Gosto muito de rádio.
É daqueles gostos que já tinha antes de o ter porque me lembro, desde sempre, de ser um ouvinte atento dos programas de rádio reportando ao tempo em que apenas havia a Emissora Nacional (agora Antena 1) , a Rádio Renascença e o Rádio Clube Português que emitiam durante o dia e parte da noite mas sem emissões de 24 horas.
Lembro-me bem que ainda miúdo, e num tempo em que RTP apenas emitia a partir do fim da tarde, em casa dos meus avós ouvia-se rádio enquanto se almoçava e especialmente um programa de humor muito popular na época chamado "Parodiantes de Lisboa" (em Lisboa sempre houve parodiantes e continua a haver...) que tinha muita piada e grandes audiências.
Ouvia os relatos do futebol quando o Vitória jogava fora, nas então chamadas emissões em cadeia com repórteres em todos os estádios (tempos houve em que davam dois ou três relatos,já se sabe de quem, e dos outros apenas informações ao intervalo e no final), sempre na esperança de ouvir um golo vitoriano e também os relatos dos jogos de hóquei em patins da selecção nacional que ao tempo eram extremamente populares.
Depois com o passar dos tempos fui ouvindo menos rádio até que com o advento das rádios locais passei a ouvir e a fazer rádio, como já referi por variadas vezes neste blogue, o que correspondeu a um largo período de reacendimento do gosto pela rádio.
Findo esse período, e também o da colaboração mais ou menos esporádica com as duas rádios de Guimarães, passei a ouvir rádio apenas nas viagens de automóvel entremeando as rádios com os CD e com estes a ganharem terreno todos os dias face ao que a rádio é hoje.
E hoje a rádio é cada vez mais uma "seca".
Nem falo das de Guimarães, que deixei de ouvir há anos, mas das nacionais onde a única coisa que se salva é mesmo a música porque a qualidade da locução e os supostos programas de entretenimento são de muito fraca qualidade (há excepções...) e os programas com telefonemas de ouvintes completamente impossíveis de ouvir.
Já para nem falar daqueles locutores dos programas da manhã que tem a mania que tem muita piada e que são simplesmente insuportáveis.
Por isso, hoje, ouço muito pouca rádio.
E tenho pena.
Depois Falamos.
Os Parodiantes de Lisboa são um clássico, fantástico. Ouvia todos os dias depois do almoço, hora em que o meu Avô ia fazer a sesta e era obrigatório.
ResponderEliminarBem, comparando com a onda de pseudo-humoristas, engraçadinhos que pululam nesses programas da manhã... não queria ser mauzinho, até porque são tempos diferentes, mas não posso evitar... 10 a zero, é de goleada.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarTem toda a razão. E dez zero é pouco.