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terça-feira, junho 06, 2017

Fazer o Caminho

O meu artigo desta semana no jornal digital Duas Caras.

Como será do conhecimento da esmagadora maioria dos que leem estas crónicas sou militante do PSD.
E tenho gosto nisso.
Militante desde Janeiro de 1975, começando o percurso partidário pela JSD onde militei durante treze anos e depois passando para o PSD embora acumulando durante algum tempo a militância nas duas organizações, desde sempre assumi como meus os combates do meu partido embora nuns casos com mais convicção e empenho do que noutros como é próprio de quem faz parte de uma partido democrático.
Quero com isto dizer que em termos autárquicos votei sempre nas candidaturas do PSD, da AD e agora dos JPG (Juntos por Guimarães) mesmo quando no passado, e por razões diversas, tinha boas razões pessoais para não o fazer.
Mas sempre distingui questões pessoais de questões políticas bem como o partido de quem temporariamente o dirige ou por ele se candidata nesta ou naquela eleição por esta ou por aquela razão.
E por isso sempre votei nas candidaturas do meu partido.
Não votei em 1976 porque os meus saudosos dezassete anos de então não o permitiam mas já votei em 1979 (nesse tempo os mandatos eram de três anos) numa candidatura liderada por um grande vimaranense como o é o senhor António Xavier que concorrendo em AD conseguiu vencer essas eleições e fazer assim o seu primeiro mandato à frente da Câmara de Guimarães.
Um autarca com quem os vimaranenses foram injustos dez anos depois derrotando-o numas eleições que ele merecia claramente vencer pelo mandato que tinha feito e no qual dera provas de um amor à sua Terra e uma dedicação à autarquia que a tudo resistiu incluindo algumas deslealdades que com ele cometeram.
A verdade é que desde então o PSD nunca mais venceu, sozinho ou acompanhado, umas eleições para a Câmara de Guimarães.
Mudou várias vezes de candidato, de estratégia, de estilo de campanha mas nada disso foi suficiente para convencer os eleitores vimaranenses a darem-lhe um triunfo que significasse também, e inevitavelmente, a derrota do PS.
Que assentou todos esses triunfos entre 1989 e 2013 no carisma pessoal de António Magalhães um político que eleitoralmente valeu sempre bem mais do que o PS e por isso conquistou seis maiorias absolutas e ainda deu uma de bandeja a Domingos Bragança em 2013.
Acontece que o PSD demorando...aprendeu.
E por isso a partir de 2010, e da “habitual” derrota nas autárquicas de 2009, o PSD começou a fazer, debaixo da liderança de André Coelho Lima, um caminho muito diferente do que fizera até então e que visava a conquista da câmara num espaço temporal que não se limitava às eleições seguintes mas que previa a possibilidade de não sendo “à primeira” o eventual insucesso não ser mais que uma etapa para o sucesso.
Perdidas as autárquicas de 2013, mas recuperado algum terreno para o PS, o PSD começou a trabalhar literalmente no dia seguinte para as autárquicas de 2017 dando assim provas de uma consistência, um empenho e uma determinação absolutamente invulgares e que demonstravam bem o quanto o partido e o seu líder acreditavam no caminho que estavam a fazer.
Foram quatro anos de permanente contacto com Guimarães e as suas instituições, quatro anos a percorrer incessantemente o concelho, quatro anos a estudar os problemas e a propor soluções na certeza de que os vimaranenses a seu tempo saberão reconhecer o mérito do trabalho feito e a validade do caminho proposto.
Mas foram também anos em que o PSD e o seu líder souberam estar ao lado da Câmara quando a Câmara o mereceu, souberam ter o sentido de Estado de se empenharem em trabalhar para Guimarães mesmo sabendo que os “louros” podiam ser colhidos por outros (caso flagrante do instituto da universidade das Nações Unidas) , quatro anos em que  Guimarães esteve sempre primeiro.
Esse caminho entra agora na sua recta final.
E ao contrário dos adversários que se mostram mais interessados em propaganda fantasiosa via outdoors do que em apresentarem ideias consistentes, que preferem dedicar-se à pilhagem de autarcas mais fracos de convicções e coerência do que em valorizarem os seus próprios camaradas, que tem uma obsessão quase doentia em criticarem as ideias da oposição em geral e de André Coelho Lima em particular do que em explicarem em que é que fariam diferente, o PSD e a coligação Juntos por Guimarães continuam metodicamente a apresentarem as suas propostas para o mandato 2017-2021.
E propostas para o todo concelho e não apenas para a cidade.
Foi assim que depois da apresentação de propostas para a construção de parques estacionamento na cidade que permitissem trazer o centro histórico para o século XXI sem perder as suas características medievais e de propostas para a construção de vias que permitam interligar os diversos pontos do concelho com a cidade assim proporcionando uma melhor coesão territorial o candidato e a coligação apresentam propostas que visam a criação de zonas de acolhimento empresarial em vários pontos do concelho com isso procurando atrair para Guimarães mais empresas.
E trazer empresas significa criar emprego, produzir riqueza, estimular a economia local.
E essas condições de acolhimento, atraindo empresas e criando emprego, também contribuirão para inverter o péssimo ciclo de deslocalização de empresas (algumas delas fundadas e trabalhando em Guimarães há longos anos) que se vem sentindo no nosso concelho a par de permitirem combater outro fenómeno profundamente negativo que é a perda de população a favor de concelhos vizinhos.
São propostas concretas, devidamente estudadas e ponderadas, susceptíveis de serem levadas à prática num curto espaço de tempo se existir vontade e determinação política e que poderão contribuir poderosamente para que Guimarães se afirme no contexto regional e nacional na próxima década.
André Coelho Lima e a coligação “Juntos por Guimarães” estão a fazer o seu caminho cabendo
aos vimaranenses avaliar, em 1 de Outubro, os seus méritos.
Por mim, militante de base do PSD e sem qualquer responsabilidade na campanha eleitoral, cabe-me deixar o simples testemunho de que em quarente um anos nunca vi um caminho ser tão bem feito, com tanta persistência, dedicação, visão de futuro e crença no que se propõe.

6 comentários:

  1. Caro Cirilo:
    Era bom que aqui pela Mouraria houvesse um pouquinho de inteligência portucalense e começar a campanha no dia a seguir às eleições. Mas, mas, o diabo está nos detalhes, para isso era necessário que os rapazes da concelhia -todos juntos e conjuntamente- conseguissem soletrar o alfabeto o que diga-se de passagem é impossível, pois descobri que há quem não tenha a escolaridade obrigatória...

    Vejamos se o 'esperto' que quer ser presidente daqui a 4 anos, faz uma task force -bah duvido é rapaz para pensar que a carinha laroca e o avental chegam -como se o avental dos PSD's não seja só para apanhar migalhas. O pão é par os familiares de 4-5 gerações de «republicanos, socialistas e laicos».

    Agora o totó do Medina quer uma mesquita a destruir prédios classificados, que entretanto deixaram de o ser. Ainda por cima no Martim Moniz! Ainda esta prima do dito Martim vai por uma bombita na coisa -afinal ele e eu somos descendentes de Maomé.

    Não se exalte o seu conterrâneo Afonso também era -e já agora o Cirilo bem pode ver se também não é da 'família' :))))). Como as secretas andam na berlinda vamos dar-lhes trabalho.

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  2. Cara il:
    Acho espantoso que se queira fazer outra mesquita em Lisboa e ainda por cima nas condições que refere. De facto na Europa alguns bem merecem o que lhes está a acontecer. E infelizmente creio que mais dia menos dia, até pelo ódio ancestral ao meu conterrâneo Afonso por parte dos mouros, acabaremos por também sentir os efeitos do terrorismo islâmico. Quanto ao PSD creio que já nem há palavras para descrever o que se passa. De facto houve gente que se infiltou no partido apenas para facilitar o caminho aos republicanos,laicos e socialistas. Os chamados cavalos de Troia. Já agora: A candidata já começou a campanha? É que ou a minha televisão está avariada ou por aqui ainda não nos apercebemos disso

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  3. Caro Cirilo:
    A sua TV e os jornais -mesmo os da Mouraria- que lhe chegam, não estão avariados.
    Campanha nada. Aliás além dos cabeças de lista, não há listas. Ontem, um totó dos TSD's, andava a pedir a uma pessoa das suas (dele) relações para arranjar candidatos para uma lista, em que o cabeça não conhece 20 pessoas da freguesia -nem comento. A sede de campanha ainda está a ser montada e trabalho...
    Mas o melhor é que estejam quietos -assim ninguém se aperceberá como são incapazes.




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  4. Cara il:
    Então está-se mesmo a ver o resultado...

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  5. Caro Cirilo:
    Continuo sentada. Sei que o sedentarismo faz mal, mas é por uma boa causa...
    Quanto À guerra pela distrital, só sei o que lê nos jornais.
    Não haver eleição na concelhia de Lisboa é que é 'engraçado' -penso que andam a contar as espingardas e alguém não quis que houvesse 2 cores?
    Ou a guerra de limpeza terá que ser feita com cuidado? Afinal estamos a lidar com a malta do Sócrates e outros bandidos (sentenças transitadas em julgado)

    Bom eu continuo detrás da árvore a ver o que se passa.Amanhã não me posso lá sentar, porque o sô presidente da Estrela vai fazer um churrasco gratuito, mesmo em frente dos prédios de Campo de Ourique (PS) :))))))

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  6. Cara il:
    Uma coisa é certa: Em Lisboa nada muda e por isso também o Medina não vai ser mudado. Creio que o partido ou se regenera ou o mau exemplo de Lisboa vai alastrar ao resto do país. Nalguns distritos já há fenómenos semelhantes

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