Gostava de construir em altura,em largura, tirar uma peça daqui e pô-la ali, criar as mais diversas formações geométricas, construir e destruir, mudar de planos a meio da construção com o encanto de tudo ser fácil, rápido, quase instantâneo.
E sem consequências.
Muito anos depois os meus filhos também tiveram o seu tempo de Lego.
Mas como as opções já eram muitas mais pouco lhe ligaram ,se bem me lembro, embora tenham tido os seus jogos.
O meu neto também tem o seu Lego mas é apenas um brinquedo entre tantos outros que seguramente,tal como o pai e o tio e ao contrário do avô, não vai marcar as suas recordações de infância.
Uma equipa de futebol não é um jogo de Lego!
As "peças" são todas diferentes e encaixa-las de molde a construir um edifício com coerência, resistente e sólido, demora tempo, exige paciência e dá muito trabalho.
Ao contrario do Lego , em que o improviso e o instantâneo são atracções fundamentais, numa equipa de futebol o tempo, o entrosamento, o trabalho e o planeamento são condições essenciais ao sucesso dispensando-se por completo qualquer outra metodologia de construção.
Quero acreditar que a SAD do Vitória está a trabalhar para construir um plantel ainda mais forte e competitivo do que o da época passada até porque não só vamos entrar em mais competições como temos um prestigio a defender nas cinco em que participaremos.
O prestigio de estar na Liga Europa, de termos um quarto lugar a manter, de termos sido finalistas e ambicionarmos sê-lo novamente na taça de Portugal, de sermos cabeça de série na taça ctt e de a final desta ser num estádio onde adoraremos ganhá-la e finalmente de daqui a 25 dias termos uma supertaça para tentar ganhar.
A verdade é que a 25 dias de começarmos a época "a sério" ,disputando a competição menos difícil de ganhar que teremos nesta época (é frente ao campeão nacional mas tudo se disputa num único jogo), há razões para alguma preocupação com o que vamos vendo.
Sem alarmismos, nem pondo nada em causa, a verdade é que do "edifício" da época passada caíram "peças" importantes (Hernâni, Marega, Bruno Gaspar a titulo de exemplo) , outras "peças" que se pensava serem alternativas para esta época foram surpreendente, e prematuramente, descartadas (João Afonso, Ricardo Valente,Tyler Boyd, etc) e as entradas até agora registadas não só não compensam as saídas( e nem quero pensar que nomes como Josué, Zungu ou Miguel Silva possam estar na porta de saída) como obviamente não tornam o "edifício" mais sólido e mais competitivo porque no entre o "deve" e o "haver" o "deve" leva clara vantagem.
Quero acreditar, repito, que vamos ter um bom plantel capaz de dar resposta cabal às cinco competições em que vamos estar envolvidos.
Mas é impossível deixar de pensar que a 25 dias do primeiro jogo muito " a sério" , e sabendo que uma equipa de futebol não é uma construção de Lego, já estamos a correr atrás do prejuízo no que concerne ao planeamento e construção atempadas de um plantel.
A ver vamos...
Depois Falamos.
E eu a pensar que ias apenas falar do Lego, aquele brinquedo que tantas horas e dias de satisfação me deu durante a minha infância (e cujas peças ainda guardo com carinho)...
ResponderEliminarQuanto ao resto do assunto, acho que não valerá a pena abordá-lo muuito mais.
Infelizmente, desesperamos por novidades que nos desinquietem o espírito e nos voltem a dar a calma e a confiança do ano anterior...
Pelo que vi hoje, Celis parece estar garantido, quem sabe a título definitivo. Esperemos por saber quais serão as contrapartidas, sendo que, neste útimos anos, parece-me até temos tido algum benefício com as trocas... A ver vamos!
Caro Saganowski:
ResponderEliminarO titulo do post não apontava no sentido de falar apenas do Lego.
O resto é mesmo esperar e tentar não desesperar.
Infelizmente já vi este "filme" demasiadas vezes