincianismo naquela linha de se pensar que dar a medalha a um ex presidente é de grande relevo para Guimarães?
Isso de certeza!
Não sei,verdadeiramente, as razões que justificam esta medalha de ouro.
Sei que discordo dela.
E nada do que está para trás ou venha a estar para a frente me faz mudar de opinião.
Depois Falamos

Razão !


Neste espaço critiquei ao longo dos tempos algumas atitudes de Manuela Ferreira Leite(menos) e Pacheco Pereira(mais) no estrito quadro da discordância politica com posições por eles tomadas.
No caso de Pacheco fi-lo com muito maior contundência por entender algumas tomadas de posição como de autêntica afronta ao partido, aos seus militantes e a alguns dirigentes.
São factos conhecidos de que não vale a pena voltar a falar.
Mas quando tem razão é de toda a justiça dar-lhes...razão.
E nesta questão da tentativa de compra da TVI pela PT ambos tiveram imensa razão.
MFL quando denunciou o negócio em curso e acusou Sócrates de estar a mentir ao Parlamento.
Arrostou, na altura,com muitas criticas.
Mas tinha razão.
Como imensa razão teve Pacheco Pereira na sua declaração de voto ao relatório da comissão de inquérito quando afirma ,preto no branco,que Sócrates mentiu e que Mota Amaral fez muito mal em não permitir a utilização das escutas.
Entre outras coisas mencionadas,como por exemplo,que essa decisão de Mota Amaral inquina as relações entre o Parlamento e o poder judicial.
Mais uma vez tem razão.
E tal como noutras alturas aqui os critiquei, a MFL e a JPP,hoje gostosamente lhes dou razão.
Porque a tem!
Depois Falamos

Desconforto...


Factos:
Sócrates declarara no parlamento nada saber do negócio da TVI.
Face ás duvidas existentes foi criada uma comissão de inquérito.
Passos Coelho afirmou,várias vezes, que se se provasse que o PM tinha mentido o PSD agiria em conformidade.
A Comissão de inquérito aprovou um relatório segundo o qual Sócrates tivera conhecimento antecipado do negócio.
O PSD votou favoravelmente esse relatório.
Ou seja provou-se que Sócrates mentiu ao Parlamento.
O PSD acha que não existem,apesar da mentira,razões suficientes para apresentar uma moção de censura.
E justificou-o através de uma série de argumentos que em "politiquês" são bons mas em politica sabem a ...nada.
Conclusão ?
Sinto-me desconfortável e com o estômago algo agitado.
Mas deve ter sido de alguma coisa que comi ao almoço...
Depois Falamos

Nós "Mexicanos"...


A derrota da França com o México foi para mim um momento profundamente agradável.
Porque não gosto dos franceses, da selecção francesa,de Domenech e de alguns jogadores de uma equipa a anos luz das de Zidane.
Das quais também não gostava mas admirava o enorme talento de alguns jogadores como o referido.
Esta ida da França á África do Sul foi também baseada na mentira de um golo ilegal (são coisas do futebol) que em nada aumentou a "simpatia" que tenho pelos franceses, até porque imagino o que fariam e diriam se fosse ao contrário.
Embora admire imenso esse grande jogador que é Thierry Henry.
Sei que o meu amigo Freitas Pereira me perdoará ,pelo que digo a seguir, mas considero os franceses um povo chauvinista,arrogante e com a mania da superioridade que olha todos os outros como seres inferiores.
Por isso sabe bem vê-los perder com uma equipa como o México.
Que considerarão,provavelmente,como daqueles povos para que se olha com desdém.
E ainda por cima perderam com uma equipa cheia de pormenores "castiços".
A titulo de exemplo:
Um guarda redes pró gordinho a terminar a carreira e dois pontas de lança (Blanco e Hernandez) autores dos golos com o segundo a ter idade para ser filho do primeiro!
Foi bonito.
E oxalá a lição lhes tenha servido.
Depois Falamos

quarta-feira, junho 16, 2010

Que Figurinha !

Foto:www.dn.pt

O Parlamento fez ontem mais uma figura ridícula.
Desnecessariamente.
A comissão de educação e ciência resolveu agendar uma reunião com o secretário de estado do Desporto para a mesma hora em que a selecção nacional defrontava a Costa do Marfim.
Excesso de zelo ?
Vontade de mostrar serviço?
Receio do escrutínio da comunicação social ?
Não sei.
Acho que foi ,acima de tudo, má consciência.
Plenamente comprovada pelo facto de todos os 23 deputados da referida comissão terem estado presente á referida reunião.
Todos!
Sem uma única excepção.
Verdadeiro recorde.
No meu tempo de deputado integrei sempre essa comissão que,ao tempo, se chamava de educação,juventude e desporto.
Da qual também fazia parte, e com grande assiduidade aos trabalhos, Laurentino Dias.
Estive em dezenas,centenas, de reuniões.
Não me lembro de uma única em que estivessem presentes a totalidade dos deputados. Lembro-me,isso sim, de muitas em que nem metade aparecia.
Ontem ao apareceram todos, e ao marcarem a reunião para aquela hora,apenas comprovaram a razão do deputado do CDS(José Manuel Rodrigues)ao acusar os responsáveis pela marcação da reunião de estarem a fazer demagogia.
E estavam.
De forma lamentável.
Depois Falamos

A injustiça do 31...

Cartoon: http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt
A explicação do titulo do cartoon pode ser lida no blog do Miguel Salazar.
É perfeitamente adequada.
Sem paixões clubisticas á mistura devo dizer que ontem ao ver Portugal, e nomeadamente a incapacidade de acelerar as acções ofensivas, me lembrei bem do jeito que Nuno Assis daria aquela selecção.
Porque o jogo com ele em campo torna-se mais rápido,mais imprevisivel, mais susceptível de baralhar marcações rígidas.
Penso que o "rato atómico" do Vitória podia ter dado um bom contributo para baralhar os "elefantes" marfinenses nomeadamente naquela fase de jogo mais aberto dos últimos minutos.
Até porque ficou provado aquilo que muitos dizem.
A selecção não tem uma alternativa a Deco.
Ontem Tiago e Simão, normalmente apontados como as alternativas, provaram que não o são.
Mas Queiroz, preso á absurda convocação do lesionado Pepe, prescindiu de alternativas ofensivas para o miolo.
Importa é defender.
O mais possível.
Foi pena.
Assis merecia estar lá e Portugal precisava.
Depois Falamos

Primeiro Balanço


A estreia de Portugal no Mundial deixou um sabor amargo á generalidade dos portugueses.
Nem tanto pelo resultado porque Inglaterra, Itália, França não começaram melhor e a Espanha até começou pior num Mundial que se está a caracterizar por uma enorme competitividade e por alguns resultados menos esperados.
Mas a exibição,valha-nos Deus,é que foi muito pobrezinha pese embora as mirabolantes explicações de Queiroz.
Uma estratégia conservadora em que os laterais raramente passavam do meio campo, uma exibição deprimente de Liedson que mesmo assim teve direito aos 90 m, substituições que em nada alteraram a estratégia do jogo e a disposição táctica da equipa.
Já para não falar do absurdo que foi a entrada de Ruben Amorim que transitou das férias no Dubai para a concentração na África do Sul,sem passar pelo mês de estágio na Covilhã, e mesmo assim foi utilizado.
Grande azia,suspeita-se, nos jogadores que estavam no banco e fizeram toda a preparação para este mundial.
E depois as declarações de Deco.
Que estando longe do "grande" Deco ainda assim era o único médio ofensivo que estava a provocar desiquilibrios e a perturbar a defensiva adversária.
Pois foi substituído na altura em que melhor estava a jogar.
Claro que não gostou e disse algumas verdades.
Que o posterior pedido de desculpas não encobrem.
Independentemente de achar, e acho,que os jogadores não tem que comentar as opções dos seus treinadores a verdade é que a opção de Queiroz foi incompreensivel.
É um lugar comum dizer-se que nada está perdido.
E não.
Mas também nada está ganho.
E acabou a margem de erro para Portugal.
Agora é jogar no mata-mata "scolariano" e não cometer erros quer na constituição da equipa quer na estratégia de jogo.
Com a pequena ajuda (suiça) de se poder considerar que no nosso grupo talvez seja melhor o segundo que o primeiro lugar.
Porque o "papão" Espanha corre o risco de não ganhar o seu grupo.
Depois Falamos

Maravilhas do Facebook

Cartoon: http://www.politizado,com/

Tornei-me,tempos atrás, "cliente" assíduo do facebook.
É uma rede fascinante para quem quiser manter-se informado,fazer amigos,reencontrar pessoas que não vê há muito tempo e por aí fora.
É também uma ferramenta politica cada vez mais importante e que partidos e políticos utilizam a preceito.
Um destes dias,consultando uma das páginas de apoio a Pedro Passos Coelho, constatei que o líder do PSD tinha estado no distrito de Braga e até no concelho de Guimarães!
A primeira reacção foi pensar que ando muito distraído.
Mas ao consultar a imprensa do dia percebi que as estruturas partidárias do distrito(incluindo a generalidade dos deputados eleitos por Braga) também primaram pela ausência o que atenuou o meu pesar pela distracção!
Afinal não terei sido o único.
Da agenda da visita constatei os "números" do costume.
Visita ao Ave Park, á reitoria da Universidade do Minho e o almocinho da ordem com os empresários da Associação Industrial do Minho.
Um programa que quase todos os lideres que o antecederam terão feito.
Como eu quero,sinceramente,que PPC seja primeiro ministro atrevo-me a sugerir para próxima visita ao distrito um programa e uma comitiva diferentes.
Acompanhado pelas estruturas concelhias e distrital e pelos deputados sugeriria:
Visita a centros de emprego numa região flagelado pelo problema do desemprego.
Reunião com os sindicatos representativos dos têxteis,do calçado e da metalomecânica.
Almoço na cantina de uma empresa com os trabalhadores da mesma.
De PPC espero que faça diferente.
Que se deixe de hoteis de luxo e de restaurantes vip para fechar o partido com meia duzia de eleitos(sempre os mesmos) que na sua maioria valem apenas o próprio voto.
Se valerem...
É preciso uma estratégia diferente e de ruptura.
Que volte, nomeadamente, a ganhar a "rua" para o PSD.
Só assim chegará lá.
Lá a S. Bento.
É a minha modesta opinião.
Depois Falamos

Opção Africana


Publiquei este texto no site da Associação Vitória Sempre.
È lugar comum dizer-se que Portugal é um país com vocação atlântica e 600 anos de História comprovam-no amplamente.
Africa, India e Brasil foram os destinos da epopeia dos descobrimentos portugueses que levaram os portugueses aos quatro cantos do mundo conhecido.
Não admira,pois, que por razões de afinidades, de língua, de ligações históricas o futebol português tenha ,especialmente na segunda metade do século XX, seguido os seus antepassados e procurado as novas “especiarias” nesses mundos que Portugal deu ao mundo como costuma dizer-se.
Não nas Indias, que nessa matéria de futebol nunca deram “uma para a caixa” , mas sim nos outros dois destinos referidos.
Africa e Brasil.
Em África aproveitando o facto de até 1974 existirem vastos territórios que eram Portugal e onde a prospecção de jogadores se tornva extremamente fácil mais que não fosse através das filiais dos clubes da então chamada Metropole.
De lá vieram grandes jogadores de que muitos ainda se recordarão.
Coluna, José Águas, Matateu, Vicente, Hilário , e tantos outros com merecido destaque para o maior de todos:
Eusébio.
Posteriormente, e muito por influência do Vitória, o mercado brasileiro tornou-se o mais apetecível em termos de importação dada a qualidade dos jogadores , a enorme oferta, e os preços muito em conta que atraia os clubes portugueses para esse “pé de obra”.
Com os exageros conhecidos.
Progressivamente, por razões várias a que as guerras civis que devastaram Angola e Moçambique não foram alheias, os clubes portugueses foram-se desinteressando dos mercados africanos e passaram a apostar noutras zonas do globo para a contratação de jogadores.
Mantendo a aposta no Brasil mas descurando, quase por completo, a própria formação de jogadores que devia ser a máxima prioidade de clubes situados em mercados essencialmente exportadores como o nosso.
Adiante.
O Vitória, percursor (Edmur,Carlos Alberto,Ernesto Paraiso,Caiçara) do investimento brasileiro, acabou também ele por aderir á moda do “multimercado” e por cá passaram jogadores um pouco de todo o mundo em muitos casos de qualidade mais que duvidosa.
Áté do Brasil, a par de grandes jogadores (Cascavel, Jeremias,Ademir,Roldão), vieram alguns “barretes” cujo nome me dispenso de citar porque pouco importantes e que de alguma forma apenas foram a excepção que confirma a regra.
Creio pois, e defendi-o publicamente ainda há bem pouco tempo, que é tempo de o Vitória voltar a África.
A África de onde vieram Joaquim Jorge, Manafá ou N´Dinga.
Mas também a África de Benachour, Ziad ou Ghilas.
Sendo o mesmo continente são realidades futebolísticas muito distintas entre o futebol espontâneo mas muito pouco táctico da África negra e o futebol quase europeu da zona do Magrebe.
Em ambos os casos mercados, que apesar de vivermos numa economia global, ainda são acessíveis ás bolsas dos clubes portugueses e que tem a enorme vantagem de terem um potencial imenso.
Penso que o Vitória se deveria posicionar estrategicamente em ambos os mercados.
Mais a sul, na tal África negra, aproveitando as enormes sinergias possíveis com Angola e Moçambique criando nesses países escolas de futebol através de parcerias com os governos locais e aproveitando alguns incentivos existentes para o efeito.
No fundo essas escolas funcionariam como centros de triagem de jovens talentos e a sua adaptação a métodos de treino que viriam encontrar em Portugal quando para cá viessem integrar os escalões de formação do clube.
Permitiria,também, através dos técnicos que para lá se deslocassem criar uma rede de olheiros não só nesses países como também em nações vizinhas onde o futebol tem indiscutível importância.
No Norte de África a estratégia seria diferente.
Por razões que se prendem com a passagem de Ziad por Guimarães o Vitória disfruta de grande popularidade na Tunisia onde é um dos clubes portugueses mais conhecido e seguido pelos adeptos locais.
Aí a estratégia passaria por um protocolo (dos bem feitos é claro!) com um dos principais clubes tunisinos de molde a que o Vitória tivesse preferência na contratação de jogadores desse país.
Claro que estas ideias, apresentadas em linhas muito gerais, mereceriam se postas em prática o aprofundamento necessário.
Uma coisa tenho como certa: Uma boa aposta nas “duas” Áfricas, uma formação compatível com as exigências do futebol actual nomeadamente na transição júnior/sénior, uma rede de olheiros nacional e internacional devidamente montada e poderíamos transformar o mercado brasileiro naquilo que ele começou por ser:
A excepção e não a regra de constituição do plantel da maioria das equipas portuguesas.
Acredito que um clube como o Vitória, que não tem nem nunca terá (previsivelmente)os meios financeiros dos três do costume, só poderá crescer e disputar títulos se tiver o engenho e a arte de inovar, de descobrir novos mercados, de estar avançado no tempo em relação á concorrência. Sei que é possível.
Haja Vontade.

segunda-feira, junho 14, 2010

Vamos a Eles!


Portugal inicia amanhã a participação no Mundial 2010.
Pese embora as ausências de alguns lesionados e uma ou outra opção mais discutível de Queiroz, e sendo conhecidas as limitações do nosso "mercado interno", creio que Portugal tem selecção para fazer uma excelente campanha.
Já não estão lá Figo, Pauleta,Rui Costa e Vítor Baía é verdade, mas estão outros grandes jogadores.
Ronaldo (jogador de topo mundial), Ricardo Carvalho,Deco, Danny,Pedro Mendes,Miguel Veloso,Bruno Alves,etc, garantem a qualidade necessária a uma equipa com aspirações de ir longe.
Até porque ainda não vi neste Mundial nenhuma equipa de assustar.
Alemanha e Argentina foram,até agora, as melhores e as que deixaram clara a candidatura ao titulo.
Inglaterra e Itália desiludiram, Holanda não iludiu, vamos a ver Brasil e Espanha.
Especialmente os nossos vizinhos que serão,provavelmente,o adversário mais forte em prova.
Mas um problema de cada vez.
Até porque equipas como a Coreia do Sul, o Japão,os EUA ou o Paraguai já demonstraram a dificuldade de fazer previsões.
Agora é a Costa do Marfim.
Vamos a eles!
Depois Falamos

No INEM ?

Noticia a imprensa de hoje que devido a cortes nas despesas o INEM vai parar 25 ambulâncias e dois helicópteros!
Li,ouvi, e ainda me custa a acreditar.
Cortar despesas no INEM ?
No INEM?
O Instituto Nacional de Emergência Médica não tem a ver com a qualidade de vida das pessoas.
Não tem a ver com o viver melhor ou pior.
Tem a ver com...viver.
O INEM é ,na esmagadora maioria das vezes em que intervém, a diferença entre a vida e a morte.
Entre os acidentados ,ou vitimas de doença súbita, viverem ou morrerem!
E é na diferença entre vida e morte que o governo vai poupar nas despesas ?
Quando se poupa aqui o que resta ?
Este Governo fechou maternidades,centros de saúde,encerrou urgências.
Isso em nada contribuiu para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Agora reduz drasticamente no socorro rápido.
A isto se chama desprezo pela Vida!
Depois Falamos

sexta-feira, junho 11, 2010

Mandela e Ronaldo


Foto:www.abola.pt
Esta fotografia correu mundo.
Publicada em jornais de inúmeros países,mostrada em estações de televisão, divulgada através da net.
Documenta o encontro entre Nelson Mandela e Cristiano Ronaldo ocorrido em casa do primeiro (neste caso não houve duvidas sobre quem convidou quem...) naquilo que constituiu uma enorme honra para a selecção portuguesa em geral e para Ronaldo em particular.
Porque estando Mandela ,aos 91 anos, na fase final de uma vida verdadeiramente excepcional tem um particular significado este convite.
Representa um sinal de consideração perante a enorme comunidade portuguesa radicada na África do Sul,como é evidente,mas também o reconhecimento de que o futebolista português é hoje uma figura planetária que leva o nome do seu país a todo o mundo e que desperta a curiosidade de figuras como o próprio Mandela.
Que sendo um dos maiores vultos do século XX é também ele sensível á enorme categoria futebolistica de um dos melhores jogadores mundiais da actualidade.
Ronaldo tem uma personalidade e um modo de ser que nem sempre caem bem nalgumas pessoas e motivam criticas umas vezes justas outras totalmente infundadas.
Uma coisa é certa:
Ver Nelson Mandela com a camisola de Portugal a ele ,Ronaldo, se deve.
E há que reconhecê-lo.
Depois Falamos

Começou!

Começou o Mundial 2010.
Que muitos temem que fique para a História como o Mundial das...Vuvuzelas!
O jogo de abertura,entre anfitriões e México,foi bem jogado mas claramente entre duas equipas de ambições limitadas e terão como objectivo máximo a passagem aos oitavos de final.
Melhores a atacar do que a defender, em que ambas demonstraram ingenuidades pouco próprias de um Mundial, acabaram por ter no empate o resultado mais justo.
Num grupo em que também estão França e Uruguai ambas vão ter muito que melhorar para poderem ter aspirar a mais qualquer coisinha.
Gostei particularmente de alguns jogadores da equipa mexicana.
Especialmente Giovanni,Vela,Hernandez(no pouco tempo que jogou)e Rafael Marquez.
Neles assenta boa parte da esperança mexicana em seguir em frente.
Depois Falamos

quarta-feira, junho 09, 2010

A Lição Gaulesa


Sempre gostei da banda desenhada do "Astérix" e de todas aquelas fabulosas personagens criadas por Goscinny e Uderzo.
Especialmente do Obélix.
E creio que nessas histórias, para todas as idades, se podem extrair importantes lições para a vida real.
E até para a vida política das comunidades.
Uma delas, especialmente importante, é a retratada no desenho que encima este post.
Frequentes vezes,como sabem os leitores dessa B.D., os irredutíveis gauleses envolviam-se em ferozes zaragatas dentro da sua aldeia.
Em que todos participavam.
Por tudo, e quantas vezes por nada,lá andavam ao barulho.
Mas,com o elementar bom senso, de saberem unir-se quando ameaçados pelo inimigo.
E com a sabedoria,transmitida pelo druida Panoramix, de procurarem no seio da comunidade a solução para os seus problemas.
Nunca, a nenhum deles,terá passado pela cabeça ir procurar a solução de um problema da pequena aldeia gaulesa a um dos acampamentos romanos que a cercavam.
Porque isso equivaleria a um verdadeiro suicídio.
Moral da História:
Quanto as forças existentes parecem não chegar então há que encontrar a "poção mágica" adequada.
E depois festejar a vitória num banquete á base de javalis assados.
Com a elementar precaução de ,previamente, impedir os bardos de cantarem...
Depois Falamos

terça-feira, junho 08, 2010

Lusofonia

Foto:www.maisfutebol.pt

Uma exibição regular,um resultado moralizador,um adversário simpático que desempenhou cabalmente o seu papel de equipa macia e que não pôs grandes problemas ofensivos.
Por acaso o contrário do que se espera da Costa do Marfim!
Algumas ilacções deste jogo:
Portugal,neste momento, parece ser Danny e mais dez!
O extremo está em grande forma fisica e técnica e seria um atentado ao objectivos de Portugal sentá-lo no banco dos suplentes.
Ainda por cima com o enorme azar de Nani (e que em tão boa forma estava)afastado do Mundial por lesão.
Guarda redes e defesa pouco trabalho tiveram mas parece-me que "aqueles" laterais perante adversários com outros argumentos vão penar um bocado.
Especialmente Miguel muito longe do jogador de outros tempos.
O meio campo (esperemos que sem "Pepices" de ultima hora) parece estabilizado com Deco,Pedro Mendes e Raul Meireles,autores de exibições seguras e personalizadas.
No ataque ,sendo certo Ronaldo e imperioso Danny, resta um lugar.
Liedson está num momento de forma miserável,como era de esperar depois das férias cariocas,e Simão parece sem "andamento" para um Mundial.
Com Nani seria fácil de resolver.
Sem Nani creio que Hugo Almeida pode "exigir" um lugar.
Equações que Queiroz terá de resolver até ao dia 15.
Depois Falamos

Quem tem medo...


Três guarda redes,oito defesas,seis médios,seis avançados.
Repetiu Queiroz até á exaustão vincando que essa era a sua opção para o Mundial e reiterando que,descoberta exclusivamente sua,Pepe fazia parte dos médios.
Dá-se a infeliz lesão de Nani,um dos jogadores em melhor forma da selecção, e que faz Queiroz ?
Convoca outro avançado para o lugar do infortunado jogador ?
Qual quê.
Foi a correr chamar um médio defensivo, e muitas vezes defesa lateral,para preencher a vaga do extremo.
Que critério?
Que coerência?
Que sinal passa para o grupo de trabalho ?
Podia,ao menos,ter chamado um médio ofensivo que fosse alternativa a Deco.
Mas não.
Tinha de ser um jogador defensivo.
E não foi por falta de alternativas.
Foi mesmo por falta de coragem.
Fica assim a selecção dependente de apenas três avançados.
Ronaldo,Danny e Hugo Almeida.
Porque a forma evidenciada por Liedson e Simão não deixa prever nada de bom.
Depois Falamos

domingo, junho 06, 2010

Em Tempo...

O PSD/Guimarães vai entrar em processo eleitoral.
Embora habitualmente não escreva aqui sobre questões locais entendi,neste caso,deixar aqui algumas opiniões como forma de ajudar á clarificação de ideias.
No momento em que escrevo não se sabe,ainda, quantas listas vão disputar o acto eleitoral o que de alguma forma facilita a quem escreve o poder opinar no abstracto e não "condicionado" por nomes ou programas.
Creio que o ideal seria dar continuidade á estratégia de unidade interna iniciada pela comissão politica de José Manuel Antunes.
Tal permitiria,desde já, dar a Guimarães uma imagem de unidade e forte motivação interna para vencer 2013.
Se tal não for possível, e a disputa democrática é da natureza dos partidos,convém então que o confronto não prejudique o objectivo delineado para as próximas autárquicas.
Diz-me a experiência da vida que ás vezes mais vale uma boa disputa que um falso consenso.
Porque da disputa nasce a clarificação e dos maus consensos apenas a confusão.
Sendo certo que não sendo possível o consenso antes isso não dispensa do bom senso depois!
Para bons entendedores.
Por outro lado creio firmemente que existindo tempo para definir estratégias, alianças e protagonistas o PSD deve escolher o seu candidato e -lo "na rua" até Outubro deste ano.
Para durante três anos ter tempo para fazer o exaustivo trabalho de terreno que é absolutamente indispensável á prossecução do objectivo.
Que é ganhar as autárquicas de 2013.
E ganhar significa,para que não existam duvidas, ser o partido mais votado e conquistar a presidência do município.
Para isso importa escolher muito bem o candidato.
E escolher,sem inocências ou estratégias "estratosféricas", alguém que ganhe já.
Não um candidato para ganhar visibilidade,experiência ou protagonismo de molde a tentar ganhar em 2017.
O tempo não espera.
E em Guimarães o PSD já deu vinte anos de avanço ao PS.
Nota final:
O facto de António Magalhães não poder ser candidato não resolve nenhum problema ao PSD.
Quando muito atenua dificuldades.
Porque Magalhães nunca foi invencível.
O PSD é que fez dele um obstáculo intransponivel.
Depois Falamos

Ter e Não Ter


Agitam-se(?) as águas na área politica não socialista por causa das eleições presidenciais.
Santana Lopes não quer apoiar Cavaco e procura alternativa; Paulo Portas gostava imenso de apoiar a candidatura de Bagão Félix mas ele não está para aí virado; António Capucho e Marques Mendes criticam duramente as posições de PSL.
Bem espremido...nada de novo.
Porque tendo todos razão acabam por ,simultâneamente não a terem.
PSL tem razão porque ,de facto,existe um espaço á direita de Cavaco Silva onde era perfeitamente possível existir uma candidatura.
Perde-a quando sustenta essa pseudo candidatura com o não veto de Cavaco ao casamento de pessoas do mesmo sexo.
Esse é um mau motivo porque inconsistente.
Mas podiam existir bons motivos se realmente houvesse vontade estritamente politica de os corporizar.
Portas tem razão quando afirma que Bagão seria um excelente candidato da área politica do CDS.
Seria.
Mas é precisamente por toda a gente saber que ele não o quer ser que Portas perde tempo e razão a falar dessa "candidatura" que nunca existirá.
No fundo PSL e PP apenas fragilizam (pouco mas fragilizam) a recandidatura de Cavaco.
De forma gratuita.
Mendes e Capucho também tem razão porque a candidatura de Cavaco é fortíssima (basta ser Presidente) e se não houver divisão de votos no espaço que representa tem a reeleição praticamente certa.
Porque Alegre é um fraco candidato e a esquerda tem várias opções.
De Fernando Nobre ao inevitável candidato do PC.
Mas Capucho e Mendes perdem a razão,levados por uma velha hostilidade a PSL,quando querem obrigar a um unanimismo inaceitável em volta de Cavaco.
A democracia não se fez para isso.
E embora todos percebamos a vantagem de Cavaco não ter concorrente á sua direita isso não pode ser elemento castrador do normal funcionamento da democracia e do direito das várias áreas politicas se fazerem representar na disputa presidencial.
Creio que nem mesmo Cavaco,que durante trinta anos geriu a sua carreira politica de uma forma estritamente pessoal,se atreveria a pôr isso em causa.
Esperemos pois que este agitar de águas não passe disso mesmo,de um agitar de águas.
Talvez fruto do calor que vai chegando.
Depois Falamos

sábado, junho 05, 2010

Tenho Gostado


Conheço Miguel Macedo há trinta anos.
Sempre nos demos bem mas quase nunca estivemos do mesmo lado nas "batalhas" internas do PSD.
Se calhar é uma das razões para nos darmos bem.
Tenho acompanhado com curiosidade a forma como tem liderado o grupo parlamentar do PSD e a sua prestação nos debates com José Sócrates.
E ,sinceramente,tenho gostado.
Bem nas perguntas, bem nas respostas, frequentemente tem obrigado o ex "animal feroz" a colocar-se na defensiva face á dificuldade em se "encaixar" no estilo de debate protagonizado pelo líder parlamentar do PSD.
Fico satisfeito por assim ser.
Porque uma estratégia de conquista do poder ,neste caso do PSD,passa sempre por uma liderança parlamentar forte que consiga expor as debilidades do Governo e de quem o dirige.
Especialmente num cenário em que o presidente do partido não é deputado.
Creio que Miguel Macedo tem sido para Passos Coelho aquilo que Marques Mendes foi, noutro tempo e noutro estilo,para Marcelo Rebelo de Sousa.
E conhecendo-o sei que interpretará esta opinião como um elogio sincero.
Porque o é de facto.
Depois Falamos

sexta-feira, junho 04, 2010

A Democracia debaixo de fogo.


Excepcionalmente transcrevo aqui um artigo saido num jornal.
É do politólogo André Freire e foi publicado no "Público" no dia 31 de Maio de 2010.
Dispensável será explicar as razões porque concordo com o seu teor.
Depois Falamos

Veremos se a classe política consegue elevar-se acima do populismo, a bem da democracia, ou se cede às tentações
Há por aí uma petição que pede uma redução do número de deputados de 230 para 180. Os peticionários alegam razões de natureza "económica", "moral" e "ética". Defendem que a fixação do número de representantes no limite (constitucional) superior (230) resulta de "falta de bom senso político", "oportunismo partidário" e "ignorância sobre o que se passa noutros países". A petição está mal escrita e revela, primeiro, um profundíssimo desconhecimento da matéria; segundo, não têm razão quanto aos argumentos económicos; terceiro, revela uma atitude populista, antipolítica, antipartidos e, no fundo, contra a própria democracia. Vejamos porquê.
Em primeiro lugar, a petição revela um profundo desconhecimento da matéria versada e faz acusações gratuitas que raiam o insulto. Vários estudos têm revelado que o nosso país não tem um número excessivo de deputados, e a imprensa deu abundante eco deles. Por exemplo, Paulo Morais, comparando Portugal com os outros países da UE, demonstrou na revista Eleições (n.º 5, 1999, DGAI-MAI) que o número de deputados é adequado à nossa dimensão populacional; a fazer-se algum ajuste devia ser para 220. Num estudo mais recente (Para uma melhoria da representação política. A reforma do sistema eleitoral, Lisboa, Sextante, 2008), comparando os números médios de eleitores por deputado na câmara baixa de cada país (Portugal versus a UE 27+3), demonstrou-se, mais uma vez, que o número de deputados é adequado à nossa dimensão populacional.
E por que é que o número de deputados é importante para o funcionamento da democracia? Primeiro, por causa da representação territorial, sobretudo das zonas menos populosas. Por exemplo, com o sistema actual, algumas regiões do país têm já muito poucos deputados e, se se reduzisse o seu número para 180, ficariam com menos ainda: Portalegre (2 para 2), Beja (3 para 2), Évora (3 para 3), Bragança (3 para 3), Guarda (4 para 3), Castelo Branco (4 para 3), Açores (5 para 4), Vila Real (5 para 4), Viana do Castelo (6 para 4) e Madeira (6 para 4). Segundo, porque o número de lugares por círculo tem um impacto crucial no nível de proporcionalidade do sistema eleitoral: influencia de forma determinante o pluralismo na representação política. Exemplificando, num círculo com 10 deputados são precisos, em média, cerca de 7,8 por cento dos votos para um partido poder eleger um representante; num círculo com 5 são 13,3 por cento; num com 3 são 18,8 por cento; etc. Portanto, como uma redução do número de deputados levaria a uma diminuição do número de lugares por círculo, isso levaria a menor possibilidade de representação parlamentar dos pequenos partidos, sobretudo nos círculos mais pequenos. Os nossos concidadãos nessas regiões seriam duplamente prejudicados: teriam menos representantes e menos opções viáveis, logo, seriam (mais) constrangidos ao voto útil (nos dois grandes). Isto poderia levar à redução do pluralismo, com custos para a democracia, e a um aumento da abstenção (para os concidadãos que, apesar de constrangidos, não quisessem votar útil...). Se há algum dado seguro da sistemática eleitoral é o de que uma menor proporcionalidade implica menor participação.
Em segundo lugar, economicamente os peticionários não têm razão. Segundo cálculos do politólogo Manuel Meirinho, em quatro anos a poupança com a redução de 50 deputados seria de cerca de 20 milhões de euros (salários e ajudas). Pelo contrário, de acordo com a lei actual e segundo cálculos do mesmo autor, as subvenções aos partidos, grupos parlamentares e campanhas eleitorais (2010-2013) apontam para um valor à volta de 163 milhões de euros. Portanto, com cortes nestas subvenções entre 30 e 50 por cento (consoante as rubricas) poderiam poupar-se cerca de 64 milhões de euros. Aqui sim, há um esforço a fazer: reduzindo os gastos excessivos com as campanhas e as subvenções aos partidos (assim dispensados de procurar apoiantes que, entre outras coisas, contribuam para o seu financiamento...), sem com isso prejudicar a representação dos cidadãos no Parlamento.
Por último, esta petição revela uma atitude antipolítica porque faz da política e dos políticos o bode expiatório de todo os gastos excessivos do Estado (e dos problemas económicos do país). Mas não é verdade: os 20 milhões de euros que se poupariam em quatro anos são uma pequena parcela ao pé dos 22,6 milhões de euros auferidos só em 2009 pelos presidentes executivos das 20 empresas do PSI-20: em quatro anos teríamos mais do quádruplo dos 50 deputados... (cálculos do economista Sandro Mendonça: Visão, 13/5/10). Só os presidentes de EDP, PT, EDP renováveis, Zon e GALP ganharam, em 2009, mais de 10 milhões de euros. Claro que isto são salários pagos em parte pelo sector privado, mas só em parte. Por outro lado, para um país que está no top 3 das desigualdades na UE, por que é que não há uma fiscalidade muito mais (!) progressiva para reduzir estas escandalosas disparidades? Outro exemplo, cada um dos dois submarinos que Portugal vai comprar (de duvidosa utilidade, sobretudo para um país pobre) custa 1000 milhões de euros. Ou ainda: somos dos países que mais gastam com a defesa na UE, mas os gastos militares, em Portugal, continuam sempre a crescer... (ver dados do Stockholm International Peace Research Institute). Ou ainda: a tolerância de dois dias e meio para ver o Papa terá provavelmente custado mais do que os 20 milhões que pouparíamos com menos 50 deputados. E por que é que, apesar de crise, continuamos com a candidatura para organizar o próximo mundial de futebol? Mas estes peticionários estão sobretudo preocupados porque há muitos deputados... o alfa e o omega dos nossos problemas, claro.
É nestas alturas que o Governo representativo pode evidenciar as suas virtudes. Veremos se a classe política consegue elevar-se acima do populismo, a bem da democracia, ou se, pelo contrário, cede às tentações de agradar à populaça.

André Freire
Politólogo, ISCTE-IUL

quarta-feira, junho 02, 2010

Camarões Tenros

Tal como o jogo com Cabo Verde não deu para alarmismos,pese embora o incómodo resultado,também este com os Camarões (selecção bem superior á cabo verdiana) não deve dar lugar a euforias.
Jogos de preparação são isso mesmo,de preparação,e é assim que devem ser vistos.
Portugal fez um bom jogo,não olvidando a "ajudinha" de Eto'o, e isso foi positivo por todas as razões mas especialmente pelas parecenças entre o adversário de ontem e a Costa do Marfim.
São equipas de nivel muito idêntico na concepção de jogo,atacando muito bem e defendendo ás vezes muito mal, tem ingenuidades comprometedoras nalgumas fases do jogo e gostam de um futebol durinho.
Creio que Queiroz terá tirado boas ilacções.
Que talvez o ajudem a definir a equipa que vai iniciar o Mundial.
São patentes as duvidas quanto ao lateral esquerdo (quem não as teria ?), as tentativas de "ressuscitar" Simão e Liedson não estão a correr particularmente bem, e há jogadores que "exigem" jogar.
Nani, Pedro Mendes e Danny.
Nani numa forma esplendida,anos luz melhor que "este" Simão, tem de ser titular á direita ou á esquerda.
Tal como Danny que vem da Russia em grande forma (lá o campeonato está no inicio) e é um desiquilibrador nato.
Com Ronaldo no meio os dois flancos podem ser entregues com vantagem a estes dois jogadores.
Pedro Mende é um caso diferente.
Tem sido titular e desempenhado o lugar com a classe que se lhe reconhece. Em condiçoes normais seria sempre dono do lugar.
Mas é aqui que entra a "anormalidade" desta selecção.
A chamada de Pepe que está sem jogar desde Dezembro do ano passado e em fase final da recuperação de uma lesão grave.
Não fez os jogos de preparação,não se sabe qual o seu momento de forma (seguramente não será o melhor),desconhece-se como reagirá a jogos a doer.
Mas Queiroz insiste.
E insiste para um lugar,trinco,em que Pepe é muito inferior a Pedro Mendes.
No passe,na velocidade de jogo,na circulação de bola,no remate de meia distância.
Pepe é um magnifico defesa central. No Maritimo,no Porto,no Real Madrid.
Só Queiroz vê nele um trinco.
Oxalá a teimosia não venha a custar caro.
Depois Falamos

terça-feira, junho 01, 2010

Real Mourinho

Mourinho já foi apresentado como treinador do Real Madrid.
E logo no primeiro dia, no jeito de quem avisa ao que vem, impôs as suas regras contra a vontade da direcção do clube.
Florentino Perez queria apresentá-lo no meio de um grande espectáculo,uma das tais apresentações galácticas,mas o treinador não quis.
Preferiu uma apresentação muito mais sóbria na sala de imprensa do Santiago Bernabéu.
Onde deixou claro que ,como em todos os outros clubes por onde passou,está lá para ganhar.
Num clube por muitos considerado como o maior do mundo,onde jogaram e jogam algumas das maiores estrelas do planeta futebol, pela primeira vez a principal figura é o treinador.
Ele próprio um galáctico!
E a camisola 1,simbolicamente oferecida por Peres a Mourinho representa isso mesmo.
Por mim, simpatizante do Barcelona,não posso desejar a Mourinho as felicidades que desejei no Chelsea e no Inter.
Mas dá-.me muito gozo,lá isso dá, que no Real Madrid "velho" simbolo de Espanha as duas maiores figuras sejam portuguesas.
Mourinho e Ronaldo!
E como isso deve ter um sabor amargo para muitos espanhóis...
Depois Falamos

Liberdade de Voto

Sempre achei piada ao á vontade com que alguns dirigentes partidários falam de "dar" liberdade de voto.
Porque se esse conceito tem plena aplicação em relação a um grupo parlamentar eleito com base num programa e num compromisso mútuo,que implica direitos e deveres entre partido e candidatos, já nada significa numa eleição universal como legislativas ou presidenciais.
Em que a qualidade de cidadão eleitor prevalece sempre em relação á de militante deste ou daquele partido politico.
Mesmo os que tem regras de funcionamento interno mais rígidas.
Porque o conceito de eleição livre começa no direito de concorrer dos partidos devidamente legalizados e termina na opção livre e secreta de cada eleitor.
Ainda agora a propósito do "entusiástico" apoio do PS á candidatura de Manuel Alegre veio a público que alguns dirigentes socialistas preferiam "dar" liberdade de voto aos militantes do que apoiarem o "querido camarada".
Como se o partido fosse dono da vontade dos seus militantes.
Ou estes um rebanho de ovelhas e carneiros sempre disposto a seguir para onde os "pastores" mandam!
Não são.
Como Alegre e o PS lá para Janeiro comprovarão.
Depois Falamos