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domingo, dezembro 31, 2017

Feliz 2018

(Imagem de Pedro Fernandes)



Desejo a todos quanto vão tendo a paciência de me lerem, e alguns a paciência suplementar de comentarem este blogue, um Feliz Ano Novo.
Um 2018 em que os vossos desejos, expectativas e ambições sejam plenamente cumpridas e transformem o ano que aí vem num ano de enorme sucesso.
Nas vossas vidas pessoais, profissionais, políticas, desportivas, associativas e outras mais que o sucesso seja mesmo uma palavra de ordem.
Pela parte que me toca, e desejando para mim e para os meus o mesmo que desejo para vós, espero que 2018 seja um ano de cumprir sonhos.
Antigos e recentes.
Depois Falamos.

sábado, dezembro 30, 2017

Raphinha

A pouco mais de vinte e quatro horas da reabertura do mercado de transferências para os vitorianos,como vem sendo tradicional, são mais as preocupações com quem pode sair do que as expectativas quanto aos que podem entrar.
Diz-nos a história que nos últimos anos o mês de Janeiro correspondeu sempre a um enfraquecimento do plantel e não a um reforço que lhe permitisse melhorar a prestação competitiva e reforçar as hipóteses de sucesso nas competições.
Este ano dificilmente fugirá à regra.
Com a época severamente comprometida, eliminado de três competições ( a da taça CTT é tão incrível como inaceitável) e com a supertaça perdida, ao Vitória resta-lhe lutar por um apuramento europeu que a classificação e a o panorama da Taça de Portugal mostram ser uma quase miragem face às reduzidas probabilidades de vir a ser alcançado.
E também por isso as atenºoes centram-se nas saídas e entradas.
De entradas,para já, nada se fala embora nada admire que elas venham a surgir até por força do calendário eleitoral do clube.
De saídas há dois "suspeitos" pelo menos.
Pedro Henrique, pretendido no Brasil, e inevitavelmente Raphinha que pelo época de bom nível que está a fazer, e pelo seu valor intrínseco, dificilmente deixaria de ter pretendentes ao nível dos candidatos ao titulo.
E neste último caso creio que o leilão entre Porto,Benfica e Sporting pode ser convenientemente aproveitado pelo Vitória para fazer um grande negócio e receber dinheiro e jogadores (definitivamente e não emprestados) que possam permitir um planeamento da próxima época bem diferente do actual por parte de quem vencer as eleições de Março próximo.
Sendo certo que a transferência embora possa ser negociada agora só deverá consumar-se no final da época e por contrapartidas condizentes com o rendimento do jogador ao longo de toda a temporada desportiva.
Porque tirar a uma equipa já tão debilitada o seu mais decisivo jogador poderia (poderá?) ter consequências imprevisíveis.
Mas nada como esperar por 31 de Janeiro para saber o que se vai passar.
Depois Falamos.

O Último Jedi

Sou desde 1977 um fã entusiasta da "Guerra das Estrelas".
Nesse ano ,quarenta anos atrás,  foi estreado o primeiro filme- Capitulo IV Uma Nova Esperança- de uma saga que prevê nove e desde então vi no cinema e depois na televisão (várias vezes) todos os oito filmes.
A trilogia inicial(episódios IV,V e VI), que vi no cinema duas vezes cada um dos filmes (quando estrearam e anos depois quando foram repostos e aproveitei para levar os meus filhos) e inúmeras vezes em vídeo e na televisão e depois a trilogia seguinte composta pelos três primeiros episódios que também vi no cinema e depois em televisão.
Devo dizer que à excelência da trilogia inicial (episódios IV,V e VI entre 1977 e 1983) não correspondeu totalmente a trilogia seguinte, iniciada em 1999 e concluída em 2005 , embora o "Ataque dos Clones" e "A Vingança dos Sith" sejam dois bons filmes  e ambos bem melhores que a "Ameaça Fantasma" que fez recear seriamente pelo bom nome da saga.
Dez anos depois, em 2015, surge  "O Despertar da Força" em que são recuperados personagens históricos como Han Solo e a Princesa Leia (mais uns instantes finais com Luke Skywalker) mas com o filme a "desviar-se" da matriz original e a ser um bom filme de ficção cientifica mas com pouco "Star Wars" denotando dificuldade dos argumentistas em "esticarem" a história.
Em 2016, já depois da aquisição dos direitos de "Star Wars" pela Disney, surge o primeiro filme "lateral" à saga - Rogue One Uma História de Star Wars- cronologicamente situado entre os episódios III e IV e que se insere bem em toda a cronologia.
Tudo isto para dizer que ontem fui ver o episódio VIII -O Último Jedi- e acentuou-se a sensação de que "aquilo" já não tem muito a ver com a história original.
É verdade que é um filme desigual, com a segunda parte a ser bem melhor que a primeira, e que permitiu algumas boas memórias do passado à boleia de Luke Skywalker, da Princesa Leia  e de uma pequena e nostálgica aparição de Yoda mas cada vez encontro menos "Star Wars" naquilo tudo.
Para 2019 anuncia-se o episódio IX (ainda sem titulo) onde já não haverá Luke Skywalker, nem Leia, nem Han Solo (morto no episódio VII) mas de onde se esperam pelo menos duas coisas:
Um filme à altura das duas primeiras trilogias e o encerramento definitivo da saga com os nove episódios desde sempre previstos por George Lucas e nem mais um.
Até lá ainda teremos,ao que se anuncia, outro episódio lateral (Solo-Uma História de Star Wars) baseado na história de Han Solo anterior à saga e do qual se espera pelo menos a sincronização que o referido "Rogue One" conseguiu com a narrativa central.
Em qualquer dos casos espero que a fabulososa saga "Star Wars" termine mesmo em 2019.
Seria uma pena desvirtuá-la com mais e mais episódios apenas em função dos lucros.
A ver vamos.
Depois Falamos.

P.S. Claro que a perda de qualidade destes ultimos dois episódios também tem a ver a com a desaparição de Darth Vader provavelmente a personagem mais icónica da História do cinema.

terça-feira, dezembro 26, 2017

Assumir Responsabilidades

O meu artigo desta semana no jornal digital Duas Caras

2017 está a terminar.
E como é típico nestas ocasiões é o tempo de analisar o ano, os seus principais acontecimentos, fazer um balanço do que se passou e projectar o futuro próximo e aquele que se deseja para o ano de 2018.
Ano novo vida nova?
Também.
Mas não há vida nova sem a vida velha ficar encerrada, devidamente escalpelizada e conhecendo-se responsáveis e responsabilidades, méritos e deméritos, por tudo quando se passou no ano que agora termina.
É evidente, porque sempre foi assim, que ao fazer-se o balanço de um ano a avaliação que se faz de tudo quanto sucedeu varia entre os que acham tudo positivo e aqueles que só veem coisas negativas e factos a lamentar.
Provavelmente aqui, como em tantas outras áreas, a virtude estará no meio termo!
Naqueles que veem de forma equilibrada e sensata o bom e o mau, sabem distinguir as coisas e não fazem avaliações com base na propaganda a favor ou na cerrada maledicência do contra sistemático.
Não faço parte daqueles que por propaganda, insensibilidade e momentâneo aproveitamento de factos positivos acham que 2017 foi um “ano saboroso” (sic)mas também não alinho no diapasão dos que entendem que à boleia de tragédias tudo foi negativo e nada se aproveitou do ano que agora termina.
Há um meio termo.
E por isso opto neste texto por referir três áreas nas quais é importante que em 2018 se assumam as responsabilidades pelo sucedido em 2017 (e até antes...) de molde a que as decisões do próximo ano sejam , nos casos que tem de ser, o mais perfeitas possível.
Refiro-em a vários acontecimentos do ano que agora termina, ao Vitória e ao PSD.
O ano de 2017, que teve na área governamental vários aspectos positivos que deverão ser ponderados no tempo certo , fica também marcado por um conjunto de infaustos acontecimentos pelos quais em 2018 devem ser assumidas as responsabilidades que ainda não o foram (e são bastantes...) de molde a que a culpa não morra solteira.
Os  trágicos incêndios de Pedrogão em Junho e depois os de Outubro, o roubo de armas em Tancos, o surto de legionela, a trapalhada do infarmed, o tráfico de crianças ao abrigo de uma seita religiosa e agora o “caso Raríssimas” e respectivos danos colaterais são, entre outros, assuntos demasiado graves para que sobre eles caia uma cortina de silêncio como por vezes parece ser intenção dos membros do governo, dos partidos que no parlamento o apoiam e dos comentadores televisivos afectos ao PS.
Há que assumir responsabilidades.
Doa a quem doer.
No Vitória 2018 é ano de eleições.
Nas quais será avaliado não apenas o ano de 2017 mas o triénio em que a actual direcção/administração exerceu funções e necessariamente serão examinadas as decisões, opções e estratégias tomadas durante o mandato em todas as áreas da vida do clube.
Na desportiva (futebol e modalidades), na financeira, no posicionamento perante outras entidades , no relacionamento com os associados, no marketing, no património.
Num momento em que existe uma clara divisão entre os que apoiam os actuais orgãos sociais, e os que não os apoiam e entendem ser necessária a mudança bem como os que já apoiaram mas entendem que o ciclo acabou, 2018 será o tempo de assumpção de responsabilidades por parte dos associados do clube num cenário de mais que previsível disputa eleitoral.
Em que os derrotados serão apenas aqueles que ficando em casa não assumirão as suas responsabilidades de vitorianos.
No PSD, já a 13 de Janeiro, será tempo de escolher um novo líder.
Uma responsabilidade a que não fugiram mais de setenta mil militantes do partido que pagaram as respectivas cotas esperando-se agora que na sua esmagadora maioria acorram às urnas para manifestarem a sua opção.
Há dois candidatos, duas formas de estar na política, dois percursos de vida, dois programas, duas formas de entendimento quanto ao que é servir e estar no PSD.
Também dois entendimentos distintos quanto a acordos com adversários politicos do PSD.
Seja em termos de coligações pós eleitorais seja quanto à solidariedade ( ou falta dela num dos casos) com companheiros do partido envolvidos em disputas autárquicas.
A 13 de Janeiro será tempo de cada militante assumir a sua responsabilidade.
Pedro Santana Lopes e Rui Rio já assumiram as suas.
Agora os militantes terão a palavra.


segunda-feira, dezembro 25, 2017

Desejos para 2018

O meu artigo desta semana no zerozero.

Nesta altura do ano, em que se prepara a transição para um novo ano, é comum expressarem-se alguns desejos para o tempo que está para vir nas mais diversas áreas não fugindo o desporto a essa regra.
E por isso aqui deixarei alguns dos meus votos para 2018, em qualquer preocupação de ser exaustivo, procurando abarcar três realidades sobre as quais tenho escrito neste espaço ao longo dos tempos.
Mais propriamente sobre o Vitória, a selecção nacional e o futebol português em geral.
Ninguém levará a mal que comece pelo meu clube.
O Vitória, entidade única no nosso desporto pela forte ligação umbilical à sua região na qual conta com um apoio esmagador dos adeptos, tem um potencial de crescimento e conquista que raramente tem sido exponenciado em resultados e menos ainda em troféus.
Desde os remotos anos 60 em que pela primeira vez se apurou para as competições europeias (a então denominada Taça da Cidades com Feira)e também pela primeira vez “cheirou” o titulo de campeão nacional ( em 1967/1968 ficou em terceiro lugar a três pontos do campeão) que o clube vem ameaçando conquistar muito mais do que aquilo que na realidade tem conquistado e afirmar-se no panorama nacional e internacional de forma mais consistente.
É certo que tem quatro terceiros lugares no campeonato, que disputou sete finais da taça de Portugal (mas apenas ganhou uma) e teve duas ou três participações europeias interessantes mas isso é pouco,muito pouco, para a dimensão do clube e para a excelência da sua massa adepta.
A regra tem sido, desde sempre, anos bons intercalados com anos maus e equipas construidas e destruídas ao sabor de negócios quase sempre pouco agradáveis para o clube e que tem impedido que nestas décadas desde os anos 60 (com excepção dos anos 90 que foi o seu melhor período em termos de consistência) o Vitória tenha tido uma presença regular e proveitosa na conquista de troféus e até do titulo que por mais que uma vez voltou a estar ao seu alcance.
E por isso desejo que 2018 seja um ponto de partida para um Vitória mais forte, mais consistente, mais regular nas conquistas e capaz de corresponder ao apoio dos seus adeptos que ,esse sim, é já e de há muito ao nível dos verdadeiros campeões.
Para isso ser possível há muita coisa para mudar e como já se perdeu demasiado tempo...mãos à obra.
Porque quando o “gigante adormecido” acordar definitivamente todas as ambições serão possíveis incluindo a conquista de títulos nacionais, participações europeias de relevo, mais taças de Portugal para o Museu do clube.
Em termos de selecção nacional o nosso país tem boas razões para estar contente.
Desde 2000 que Portugal se tem apurado para todas as fases finais de Europeus e Mundiais, tem obtido nalguns casos classificações relevantes e é o actual campeão europeu em título o que para um país com a base de recrutamento do nosso tem de se considerar verdadeiramente excepcional.
Para isso tem contribuído, para lá do valor dos jogadores e técnicos, o trabalho de excepcional qualidade que se vem fazendo na FPF desde que Fernando Gomes assumiu a presidência e que permite que ao nível de selecções Portugal esteja no primeiro mundo do futebol  e seja o actual terceiro classificado no ranking mundial, desportivamente falando, mas também em termos de organização,planeamento, marketing e outras áreas seja uma federação de excelência reconhecida em todos os aeropagos do futebol.
Por isso, e tendo presentes as dificuldades e a valia dos adversários, o meu desejo para 2018 é que no Mundial da Rússia a selecção nacional fiel à sua estratégia de jogar para os resultados e não para as exibições se vá deixando ficar por lá até ao último dia da competição e nesse dia ganhe o último jogo.
Eu sei que é pedir muito mas ...porque não?
Finalmente quanto ao futebol português o  meu desejo é muito simples.
Que LPFP, APAF, Benfica,Porto e Sporting ganhem vergonha, tenham juízo  e deixem de contribuir todos os dias para o descrédito do nosso futebol.
Não me parece que seja pedir muito embora saiba que do desejo à realidade vai um mundo de distância.

P.S. Aproveito para desejar um Feliz 2018 a todos os leitores.

domingo, dezembro 24, 2017

Sugestão de Leitura

O director adjunto da SIC-N, José Gomes Ferreira, é de há muito uma das vozes mais autorizadas no comentário político e económico que se faz em Portugal.
Um critico isento,independente, corajoso e que nunca teve receio de por o dedo na ferida e apontar os erros e falhanços de quem nos governa.
Fê-lo nos seus livros "O meu programa de governo" e "Carta a um bom português" e fã-lo de novo neste livro em que procura demonstrar a promiscuidade entre poder político e poder financeiro e a forma como os grandes banqueiros-Ricardo Salgado à cabeça- moldaram o actual regime político.
Nele se fala de bancos falidos, dos contribuintes que pagam os erros dos banqueiros, da divida que ao longo de mais de quarenta anos  todos vamos ter de pagar por causa da crise na banca, da subserviência de alguns políticos à banca.
Em suma uma obra fundamental para ajudar a perceber porque estamos como...estamos.
Depois Falamos

sábado, dezembro 23, 2017

A Solteirona

Há instituições onde nos últimos anos a culpa morre sempre solteira como é o caso evidente do Vitória Sport Clube, Futebol SAD.
Veja-se a presente temporada a titulo de exemplo:
Os resultados são fracos, a época está perdida, o plantel é o pior (sim,o pior) dos últimos dez anos, o maior investimento de sempre redundou em nada, o treinador está completamente perdido na orientação da equipa, fizeram-se contratações absurdas, dispensaram-se/emprestaram-se jogadores que fazem falta, o planeamento da temporada foi catastrófico e por isso quatro competições já são passado e na Liga jogamos para o meio da tabela, e há culpados que assumam responsabilidades?
Não!
Para alguns, pouco dados a fantasias e a seguidismos do poder, é evidente que a responsabilidade é em primeiro lugar da SAD e depois a larga distância do treinador e dos jogadores.
Mas esses alguns, que escrevem em blogues, opinam nas redes sociais, desenham cartoons são para  outros, os tais que perante o poder apenas sabem estar de chapéu na mão, uns verdadeiros hereges que tem como norma a ingratidão perante quem ganhou uma" taça de Portugal" em futebol e "reduziu o passivo" o que num dos casos é indiscutível mas no outro nem tanto.
Como se este ou aquele sucesso do passado fosse perante os erros do presente uma garantia de futuro.
Para esses tudo se resolve com o patético e apalermado "... em Março há eleições e quem é contra que se candidate..." como se porventura fosse um pecado capital que condenasse à "pena de candidatura"ver as coisas como elas são e escrever a Verdade.
E criticar com justiça, e de forma fundamentada, quem exerce o poder não é ser do contra. 
É ser pelo Vitória!
Mas perante a esmagadora maioria dos associados e adeptos, aqueles que gostando muito,pouco ou nada da SAD, do treinador e dos jogadores querem é ver sucessos desportivos, é que ninguém assume responsabilidades de facto pela época ingloriamente desperdiçada.
Claro que para quem não quer assumir responsabilidades há sempre desculpas à mão de semear.
Foram os árbitros.
Foram os vídeo árbitros.
Foi a Liga, a FPF, a comunicação social.
Foram os "vitorinos" e os que só aparecem no Jamor para a festa do panado.
Foram os incêndios, a seca, a legionela.
O Donald Trump e o Kim Jong Un.
O Vladimir Putin e o Bashar Al-Assad.
O aquecimento global e a crise dos subprime.
Os Rohingya da Birmânia ou os refugiados do Médio Oriente.
Algures entre todos deve estar a responsabilidade por não se ter substituído adequadamente Soares, Marega, Hernâni, Joao Pedro, Zungu, Josué, Bruno Gaspar e Prince ou se terem escancarado as portas a Ricardo Valente , João Afonso, Alex e Tozé.
Doze jogadores (Doze!!!) que eles sim, ou equivalentes,  fariam deste plantel um dos melhores dos últimos dez anos.
E que evitariam que em Dezembro já tivéssemos perdido a Supertaça perante o Benfica mais fraco dos últimos anos, já tivéssemos sido eliminados da Taça de Portugal pelo Porto num jogo que nem sequer tentamos ganhar, tivéssemos andado pela Europa a fazer "turismo" num grupo ao nosso alcance , estejamos praticamente eliminados da Taça CTT no grupo mais fácil de que me lembro e com direito a sermos goleados por um dos últimos classificados da II divisão e reduzidos a jogar na Liga apenas para uma posição tranquila porque o apuramento europeu é uma miragem.
Tudo porque a época foi pessimamente preparada como já tinha acontecido, aliás, noutras ocasiões.
Mas no Vitória Sport Clube,Futebol SAD ninguém assume responsabilidades nunca e a culpa morre solteira  sempre.
Solteirona até atendendo aos anos que já vem acumulando...
Depois Falamos.

Feliz Natal

A todas as leitoras e a todos os leitores deste blogue desejo um Feliz Natal.

quarta-feira, dezembro 20, 2017

Sugestão de Leitura

A II Guerra Mundial em toda a sua complexidade é, de há muito, um dos meus temas de leitura favoritos como já por várias vezes tive oportunidade de referir neste espaço.
Este livro, que não é seguramente uma obra "maior" sobre o assunto, narra um conjunto de episódios pouco conhecidos sobre o conflito que vão desde dados estatísticos a acontecimentos na rectaguarda passando por episódios da guerra em terra, mar e ar.
Um livro que se lê com agrado embora, repito, não seja nem de perto nem de longe uma obra de referência sobre o conflito.
Depois Falamos.

terça-feira, dezembro 19, 2017

Bairrismo

O meu artigo desta semana no jornal digital Duas Caras.

Ao longo de muitos anos de vida politica, desportiva e essencialmente profissional tenho tido a oportunidade de trabalhar em vários pontos do país conhecendo diferentes realidades e levando comigo a minha “realidade” vimaranense e naturalmente vitoriana.
E tenho constatado, de há muitos anos a esta parte e com confesso orgulho, que Guimarães e os vimaranenses suscitam por todo o país alguma admiração, algum espanto e também aqui ou ali alguma invejazinha mal disfarçada.
Porque toda a gente acha que nós em Guimarães somos diferentes.
E então no que ao Vitória se refere somos mesmo muito diferentes de qualquer outra comunidade.
Radicalmente diferentes diria.
E isso suscita-me, num tempo natalício em que se deve fazer alguma pausa nos debates (não tantas como alguns querem bem entendido...) e nas polémicas, uma pequena reflexão sobre aquilo que é e deve ser o bairrismo no século XXI.
Começando pela ironia de considerar que nos tempos presentes o bairrismo   deve ser algo quase antagónico do entendimento que normalmente se dava ao conceito e que durante muitos anos foi uma espécia de trave mestra do conceito conforme ele era entendido.
Tradicionalmente bairrismo entendia-se como a exaltação dos valores da “terra”, fossem materiais ou imateriais, como a glorificação dos seus naturais (quase numa perspectiva da pequena aldeia gaulesa de Astérix) como a depreciação natural do que vinha de fora em detrimento do que era nosso.
Hoje temos de ter do bairrismo uma percepção diferente sob pena de ele em vez de ser uma marca distintiva se tornar num factor que nos cerceie.
Numa sociedade global como aquela em que vivemos seria verdadeiramente suicidário pretendermos fechar-nos em volta de nós próprios, ostracizar o mundo que nos rodeia, e alimentarmo-nos do mito da autosuficiência.
Pelo contrário.
Do antigo bairrismo temos de saber aproveitar o amor à terra, o orgulho de sermos de Guimarães, o papel único que esta comunidade tem na História de Portugal.
E depois competir.
Competir com outras realidades, com outras marcas e produtos, com outros destinos turísticos e de negócios, com outros municípios de tamanho equivalente ao nosso.
Sabendo que umas vezes vamos ganhar e outras perder.
Intuindo que perderemos mais vezes do que ganharemos antes de ganharmos mais do que perdermos.
Mas perdendo ou ganhando o essencial é sermos capazes de competir.
Com os nossos argumentos, o nosso sentimento muito próprio, a mais-valia extraordinária que é o sabermos que em nós começou esta aventura única chamada Portugal.
É por isso que é bom e é único ser de Guimarães.
E essa é uma naturalidade que não trocava por nenhuma outra.

segunda-feira, dezembro 18, 2017

O Ecletismo

O meu artigo desta semana no zerozero.

Portugal é um país de futebol!
Bastará atentar na comunicação social, na atenção que os portugueses dão às modalidades por contraponto com o futebol, nas paixões clubistas a reboque do desporto rei para perceber que tal como noutras áreas da nossa vida comunitária também no desporto o nosso país apresenta carências em termos de cultura.
Neste caso cultura desportiva.
E nem me estou a referir à paranóia dos chamados” grandes”, matéria em que somos simplesmente deprimentes, mas apenas à forma como em Portugal se olham as modalidades que não o futebol.
O que é, no mínimo, estranho se analisado a outra luz que não a falta de cultura desportiva de que enfermamos desde sempre também por força da Educação que não nos foi dada durante muitos anos nessa matéria.
E é estranho porque sendo Portugal um país pequeno em população, sem a base de recretuamento de outros paises em termos desportivos e com boa parte dessa captação virada para o futebol, ainda assim é um país que tem produzido campeões noutras áreas que não a futebolistica.
E sem grande esforços de memória, nem tão pouco a preocupação de ser exaustivo, é fácil de recordar alguns nomes que nas suas modalidades atingiram o mais elevado nível e venceram grandes competiçoes internacionais.
Começando por aquele que considero o maior de todos.
Carlos Lopes.
Um grande campeão, com títulos olímpicos mundiais e europeus, que marcou uma era no atletismo e foi o último atleta europeu a conseguir fazer frente aos africanos nas provas de fundo e meio fundo.
Fazer frente e ...vênce-los.
Mas também Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Fernando Mamede, Naíde Gomes e Nélson Évora (o único dos citados ainda no activo) são nomes maiores no atletismo português.
Tal como no ciclismo se recordará sempre Joaquim Agostinho, um grande campeão, que levou bem alto o nome de Portugal nas grandes provas de ciclismo e que só não terá levado ainda mais longe o seu palmarés porque começou tarde e tinha uma feitio muito próprio que o levava a amuos que prejudicavam a sua performance desportiva.
E no hóquei em patins, modalidade em que Portugal esteve sempre na elite mundial com inúmeros títulos conquistados a nível de selecção e clubes, em que para História se recordará sempre as grande equipas e os grandes jogadores como António Livramento, Fernando Adrião ou Vitor Hugo entre tantos outros.
Ou no ténis de mesa em que nos últimos anos Portugal tem brilhado ao mais alto nível, ou no hipismo e na vela com títulos internacionais, ou nas modalidades como o judo, jiu jitsu, karate e outras em que o nosso país tem campeões do mundo.
Portugal é, desportivamente falando, muito mais que futebol.
E é mais que tempo de os portugueses reconhecerem isso e darem a essas modalidades não futebolísticas a atenção, o apoio e o carinho que elas tanto tem feito por merecer e que em tantas ocasiões lhes tem sido negado.
Até porque as modalidades não são adversárias do futebol.
Nalguns casos e nalguns clubes como Benfica, Porto e Sporting foram as modalidades (essencialmente o ciclismo) que ajudaram a que tivessem uma dimensão nacional, e adeptos em todo o país, nos tempos anteriores à televisão em que para muitos ver as camisolas dos principais clubes era só quando a Volta a Portugal lhes passava à porta.
Os tempos , por exemplo, de José Maria Nicolau e Alfredo Trindade.
E por isso considero que o ecletismo deve ser a imagem de marca dos grandes clubes do desporto português.
Que não são apenas três, como por aí se julga, mas bastantes mais como sabe qualquer pessoa que não tenha do desporto uma visão condicionada pelas palas do futebol ou pelos enormes interesses que gravitam em seu redor.
Porque o ecletismo traz praticantes para o clube, traz simpatizantes para a sua massa adepta, oferece às comunidades opções de prática desportiva e retribui o muito que essas comunidades dão aos clubes em termos de apoios diversos.
É evidente que o ecletismo deve ser balizado por uma indispensável racionalidade económica (para disparates já bem basta o futebol) ,sob pena de ser inviável, mas se as coisas forem bem feitas e por gente que saiba da poda é perfeitamente viável que os principais emblemas do desporto português não figurem apenas nas camisolas do futebol.
Porque um clube ser eclético,e cada um saberá que dimensão o pode ser, é uma questão de inteligência, de estratégia desportiva e de crescimento sustentado do próprio clube e do número de adeptos.
É pena que alguns não percebam uma coisa tão simples!

Sugestão de Leitura

Um livro sobre os cinco presidentes da república eleitos desde o 25 de Abril de 1974.
Cinco personalidades completamente diferentes que exerceram dois mandatos (com excepção do actual que ainda vai a meio do primeiro  mas claramente a caminho do segundo) cada um em contextos diversos e que através da análise dos seus mandato se faz também um pouco a História destes quarenta anos de democracia.
Recheado de pequenos pormenores e detalhes ,que por vezes ajudam a perceber as grandes decisões, é essencialmente uma história de vida de cada um deles procurando o autor descrever o melhor possível o perfil pessoal,político, profissional e cívico de cada um dos cidadãos que ocupou neste período da nossa História o palácio de Belém e a forma como cada um contribuiu para a nossa democracia.
Um livro interessante sobre pessoas e políticos que nos acompanharam, e acompanham, ao longo destas décadas e que tiveram ,e tem ,um papel determinante nos rumos que Portugal seguiu.
Depois Falamos.

sexta-feira, dezembro 15, 2017

A Desistência

Por absoluta falta de tempo tenho escrito muito pouco sobre o Vitória.
Aliás a falta de tempo é de tal ordem que nem alguns jogos tenho conseguido ver limitando-me aos resumos porque depois de saber os resultados nunca tive paciência para ver jogos em diferido.  
Ontem ainda consegui ver a primeira parte, enquanto jantava num restaurante com várias pessoas à mesa, mas da segunda parte apenas vi o resumo dos golos e pouco mais.
Mas nem precisava.
Porque quando num jogo a eliminar, disputado em casa de um adversário forte e motivado pela carreira na Liga e na Liga dos Campeões, se entra com aquele onze inicial é evidente que as coisas só podiam correr mal.
Fazer poupanças num jogo deste não lembra a ninguém mas foi lembrar a Pedro Martins.
E por isso perdemos. E por isso fomos goleados. E por isso o regresso ao Jamor não será este ano.
Deixar no banco Raphinha, Héldon, João Aurélio,Rafael Martins para entrar com Moreno,Rincón, Sturgeon, Francisco Ramos e Tallo é, no mínimo, por-se a jeito para aquilo que inevitavelmente veio a acontecer.
Não entendo que o Vitória tenha desistido de tentar seguir em frente.
Porque do outro lado, pese embora um plantel mais rico em quantidade e qualidade de soluções, não vi poupanças nenhumas mas sim uma enorme determinação em ganharem o jogo e seguirem em frente na prova.
É pena que estejamos assim.
Quanto ao árbitro Carlos Xistra já escrevi sobre ele várias vezes e ,infelizmente, sem razões para elogio na maioria delas.
Mas ontem, do meu ponto de vista, não errou nos dois lances mais polémicos porque Vítor Garcia jogou a bola com a mão e Sturgeon aproveitou o contacto para se deixar cair.
Eu sei que a alguns dá jeito desculparem os insucessos com os árbitros.
Às vezes até tem razão.
Mas ontem não.
Depois Falamos.

quinta-feira, dezembro 14, 2017

Taça

A Taça de Portugal é a mais "democrática" de todas as competições futebolísticas nacionais porque permite a equipas com valor inferior superiorizarem-se a adversários mais fortes e continuarem em competição contra todas as expectativas.
Tem um sortilégio muito próprio, uma atractividade que não é comparável com nenhuma outra competição, uma final que é sempre um momento de consagração do futebol e uma "festa" que deixa marcas em quem nela já participou.
A edição deste ano não foge à regra.
De surpresas, como a eliminação do Marítimo pelo Cova da Piedade, a goleadas, como a do Sporting sobre o Vilaverdense ou a do Aves em casa do União da Madeira, já houve resultados para todos os gostos que nuns casos permitiram a continuidade de quem se esperava e noutros provocaram as tais surpresas próprias da Taça.
Nos jogos da quinta eliminatória já disputados verificaram-se os apuramentos de Cova da Piedade, Moreirense, Rio Ave, Farense, Desportivo das Aves e Sporting faltando realizar os jogos entre Porto e Vitória (hoje) e o Caldas-Académica agendado para 30 de Dezembro.
Destaque para a boa prova do Rio Ave,eliminou até agora Braga e Benfica, para a certeza de que nos quartos de final estarão três clubes de escalões inferiores (Cova da Piedade, Farense e Caldas ou Académica) e para o mérito do Cova da Piedade indo eliminar o Marítimo ao Funchal.
Hoje, no Dragão, o Vitória vai tentar a continuidade em prova ciente de que lhe calhou um mau adversário mas também de que os jogos só se ganham depois de jogados pelo que há que entrar em campo de forma determinada e ambiciosa.
É evidente que o Porto é favorito,porque joga em casa e porque tem outros argumentos, mas sendo a Taça a prova das surpresas por excelência há que acreditar que o Vitória pode vencer e regressar ao Jamor no final da temporada.
Depois Falamos

terça-feira, dezembro 12, 2017

Liberdade e Democracia

O meu artigo desta semana no jornal digital Duas Caras.

Sou militante do PSD/JSD há quarenta e dois anos.
E espero continuar a ser por muitos mais.
Equivale isto a dizer que comigo não contam para discursos anti partidos, anti políticos e para a exaltação de tecnocrata apartidários ou de independentes vá-se lá saber de quê…
Mas porque a militância partidária não me tolhe a razão nem o sentido critico nada me custa admitir que estes 43 de democracia tem sido, especialmente na ultima década, extremamente degradantes para a imagem dos políticos, da politica e até da própria democracia como preocupante e recente sondagem bem exemplifica.
Em grande parte por culpa da própria classe politica que se põe a jeito, é fácil reconhecê-lo, mas uma parte não depreciável da responsabilidade dos próprios cidadãos que adoram dizer mal dos políticos e culpar a política por todos os males que o país enfrenta.
Sem olharem muitas das vezes para os espelhos que tem em casa…
Agora no que não acredito, nem nos momentos de maior indignação ou desânimo, é na existência de soluções fora do quadro partidário e da vida normal em democracia típica de um verdadeiro Estado de direito.
Governos de iniciativa presidencial, nomeação de governos sem estarem legitimados pelo voto do povo ou até um regresso dos militares ao poder como alguns parecem defender em ocasiões especificas são “não” alternativas a merecerem a firme oposição de todos quantos acreditam nas instituições democráticas, na liberdade e no valor supremo do voto livre, universal e secreto.
Por isso acredito que Portugal saberá voltar a encontrar o seu caminho.
Que não passa por tecnocratas desprovidos de afectos (e os governos devem governar a pensar nas pessoas) nem em independentes da política mas sempre dependentes do poder politico e disponíveis para o servirem independentemente (aí sim independentes…) da cor partidária.
Portugal tem um governo que não foi eleito pelo povo mas governa dentro d euma legitimidade constitucional indesmentível e inquestionável.
Só em circunstâncias muito excepcionais (felizmente que já lá não está Jorge Sampaio para dar à excepcionalidade o carácter que lhe convinha), que neste momento não se verificam, se poderia admitir uma interrupção do ciclo governativo e a convocação de eleições antecipadas.
 Por mais erros e disparates, por mais incompetência ,incapacidade e falta de sentido de Estado que António Costa e os seus ministros revelem no dia a dia da governação.
Por mais que o governo seja sustentado no Parlamento por forças radicais que votam a favor dos seus Orçamentos e outras medidas no intervalo dos cada vez mais insistentes insultos que lhe dirigem.
Gente sem pudor nem vergonha que tudo aceita, tudo engole, a tudo faz boa cara com o único intuito de se manterem no poder a qualquer preço.
A mim, como cidadão contribuinte, interessa-me essencialmente que os governos sejam capazes, competentes, idóneos,honrados e eficazes.
Que governem bem!
 Que tenham capacidade reformista.
Descentralização, lei eleitoral autárquica, círculos uninominais , verdadeira limitação de mandatos para autarcas e deputados , capacidade de olhar o país como um todo e reduzir,de facto, as assimetrias  são alguns dos grandes desafios que se põe a quem quiser governar Portugal depois da Frente de Esquerda.
E esse governo, legitimado pelo voto e não soma de votos antagónicos, será liderado pelo PSD de Pedro Santana Lopes.
Porque não há outro PSD.
Nem outro líder capaz de vencer o PS marcando as diferenças enormes entre os dois partidos.

Oitavos

Terminada a fase de grupos, sem surpresas de maior, a Liga dos Campeões entra agora da fase dos jogos a eliminar rumo à desejada final.
Hoje foi realizado o sorteio dos oitavos de final.
E mesmo sabendo-se que sorteios são sorteios (mesmo na UEFA...) não deixa de ser curioso o acasalamento das equipas reservando,em teoria, para fase mais adiantada o confronto entre os emblemas mais poderosos.
Que se pode então dizer sobre o sorteio de hoje?
Que há favoritos claros, outros nem tanto e jogos de resultado em aberto.
Arrisquemos um prognóstico:
No Sevilha-Manchester United há um favoritismo inglês mas os espanhóis podem bem contraria-lo e não seria a primeira vez que o fariam.
Real Madrid-PSG é uma eliminatória apaixonante, talvez o duelo mais interessante desta fase, mas acredito que o RM acabará por se superiorizar. Mas nunca fiando.
Chelsea-Barcelona um confronto frequente nos últimos anos parece indiciar favoritismo dos catalães face,até, à época menos regular dos ingleses.
Juventus-Tottenham é jogo para favoritismo do actual vice campeão europeu mas o segundo jogo em Londres pode baralhar os palpites.
Basileia-Manchester City é de claro favoritismo dos ingleses que são melhor equipa em todos os aspectos. Talvez o duelo mais desequilibrado.
Porto-Liverpool é uma eliminatória bastante aberta. O Porto vai encontrar um adversário capaz do melhor e do pior que tem revelado grande capacidade goleadora. Ligeiro favoritismo dos homens da terra dos Beatles.
Bayern-Besiktas é confronto de favoritismo alemão e seria uma enorme surpresa outros desfecho que não o apuramento dos homens de Munique.
Finalmente  o Shakhtar-Roma é provavelmente o confronto de resultado mais incerto mas creio que os ucranianos de Paulo Fonseca acabarão por ser superiores.
Em suma aposto em Manchester United, Real Madrid, Barcelona, Juventus, Manchester City,Liverpool, Bayern e Shakhtar como as equipas que rumarão aos quartos de final.
Lá para Março saberemos.
Depois Falamos

segunda-feira, dezembro 11, 2017

Bola de Ouro

O meu artigo desta semana no zerozero.

Num cada vez mais incontornável sinal dos tempos, em que a componente comercial se impõe tantas vezes à componente desportiva, é normal que a atribuição de prémios ao desempenho desportivo se venha multiplicando porque cada evento de entrega do respectivo troféu é a oportunidade mais uns bons negócios.
Televisivos, de imagem, de marcas e tudo o mais que se proporcione.
Talvez por isso, talvez por outras razões, a FIFA e a revista “France Football” depois de durante alguns(poucos) anos terem unificado as respectivas escolhas do melhor jogador mundial de cada ano, atribuindo-lhe a deseja da “Bola de Ouro”, voltaram a separar as escolhas organizando cada instituição a respectiva gala de entrega do troféu com os respectivos e nada depreciáveis proventos económicos.
Correndo-se o risco de um destes anos mais próximos as escolhas recairem sobre jogadores diferentes porque o universo eleitoral também é diferente.
Mas para já não aconteceu pelo que os “papa troféus” Ronaldo e Messi vem açambarcado em simultâneo os dois prémios não dando a minima hipótese de qualquer outro jogador ser distinguido.
Devo dizer, por coerência, que não tendo qualquer duvida que nestes ultimos dez (!!!) anos o  português e o argentino foram os melhores jogadores do planeta continuo a entender que há sempre um enorme grau de subjectividade na escolha do “melhor” porque os juris olham com mais atenção para determinados aspectos-os golos por exemplo- do que para outros o que torna virtualmente imposssível um guarda redes repetir o feito de Yashin e vencer o troféu de melhor do mundo seja na versão FIFA seja na versão France Football.
É verdade que “sal” do futebol é o golo e que o objectivo de qualquer equipa, em qualquer jogo, é marcar mais golos do que o adversário mas o futebol não se esgota nessa componente e há outras que merecem mais atenção do que aquela que normalmente lhes é dada.
E não tomando as já referias “dores” de nomes grandes do futebol como Gianluigi Buffon, Peter Schmeichel , Manuel Neuer , Iker Casillas ou Michel Preud´homme que nunca ganharam (nem ganharão para os que ainda jogam) um desses troféus porque jogam do lado “errado” da baliza e a sua função é impedir golos custa-me ver que jogadores soberbos como foram Maldini, Xavi, Pirlo, Roberto Baggio ou Francesco Totti entre outros passaram ao lado dessa distinção individual que bem mereciam.
E se a questão se põe desta forma em relação aquele que todos os anos é eleito o “melhor do mundo” (pois é, só pode ser um) há uma outra eleição em que não entro, nunca entrarei, nem sequer concordo que se faça que é a do melhor jogador de todos os tempos.
Pela simples razão de que os tempos não são comparáveis.
E se os melhores do mundo da actualidade tem bases de comparação porque jogam nos mesmos estádios, nas mesmas competições, com idênticas formas de preparação, com bolas,equipamentos e botas equiparáveis, com medicina desportiva igual para todos, já essa comparação é impossível de fazer quando se quer escolher entre jogadores que tiveram o seu tempo em épocas muito diferentes em todos os aspectos.
Não se podem comparar os tempos de Di Stéfano e Kubala com os de Pélé e Eusébio, os destes com os de Cruyff e Beckenbauer, os de Maradona e Van Basten com os de Ronaldo e Ronaldinho e os destes com os de Messi e Cristiano Ronaldo entre outros exemplos possíveis. E por isso, do meu ponto de vista, nunca será possível dizer com rigor quem foi o melhor de sempre.
Mas os melhores da última década isso pode.
Ronaldo e Messi.
Cinco bolas de ouro para cada um, cinco distinções da FIFA de “melhor do mundo” igualmente para cada um deles e a certeza que estes dois génios ficarão na História do futebol como dois dos melhores de sempre (quanto a isso creio que ninguém tem duvidas) a pisarem relvados de futebol.
E a certeza de que dificilmente o futebol voltará a assistir a uma década em que dois jogadores prodigiosos mantenham semelhante disputa por troféus individuais ainda por cima com uma divisão entre eles irmamente feita.
Não sei se a quinta “Bola de Ouro” de Ronaldo encerra este ciclo fabuloso de disputa entre eles, com largo benefício de quem gosta de futebol, ou se o futuro ainda trará mais conquistas individuais para um e outro enriquecendo palmarés já de si tão ricos.
Em qualquer das circunstâncias creio que todos quantos gostam de futebol tem boas razões para se sentirem gratos por tudo que estes dois jogadores nos tem proporcionado ao longo desta década extraordinária e boas razões para terem uma expectativa bem positiva por tudo quanto ainda nos poderão dar nos próximos anos.

sábado, dezembro 09, 2017

Não Podem!

Numa candidatura à liderança de um partido há pelos menos três personagens que tem de ser da mais absoluta e solidária confiança pessoal do candidato.
O mandatário nacional, o presidente da comissão de honra e o director de campanha.
O mandatário porque representa o candidato tal como o nome indica, o presidente da comissão de honra porque personifica a junção dos valores em que se baseia a candidatura e respectivos apoiantes e o director de campanha porque é o estratega no terreno que dirige a campanha em função dos objectivos traçados pelo candidato.
São três escolhas profundamente pessoais do candidato e pessoas que tem de estar em absoluta sintonia com ele.
Nuno Morais Sarmento é o mandatário nacional de Rui Rio.
E numa desgraçada entrevista dada este fim de semana disse, por outras palavras mas de forma que toda a gente entendeu, que se Rui Rio não ganhasse o partido nas directas de Janeiro então mais valia votar em António Costa!
Disse portanto, só não entende quem não quer ou quem gosta de fazer dos outros parvos, que o PSD só lhe interessa quando ele e os amigos estão no poder porque caso contrário prefere os adversários aos próprios companheiros de partido.
Por muitas voltas que queiram dar ao texto foi o que disse.
O mandatário, como atrás foi dito, representa o candidato e a gravidade destas declarações atinge a candidatura de forma inegável e irreversível.
E o minimo que se esperava de Rui Rio, perante tão graves afirmações, é que de imediato desautorizasse o mandatário e procedesse à sua substituição por alguém que respeite o partido independentemente de quem o lidera.
Mas Rio calou-se.
E calou-se porque está de acordo com esta forma de entender o PSD.
Mais do que estar de acordo é ele o ideólogo desta aberrante preferência pelos adversários quando não se gosta dos companheiros que os militantes escolhem para representar o partido.
Ou não foi ele mesmo que depois dos orgãos próprios do PSD terem escolhido Luís Filipe Menezes para candidato ao Porto em 2013 foi a correr apoiar o adversário -Rui Moreira- causando com isso a derrota do PSD e a perda da câmara do Porto?
Foi!
E podem pessoas que pensam e agem desta forma dirigir o PSD?
Não podem!
Depois Falamos.

quarta-feira, dezembro 06, 2017

Alternativa ?

Um destes dias apareceu numa varanda do Toural a tarja que a fotografia documenta.
Afirmando que há uma alternativa e que essa alternativa será apresentada no próximo dia 8 de Janeiro através do anúncio de uma candidatura aos orgãos sociais do clube.
Não sei quem pôs a tarja, não sei quem está por trás da anunciada candidatura, nem sei sequer se realmente há uma candidatura ou se este "anúncio" é apenas uma forma de agitar as "aguas" e espicaçar os actuais dirigentes.
Não sei mesmo!
Mas partindo do princípio de que a esta intenção corresponderá uma candidatura, e não tenho razões para pensar que assim não seja, creio que a forma como foi anunciada é muito menos importante do que o anúncio em si mesmo se este se vier a confirmar em Janeiro.
Porque se há coisa que defendo em todas as instituições sejam desportivas, políticas, sociais ou qualquer outro género é que deve existir sempre alternativa a quem lidera para que no tempo certo as pessoas possam escolher livremente a opção que considerem melhor e não fiquem dependentes de continuidades por falta de alternativa.
E por isso não deixo de considerar curiosas algumas reacções de desagrado, seja nas redes sociais seja de forma mais institucional, a uma simples tarja em que é expressa uma eventual nova realidade como se por acaso estivesse escrito nalgum lado que uma candidatura deve ser anunciada da forma "A" e não da forma "B" ou "C".
Em bom rigor o que incomoda essas pessoas, incluindo alguns "isentos" comentadores da comunicação social vimaranense, não é a forma como a eventual candidatura alternativa foi apresentada.
É o ela poder existir.
E só isso diz muito da falta de tranquilidade com que é avaliada a actual situação do clube por aqueles que entendem que ele foi fundado em 2012.
Depois Falamos.

terça-feira, dezembro 05, 2017

O Essencial e o Acessório

Já todos sabemos, porque assistimos a esse triste espectáculo diariamente de há anos a esta parte, que os três clubes a que chamam "grandes" e que deviam ser os primeiros a defenderem a valorização da industria futebol são pelo contrário os primeiros a desvalorizarem-no com as constantes polémicas  troca de acusações em que se envolvem.
Especialmente através dos respectivos presidentes e dos comentadores televisivos que lhe são afectos embora nos último tempos tenha emergido a figura dos directores de comunicação como incendiários de serviço.
O último Porto-Benfica não podia escapar à regra e esteve em forte polémica, antes e depois do jogo, também por força de uma péssima arbitragem de Jorge Sousa com fortes razões de queixa apara ambas as equipas embora me pareça que com mais para o anfitrião.
E é pena que assim seja.
Porque seria bem melhor que a discussão, o debate e até a polémica se centrassem naquilo que o futebol tem de melhor- jogadores,treinadores e jogo- e pouco ou nada em questões acessórias que apenas contribuem para o desprestigio do futebol.
E neste jogo há um facto que devia ter merecido um destaque bem superior aquele que de facto teve.
Ambos os clubes actuaram com jovens guarda redes portugueses e quer José Sá quer Bruno Varela protagonizaram excelentes exibições com particular destaque para o guardião benfiquista que fez uma exibição de grande qualidade e foi o verdadeiro garante do empate com que a sua equipa regressou a Lisboa.
São dois jovens e talentosos guarda redes que conjuntamente com Miguel Silva, André Moreira e mais um ou outro garantem que a baliza da selecção nacional terá excelentes opções por muitos e bons anos levando em linha de conta que quer Rui Patrício quer Anthony Lopes também eles ainda tem uns bons anos de carreira pela frente.
É desse  futebol que vale a pena falar.
O futebol do talento, dos jogadores de qualidade, dos treinadores de sucesso, dos grandes jogos , da evolução táctica das equipas.
O resto...é tudo menos futebol.
Depois Falamos

Gala

O meu artigo desta semana no Duas Caras.

O Vitória realizou na noite de ontem mais uma “Gala dos Conquistadores” na qual para além da entrega dos emblemas de prata e outo aos associados com 25 e 50 anos de filiação associativa ainda homenageou várias pessoas ligadas ao clubes de técnicoa a funcionários passando por dirigentes e atletas.
Do presente e do passado.
A “Gala” é em si uma excelente ideia, a exemplo daquilo que se faz noutros clubes nacionais e europeus, e significa em si um momento de confraternização clubista em que o Vitória agrade aos que o serviram e aproveita a oportunidade para exaltar os valores vitorianos ao memso tempo que tem um gesto de reconhecimento à fidelidade clubista.
Sendo a “Gala” uma excelente iniciativa que merece o apluso de todos acho ainda assim que pode e deve ser melhoradas nalguns aspectos que a enriqueceração e lhe permitirão enraizar-se cada vez mais no sentir dos adeptos.
Por um lado, e embora compreendendo que os espaços tem limites fisicos, creio que deve ser fomentada uma participação cada vez maior dos associados porque o clube é deles, a festa também, e quanto mais estiverem melhor será.
Percebo que o facto, extremamente positivo, de o Vitória se ter associado a um canal televisivo para transmissão da cerimónia condiciona naturalmente o dia e a hora da sua realização mas ainda assim creio que o conseguir “puxá-la” para o fim de semana (sexta ou sábado) terá efeitos extremamente positivos quanto ao número de presenças.
Por outro lado entendo que a cerimónia , de grande tradição e significado, de premiar a fidelidade clubista não pode nunca ser um número menor e atirada para uma espécie de “aperitivo” da ceroimónia porque isso significa não considerar quem merece toda a consideração do clube.
Para isso penso que será preferível o Vitória separar a “Gala” da cerimónia de atribuição dos emblemas mantendo a “Gala” no dia em que ela actualmente ocorre (e que é um dia em que outros clubes também fazem as suas “Galas” como por exemplo o Porto) e realizando a cerimónia dos emblemas noutra data, preferencialmente numa tarde de sábado como ocorreu tantas vezes no passado, de molde a permitir que os homenageados que não residem em Guimarães possam ter maior facilidade em se deslocarem para estarem presentes na cerimónia.
São apenas sugestões mas que creio corresponderem ao interesse dos associados que é também o interesse do clube.
Mas a “Gala” de ontem teve , em termos pessoais, um significado muito especial e aqui o deixo numa nota muito pessoal .
A minha sobrinha Mariana, que nasceu e reside desde sempre em Lisboa, recebeu o seu emblema de 25 anos de associada, tantos como os que tem de idade, premiando uma fidelidade associativa de sempre e um vitorianismo que a acompanha desde o berço pese embora residir num concelho em que outros clubes tem enorme preponderância.
Tive muito gosto nisso pese embora a enorme pena de não poder estar presente por compromissos bem longe de Guimarães.
E registo com um enorme orgulho vitoriano que a minha sobrinha é a sexta pessoa da família a recerber o emblema de prata depois do meu avô (que também recebeu o de ouro), do meu pai (que faleceu pouco antes de receber o seu), de mim e dos meus filhos João e Pedro também eles associados desde que nasceram.
Não será caso único, felizmente, mas não deixo de registar que seis emblemas de prata (25 anos de sócio) mais um de ouro (cinquenta anos) numa mesma família é motivo de orgulho e a certeza de que os vindouros (o meu neto Alexandre com três anos de idade já tem três anos de associado como é evidente) saberão dar continuidade à tradição de uma família em que o Vitória e os valores vitorianos estão desde sempre presentes e se transmitem de geração em geração.

Para já vamos na quinta geração mas certamente que não ficaremos por aqui!