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domingo, dezembro 30, 2018

Nostalgias

Nem sou de grandes nostalgias, que o tempo não está para isso, mas confesso que nesta época tão especial do ano elas por vezes aparecem aqui ou ali ao sabor do que se vai vendo, lendo e encontrando por vezes onde menos se espera.
Claro que não me refiro às grandes nostalgias, aqueles que se prendem com pessoas que já partiram e com convívios natalícios que não voltarão a acontecer, mas a outro tipo de nostalgia mais conducente aos pequenos pormenores que se prendem com o Natal.
Os cartões de Boas Festas por exemplo.
Que dantes se escreviam e recebiam e que mais que nos porem em contacto com amigos e familiares significavam que do outro lado havia pessoas que se lembravam de nós e de que nós nos lembrávamos ao ponto de escrevermos um postal, o metermos no envelope, comprarmos um selo e o metermos no correio.
Dava trabalho mas era gratificante.
Entretanto o mundo girou (nalgumas coisas bem noutras nem tanto...) e essa tradição do postal de Boas Festas foi desaparecendo ao sabor dos avanços da tecnologia que hoje permite outras soluções para enviar os votos natalícios.
Primeiro foram os e-mail, depois os sms, a seguir o messenger, o whatsApp, o Instagram, o twitter, o Linkedin e sei lá que mais e que nos despejam em cada Natal uma enxurradas de votos de Boas Festas de familiares, amigos, conhecidos, mais ou menos conhecidos e completos desconhecidos!
Com tanta tecnologia, tantas formas de comunicar, tanta interacção de onde virá esta nostalgia pelos postais de Boas Festas?
Não sei.
Mas sei que esses rectângulos de papel com texto manuscrito , metidos em envelopes com moradas também elas manuscritas, tinham um "calor" afectivo que nenhuma moderna tecnologia consegue igualar quanto mais substituir.
É...nostalgias.
Depois Falamos

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