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quinta-feira, dezembro 31, 2020

2021

2020 foi um ano que nem convém recordar esperando-se, "apenas", que não venhamos a ter saudades dele.
Importa agora é 2021.
Para o qual  formulo os votos normais de saúde (algo que este ano aprendemos todos a  valorizar ainda mais) , amor, paz, felicidade e tudo de bom que se deseja normalmente nesta altura de mudança de ano à familia e aos amigos.
Mas para 2021 desejo mais.
Desejo que todos tenhamos um ano normal.
Em que possamos conviver com a família e os amigos, almoçarmos e jantarmos com quantas pessoas quisermos e quando quisermos, voltarmos às bancadas dos estádios  e pavilhões dos nossos clubes, trabalharmos em perfeita normlidade, irmos ao cinema tranquilos, aos concertos musicais entusiasmados, em que alunos e professores possam estar nas escolas sem receios, os mais velhos nos lares sem riscos, os profissionais de saúde sem viverem no fio da navalha enfim  sentirmos-nos todos  pessoas normais a fazerem uma vida normal.
Noutras circunstâncias seria pedir pouco mas nestas é pedir tudo que 2020 nos negou e que aprendemos a valorizar como nunca o tínhamos feito.
Feliz Ano Novo.
Depois Falamos.

Redes Sociais

Sou já velho frequentador das redes sociais.
O Blogger desde 2006, o Twitter desde 2008 e o Facebook desde 2009 são aquelas em que estou há mais tempo pese embora a assiduidade no Blogger e no Facebook seja incomparavelmente superior à que registo no Twitter do qual sou um utilizador muito mas muito ocasional.
Bastante mais tarde aderi ao Linkedin, ao Instagram e ao WhatsApp embora só nesta última seja um utilizador diário porque não gosto do Instagram (acho-o demasiado propenso a algumas formas de exibicionismo) e do Linkedin também não sou particularmente adepto.
E portanto restrinjo a minha participação a Blogger, Facebook, WhatsApp e ocasionalmente Twitter.
Certo de que no Blogger estarei sempre, porque escrever no meu blogue me dá realmente prazer e me dá a tranquilidade de poder  controlar a publicação de comentários, mas já não posso garantir o mesmo quanto ao Facebook que cada vez mais constitui uma fonte de aborrecimentos face a algum lixo humano que campeia nessa rede social.
A publicação de textos no Facebook obedece, do meu ponto de vista, ao gosto pelo debate, pelo contraditório, pelo expressar de opiniões diversas sobre um mesmo assunto que quantas vezes abrem novas perspectivas de abordagem e enriquecem o tema pelos contributos dos comentadores.
Infelizmente há gente que não presta, que não tem educação, cultura, bom senso e respeito pela opinião alheia e que faz das páginas dos outros a sala de visitas de sua casa permitindo-se nelas escreverem as maiores aleivosidades, mentiras , insultos e calúnias só porque não gostaram desta ou daquela opinião desta ou daquela opção.
E como não faz , nem fará, parte das minhas opções impedir os comentários porque o Facebook tem um imediatismo que o Blogger não exige é com cada vez maior desagrado que vou descobrindo nesta ou naquela postagem (então sendo sobre futebol...) comentários que considero inaceitáveis de "amigos" que nem sei quem são (mas também deixam logo de ser)  mas também de gente que conheço pessoalmente e que ultrapassam limites de que não os julgava capazes como aconteceu ainda agora a propósito do jogo entre Vitória e Porto.
É o lado negro do Facebook.
Já para nem falar dos perfis falsos, que continuam a existir em abundância, e que servem à uma para dar vazão aos maus instintos de alguns cobardes que só tem coragem face a um teclado escondidos no anonimato e à outra para tentarem condicionar algumas opiniões acerca de alguns assuntos que os incomodam ou a quem neles manda.
E isso acontece na política mas também no futebol e aí, digo-o com tristeza maior, até no universo vitoriano há lixo humano desse género que anda pelas redes sociais a atacar quem não pensa como eles ou como quem os "criou" ou que incomoda por denunciar interesses e negócios que lhes estão subjacentes.
São os tais que não tem opinião própria sobre nada mas tem vastas opiniões sobre as opiniões dos outros!
É o que temos e que traduz bem a pobreza de valores que vai pairando sobre a sociedade.
Mas que não desanimam, não condicionam, não assustam, não impedem, não terão sucesso.
Depois Falamos

Eleições & Sondagens

Segundo esta sondagem que confirma  como muitas outras, e que tal como as televisões (excepto a RTP que agora corrigiu o "tiro") ignora Vitorino Silva , as eleições presidenciais de 2021 tem um vencedor mais que certo chamado MArcelo Rebelo de Sousa.
O que não é novidade face às altíssimas taxas de popularidade do Presidente em funções.
Mas, ainda assim, "diz" algumas coisas que não deixam de ser curiosas.
Marcelo está muito próximo de uma percentagem idêntica à de Mário Soares em 1991, a tal que ele tanto gostaria de ultrapassar, mas não me parece provável que lá chegue porque a tendência, face à ausência de adversário próximo, será para descer.
Ana Gomes e André Ventura disputam taco a taco o segundo lugar, inultrapassavelmente longe de poderem obrigar Marcelo a uma segunda volta, sendo provável que o candidato de direita acabe por atingir a "medalha de prata" face à inutilidade absoluta do voto na antiga embaixadora que se esgotará no dia da próxima eleição enquanto aquele que for depositado em Ventura alavancará o crescimento do Chega.
Marisa Matias tem hoje intenções de voto percentuais que se quedam pela metade de 2016 o que se compreende face a uma proposta eleitoral esgotada nessas eleições  e a que nem que a oportunistica conversão à social democracia valerá. Poderá ainda crescer qualquer coisa mas o quarto lugar dificilmente deixará de ser o seu.
João Ferreira é o simbolo, para seu azar futuro (???), do irreversível declínio do PCP agravado pela "geringonça" e por ser agora a unica bengalinha de um governo desacreditado e que dificilmente passará do proximo ano. Arrisca-se a te rainda pior resultado que Edgar Silva em 2016 e quiçá o pior resultado de sempre do PCP em presidenciais o que não augura nada de bom a quem anda em tirocínio para a sewcretaria geral.
Tiago Gonçalves é uma aposta claramente falhada da Iniciativa Liberal, que ninguém conhecia antes destas eleições e que ninguém ficará a conhecer depois delas, cuja opção por uma candidatura própria vai ter um preço a pagar faltando saber a dimensão do mesmo. 
Ficar atrás de Vitoriano Silva, como tudo indica que acontecerá, não significará propriamente um ganho de causa para a I.Liberal.
E embora não faça parte desta sondagem há que falar de Vitorino Silva.
Que em 2016 obteve 3,28% e que agora, ajudado pela discriminação televisiva, pode aspirar a manter esse resultado ou até a melhorá-lo ligeiramente face ao voto de protesto que vai recair na sua candidatura. E assim sendo ficará à frente de Tiago Gonçalves e , quem sabe, do próprio candidato do PCP.
O que significaria um tremendo abalo para o PCP.
A ver vamos.
Para já é certo que as eleições são daqui a três semanas e que são as eleições presidenciais menos interessantes de sempre quer pela certeza na vitória de Marcelo quer pelo desinteresse que as rodeia também por força da pandemia.
Depois Falamos.

O Nosso 14

 Deixando de lado, porque já dela falei noutros textos, a decisiva ajuda do árbitro ao Porto permitindo-lhe manter em campo onze jogadores quando um deles devia ter sido expulso aos trinta minutos, a verdade dos factos é que o Vitória não fez um bom jogo permitindo ao adversário empurrá-lo para o seu meio campo e aferrando-se à defesa do golo de vantagem da mesma forma como o fizera na Luz.
E tal como lá acabou por correr mal.
Individualmente:
Bruno Varela: Não fez uma boa primeira parte cometendo dois erros que podiam ter resultado em golo. Depois recompôs-se e voltou ao nível inicial. Nos golos não podia fazer mais.
Sacko: Muito remetido a tarefas defensivas pouco se viu no apoio ao ataque e a entrada de Diaz foi um problema que não conseguiu resolver.
Jorge Fernandes: Com ele a defesa é uma coisa mas sem ele, como já se vira na recepção ao Sporting, é outra bem diferente. Bom jogo, um corte providencial a evitar um golo cantado e depois a lesão que complicou terrivelmente a vida à equipa.
Mumin: Um jogo muito abaixo do habitual estando ligados aos três golos sofridos. É um jogador com talento mas a exepriência apenas o tempo a trará.
Mensah: Viu um amarelo relativamente cedo, num critério que o árbitro não teve para com jogadores do Porto, mas não se perturbou e teve exibição de bom nível mesmo nas subidas ao ataque.
Pepelu: Jogou muito recuado dando demasiado espaço de organização ao futebol adversário. De certa forma "asfixiado" pelo ritmo de jogo.
André André: Não regateou esforços mas o jogo não lhe saiu a contento. Nunca conseguiu levar a bola jogável até aos avançados. Terminou esgotado e a "pedir" uma substituição que inexplicavelmente não aconteceu.
André Almeida: Foi o mais incorformado dos médios e o único que tentou sair com a bola jogável com algumas arrancadas que mereciam melhor sorte. No resto esteve preso a tarefas defensivas.
Quaresma: Sempre que teve bola marcou a diferença com dribles e simulações com que os adversários nunca se entenderam. Fruto da "ausência" ofensiva dos médios vitorianos teve foi pouca bola. Fez o cruazamente perfeito para o segundo golo.
Estupiñan: Quarto jogo oficial e quinto golo! Um pela equipa B e quatro pela equipa A tendo marcado em todos os jogos em que participou. Que mais se pode pedir a um ponta de lança? É que para além disso ainda ganhou muitos lances nas alturas aos centrais adversários mas sem os colegas regra geral aproveitarem.
Rochinha: Na primeira parte foi o mais dinâmico dos vitorianos tendo marcado o primeiro golo e tentado em várias oportunidades perturbar a defesa do Porto, Na segunda parte caiu um pouco mas foi ,ainda assim, uma da smelhores exibições da equipa.
Foram suplentes utiizados:
Suliman: Uma noite para esquecer com responsabilidades em dois golos do Porto.
Miguel Luís: A sybstituição do costume (render André Almeida) mas com os resultados de quase sempre, ou seja, nenhuns.
Edwards: Entrou muito tarde  e não analisando agora  o pouco aproveitamento que está a ser feito deste magnífico jogador é forçoso dizer-se que ainda teve tempo de assustar a defesa adversária em duas jogadas.
Não foram utilizados:
Trmal, Poha, Zie Ouattara e Holm.
Duas notas finais para dizer o seguinte:
Não pecebi porque razão o Vitória ficou com duas substituições por fazer quando tinha jogadores cansados. Depois de gastar um período de substituição com a entrada forçada de Suliman e outro com a inócua de Miguel Luís  esperava.se que quando entrou Edwards também entrasse Janvier para o lugar do esgotado André André. Mas o não foi essa a opinião do técnico e ele é que sabe as linhas com que se cose.
A outra para salientar que não é por acaso que tenho referido a necessidade de em Janeiro tentar contratar um central experiente. Ontem ficou feita a prova da sua necessidade.
Depois Falamos.

terça-feira, dezembro 29, 2020

Dois Jogos

Este Vitória -Porto foi um jogo em que coexistiram dois jogos.
O jogo que houve e o que devia ter havido se o "padre" de serviço tivesse feito cumprir as leis do jogo e aos trinta minutos da primeira parte tivesse mostrado segundo amarelo a Romário, por falta grosseira sobre Rochinha, obrigando o Porto a jogar uma hora em inferioridade numérica.
O resultado até podia ser o mesmo mas aí com verdade desportiva ao contrário do verificado.
E como nunca saberemos que jogo podia e devia ter havido resta comentar o jogo que houve.
E nesse o Porto foi melhor, dominou claramente as operações, empurrou o Vitória para o seu meio campo com relativa facilidade e sem que tivessem sido muitas teve mais oportunidades de golo do que o conjunto vitoriano.
E o Vitória até começou bem com o golo madrugador de Rochinha mas depois recuou em demasia (um pouco como na Luz mas o problema é que o Porto é mais forte que o Benfica) dando o domínio ao adversário e tentando explorar o contra ataque mas sem grande sucesso porque o meio campo vitoriano nunca conseguiu ter bola e levá-la de pé em pé até ao último terço do terreno.
Com Bruno Varela menos seguro do que habitualmente (na segunda parte recompôs-se e voltou ao seu nível) , talvez perturbado por força daquele lance atrapalhado em que tentou jogar de cabeça e ia sendo golo, o Vitória viu sucessivas jogadas a rondarem a sua baliza e o golo do empate não admirou.
Na segunda parte foi mais do mesmo,pese embora o domínio do Porto ter aliviado durante algum tempo, com a equipa vitoriana recuada e apenas conseguindo atacar a defesa adversária nalgumas arrancadas de Rochinha ou lances de Quaresma pese embora as várias bolas que Estupiñan ganhou de cabela aos centrais adversários mas sem ter que depois ganhasse a segunda bola.
Ainda assim o Vitória voltou a adiantar-se no marcador num lance muito bem burilado por Rochinha e Quaresma com este último a fazer um dos seus cruzamentos teleguiados a que Estupiñan (quinto golo em quatro jogos oficiais,ou seja, marcou em todos que jogou!!!) deu a melhor sequência com um voo espectacular para um cabeceamento certeiro.
Mas poucos minutos antes tinha sucedido um facto com relevo no desenrolar do jogo que foi a lesão de Jorge Fernandes, que obrigou à sua substituição por Suliman, deixando a defesa sem o seu lider e a equipa mais frágil defensivamente porque Jorge Fernandes é o melhor central do Vitória e não tem substituto à altura no plantel.
E essa fragilidade viu-se logo de seguida com o Porto a fazer dois golos em que as falhas de marcação foram notórias deixando no primeiro que Taremi rematasse completamente à vontade e no segundo que Diaz tivesse tempo para tudo no coração da área vitoriana depois de um primeiro alivio falhado de Suliman.
E assim se fez o resultado.
O Vitória ainda tentou com duas substituições inverter o rumo dos acontecimentos ( a equipa apenas fez três alterações porque fazendo uma de cada vez esgotou os três períodos permitidos) mas pese embora uma jogada de Edwards e Quaresma que podia ter dado golo a verdade é que das mudanças , uma forçada convém não esquecer, não resultou benefício algum para a equipa.
Edwards entrou tarde, Miguel Luís não esteve bem e Suliman esteve mal e pergunto-me porque razão quando entrou Edwards não entrou também Janvier para o lugar de um André André nitidamente esgotado e a "pedir" substituição.
Mas a isso apenas João Henriques saberá responder.
Em suma o Vitória perdeu o quarto jogo em casa, três deles com equipas que o precedem na classificação, mas sem retirar mérito ao adversário também é verdade que teve dois azares que ajudam a explicar o insucesso.
A má arbitragem de Hélder Malheiro e a lesão de Jorge Fernandes.
Um dos azares faz parte do jogo o outro da mentira que é o futebol português!
Depois Falamos

segunda-feira, dezembro 28, 2020

Recordar

A 4 de Abril de 2017 o Vitória jogou em Chaves a segunda mão das meias finais da Taça de Portugal.
A um triunfo por 2-0 em Guimarães sucedeu-se uma derrota por 1-3 valendo o golo fora  marcado por Marega e o penalti defendido por Douglas no último minuto para levar o Vitória ao Jamor.
Na imagem veêm-se as duas principais figuras vitorianas desse jogo-Douglas e Marega- com Rafael Martins, Josué e Pedro Henrique a agradecerem o apoio aos milhares de vitorianos que se deslocaram a Chaves. 
Nesse dia tudo eram sorrisos.
As acusações mentirosas e as atitudes desmioladas ficaram para depois. 
Porque não foram os vitorianos que mudaram.
Esses, como sempre ao longo de 98 anos, respeitam por igual as cores que dão vida ao seu equipamento. 
O preto e o branco!
Depois Falamos

Wakaso

E repentinamente do nada surge uma excelente notícia quando se consulta a  lista de convocados do Vitória-Porto de amanhã, e sem que nada o fizesse prever, se constata que dela consta o nome de Wakaso.
Lesionado desde Maio de 2019 o trinco vitoriano atravessou um longo calvário de lesões e intervenções cirúrgicas que o fizeram perder toda a temporada de 2019/2020 e também a pré temporada e os primeiros meses da actual.
Chegou a temer-se muito seriamente que estivesse perdido para o futebol mas felizmente foi possível a sua recuperação e Wakaso, dezanove meses depois, volta a entrar na convocatória para um jogo de campeonato e logo contra o actual campeão nacional.
Não será titular, provavelmente nem no banco se sentará ainda, mas o ser convocado significa que voltou a estar apto para jogar e isso é muito bom para ele, obviamente, e para o Vitória que ganha assim o segundo "reforço" para o que falta de campeonato que ainda é muito.
E regressando em pleno, como se espera, Wakaso é um reforço excelente porque é um trinco de grande qualidade, poderoso fisicamente e bom tecnicamente, que dá dimensão à equipa na dupla vertente marcação/sair a jogar e um poder de choque a meio campo que ela actualmente não tem.
Depois de Estupiñan para o ataque o Vitória encontra dentro de portas, ou seja sem necessidade de ir ao mercado, outra solução para um sector que estava a precisar como de pão para a boca de um jogador com o perfil de Wakaso reforçando assim as suas possibilidades de conseguir um apuramento europeu.
Falta Joseph.
 E com ele e mais um central experiente o Vitória pode perfeitamente pensar em disputar o quarto ou até o terceiro lugar.
Depois Falamos.

domingo, dezembro 27, 2020

Clássico

 Um Vitória-Porto ou um Porto-Vitória, jogue-se onde se jogar (e um dos melhores que vi foi na Póvoa de Varzim) é um dos maiores clássicos do futebol português que arrasta multidões, desperta paixões exacerbadas e é sempre motivo para farta discussão antes e depois de jogado.
Tendo, de longe, as duas maiores massas associativas do norte de Portugal que por norma enchem estádios seja no Bem-Lhe-Vai, na Amorosa (como na fotografia) ou no D.Afonso Henriques, na Constituição , nas Antas ou no Dragão mas também no Jamor, em Aveiro, na Póvoa de Varzim, em Fafe, em Felgueiras ou em Braga (estádios onde já vi jogos entre ambos os clubes) os encontros entre estes dois clubes tem sempre uma aura muito especial a que não fogem, aqui ou ali, alguns excessos oriundos do fervor com que os seus adeptos apoiam as respectivas equipas.
O jogo desta terça feira será uma enorme excepção, que não se deseja ver repetida, aos jogos entre Vitória e Porto e ao grande ambiente que sempre se vive em torno deles muito especialmente nos  estádios onde se encontram porque por razões de todos conhecidas se disputará perante bancadas desoladoramente vazias e portanto sem o calor dos adeptos.
E logo um Vitória-Porto cheio de motivos de interesse.
Desde a classificação, com as equipas separadas por três pontos com vantagem portista, passando pela excelente carreira do Vitória com quatro triunfos (os últimos três consecutivos) nos últimos cinco jogose acabando num Porto que acaba de vencer a Supertaça frente ao Benfica e que tal como o Vitória estará com a moral em alta.
Mas para lá disso ainda existem outros motivos adicionais de interesse que tudo teriam a ganhar com a presença de público.
Ricardo Quaresma, um dos maiores ídolos dos adeptos portistas dos últimos largos anos, jogará pelo Vitória com o natural empenho em fazer uma grande exibição e mostrar uma vez mais  que continua a ser dos melhor jogadores portugueses. E os vitorianos bem gostariam de o poderem incentivar.
Marega, esse que respondeu com ingratidão e mau carácter a quem sempre o tratou bem, regressa ao estádio onde na época passada protagonizou uma das maiores palhaçadas de que há memória no futebol português causando transtornos de vária ordem ao Vitória que nenhum vitoriano esquecerá nem perdoará. E bem gostariam de lho fazer sentir.
Será mesmo sem público um jogo entre duas das melhores equipas da presente Liga que se espera bem jogado, bem arbitrado , bem "VARado" e que no final o triunfo do Vitória seja uma realidade incontestável fruto do mérito expresso no relvado.
Assim o espero pelo menos.
Depois Falamos..

P.S. Para mim um Vitória-Porto será sempre um jogo especial. Porque foi num encontro entre ambos que fui pela primeira vez ao futebol. Ainda no saudoso campo da Amorosa.

A "Proençada"

 
A atitude do presidente da LPFP ao vir a público comentar uma decisão judicial de que não gostou, por contraposição com muitas outras que lhe agradaram e perante as quais nada disse, é extremamente grave e não pode passar em claro por várias razões.
1) Porque não está nas suas competências enquanto presidente da liga, nem nos seus conhecimentos em termos de formação pessoal, comentar decisões judiciais.
2) Porque um presidente da Liga tem de ser isento e tratar todos os clubes por igual ,algo que manifestamente este não consegue (basta lembrar a reunião em S.Bento...), e esta tomada de posição é ostensivamente hostil ao Vitória e aos seus adeptos.
3) Porque ardilosamente e de má fé tenta colar este assunto ao "caso Marega",quando eles nada tem a ver, e esta forma de agir desqualifica-o em definitivo para as funções que exerce.
4) Porque ao trazer à colação sem qualquer motivo um assunto que ainda está em investigação mostra a clara vontade de lembrar que o Vitória tem de ser castigado para funcionar como exemplo, ignorando ostensivamente que até agora a "montanha pariu um rato", o que é inaceitável num presidente da liga.
5) Porque ficou calado como um rato quando sucessivas decisões do Tribunal Arbitral do Desporto anularam interdições de recinto aplicadas ao Benfica,por apoio às suas violentas claques ilegais, decisões essas que manifestamente lha agradaram por se tratar do seu clube de coração cuja defesa tem sido uma constante na sua carreira no futebol.
6) Porque vir com estes comentários precisamente na véspera de um Vitória-Porto mais não visa do que criar um ambiente de antipatia em volta do clube vimaranense com eventuais reflexos na equipa de arbitragem e no VAR escalados para esse jogo.
7) Porque é tão ridiculo vir pronunciar-se sobre uma decisão judicial que anula uma multa estúpida (recorde-se que o adepto vitoriano foi multado por usar o capuz do casaco na cabeça!!!) que se percebe bem que quis foi um pretexto para falar od "Caso Marega" e ser actor na campanha contra o Vitória, os vitorianos e Guimarães.
E por isso toda esta "Proençada", armada por um sujeito que já enquanto árbitro prejudicou ostensivamente o Vitória em várias ocasiões, mostra existir da sua parte um acinte e um instinto persecutório contra o clube que não só mostram a sua incapacidade para dirigir a Liga como devem ainda merecer uma resposta à altura por parte do Vitória.
Que já fez, e muito bem, um comunicado a denunciar a "Proençada" mas deve, do meu ponto de vista, ir ainda mais longe declarando o sujeito como "persona non grata" nas instalações do clube, não o voltando a convidar para a Gala anual nem para as comemorações do centenário e , obviamente, não apoiando a sua candidatura ou recandidatura a qualquer cargo no futebol.
Depois Falamos.

P.S. A "Proençada" teve, pelo menos, uma vantagem. Alertou-nos a todos (confesso que não tinha reparado nisso ainda) que há uma entidade chamada APCVD que aplica multas elevadissimas e castigos severos com base em imagens televisivas, mesmo que  descontextualizadas, e segundo a interpretação que os membros desse organismo fazem das mesmas. E isto é uma forma de totalitarismo inaceitável num Estado democrático de direito.

Tino

Vitorino Silva, popularmente conhecido por "Tino de Rans", é um simpático calceteiro de Penafiel que se tornou popular quando num congresso do PS fez uma intervenção emotiva e abraçou vigorosamente António Guterres e Almeida Santos.
É também um cidadão com intervenção política e cívica, que já ocupou cargos autárquicos, e tem mantido participação pública em vários momentos e sob várias formas sempre com um acentuado cunho popular.
Em 2016 foi candidato presidencial e obteve cerca de 150.000 votos, pouco menos que o candidato do PCP, e uma percentammgem de 3,28% que muitos partidos parlamentares (Chega, Livre, Iniciativa Liberal) bem gostariam de ter obtido e que é praticamente a mesma do PAN.
Em 2021 o cidadão Vitoriano Silva volta a ser candidato presidencial.
Em tempos difíceis para tudo, incluindo fazer política e recolher subscrições, conseguiu que nove mil portugueses subscrevessem a sua candidatura ( mais 1500 que o legalmente exigível) que foi entregue atempadamente no Tribunal Constitucional tal como a dos outros seis candidatos.
E portanto face à lei Vitorino Silva é um candidato igual a todos os outros dado que tendo cumprido idênticos deveres deve usufruir de idênticos direitos.
Mas estamos em Portugal.
Onde entre outros há três canais de televisão que se acham acima da lei e não perdem uma oportunidade de chamarem estupidos aos cidadãos arranjando argumentos tão imbecis quando aldrabões para justificarem o seu "posso, quero e mando".
Que exercem de forma regular a par do processo de estupidificação das audiências através de programas de inenarrável falta de qualidade, de telenovelas, de "big brothers", de "Eixos do Mal", e de programas pseudo desportivos que mais não são do que propaganda descarada a três clubes.
E então esses canais resolveram que o cidadão Vitorino Silva não participa nos debates presidenciais  escusando -se ao cumprimento da lei com o argumento imbecil de que como eles serão levados a cabo antes da campanha eleitoral prevalecem os critérios editoriais sobre a lei.
Um insulto à inteligências das pessoas e mais um momento de puro nojo protagonizado por RTP, SIC e TVI.
Não sei se a ERC, a CNE, os partidos políticos que fazem da igualdade um valor tencionam pronunciar-se sobre esta abjecta forma de discriminação que institui candidatos de primeira e candidatos de segunda.
Mas sei que ao consentirem na discriminação sem um protesto, sem uma palavra, sem o necessário acto de solidariedade que seria recusarem-se todos a participar nos debates , os candidatos Marcelo Rebelo de Sousa, André Ventura, Ana Gomes, João Ferreira, Marisa Matias e Tiago Mayan além de protagonizarem uma atitude que os devia envergonhar, dão a todos os portugueses que querem exprimir um voto de protesto, sem ser votando branco ou nulo, um candidato em quem votarem.
E mesmo aqueles que tencionavam votar em branco tem agora a oportunidade de exprimirem a sua indignação cívica votando em Vitorino Silva.
Foi o que as televisões arranjaram.
Depois Falamos.

P.S. É evidente que Marcelo Rebelo de Sousa fica duplamente mal neste "filme".
Como candidato e como Presidente da República em funções que nada diz perante uma discriminação com a gravidade desta!

Pateta

Proença reage a decisão da Relação no "Caso Marega": "Incomprensível e Lamentável"

Nunca tive grande respeito por este pateta que nos relvados não passou de um habilidoso e como presidente da Liga não é mais do que a voz dos donos.
Mas o pouco que tinha, muito pouco mesmo, perdi-o definitivamente com esta tomada de posição. Porque desrespeita um tribunal mas também porque nunca o ouvi dizer uma palavra de discordância quanto a sucessivas anulações pelo Tribunal Arbitral do Desporto de penas de interdição de recinto ao Benfica( clube de coração deste pateta) por apoio a claques ilegais.
Claques essas , aliás, protagonistas de sucessivos episódios de violência bem mais graves do que um adepto usar um casaco com capuz como neste caso.
Proença, o pateta, apenas quis aproveitar esta decisão de um tribunal para se juntar à campanha há muito em curso contra o Vitória e os vitorianos querendo fazer deles os bodes expiatórios dos problemas da violência no desporto.
Espero que nunca mais o Vitória apoie candidaturas deste pateta seja ao que for.
E se não for pedir muito que lhe faça saber que é persona non grata no estádio D. Afonso Henriques. É mais que tempo de aqueles que são contra nós saberem que nós lhes faremos frente sem qualquer medo ou temor.
Afinal somos o clube do Rei.

Inaceitável

Este é o calendário dos debates entre os candidatos presidenciais.
Para vergonha das televisões portuguesas e de um sistema político que permite aberrações e discriminações destas ( já conhecidas de outra áreas nomeadamente a desportiva) nestes debates não estará o candidato Vitorino Silva.
Candidato que cumpriu exactamente as mesmas exigências dos outros perante o Tribunal Constitucional para poder ser candidato em pé de igualdade.
Da tal igualdade entre portugueses prevista na Constituição que qualquer um dos outros jurará se for eleito.
Infelizmente essa igualdade não existe ,também para vergonha dos outros candidatos que não a exigiram de forma solidária, nesta matéria dos debates televisivos.
Em que os canais de televisão se assumem como primeira forma de discriminação entre portugueses.
Já se sabia, repito, pelo que fazem noutras áreas mas nesta é particularmente grave e ofensivo da Constituição da República.
Depois Falamos.

Vacina

 Com o Covid-19 a não abrandar  e a surgirem novas estirpes que segundo os cientistas são não só mais contagiosas como afectam preferencialmente segmentos etários diferentes, com especial incidência nos mais jovens, a questao das vacinas é cada vez mais urgente rumo a uma imunidade de grupo que será a única forma de pôr a humanidade a salvo desta terrível pandemia.
É evidente que existem aqueles que desconfiam das vacinas, que são mais ou menos os mesmos que acham que a pandemia não tem a gravidade que se lhe atribui e tudo não passa de teorias da conspiração com base em terríveis e tenebrosos motivos ocultos, mas para esses seguidores de ignorantes acéfalos como Trump e Bolsonaro o remédio é muito simples e fácil de aplicar: Não tomam a vacina!
Sujeitando-se às consequências entre as quais deve estar o irem para o fim da fila em qualquer hospital em que se apresentem infectados com covid-19 e serem atendidos apenas e só quando não houver mais ninguém a precisar de cuidados médicos.
2021 vai ser o ano da vacina.
Vacina que já está a chegar a todos os países da Uniao Europeia, ao Reino Unido, aos Estados Unidos da América e a muitos outros países sendo desejável, e eticamente imperioso, que chegue o mais depressa possível a todos os países do mundo para que a pandemia possa ser vencida tão depressa quanto possível.
Pela parte que me toca, e segundo aquilo que parece estar definido, cá aguardo o SMS do meu centro de saúde a questionar se quero ser vacinado. A que responderei afirmativamente.
E quando for marcada a data para tomar a vacina lá estarei sem qualquer dúvida ou hesitação.
Porque admitindo que a vacina pela sua juventude possa ter este ou aquele risco considero que o risco de não a tomar é bem maior.
Depois Falamos.

terça-feira, dezembro 22, 2020

Feliz Natal

Não foi o ano que todos desejávamos, por razões bem conhecidas, e por isso também não será o Natal a que estávamos habituados, que todos queríamos mas que por força das circunstâncias terá de ser bem diferente do habitual.
As famílias, já de si tão penalizadas pela pandemia de tantas formas, vão também ter de sacrificar aquela que é a sua festa e não poderão promover os encontros e reencontros familiares com a mesma dimensão com que o faziam noutros anos e voltarão a fazer no futuro.
Mas este ano terá de ser assim para que nos próximos assim deixe de ser.
E por isso desejo a todos os leitores deste blogue um Feliz Natal na esperança que daqui por um ano possamos estar aqui a desejar um Natal bem diferente.
Cuidem-se!
Depois Falamos.

Classe

 Quando se coemçou a falar da sua vinda para o Vitória foram muitos os que não acreditaram, alguns os que se riram da hipótese e em boa verdade terá sido uma pequena minoria a acreditar que Ricardo Quaresma vestiria a camisola branca e os calções pretos do Vitória.
Pese embora os seus trinta e seis anos (à data da assinatura do contrato) tratava-se de um jogador com um curriculo espectacular no qual constavam , a par de outros troféus menos relevantes, quatro títulos de campeao em Potugal, dois em Itália, dois na Turquia, taças dessses países, uma taça de Inglaterra, uma Liga dos Campeões, uma taça intercontinental e um Europeu com a selecção portuguesa pela qual já jogou oitenta vezes.
Nunca no Vitória tinha jogado alguém com curriculo sequer comparável.
A verdade é que veio!
E desde o primeiro momento, na sua famosa apresentação entrando a cavalo no paço dos Duques de Bragança, se percebeu que o seu compromisso com o Vitória era total e que vinha para vencer.
Claro que ainda apareceram alguns adeptos do Vitória a desconfiarem da "fartura" ,receando que viesse para uma reforma dourada sem grande empenho nos jogos, enquanto adeptos de outros clubes para onde foi falada a sua ida vinham com o despeito destas ocasiões dizer que pouco ou nada iria jogar e que vinha por pouco tempo e apenas para ganhar dinheiro.
Enganaram-se!
Porque Quaresma tem jogado sempre, muitas vezes bem e algumas muito bem, não regateia esforços quando está no relvado nem apoio quando no banco incita e apoia os colegas  e vê-se nele a atitude de um "menino" que está a começar a carreira e tem uma sede insaciável de vencer.
E depois é aquela classe que nos encanta.
Os cruzamentos que são meio golo, as trivelas que são sua marca registada, os dribles a partir rins aos defesas, as assistências de enorme qualidade, os pequenos pormenores que revelam uma técnica fora de série, toda uma classe que o mundo do futebol já conhecia e continua intacta para satisfação dos vitorianos, de João Henriques e do presidente que apostou na sua contratação.
Ontem nos Açores foi eleito o home do jogo.
Porque marcou o seu primeiro golo pelo Vitória num lance em que está lá o grande Quaresma de sempre, fez duas assistências para golos de André André e Estupinân, e teve um conjunto de jogadas que mereciam muito mais que público televisivo.
E essa é mesmo a única tristeza associada à vinda de Ricardo Quaresma para Guimarães e para o Vitória.
O não ter sido ainda possível jogar num D.Afonso Henriques repleto de vitorianos que certamente lhe prestariam o justo tributo pelo seu grande futebol e pelo excelente percurso desportivo e mediático que está a fazer no clube.
É doloroso ter um jogador assim no clube e só podermos vê-lo na televisão.
Pode ser que 2021 traga boas notícias nessa matéria.
Depois Falamos.

Cabo

Penso que o nosso engenheiro Fernando Santos, até porque a FPF lhe pagará algo mais do que o salário mínimo, terá em casa televisão por cabo para poder acompanhar os muitos e bons futebolistas portugueses que estão espalhados pelo pais (cada vez menos) e pelo mundo (cada vez mais) de molde a poder seleccionar com o máximo de critério.
E por isso acredito que para lá da Benfica Tv e da Eleven, assinante das quais é pela certa, também terá a sport-tv mais que não seja para ver os que actuam em Inglaterra e em Itália.
Por isso tenho a esperança, não muita mas é a que se arranja, que um destes dias arranje uns minutinhos para dar uma espreitadela a uma equipa do nosso campeonato que não joga nas competições europeias mas discute jogos e classificações com as que por lá andam pese embora acabar jogos com uma equipa com média de idade inferior a 22 anos.
E se esse dia chegar atrevo-me a sugerir que repare em jogadores que bem merecem: Bruno Varela, Jorge Fernandes e Ricardo Quaresma que jogam que se fartam e não temem comparações com alguns que são "clientes" habituais das suas convocatórias.
E se ver em simultâneo três jogadores desse clube não for esforço que o fatigue em demasia atrever-me-ia a sugerir que no seu caderno de apontamentos tomasse nota do nome , não para já mas para um futuro próximo, de um jovem que tem tudo para vir a ser um grande jogador.
Chama-se André Almeida, tem 20 anos, e joga com a classe e a sabedoria de um veterano.
Vai ver que não se arrepende.
Espero é que dessas observações não surja o velho problema do "...e quem tiro...?" porque ainda nos lembramos como o resolveu com o André André e francamente dispensamos repetições dessa "receita".
Depois Falamos

O Nosso 16

 A  uma equipa que terminou o jogo com uma média de idades de 22 anos não se podia pedir mais nem melhor do que aquilo que ela rubricou nos Açores com um triunfo absolutamente convicente, por quatro golos sem resposta,  confirmando as boas exibições anteriores face a Benfica e a este mesmo Santa Clara.
Hoje a equipa aliou a sua fantástica eficácia defensiva (um golo sofrido em cinco jogos fora) a uma capacidade goleadora que tem tudo a ver com a utilização (finalmente!!!) de Óscar Estupiñan , o grande momento de forma de Ricardo Quaresma e a clara melhoria do processo de jogo da equipa.
Individualmente:
Bruno Varela: Uma noite sossegada em que até teve tempo para defender uma grande penalidade que o árbitro, estranhamente, mandou repetir mas sem o marcador obter sucesso atirando para fora.
Sacko: Bem a defender e muito frequente nas subidas pelo corredor combinando bem com Quaresma.
Jorge Fernandes: A classe habitual na liderança da defesa. Por ali não passou ninguém.
Mumin: A exemplo do colega do lado uma exibição em que chegou para todas as encomendas.
Mensah: Chamado á última hora, por lesão de Sílvio no aquecimento, cumpriu sem problemas. Bem a defender mas menos afoito que Sacko a atacar o que se compreende perfeitamente até porque o adversário atacou mais pelo seu lado.
Pepelu: Foi o primeiro pivot das saídas para o ataque e proporcionou sempre boa circulação de bola e uma eficaz cobertura aos adversários. Boa exibição.
André André: Regressado após dois jogos de ausência esteve em bom plano abrindo o marcador e marcando o ritmo de jogo a meio campo. Fez a assistência para o terceiro golo. Muito bem.
André Almeida: Está a tornar-se num "box to box" extremamente eficaz levando a equipa para o ataque, distribuindo jogo, marcando os adversários e tentando o remate. Para mim formou com Quaresma  e Estupiñan o trio dos melhores vitorianos neste jogo.
Quaresma: Que grande jogo fez o extremo vitoriano. Duas assistências perfeitas, um golo de grande categoria, vários cruzamentos perigosos e uma enorme demonstração de classe num jogo em que demonstrou que ainda é dos melhores extremos do futebol português. 
Estupiñan: Pois é. Três jogos, quatro golos e a certeza de que o Vitória encontrou o ponta de lança que lhe pode dar muitos golos e muitos motivos de alegria. É um goleador mas também um jogador que sabe segurar a bola, pisar perfeitamente os terrenos do ponta de lança, complicar a vida aos defesas pela forma como os pressiona. Hoje fez dois golos "à matador" e tem tudo para se tornar o próximo de uma lista de grandes goleadores que se tornaram ídolos dos adeptos vitorianos. E cabe deixar aqui uma pergunta que nunca terá resposta; onde poderia o Vitória estar se Estupiñan jogasse desde Setembro em vez de ser dispensado, posto a treinar à parte e só agora recuperado por João Henriques numa decisão que prestigia o técnico? Pois...
Rochinha: Preocupado em ajudar Mensah a defender viu-se muito pouco em acções ofensivas num jogo em que terá sido o mais discreto dos vitorianos. 
Foram suplentes utilizados:
Miguel Luís: Rendeu André André e integou-se no colectivo sem destaques.
Edwards: Procurou agitar o jogo mas estava tudo resolvido e o relvado não ajudava.
Janvier: Rendeu Rochinha mas sem oportunidade para brilhar.
André Amaro: Aos 18 anos teve uma estreia que não esquecerá. Bem andou João Henriques em dar a oportunidade a este jovem oriunda da formação e que tem evoluido na equipa B.
Bruno Duarte: Sem tempo para grandes destaques.
Não foram utilizados.
Trmal, Poha, Holm e Sílvio que se lesionou no aquecimento.
 O Vitória dá a clara sensação de ser uma equipa a entrar em velocidade de cruzeiro com os jogadores perfeitamente identificados com as ideias do treinador e este a utilizar inteligentemente todos os recursos que tem no plantel com destaque, é justo repeti-lo, para a chamada de Estupiñan à primeira equipa retirando-o de um injusto,incompreensível e inacreditável estatuto de dispensado.
Vem aí o jogo com o Porto, que será sempre um excelente teste à equipa, e depois um mês de Janeiro do qual se espera que seja mais um passo na afirmação da candidatura aos lugares europeus, ou seja, que faça corresponder os resultados desportivos à capacidade de usar a janela de mercado para reforçar a equipa.
Sendo que reforçar pode ser, no mínimo, não mexer no actual plantel em termos de saídas dos seus principais jogadores.
Depois Falamos.

segunda-feira, dezembro 21, 2020

Natal Feliz

Não tenho qualquer dúvida que o Natal dos vitorianos vai ser mais feliz depois desta noite açoriana em que a equipa foi simplesmente arrasadora e goleou um adversário que que nunca teve andamento nem categoria para travar a equipa do Vitória que passou pelos Açores como um autêntico anticiclone.
Em bom rigor as razões para o contentamento dos adeptos, por paradoxal que pareça, já tinham algumas raizes em duas derrotas(!) recentes mas em que já se percebera que havia uma equipa a engrenar, a jogar melhor e a que apenas faltava poder de concretização para traduzir em golos o jogo jogado.
Fora assim apenas oito dias atrás quando em Guimarães fora derrotado por este mesmo Santa Clara num resultado injusto porque o Vitória dominou, jogou bem a largos espaços mas sem conseguir o golo e foi assim na Luz cinco dias atrás em que o Vitória marcou cedo e se deixou dominar mas mantendo sempre o controle do jogo e apenas num penalti "à padre" o adversário chegou a uma igualdade que não mereceu e logrou um apuramento que devia ter sido do oponente.
Hoje  o Vitória mantendo a sua fantástica segurança defensiva (um golo sofrido em cinco jogos fora é obra), que até passou por Bruno Varela defender um penalti que o árbitro resolveu mandar repetir com remate desta feita para fora,  soube controlar o jogo a meio campo com belas exibições do seu trio de médios e na frente a magia de Quaresma aliada à eficácia de Estupiñan arrasaram a defesa do Santa Clara e construiram uma justa goleada que até podia ter sido maior.
Há a clara sensação de uma equipa a entrar na sua velocidade de cruzeiro que finalmente consegue aliar a capacidade goleadora à eficácia defensiva e solidifica desta forma o seu nível exibicional e a candidatura a um lugar europeu.
Individualmente falarei noutro texto mas é impossível não destacar  a soberba exibiçãode Ricardo Quaresma com um excelente golo e duas assistências, a classe de Estupiñan que veio dar à equipa uma capacidade goleadora que ela não tinha e a forma como André Almeida se está a tornar num "box to box" de grande categoria.
Vamos ter um Natal mais feliz enquanto vitorianos.
E quem sabe ainda outra alegria antes do Ano Novo.
Depois Falamos.

Escritório

A jornada que hoje termina com o Santa Clara-Vitória foi mais um fim de semana no escritório dos clubes que mandam no futebol português, na comunicação social nacional e muito em especial nos comentadores televisivos nos quais um tal Pedro Henriques na sport-tv assume, com destaque,  o desprezível papel de voz do dono!
Todos jogaram, todos ganharam, todos foram ajudados de forma clara pela arbitragem perante o silêncio cumplice na esmagadora maioria dos casos daquele que andam sempre de olho arregalado quando se trata de outros clubes.
Em Alvalade  e perante um 0-0 que punha em perigo o magno objectivo de o Sporting passar o Natal em primeiro lugar (quase vinte anos à espera) o apitador de serviço lá marcou um penalti salvador aos 89 minutos num lance em que de facto há grande penalidade mas não a que ele marcou. Pelo caminho ainda expulsou o guarda redes do Farense sem motivo para tal.
Em Barcelos o "ferrari vermelho" ( no cartão de cidadão está escrito Nuno Almeida) não enjeitou a possibilidade de ser útil ao seu clube  usando dois critérios disciplinares bem distintos e permitindo que a escola de cotoveladas que Ruben Dias deixou instalada no Benfica tivesse mais uma aplicação prática desta vez através de Gilberto que agrediu o adversário num lance de claro cartão vermelho mas escapou com o amarelo e o "ferrari" quase pedia desculpas de tanto rigor.
O que permitiu ao seu (dele, "ferrari") querido clube jogar a segunda parte em vantagem numérica e fazer os golos que até então não tinha feito.
No Dragão com o Porto a vencer por 1-0 no lance em que a equipa da casa faz o segundo golo há uma clara falta  de Diogo Leite sobre Riascos no início da jogada que árbitro e VAR não quiseram ver e permitiu que o golo subisse ao marcador.
Dirão aqueles que de forma mais fanática apoiam esses clubes que venceriam de igual forma sem os erros dos árbitros.
Pois, é isso mesmo que todos que não são adeptos desses clubes gostariam de saber.
Se sem os árbitros a ajudá-los venceriam tantas vezes.
Eu tenho a certza que não.
Depois Falamos.

Líder

Costuma-se dizer que não é líder quem quer mas quem pode e sabe.
Desde que deixou a liderança do PSD e renunciou ao mandato de deputado o cidadão Pedro Passos Coelho tem mantido um grande distanciamento do palco político e mediático, também por razões muito tristes da sua vida pessoal com o falecimento da mulher e de um irmão, ao qual apenas regressa de forma muito esporádica e com significativos espaços temporais.
Recordo a participação numa iniciativa da JSD como exemplo disso e mais uma outra aparição sempre seguidas ao regresso à discrição da sua vida profissional e familiar que nesta fase do seu percurso são a sua prioridade primeira.
Acontece é que quando vem a público exprimir opiniões tem uma repercussão e um impacto que líderes políticos que falam todos os dias, da direita à esquerda, não conseguem nem para lá caminham por mais que nesse sentido se esforçem.
E a razão é muito simples.
Pedro Passos Coelho fala com a autoridade de quem sabe o que diz e com o prestígio que lhe advém de ter governado com coragem, eficácia e patriotismo numa das fases mais difíceis da vida de Portugal enquanto país.
E por isso as suas intervenções tem um brutal peso político.
Porque mesmo os que não gostam dele, os que sonham todas as noites com os seu fantasma, os que não conseguem, por mais que se lhes ponham as evidências debaixo do nariz, reconhecer o seu notável trabalho em prol do seu país, os que lhe sucederam e sabem bem que qualquer comparação lhes será desfavorável, mesmo esses não ficam insensíveis ao que ele diz e aos caminhos que aponta.
Ser líder formal é ser eleito para um cargo. E muitos embora eleitos nunca o são.
Ser líder , de facto, é fazer com que vastas camadas dos seus compatriotas se revejam nas suas posições, apoiem as suas ideias, estejam dispostos a segui-lo no rumo que lhes apontar, lhe reconheçam a autoridade moral e política que advém da competência e honestidade com que exerceu cargos públicos.
É o caso de Pedro Passos Coelho.
Depois Falamos.

Os Choques do SEF

Até hoje não escrevi nada sobre o SEF (Serviço Estrangeiros e Fronteiras), pese embora ser o triste assunto dos últimos dias, porque quis perceber bem o que estava para lá do assassinato do cidadão ucraniano por funcionários de um serviço do Estado que se supõe ser de segurança!
Choca-me, como a qualquer pessoa, que um cidadão que não fez mal a ninguém seja morto da forma como o foi, com requintes de malvadez que remetem para uma criminalidade violenta que se supunha ser combatida e não praticada pelas forças de segurança.
Choca-me que pelos vistos as práticas que levaram a este assassinato sejam, ao que se vem sabendo, prática relativamente corrente naquele serviço praticadas sobre pessoas de várias nacionalidades que dele tem o azar de terem de se abeirar.
Choca-me que mesmo depois de tudo que se disse e escreveu sobre o assassinato do cidadão ucraniano se venha a saber que nos últimos dias continuaram a ser maltratadas pessoas que entraram em contacto com o SEF com um sentimento de impunidade por parte dos seus funcionários que é simplesmente assustador.
Choca-me que se não fora a reportagem do jornal "Público" todo este assunto continuasse abafado, e a ser tratado num sigilo que nos envergonha enquanto Estado de Direito, sem ninguém assumir responsabilidades e com governo e Presidente da República a ignorarem olimpicamente o assunto.
Choca-me e insensibilidade com que o Estado português se portou perante a família da vítima não tendo para com ela uma palavra, uma justificação, uma atitude que à posteriori e sem poder resolver o que já não tinha solução ao menos mostrasse dignidade, assumpção da responsabilidade e, já agora, que mostrasse que não somos um país de bandidos onde se mata por dá aquela palha ou mesmo sem palha nenhuma.
Choca-me que o médico que denunciou o caso ao Ministério Público tenha sido despedido do Instituto de Medicina Legal já depois de lhe ter sido chamada a atenção por causa da prontidão do seu relatório sobre o assunto.
Choca-me a forma como vários altos responsáveis do SEF se foram deixando estar, fazendo de conta que nada tinha acontecido e só se demitiram quando o assunto lhes rebentou nas mãos.
Choca-me que Eduardo Cabrita continue a ser ministro da administração interna.
Depois Falamos.