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quarta-feira, janeiro 14, 2009

Calendários

Imagem:www.psd.pt
Por exclusiva responsabilidade do PS já por ai anda a questão do calendário eleitoral deste ano de todas as eleições.
Do PS e, entenda-se, das suas correias de transmissão na imprensa.
É sabida a vontade, como muito bem denunciou Pedro Santana Lopes já em Dezembro passado, de Sócrates em disputar as legislativas o mais depressa possivel.
Com isso evitaria disputar eleições com os efeitos da crise a sentirem-se em pleno, com isso poderia tirar algum partido (lógica dele entenda-se) de um PSD em fase menos pujante, com isso evitaria dores de cabeça oriundas do chamado "Alegrismo".
São as contas de Sócrates.
Problema é a oposição não estar de acordo e, essencialmente, o Presidente poder não dar o seu assentimento a tal estratégia.
Que sem esses acordos, oposição mais Presidente, não é impossivel mas teria custos politicos muito elevados.
E assim começam a surgir na comunicação eventuais indiscrições de fontes de Belém veiculando aquela que seria a posição presidencial sobre o assunto.
Basta conhecer minimamente a forma de ser de Cavaco Silva, e o seu respeito pelo institucuional, para perceber que dali nada sairá sem o Presidente entender que é tempo de se pronunciar.
Não faz parte do seu estilo, da sua forma de ser, andar em confidências e fugas de informação para os jornais.
Terá seguramente a sua opinião, que Sócrates não conhece e dai o nervosismo,mas só a tornará pública quando entender chegado o momento.
Até lá o PS e Sócrates que se entretenham a construir cenários.
Sendo certo que as europeias serão em Junho e as legislativas marcadas pelo Presidente.
As autárquicas marca-as o governo mas não são essa que mais preocupam o primeiro ministro.
Pessoalmente entendo que não faz qualquer sentido autárquicas e legislativas no mesmo dia.
São eleições de cariz muito diferente e que em imensos casos levam o mesmo eleitor a votar de forma muito diferente.
As próprias campanhas eleitorais obedecem a lógicas distintas.
Um cidadão pode querer participar numa campanha para eleger um presidente de câmara do PSD mas nas legislativas pode querer votar PS.
Ou o contrário.
E então nunca participará numa acção de campanha em que estando um lider partidário dá logo uma dimensão nacional a algo que não deve extravasar o local.
Já sentido faria,isso sim,disputar no mesmo dia legislativas e europeias.
Ambas tem cariz nacional e seria até forma de garantir niveis de participação mais elevados na eleição para o parlamento Europeu.
O problema é que para isso teria de haver o tal acordo entre partidos, com o beneplácito do Presidente, de molde a que a antecipação das legislativas aparecesse como consensual.
E isso, sinceramente, não me parece nada fácil.
Nem sequer provável.
Depois Falamos

4 comentários:

  1. Acho que tem razão.
    Autárquicas são eleições muito especiais em que se misturam variaveis muito diferentes.
    conheço at´+e casos de pessoas que para a acamara e assembleia municipal votam num partido e para a junta de freguesia noutro.
    Porque em autarquicas cada vez mais se vota em pessoas e nao em partidos.
    de resto acho bem que euopeias e legislativas sejam no mesmo dia.
    Será tão dificil os partidos entenderem-se á volta disso ?

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  2. "Basta conhecer minimamente a forma de ser de Cavaco Silva, e o seu respeito pelo institucuional, para perceber que dali nada sairá sem o Presidente entender que é tempo de se pronunciar."

    Ora nem mais... e até lá, Sócrates nem dorme... :)

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  3. Cavaco Silva não deve embarcar nos propósitos do pinóquio, porque já o conhece bem demais. A não ser em casos excepcionais, os timings eleitorais são para respeitar e, mesmo contrariado, o pinóquio vai ter de se conformar. E actos eleitorais no mesmo dia, porque não? O país está assim tão rico para poder gastar dinheiro em eleições sucessivas? O pinóquio semeou, vai ter de colher. E que lhe faça bom proveito.

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  4. Cara Sofia:
    Tem razão.
    De facto os partidos deviam entender-se á volta disto.
    Mas não entendem.
    Caro Luis:
    Acho que este assunto ainda vai dar que falar.
    Caro Anónimo:
    Acho que a questão financeira não é a fundamental neste caso.
    Essencial é não misturar eleições nacionais com eleições locais.
    Em nome da clareza.

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