Publiquei hoje este artigo no Correio do Minho
VERDADE!
O futebol português necessita urgentemente de um enorme banho de verdade!
A todos os níveis.
Verdade nos orçamentos dos clubes que devem ser elaborados, e cumpridos, dentro de estimativas reais de receitas/despesas sem estarem continuamente á espera de alguma venda de jogadores para equilibrarem as contas.
Verdade nas certificação dos clubes para disputarem provas profissionais, nomeadamente nas certidões de finanças e segurança social, para que casos como o do Amadora não se repitam todos os anos com este e outros protagonistas.
Verdade na forma como os dirigentes falam aos associados dos clubes, deixando de prometer o que não podem cumprir, definindo claramente até onde as ambições das equipas podem ir e não alimentando megalomanias.
Verdade na contratação de jogadores, pressupondo uma efectiva correspondência entre as necessidades do plantel, as disponibilidades de mercado e as possibilidades dos clubes.
Verdade na identificação, e imediata rejeição, de autênticos parasitas que disfarçados de empresários mais não fazem do que “sugar” clubes e jogadores sem que da sua acção resulte beneficio para quem quer que seja a não ser para os próprios.
Verdade na informação jornalística, com tratamento igual para quem disputa as mesmas provas, sem que jornais desportivos e televisões mais pareçam porta vozes de três clubes fazendo de todos os outros parceiros menores a quem só se liga quando dá jeito.
Verdade na arbitragem.
Porque aí a actual situação é completamente insustentável.
O que aconteceu na passada semana com Vitória e Braga é de terceiro mundo e remete o actual estado do nosso futebol para uma vergonha sem fim.
Em Guimarães, para a Taça da Liga (prova que nestes moldes não me parece ter grande futuro), jogava um Benfica a necessitar de recompor-se de uma imprevista derrota na Trofa.
Lá esteve o Amigo Olegário a dar uma mãozinha.
Grande penalidade escandalosamente sonegada ao Vitória, jogo violente permitido aos jogadores do Benfica, um triunfo falso como Judas!
Mas no domingo foi bem pior.
A arbitragem de Paulo Batista no Benfica - Braga é um verdadeiro caso de polícia.
Porque teve quatro (pelo menos) erros graves, sempre a favor do Benfica, que adulteraram completamente a verdade desportiva do que se passou em campo.
E não é despiciendo relembrar que um eventual triunfo do Braga, que aliás seria mais que merecido, colocaria os minhotos em terceiro lugar (a 3 pontos do primeiro) em igualdade com Leixões e …Benfica.
Pois é!
Por isso entendo as reacções de indignação de Jorge Jesus e António Salvador.
Porque, de facto, o futebol português é uma enorme mentira.
Tudo está feito, combinado e maquinado para defender os interesses dos chamados grandes.
Benfica, Porto e Sporting.
Por esta ordem.
Quem ousa intrometer-se, disputar o que o “sistema” entende ser exclusivo dos três, ousar sonhar que as regras são iguais para todos…acontece-lhe isto.
Eu percebo que a máquina financeira que gira á volta do futebol e dele se alimenta prefere ver o Benfica a disputar o titulo do que o Vitória ou o Braga.
É o maior clube de Portugal, o que tem mais adeptos, vende mais jornais e garante shares televisivos elevados.
Compreendo isso.
Não compreendo é que em nome disso se adultere a verdade desportiva.
Porque o que se passou em Guimarães e na Luz foi, pura e simplesmente, o “sistema” a tentar salvar o Benfica do descalabro que se adivinhava depois da derrota na Trofa.
E isso é completamente inaceitável.
Uma palavra final para as declarações de Mesquita Machado.
Que não é “apenas” presidente da câmara de Braga e fervoroso adepto do clube da cidade mas também presidente da assembleia-geral da F.P.F.
Mesquita Machado anda há demasiados anos na vida pública para que ao dizer o que pensa não tenha antes pensado no que vai dizer.
Faço-lhe essa justiça.
Como a de lhe reconhecer que anda há tantos anos no futebol que o conhece em todos os seus aspectos.
As declarações que proferiu acerca da arbitragem do Benfica - Braga, duras e graves, são de uma frontalidade pouco habitual no meio e podem ser a porta aberta para que se inicie um processo regenerador no futebol português.
Porque se o procurador-geral da Republica, em recente entrevista, admitiu que a Justiça pode vir a investigar profundamente o futebol aí tem uma excelente porta de entrada.
BOLA CHEIA
Jesus e Salvador
Parece um título religioso e de certa forma é-o porque se refere a pecados… desportivos.
Treinador e Presidente do Braga deram um violento murro na mesa e puseram a nu verdades que quase todos têm receio de admitir.
Disseram, e é verdade, que no futebol português existe um sistema que condiciona classificações e vicia resultados.
Talvez seja tempo de Vitória, Braga, Académica, Belenenses, Setúbal e outros da mesma dimensão se porem finos…
BOLA VAZIA
Arbitragem
Hermínio Loureiro está preocupado com os erros na arbitragem.
E tem razão.
Porque a maioria dos árbitros não presta e os erros vão continuar a existir.
Sempre a favorecerem os mesmos.
Talvez fosse tempo de medidas radicais.
Como pedir á UEFA árbitros estrangeiros para arbitrarem o que resta de Liga.
E ponderar seriamente, com tempo, quem dos actuais árbitros tem condições (técnicas e de honestidade) para apitar mais do que jogos de …matraquilhos.
O futebol português necessita urgentemente de um enorme banho de verdade!
A todos os níveis.
Verdade nos orçamentos dos clubes que devem ser elaborados, e cumpridos, dentro de estimativas reais de receitas/despesas sem estarem continuamente á espera de alguma venda de jogadores para equilibrarem as contas.
Verdade nas certificação dos clubes para disputarem provas profissionais, nomeadamente nas certidões de finanças e segurança social, para que casos como o do Amadora não se repitam todos os anos com este e outros protagonistas.
Verdade na forma como os dirigentes falam aos associados dos clubes, deixando de prometer o que não podem cumprir, definindo claramente até onde as ambições das equipas podem ir e não alimentando megalomanias.
Verdade na contratação de jogadores, pressupondo uma efectiva correspondência entre as necessidades do plantel, as disponibilidades de mercado e as possibilidades dos clubes.
Verdade na identificação, e imediata rejeição, de autênticos parasitas que disfarçados de empresários mais não fazem do que “sugar” clubes e jogadores sem que da sua acção resulte beneficio para quem quer que seja a não ser para os próprios.
Verdade na informação jornalística, com tratamento igual para quem disputa as mesmas provas, sem que jornais desportivos e televisões mais pareçam porta vozes de três clubes fazendo de todos os outros parceiros menores a quem só se liga quando dá jeito.
Verdade na arbitragem.
Porque aí a actual situação é completamente insustentável.
O que aconteceu na passada semana com Vitória e Braga é de terceiro mundo e remete o actual estado do nosso futebol para uma vergonha sem fim.
Em Guimarães, para a Taça da Liga (prova que nestes moldes não me parece ter grande futuro), jogava um Benfica a necessitar de recompor-se de uma imprevista derrota na Trofa.
Lá esteve o Amigo Olegário a dar uma mãozinha.
Grande penalidade escandalosamente sonegada ao Vitória, jogo violente permitido aos jogadores do Benfica, um triunfo falso como Judas!
Mas no domingo foi bem pior.
A arbitragem de Paulo Batista no Benfica - Braga é um verdadeiro caso de polícia.
Porque teve quatro (pelo menos) erros graves, sempre a favor do Benfica, que adulteraram completamente a verdade desportiva do que se passou em campo.
E não é despiciendo relembrar que um eventual triunfo do Braga, que aliás seria mais que merecido, colocaria os minhotos em terceiro lugar (a 3 pontos do primeiro) em igualdade com Leixões e …Benfica.
Pois é!
Por isso entendo as reacções de indignação de Jorge Jesus e António Salvador.
Porque, de facto, o futebol português é uma enorme mentira.
Tudo está feito, combinado e maquinado para defender os interesses dos chamados grandes.
Benfica, Porto e Sporting.
Por esta ordem.
Quem ousa intrometer-se, disputar o que o “sistema” entende ser exclusivo dos três, ousar sonhar que as regras são iguais para todos…acontece-lhe isto.
Eu percebo que a máquina financeira que gira á volta do futebol e dele se alimenta prefere ver o Benfica a disputar o titulo do que o Vitória ou o Braga.
É o maior clube de Portugal, o que tem mais adeptos, vende mais jornais e garante shares televisivos elevados.
Compreendo isso.
Não compreendo é que em nome disso se adultere a verdade desportiva.
Porque o que se passou em Guimarães e na Luz foi, pura e simplesmente, o “sistema” a tentar salvar o Benfica do descalabro que se adivinhava depois da derrota na Trofa.
E isso é completamente inaceitável.
Uma palavra final para as declarações de Mesquita Machado.
Que não é “apenas” presidente da câmara de Braga e fervoroso adepto do clube da cidade mas também presidente da assembleia-geral da F.P.F.
Mesquita Machado anda há demasiados anos na vida pública para que ao dizer o que pensa não tenha antes pensado no que vai dizer.
Faço-lhe essa justiça.
Como a de lhe reconhecer que anda há tantos anos no futebol que o conhece em todos os seus aspectos.
As declarações que proferiu acerca da arbitragem do Benfica - Braga, duras e graves, são de uma frontalidade pouco habitual no meio e podem ser a porta aberta para que se inicie um processo regenerador no futebol português.
Porque se o procurador-geral da Republica, em recente entrevista, admitiu que a Justiça pode vir a investigar profundamente o futebol aí tem uma excelente porta de entrada.
BOLA CHEIA
Jesus e Salvador
Parece um título religioso e de certa forma é-o porque se refere a pecados… desportivos.
Treinador e Presidente do Braga deram um violento murro na mesa e puseram a nu verdades que quase todos têm receio de admitir.
Disseram, e é verdade, que no futebol português existe um sistema que condiciona classificações e vicia resultados.
Talvez seja tempo de Vitória, Braga, Académica, Belenenses, Setúbal e outros da mesma dimensão se porem finos…
BOLA VAZIA
Arbitragem
Hermínio Loureiro está preocupado com os erros na arbitragem.
E tem razão.
Porque a maioria dos árbitros não presta e os erros vão continuar a existir.
Sempre a favorecerem os mesmos.
Talvez fosse tempo de medidas radicais.
Como pedir á UEFA árbitros estrangeiros para arbitrarem o que resta de Liga.
E ponderar seriamente, com tempo, quem dos actuais árbitros tem condições (técnicas e de honestidade) para apitar mais do que jogos de …matraquilhos.
Se bem me lembro,já assim é desde que tenho memórias da minha infãncia e é de facto lamentável que ainda hoje assim seja.
ResponderEliminarComunicação social e arbitragens continuam a comandar o nosso futebol e só lamento que não apareça um homem com capacidade para lutar com todas as armas contra isso,impondo a sua voz neste país cada vez mais alheio aos bons valores.
"Vale mais uma caneta do que mil espadas"e como tal quem melhor do que o meu caro Luis Cirilo para frontalmente assumir essa luta a nivel nacional?
Fica ao seu critério.
Como diz alguém,"Depois Falamos"
Caro José Alves:
ResponderEliminarObrigado pelas suas palavras.
Eu dentro das minhas (poucas) possibilidades estou sempre disponivel para ajudar nesse combate essencial pela verdade desportiva.
E informativa.
É o que tenho feito neste blog, nalguns artigos que escrevo para o Correio do Minho e outros jornais regionais e no Porto canal quando a oportunidade surge.
Mas ganhar uma guerra destas pressupões o esforço e empenhamento de muitos.
A começar pelos dirigentes dos clubes que todos os anos e ao longo de dezenas de anos tem sido prejudicados por esta autêntica mafia.
O problema é que muitos deles preferem contemporizar, negociar e apanharem umas migalhas que caem da mesa.
Penso que é um problema que as novas gerações acabarão por ajudar a resolver.
Mas não vai ser fácil...