Este Vitória -Porto foi um jogo em que coexistiram dois jogos.
O jogo que houve e o que devia ter havido se o "padre" de serviço tivesse feito cumprir as leis do jogo e aos trinta minutos da primeira parte tivesse mostrado segundo amarelo a Romário, por falta grosseira sobre Rochinha, obrigando o Porto a jogar uma hora em inferioridade numérica.
O resultado até podia ser o mesmo mas aí com verdade desportiva ao contrário do verificado.
E como nunca saberemos que jogo podia e devia ter havido resta comentar o jogo que houve.
E nesse o Porto foi melhor, dominou claramente as operações, empurrou o Vitória para o seu meio campo com relativa facilidade e sem que tivessem sido muitas teve mais oportunidades de golo do que o conjunto vitoriano.
E o Vitória até começou bem com o golo madrugador de Rochinha mas depois recuou em demasia (um pouco como na Luz mas o problema é que o Porto é mais forte que o Benfica) dando o domínio ao adversário e tentando explorar o contra ataque mas sem grande sucesso porque o meio campo vitoriano nunca conseguiu ter bola e levá-la de pé em pé até ao último terço do terreno.
Com Bruno Varela menos seguro do que habitualmente (na segunda parte recompôs-se e voltou ao seu nível) , talvez perturbado por força daquele lance atrapalhado em que tentou jogar de cabeça e ia sendo golo, o Vitória viu sucessivas jogadas a rondarem a sua baliza e o golo do empate não admirou.
Na segunda parte foi mais do mesmo,pese embora o domínio do Porto ter aliviado durante algum tempo, com a equipa vitoriana recuada e apenas conseguindo atacar a defesa adversária nalgumas arrancadas de Rochinha ou lances de Quaresma pese embora as várias bolas que Estupiñan ganhou de cabela aos centrais adversários mas sem ter que depois ganhasse a segunda bola.
Ainda assim o Vitória voltou a adiantar-se no marcador num lance muito bem burilado por Rochinha e Quaresma com este último a fazer um dos seus cruzamentos teleguiados a que Estupiñan (quinto golo em quatro jogos oficiais,ou seja, marcou em todos que jogou!!!) deu a melhor sequência com um voo espectacular para um cabeceamento certeiro.
Mas poucos minutos antes tinha sucedido um facto com relevo no desenrolar do jogo que foi a lesão de Jorge Fernandes, que obrigou à sua substituição por Suliman, deixando a defesa sem o seu lider e a equipa mais frágil defensivamente porque Jorge Fernandes é o melhor central do Vitória e não tem substituto à altura no plantel.
E essa fragilidade viu-se logo de seguida com o Porto a fazer dois golos em que as falhas de marcação foram notórias deixando no primeiro que Taremi rematasse completamente à vontade e no segundo que Diaz tivesse tempo para tudo no coração da área vitoriana depois de um primeiro alivio falhado de Suliman.
E assim se fez o resultado.
O Vitória ainda tentou com duas substituições inverter o rumo dos acontecimentos ( a equipa apenas fez três alterações porque fazendo uma de cada vez esgotou os três períodos permitidos) mas pese embora uma jogada de Edwards e Quaresma que podia ter dado golo a verdade é que das mudanças , uma forçada convém não esquecer, não resultou benefício algum para a equipa.
Edwards entrou tarde, Miguel Luís não esteve bem e Suliman esteve mal e pergunto-me porque razão quando entrou Edwards não entrou também Janvier para o lugar de um André André nitidamente esgotado e a "pedir" substituição.
Mas a isso apenas João Henriques saberá responder.
Em suma o Vitória perdeu o quarto jogo em casa, três deles com equipas que o precedem na classificação, mas sem retirar mérito ao adversário também é verdade que teve dois azares que ajudam a explicar o insucesso.
A má arbitragem de Hélder Malheiro e a lesão de Jorge Fernandes.
Um dos azares faz parte do jogo o outro da mentira que é o futebol português!
Depois Falamos
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