Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho
Os britânicos, com aquele sentido de humor muito próprio, chamam ao tempo entre duas épocas futebolísticas a “silly season” face a tudo que nela se desenrola com contornos verdadeiramente mirabolantes.
Jogadores, treinadores, é um verdadeiro torvelinho dos que saem, dos que entram, dos que eram para entrar e dos que eram para sair.
Claro que se conhecessem em profundidade o futebol português teriam então a verdadeira noção do que pode ser uma “silly season”!
Vejamos alguns exemplos.
Deixando de lado, por demasiado ridículas, as primeiras páginas dos jornais desportivos que se se confirmassem todas as contratações que dão como certas os chamados grandes teriam mais de 50 futebolistas nos seus grupos de trabalho da próxima época.
Luís Figo, o mais genial futebolista português depois de Eusébio, termina dentro de semana e meia a sua extraordinária carreira de jogador.
Onde ganhou tudo o que havia para ganhar.
Já o querem pôr a presidente da Federação.
Passando directamente do relvado para o topo da pirâmide organizativa do nosso futebol sem ter a mínima experiência directiva.
É um pouco como pegar em alguém que acabou o serviço militar e pô-lo, de imediato, a ministro da Defesa.
Outro exemplo é a novela em torno da anunciada saída de Quique Flores do Benfica.
Ficando claro que se a mim pouco me interessa em que Liga joga o Benfica (é-me indiferente que seja na Sagres ou na Vitalis), e muito menos quem o treina, não deixo de reconhecer duas coisas:
Por um lado que até um treinador precisa de tempo para se adaptar e trocando todos os anos o Benfica dificilmente terá sucesso.
Sendo certo que Quique me pareceu sempre um treinador interessante mas que pagou caro o não ter na seu círculo próximo quem conhecesse bem o nosso futebol.
Por outro lado, colocando-me facilmente na posição de quem não tem qualquer simpatia por qualquer um dos chamados grandes, pareceu-me sempre evidente que o plantel encarnado não daria nunca para mais do que aquilo que…deu.
Porque Sporting, e especialmente Porto, tinham de facto muito melhores equipas.
No terreno de jogo.
Porque em nomes talvez o Benfica se lhes equivalesse.
Daí que a saída de Quique, a confirmar-se, me parece mais um passo em falso.
Porque o problema do SLB não está, manifestamente, no treinador.
Mas sim em quem anda há anos a arranjar bodes expiatórios para os insucessos.
Exemplo final de “silly season”, embora não existisse a mínima dificuldade em arranjar muitos outros, está na novela em volta do estádio que o Olhanense vai utilizar na próxima época.
Direcção do clube e município já assumiram a necessidade de fazer obras no “José Arcanjo” para o clube lá efectuar todos os seus jogos nomeadamente instalar iluminação.
Como é normal.
Até porque mesmo sem obras o estádio não é pior que o do Paços de Ferreira, Naval ou Trofense.
Pois já apareceram os “finórios do costume, incluindo o presidente da câmara de Faro a meter-se em assunto com o qual nada tem a ver, a defender que os jogos com os chamados grandes devem ser no estádio do Algarve!
Pura aberração.
A lembrar tempos idos (esperemos que de vez) em que Vitória, Braga e todos os outros tinham de jogar com o Salgueiros em Vidal Pinheiro com as dificuldades de todos conhecidas e depois os chamados grandes jogavam com os salgueiristas no “conforto” do estádio da Maia por causa das transmissões televisivas.
Uma das formas de falsear a verdade desportiva dos campeonatos como está bom de ver.
Pelos vistos há gente que não descansa na tentativa de beneficiar quem já é escandalosamente beneficiado.
Pobre futebol!
BOLA CHEIA
Olhanense
Trinta e cinco anos depois está de volta aos grandes palcos.
Clube histórico, de dimensão inquestionavelmente popular, vem devolver o Algarve á I Liga de onde estava desaparecido desde o colapso do Farense.
E dá outra dimensão geográfica ao principal campeonato
BOLA VAZIA
Banditismo
As notícias que os jornais nos trazem nos últimos dias, relativas ás claques de Benfica e Porto, mostram bem o estado a que “isto” chegou.
Porque já nem se trata do sempre condenável fanatismo no apoio aos seus clubes.
É banditismo puro e duro.
Que exige forte repressão policial sobre os delinquentes e actuação severa da Justiça sobre eles os que com eles contemporizam.
Jogadores, treinadores, é um verdadeiro torvelinho dos que saem, dos que entram, dos que eram para entrar e dos que eram para sair.
Claro que se conhecessem em profundidade o futebol português teriam então a verdadeira noção do que pode ser uma “silly season”!
Vejamos alguns exemplos.
Deixando de lado, por demasiado ridículas, as primeiras páginas dos jornais desportivos que se se confirmassem todas as contratações que dão como certas os chamados grandes teriam mais de 50 futebolistas nos seus grupos de trabalho da próxima época.
Luís Figo, o mais genial futebolista português depois de Eusébio, termina dentro de semana e meia a sua extraordinária carreira de jogador.
Onde ganhou tudo o que havia para ganhar.
Já o querem pôr a presidente da Federação.
Passando directamente do relvado para o topo da pirâmide organizativa do nosso futebol sem ter a mínima experiência directiva.
É um pouco como pegar em alguém que acabou o serviço militar e pô-lo, de imediato, a ministro da Defesa.
Outro exemplo é a novela em torno da anunciada saída de Quique Flores do Benfica.
Ficando claro que se a mim pouco me interessa em que Liga joga o Benfica (é-me indiferente que seja na Sagres ou na Vitalis), e muito menos quem o treina, não deixo de reconhecer duas coisas:
Por um lado que até um treinador precisa de tempo para se adaptar e trocando todos os anos o Benfica dificilmente terá sucesso.
Sendo certo que Quique me pareceu sempre um treinador interessante mas que pagou caro o não ter na seu círculo próximo quem conhecesse bem o nosso futebol.
Por outro lado, colocando-me facilmente na posição de quem não tem qualquer simpatia por qualquer um dos chamados grandes, pareceu-me sempre evidente que o plantel encarnado não daria nunca para mais do que aquilo que…deu.
Porque Sporting, e especialmente Porto, tinham de facto muito melhores equipas.
No terreno de jogo.
Porque em nomes talvez o Benfica se lhes equivalesse.
Daí que a saída de Quique, a confirmar-se, me parece mais um passo em falso.
Porque o problema do SLB não está, manifestamente, no treinador.
Mas sim em quem anda há anos a arranjar bodes expiatórios para os insucessos.
Exemplo final de “silly season”, embora não existisse a mínima dificuldade em arranjar muitos outros, está na novela em volta do estádio que o Olhanense vai utilizar na próxima época.
Direcção do clube e município já assumiram a necessidade de fazer obras no “José Arcanjo” para o clube lá efectuar todos os seus jogos nomeadamente instalar iluminação.
Como é normal.
Até porque mesmo sem obras o estádio não é pior que o do Paços de Ferreira, Naval ou Trofense.
Pois já apareceram os “finórios do costume, incluindo o presidente da câmara de Faro a meter-se em assunto com o qual nada tem a ver, a defender que os jogos com os chamados grandes devem ser no estádio do Algarve!
Pura aberração.
A lembrar tempos idos (esperemos que de vez) em que Vitória, Braga e todos os outros tinham de jogar com o Salgueiros em Vidal Pinheiro com as dificuldades de todos conhecidas e depois os chamados grandes jogavam com os salgueiristas no “conforto” do estádio da Maia por causa das transmissões televisivas.
Uma das formas de falsear a verdade desportiva dos campeonatos como está bom de ver.
Pelos vistos há gente que não descansa na tentativa de beneficiar quem já é escandalosamente beneficiado.
Pobre futebol!
BOLA CHEIA
Olhanense
Trinta e cinco anos depois está de volta aos grandes palcos.
Clube histórico, de dimensão inquestionavelmente popular, vem devolver o Algarve á I Liga de onde estava desaparecido desde o colapso do Farense.
E dá outra dimensão geográfica ao principal campeonato
BOLA VAZIA
Banditismo
As notícias que os jornais nos trazem nos últimos dias, relativas ás claques de Benfica e Porto, mostram bem o estado a que “isto” chegou.
Porque já nem se trata do sempre condenável fanatismo no apoio aos seus clubes.
É banditismo puro e duro.
Que exige forte repressão policial sobre os delinquentes e actuação severa da Justiça sobre eles os que com eles contemporizam.
"Horse Feathers" (Os Génios da Bola),Groucho Marx,Zeppo Marx,1932
ResponderEliminarLuis Figo - Passar dos relvados para o Presidente da FPF, penso que é muitissimo cedo! Se me perguntarem se Luis Figo é o homem certo para o cargo, eu digo, SIM, mas não no imediato, talvez daqui a 2 ou 3 anos.
ResponderEliminarQuique Flores - Chego a ter alguma pena por ver este SLB no estado que está..o SCP e o FCP devem estar contentes c/ tamanha confusão que paira no clube da luz. Enquanto os Benfiquistas não meterem na cabeça que é preciso dar tempo para criar uma equipa para ser campeão, num projecto de 2 ou 3 anos, acho que muito dificilmente chegarão a ser campeões Nacionais nos proximos anos!
Olhanense - Fico feliz por finalmente termos no campeonato principal uma equipa do Algarve!
Cara maria:
ResponderEliminarOuvi falar mas não vi.
Caro Diogo:
Estamos de acordo.
Espero,isso sim,que o SLB não seja campeão é nos proximos 50 anos !
É tempo de aparecerem novos campeões