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terça-feira, junho 19, 2018

Assim? Não!

O meu artigo desta semana no jornal digital Duas Caras.

 PROGRAMA GERAL

DIA 23 – SÁBADO
09h30 | Inauguração do Horto da Brigada Verde de Ponte
10h30 | Inauguração da Biblioteca da EB1 da Charneca (Taipas)
11h30 | Inauguração da Requalificação e Beneficiação da rua dos Moinhos, rua Prof. Félix Fernandes
Marques, rua Ouvinho Favelhos e rua Boavista (Briteiros S. Salvador/Briteiros Santa Leocádia)
15h00 | Inauguração da Reabilitação do Albergue e Capela de S. Crispim e S. Crispiniano
16h00 | Inauguração da Requalificação e Beneficiação da rua da Estrada Nova (Gominhães/Selho S.
Lourenço)
17h00 | Inauguração da Requalificação e Beneficiação da rua do Montinho/rua Bairro do Sol (Pinheiro)
18h00 | Inauguração da Requalificação e 1a fase de alargamento do Cemitério de Pevidém
DIA 24 – DOMINGO
09h00 | Hastear das Bandeiras na Câmara Municipal, com a participação da Fanfarra dos Bombeiros
Voluntários de Guimarães
09h30 | VI EDP Meia Maratona de Guimarães – Corrida dos Conquistadores / Mini Maratona /
Caminhada Solidária
10h00 | Passeio de Bicicleta “Dia Um de Portugal”
10h30 | Inauguração da Requalificação e Beneficiação da Estrada Municipal 575 (Conde/Gandarela)
11h15 | Inauguração da Requalificação e Beneficiação da rua S. Tiago (Candoso Santiago/Mascotelos)
11h45 | Inauguração do Reperfilamento da rua de Francos e novo acesso à Universidade do Minho
(Azurém)
12h30 | Missa Solene - Igreja da Oliveira
18h30 | Sessão Solene e aposição de medalhas honoríficas, no Paço dos Duques de Bragança (receção
de convidados às 18 horas)
                                                    
Na sessão da passada sexta feira da Assembleia Municipal o tema do 24 de Junho, desta vez a propósito da habitual imposição de medalhas, voltou a ser assunto de debate entre o poder socialista e a oposição de todas as bancadas.
Nomeadamente sobre a necessidade de Guimarães ter uma estratégia concertada e ambiciosa para transformar a data local numa data nacional e não apenas de Guimarães como vem acontecendo desde sempre.
Em representação do PSD tive oportunidade de questionar o presidente da Câmara sobre a matéria.
Recordei que Portugal é um país “sui generis” onde se festeja a reconquista da independência mas não a da própria independência, onde se festejam mudanças de regime da Monarquia para a República e da ditadura para a democracia mas não se festeja a data  a partir da qual passou a ser da competência dos portugueses essa tomada de decisões.
E perguntei que tinha feito a Câmara presidida por Domingos Bragança, até agora, para impor a data a nível nacional e que tencionava fazer no futuro para que isso mais ou menos dia (todos sabemos que não é fácil) venha a ser uma realidade.
A resposta , em termos gerais, foi que a estratégia é a de trazer cá personalidades (Presidente da República, primeiro-ministro, ministro,etc) para as convencer presencialmente da justeza das ambições de Guimarães como se conversas em volta de uma almoçarada ou de uma jantarada tivessem algum efeito prático.
Esperava (com bastante optimismo convenhamos) que a resposta fosse outra e que abarcasse, para lá dos convites a personalidades institucionais, uma estratégia bem delineada de comunicação e marketing que incluísse iniciativas de carácter cultural e histórico(conferências, seminários, colóquios) e também a vinda a Guimarães de líderes de opinião nessas áreas que pudessem dar a cara pela nossa causa.
Entre outras coisas que podem ser feitas e a que me referirei em próxima oportunidade.
Mas não.
A estratégia é comer, beber e conversar.
E se dúvidas houvesse quanto ao facto de a câmara não ter, realmente, qualquer estratégia para a imposição a nível nacional do 24 de Junho como dia 1 de Portugal elas seriam desfeitas olhando para o deprimente programa de comemoração do 24 de Junho deste ano que encabeça este texto.
Inauguraçõezinhas, passeiinhos de bicicleta, uma corridinha, missinha solene e medalhinhas.
Mais nada.
Naquilo que é uma estratégia velha, mas que resulta, da imposição não do 24 de Junho mas sim da imagem do presidente da câmara com vista a eleições autárquicas que virão daqui a três anos.
Dir-me-ão que ainda é cedo para pensar nisso.
Direi que o programa do próximo ano, do outro a seguir e por maioria de força o do ano de eleições serão, como o deste ano, mais do mesmo.
Se é assim há 29 anos alguém acredita que vão mudar agora?
Certo é que por este caminho nunca mais o 24 de Junho merecerá o justo reconhecimento nacional porque com programas como este ( e tantos idênticos no passado) não se vai a lado nenhum.
O que em boa verdade, a História o diz, pouco importa ao PS de Guimarães desde que de quatro em quatro anos os votinhos apareçam onde lhes interessa.
É a vida!

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