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terça-feira, março 31, 2015

Selecção B

Os jogadores constantes desta fotografia (tirada durante o Portugal-Sérvia),mais os que sobraram do jogo de domingo da selecção A, vão enfrentar hoje num desafio amigável com intuitos beneficentes a "poderosa" selecção de Cabo Verde .
Um jogo de tal relevância que foi marcado para o campo do Estoril onde nunca a selecção A tinha jogado nem é nada provável que volte a jogar nos próximos anos.
É um jogo de tripla beneficiência.
1)A receita vai para as populações da Ilha do Fogo, em Cabo Verde, afectadas por recente erupção vulcânica.
2)Fernando Santos acalmará a consciência ao dar a oportunidade de vestirem a camisola que habitualmente é usada pela selecção A a alguns jogadores com quem sabe que tem sido injusto ao longo da época.
3) Jogadores que nunca foram internacionais, e em condições normais dificilmente o voltarão a ser, vão envergar a camisola da selecção A( nem que seja para estarem os 90 minutos no banco) e assim já ficarão com uma recordação para um dia contarem aos netos.
Em suma é isso.
Chamar-lhe um jogo da selecção A, por mais piedosa que possa ser a intenção nesta quadra pascal, é que não faz sentido nenhum.
É um jogo de uma selecção B reforçada por alguns jogadores que normalmente são chamados à A , e por outros que deviam ser mas não são, e nada mais do que isso.
Ao menos que sirva para garantir o voto de Cabo Verde na candidatura de Figo à FIFA....
Depois Falamos.

P.S. No caso do Vitória encerra a curiosidade de ter jogadores em ambas as selecções.
André por Portugal e Ricardo Gomes por Cabo Verde.
Esperemos que ambos tenham oportunidade de jogar.

segunda-feira, março 30, 2015

O Bom e o Mau

 
O resultado das eleições regionais de ontem, na Madeira, tiveram para a coligação no poder em Lisboa um aspecto positivo e outro negativo.
O positivo foi os dois partidos coligados no continente terem obtido o primeiro e segundo lugar nas eleições regionais com um total de cerca de 60% dos votos expressos infligindo à esquerda mais uma tremenda derrota.
É evidente que na Madeira, onde nem no tempo da AD estiveram coligados, o CDS lidera a oposição ao PSD pelo que estes votos não podem ser somados para este efeito mas seguramente que já o poderão ser nas legislativas e este resultado é um indicio muito positivo para essas eleições.
Já sei que vão aparecer alguns a dizer que não se podem extrapolar resultados e que estas eleições regionais tem de ser interpretadas no âmbito exclusivo da Região mas esses são os mesmos que se o PSD tivesse perdido a maioria ou até as eleições já andariam por tudo que é comunicação social a dizer que tinha sido uma enorme derrota de ...Passos Coelho.
Até o agora mudo, afónico, engasgado ou sabe-se lá o quê António Costa participaria nesse regabofe ao invés de nos privar, como actualmente, do prazer de o ouvirmos comentar esta espantosa derrota do PS na Madeira.
Mas há também um aspecto negativo nestas eleições.
Que o PSD soube contornar e o CDS não.
Coligados em Lisboa no governo do país era desejável que ambos os partidos se tivessem abstido de envolver os seus principais dirigentes e membros do governo na campanha eleitoral na Madeira deixando isso para os dirigentes regionais.
O que o PSD fez.
Do presidente do partido ao secretário-geral, passando por ministros e secretários de estado, ninguém participou na campanha eleitoral madeirense.
Poupando aos eleitores da coligação o desconforto causado por verem dirigentes nacionais do CDS, com Paulo Portas à cabeça, e ministros do governo como Assunção Cristas a participarem em acções de campanha contra o PSD.
Não se pode estar com Deus e com o Diabo nem com um pé dentro e outro fora conforme dá eleitoralmente jeito.
E percebendo o empenho de fazerem crescer o seu partido na Região parece-me que é muito mais importante contribuir para a coesão da coligação no governo do país com vista a vencer as eleições legislativas de Outubro próximo.
E atitudes como esta não reforçam a coligação, não aumentam a confiança entre os dirigentes intermédios de ambos os partidos , não criam uma "onda" positiva entre o eleitorado decidido a votar PSD/CDS nem atraem um único indeciso para o seu lado.
Não havia,realmente, necessidade...
Depois Falamos 

Desafio Ultrapassado

O PSD/Madeira e Miguel Albuquerque enfrentavam nestas eleições regionais um dos maiores desafios de sempre postos ao partido na região autónoma.
Quase quarenta anos de poder, dez vitórias com maioria absoluta em anteriores eleições regionais, uma oposição que recorreu a artifícios nunca dantes vistos para alcançar o poder de que a inacreditável coligação patrocinada pelo PS foi o pior exemplo.
Mas essencialmente havia o desafio de pela primeira vez ir a votos sem Alberto João Jardim o líder carismático de quatro décadas de poder.
Ainda por cima depois de poucas semanas atrás o PSD/M ter estado envolvido num processo eleitoral interno que envolvera seis candidatos à liderança com todas as implicações que isso sempre tem em termos de unidade.
Pode hoje dizer que Miguel Albuquerque e o PSD/M ultrapassaram com absoluto sucesso esses múltiplos desafios.
Vencendo pela décima primeira vez com maioria absoluta e mantendo o partido no governo regional para os próximos quatro anos.
É evidente que há uma perda de votos em relação a 2011, é óbvio que a maioria absoluta foi obtida à tangente, é claro que não foi uma vitória "à Jardim".
Mas o essencial era ganhar e ganharam.
Se possível com maioria absoluta e ela foi alcançada.
Estas seriam sempre as eleições mais difíceis,por tudo que atrás se escreveu, para Miguel Albuquerque e para o PSD/M.
Estou certo que daqui a quatro anos tudo será menos difícil e o PSD/M voltará ás vitórias expressivas das ultimas décadas.
Depois Falamos

domingo, março 29, 2015

Serviu...

O essencial foi conseguido.
Ganhar.
E Portugal venceu a Sérvia com mérito, por um resultado adequado ao que se viu no terreno de jogo, e reforça claramente as suas hipóteses de estar presente no Europeu 2016 em França enquanto o adversário de hoje está praticamente arredado da fase final.
Mas o resultado foi mesmo o melhor que se viu hoje na Luz.
Porque a exibição não sendo muito fraca esteve longe de ser condigna com a valia individual dos jogadores portugueses.
Muito por força de um conjunto de equívocos de Fernando Santos.
Desde logo a colocação de Ronaldo como ponta de lança(posição de que ele não gosta particularmente) que lhe roubou influência no jogo pese embora ele ter recuado bastante em busca da bola, como faz no clube,deixando Portugal sem...ponta de lança.
Depois a utilização simultânea de Eliseu e Coentrão no flanco esquerdo que não trouxe grandes benefícios ao jogo de equipa porque o primeiro nunca se entendeu com as movimentações do segundo e este perdeu amplitude no seu futebol ao ver-se empurrado para terrenos interiores em que está menos à vontade.
Mesmo assim foi dos melhores e mereceu o golo que marcou.
Finalmente a colocação de Danny em terrenos "híbridos",onde não é carne nem peixe, longe dos flancos e das diagonais que o tornam um jogadores absolutamente decisivo no seu clube.
Mas venceu-se.
Muito por força da segurança defensiva (boa estreia em jogos a "doer" de José Fonte) e das boas exibições de Moutinho e Tiago que deram supremacia ao meio campo português perante uns sérvios recheados de individualidades mas com pouca "equipa".
Na frente Ronaldo fez o que pôde e Nani "sobreviveu" os 90 minutos o que se pode considerar fenomenal face à pobreza da exibição.
Uma palavra para Ricardo Carvalho que aos 36 anos se tornou no mais velho marcador de sempre de Portugal.
Pena a lesão, que o obrigou a sair, porque é a prova viva de que a idade de um jogador se vê em campo e não no bilhete de identidade e ele merecia bem ter assinalado a efeméride com 90 minutos em campo.
Deste jogo a grande conclusão que importa tirar, e a que mais importa, é que França está mais perto.
Depois Falamos

sábado, março 28, 2015

Aldrabices

Aqui há uns tempos atrás houve um livro que andou nos topos de vendas e, durante algumas semanas, chegou até a ser o mais vendido em todo o país.
Na altura, face ao tema e ao "autor", estranhou-se um pouco tamanha popularidade mas como somos um país de modas admitiu-se que fosse apenas mais uma.
Afinal num país em que programas como a "A Casa dos Segredos" é líder de audiências, quando se trata de um produto simplesmente nojento, não existiriam grandes óbices a que a obra em referência também desfrutasse de uma popularidade inesperada.
Afinal era tudo aldrabice.
Pura e dura.
As vendas do livro deviam-se a amigos do "autor" que com dinheiro dado por este compravam livros aos pacotes em vários pontos do país para que ele atingisse os tais topos de vendas.
Nem vou comentar de onde vinha o dinheiro para comprar livros aos milhares (certamente que o juiz Carlos Alexandre porá isso a limpo mais dia menos dia) nem tão pouco os amigos que se prestaram a esse triste papel (e alguns com responsabilidades politicas e partidárias no PS)de colaborarem numa farsa engendrada por alguém sem vergonha nem escrúpulos de quaisquer espécie.
Tão desavergonhado que nem se coibiu de fazer apresentações publicas do livro com as presenças e as intervenções de ex presidentes de Portugal e do Brasil (Mário Soares e Lula da Silva) que foram de boa fé participar naquilo que não era mais do que uma grotesca farsa.
Porque afinal a aldrabice ainda era maior do que se supunha.
Pelos vistos o livro nem escrito por ele foi mas sim por um professor universitário a quem ele pagou para o escrever.
Este homem, capaz destas aldrabices monstras, liderou o PS durante sete anos e foi duas vezes primeiro ministro de Portugal por incrível que pareça.
"Governou" um país durante seis anos.
Deixou-o na bancarrota e sob intervenção externa.
Hoje ainda há quem se solidarize com ele, quem faça intervenções a seu favor, quem vá (cada vez menos é verdade) em procissões a Évora onde está detido.
Gostos não se discutem e lá diz o povo que "diz-me com quem andas dir-te-ei quem és".
Portugal não pode é correr o risco de "devolver" ao governo do país gente desta.
Que o acompanhou no governo e no partido, que nunca dele se afastou, que nunca teve uma palavra para o desvario em que ele mergulhou Portugal.
É preciso muito cuidado.
Porque os herdeiros de Sócrates andam por aí.
Com uma lata e um descaramento que herdaram dele fazendo de conta que esses seis anos de aldrabices e desgoverno não tiveram nada a ver com eles.
Mas tiveram.
E Portugal não se vai esquecer disso.
Depois Falamos.

P.S. Nem vale a pena recordar quem foi durante esses sete anos o número 2 de Sócrates no PS e nos primeiros três no próprio governo.
É o mesmo que recebe o vencimento como presidente de um munícipio onde quase nunca está.

sexta-feira, março 27, 2015

Rússia, Ucrânia e U.E.

A União Europeia debate-se hoje com dois sérios problemas que dele exigirão respostas conclusivas sob pena de todo o projecto europeu poder ser posto em causa.
Uma interna e outra externa.
A primeira delas chama-se Grécia, e pese embora os bons sinais que vão chegando sobre a  aceitação do “choque da realidade” por parte do novo governo grego, continuará a ser uma preocupação permanente dada a fragilidade dos acordos com um governo que vai ter de negar em termos internos quase tudo que prometeu em campanha eleitoral.
Para além de se detectar, desde já, uma preocupante distorção da realidade entre aquilo que acordam com o Eurogrupo e o que depois transmitem aos gregos.
Estratégias de comunicação dirão os mais optimistas.
Semear ventos para colher tempestades dirão os mais realistas, entre eles os portugueses que bem recordam um governo que entre 2005 e 2011 também comunicava dessa forma.
O outro problema, quiçá mais sério, e para o qual a solução se afigura bastante mais difícil é o da situação na Ucrânia com a permanente ameaça (pese embora os cessar fogo) de uma guerra em larga escala que ultrapasse as fronteiras do país e se estenda para oeste e para sul.
Para muitos a questão entre Ucrânia e Rússia é apenas uma questão de disputa de territórios que teve o seu primeiro episódio com a anexação da Crimeia, no pior estilo soviético, e prossegue agora no leste do território ucraniano com a tentativa de separação de uma parte do país e integração do mesmo na Rússia.
Será essa a questão?
É parte da questão mas não é a “questão”.
Porque embora a Ucrânia possua quase um terço dos territórios agrícolas da Europa, e isso gere naturais “apetites”, a verdadeira razão da ofensiva russa não é apenas essa e muito menos se cinge a isso.
Será a NATO?
E a  ameaça de estender as fronteiras da Aliança Atlântica até ás fronteiras russas?
É esse o pretexto usado por quem do lado russo pretende justificar movimentações de tropas e avanço de fronteiras de molde a garantirem que essa abrangência territorial da NATO não se venha a consolidar.
E nessa matéria é bem verdade que os estrategas da Aliança, e os governos que na matéria tem opinião decisiva, não foram tão cuidadosos e previdentes quanto deviam na análise da reacção russa que seria e será sempre baseada na memória histórica de duas invasões (Napoleão e Hitler) que lhes deixaram trágicas marcas em perdas de vidas e bens.
Mas do meu ponto de vista a principal razão do que se passa na Ucrânia é o receio russo de ver a Ucrânia, mais dia menos dia, aderir à União Europeia e construir um desenvolvimento económico e um bem estar social completamente inaceitáveis para uma Rússia que pouco evoluiu nessas áreas desde os tempos da União Soviética.
Hoje a União Europeia represente tudo que Putin receia.
Democracias estáveis, respeito pelos direitos humanos, economias de mercado, progresso social, relações cordiais entre países, liberdade de expressão, respeito pelas minorias, solidariedade entre estados.
Ver tudo isso à “porta” de uma Rússia que nada disso tem, é inaceitável para um regimes que embora travestido de democracia na realidade não passa do “velho” regime soviético assente numa oligarquia que se perpetua no poder e que não está disposta a abdicar dele seja de que forma for.
Para “maus” exemplos, na óptica russa, já bastam a Polónia, os Estados Bálticos, a Roménia que já aderiram ao projecto europeu libertando-se dos preconceitos ideológicos e dos constrangimentos políticos que a presença no “falecido” pacto de Varsóvia significavam.
Por isso para Putin, e para a sua oligarquia, a Ucrânia é a ultima fronteira!
Aquela para lá da qual nunca a UE se poderá estender trazendo até debaixo dos olhos do povo russo um modo de vida, em liberdade e desenvolvimento, que seria absolutamente devastador para os actuais senhores do Kremlin face ás suas fracassadas politicas económicas e sociais.
Não foi certamente por acaso (na geopolitica acasos não existem) que o inicio do conflito na Ucrânia coincidiu com o acordo económico e comercial entre Bruxelas e Kiev naquilo que foi um forte sinal do incómodo de Moscovo com a aproximação entre U.E e Ucrânia.
E por isso bem andará a U.E se souber interpretar bens os sinais que vem de Moscovo.
Desde a intervenção na Ucrânia à simpatia pelo Syriza e pela Frente Nacional de Marine Le Pen passando pelas fortíssimas pressões económicas que desenvolve sobre a Hungria e a Bulgária tendo como arma o gás natural, Moscovo aposta fortemente na fragilização politica e económica da União Europeia como forma de  perpetuação do poder da oligarquia liderada por Putin.
Essa é a “verdadeira” guerra que se trava hoje na Europa.
A guerra entre o modelo de desenvolvimento económico e social , de liberdade politica e de democracia protagonizados pelo projecto europeu e o regresso aos tempos da “guerra fria” e da divisão da Europa em blocos antagónicos desejada pela Rússia.
Uma guerra que a Europa não pode perder.
Depois Falamos.

Lista VIP

Só num país com uma comunicação social preguiçosa e que não distingue "espuma" de essência acompanhada por uma oposição sem ideias e que faz de "casos" e "casinhos" motivo para interminável discussão é que o chamado assunto da "Lista VIP" ainda é...assunto.
Sejamos claros:
O que há de reprovável em todo este assunto é o facto de alguns funcionários das Finanças, pelos vistos com pouco que fazer, terem andado a meterem o nariz onde não eram chamados e a espiolhar o que não lhes dizia respeito.
Detectado o "hobby" a hierarquia, e muito bem, instaurou-lhes os competentes processos disciplinares e tomou medidas para que o caso não se repetisse colocando alguns contribuintes com sinais de alerta caso os seus dados fiscais fossem consultados indevidamente.
A que entendeu chamar "Lista VIP" como lhe podia ter chamado outra coisa qualquer.
O Governo não sabia, nem tinha que saber, de uma decisão que competia à hierarquia própria das Finanças e que visava,apenas e só, proteger o direito à privacidade das suas declarações fiscais de alguns cidadãos mais expostos à bisbilhotice de gente com pouco para fazer.
Grosso modo o caso da Lista VIP é isto e nada mais.
Exigir a demissão de um secretário de estado, propor inquéritos parlamentares, fazer disto um caso de "lesa majestade" só mesmo de uma oposição histérica e que não tem mais que dizer aos portugueses que não seja o alimentar de "casos" sem qualquer substância.
Tivesse a comunicação social outra rigor, outra capacidade de discernir o que é notícia do que é "espuma" noticiosa e há muito que o "caso" teria deixado de ser o que na verdade nunca foi.
Um caso político.
Haja paciência.
Depois Falamos

P.S. Para compor o ramalhete nem falta o sindicalista( com tiques de bufo da Pide) que alimenta quando pode o (não) assunto ,com a conivência da CS,  misturando actividade politica no BE com actividade sindical  e apenas conseguindo desqualificar a primeira e desprestigiar a segunda.

quinta-feira, março 26, 2015

As Alternativas


Em democracia deve valorizar-se sempre, até como forma de reforçar a própria democracia,a existência de alternativas.
Alternativas politicas, alternativas de poder, mas também as próprias alternativas apresentadas pelas oposições ás propostas de governo.
Seja governo nacional seja governo municipal.
Em Guimarães discute-se de à meses a esta parte, por mérito para já exclusivo da coligação "Juntos por Guimarães", a alternativa à ligação entre cidade e Avepark proposta pela Câmara Municipal com o beneplácito de um estudo da Universidade do Minho que está longe de ter a abrangência necessária e apenas versa aquilo que quem encomendou o estudo quer que seja versado.
Um pouco como aquelas sondagens que dão o triunfo a quem as encomendou.
Seja como for há duas propostas em cima da mesa.
A da Câmara e a da coligação "Juntos por Guimarães".
Tratando-se de uma obra importantíssima, de custo elevado, com impacto ambiental inegável e que não pode ser desvalorizado, faz todo o sentido que num tempo em que todos desejamos um aperfeiçoamento dos instrumentos democráticos de decisão e a participação dos cidadãos nos processos decisórios (vide orçamentos participativos, etc)sejam efectuados amplos debates para que a decisão final resulte o mais perfeita possível .
Quer na opção que vier a ser escolhida quer em todas as razões pelas quais foi essa a opção e não outra!
E por isso, precisamente por que não querer que a questão se transforme num debate partidário entre Câmara/PS e coligação "Juntos por Guimarães", esta ultima apresentou mais duas propostas de alternativas aquela que já tinha divulgado em Setembro do ano passado solicitando ao presidente da Câmara que elas fossem publicamente discutidas conjuntamente com a proposta camarária.
Mais alternativas(com custos e percursos diferentes embora com um tronco comum que é a EN 101), mais debate, mais possibilidades de serem tomadas decisões verdadeiramente participadas pelos cidadãos mais directamente abrangidos por elas em vez de um "braço de ferro" que não aproveita a ninguém.
Infelizmente a Câmara e o PS não querem debater verdadeiramente todas as possibilidades existentes.
Apenas, vá-se lá saber porquê (em Guimarães há coisas que ás vezes demoram anos a saber-se...mas acabam por se saber), quer discutir o traçado em que obstinadamente insiste completamente alheia a todas as vozes que contra ele se levantam.
Como ainda ontem, na sessão pública realizada nas Caldas das Taipas, onde foi claro o repúdio popular perante a proposta da CMG/UM e a arrogância com que ela foi apresentada como se de facto consumado se tratasse.
E por isso faz todo o sentido que a Câmara(e o PS...) pare para pensar e depois, num espírito de abertura democrática, promova um conjunto de sessões públicas onde possam ser apresentadas e debatidas todas as alternativas existentes para a ligação da cidade ao Avepark.
Fazendo-o serve Guimarães.
Persistindo neste autismo sem sentido pode servir muita gente mas não serve os interesses do município e dos munícipes da forma como eles merecem ser defendidos.
Depois Falamos

P.S Seria igualmente estimulante que algumas associações cívicas que tão participativas foram na discussão do arranjo do Toural se envolvessem também neste debate.
Não está em causa o centro da cidade mas está em causa uma via importantíssima para o concelho.

Sugestão de Leitura

Há livros que inexplicavelmente nos passam ao lado.
Este foi um deles.
E nem o ter sido publicado em 1985 serve como desculpa porque o seu autor, Carl Sagan, escreveu outros sobre um tema pelo qual sempre tive grande interesse e que é a existência de vida e inteligência noutros pontos do Universo pelo que já o devia ter lido.
A verdade é que não o lera.
Curiosamente já vi, no cinema e depois na televisão, um excelente filme baseado nele com o mesmo título e no qual Jodie Foster faz mais uma brilhante interpretação.
Filme de 1997 dirigido por Robert Zemeckis.
Pois nem isso me chamou a atenção para o livro.
Mas como não há mal que sempre dure tive agora, finalmente, a oportunidade de o ler com imenso interesse pelo tema e a curiosidade de saber até que ponto livro e filme tinham correspondência entre si.
Correspondem.
Embora o livro seja mais interessante que o filme como quase sempre acontece nas adaptações cinematográficas de obrar literárias de sucesso.
O livro, em si mesmo, é muitíssimo interessante porque nele Carl Sagan conseguiu misturar a história e o romance  com uma visão cientifica avançada mas perceptível para todos os leitores o que não é nada fácil atendendo aos temas que versa.
Gostei muito e recomendo.
Depois Falamos

quarta-feira, março 25, 2015

Peço Desculpa

                                     
Peço desculpa de alguma insensibilidade que possa parecer transparecer do texto que se segue mas em boa verdade não é nada disso.
Ontem caiu mais um avião.
Que fazia a viagem entre Barcelona e Dusseldorf e que por razões ainda desconhecidas se despenhou sobre os Alpes franceses matando as 150 pessoas que seguiam a bordo.
Maioritariamente alemães e espanhóis mas.ao que se sabe, nenhum português.
Todos os dias morrem pessoas em acidentes do mais diverso género, desde acidentes de circulação a acidentes de trabalho, e isso faz parte do dia a dia de todos nós.
É evidente que 150 pessoas de uma vez é mais invulgar,é verdade, mas ainda a semana passada morreram no Iemen 142 pessoas num atentado bombista e o assunto não teve sequer um décimo da repercussão do acidente de ontem.
Como todos os dias morrem dezenas,centenas, milhares de pessoas no Sudão, na Somália,na Síria, no Iraque e noutros teatros de conflito sem que a comunicação social portuguesa lhes dedique mais do que notas de rodapé.
Ontem, hoje e nos próximos dias tudo será diferente com este acidente.
Atraídas pelo sangue como borboletas pela luz as televisões portuguesas montaram um autêntico arraial em volta de um acidente que se lamenta mas que a nós portugueses não diz nada directamente dada a ausência de compatriotas nesse voo.
Querem RTP, SIC, TVI lá saber disso.
Enviados especiais a Barcelona, a Dusseldorf, ao local do acidente, ligações em directo várias vezes ao dia, o que importa é alimentar o "voyeurismo" de quem se "alimenta" deste tipo de informação e notícias.
Lamentável.
Mas ,em boa verdade, nada que nos admire vindo de onde vem
Depois Falamos

terça-feira, março 24, 2015

segunda-feira, março 23, 2015

Douglas e Assis

O Vitória tem dois excelentes guarda redes.
Excelentes profissionais, excelentes pessoas, homens com H grande. 
E por isso a baliza vitoriana nunca foi, ao longo da presente temporada, uma preocupação para os responsáveis técnicos do clube nem para os adeptos que sempre olharam para ambos os guarda redes sem preconceitos nem ideias pré concebidas.
Naturalmente Douglas começou a época como titular.
Fruto do trabalho dos anos anteriores e da confiança que nele depositava o treinador Rui Vitória e restante equipa técnica.
E começou muito bem, com excelentes exibições e transmitindo segurança absoluta.
Depois teve o azar de se lesionar, frente ao Boavista, e avançou Assis para a titularidade.
Olhado com desconfiança por alguns, muito por força de chamadas atípicas e em jogos de grande responsabilidade nos anos anteriores , a verdade é que soube agarrar o lugar e realizando um conjunto de excelentes exibições convenceu os mais cépticos quanto ao seu valor e afirmou-se como dono da baliza relegando Douglas(entretanto recuperado) para o banco dos suplentes.
E Assis jogou tão bem (quem não não se lembra das grandes exibições em Braga e no Dragão por exemplo ?) que só não ficou convencido do seu valor quem preferiu teimar nas ideias pré concebidas em vez de ter a humildade de dar o braço a torcer.
Aliás os números são inequívocos.
Douglas fez 11 jogos na Liga (1 incompleto) nos quais sofreu 16 golos à média de ,1,36 golos por jogo. A equipa fez nesses jogos 17 pontos à média de 1,54 pontos por jogo oriundos de 5 triunfos e dois empates.
Assis fez 16 jogos( 1 incompleto) nos quais sofreu 13 golos à média de 0,81 golos por jogo. A equipa fez nesses jogos 26 pontos à média de 1,62 pontos por jogo oriundos de sete vitórias e cinco empates.
Cada um deles esteve em quatro derrotas e esse é o único item em que estão empatados.
E por isso a estatística é clara.
O rendimento de Assis, esta época e até ao momento, tem sido superior ao de Douglas.
Fez mais jogos, sofreu menos golos (absolutos e em média) , contribuiu para a conquista de mais pontos em termos absolutos e também em média.
Não quero com isto dizer que deve jogar um ou outro.
Isso compete a Rui Vitória.
Por mim tenho total confiança em ambos e fico muito satisfeito por o nosso clube ter dois guarda redes de tamanha qualidade.
Mas há duas coisas que tem de ser ditas.
Depois dos 16 jogos a titular que fez Assis não merecia ser afastado ao primeiro erro(em Paços de Ferreira)porque vinha realizando exibições de excelente nível e um guarda redes não se muda por um só erro ainda por cima numa equipa que tantos vem cometendo nos últimos dois meses.
Até porque há colegas de outras posições que sem um único "acerto" continuam a merecer a confiança do treinador como é o cada vez mais chocante caso de Sami.
A outra é que tenho as maiores dúvidas que o afastamento de Assis em favor de Douglas não tenha tido outras motivações na sua origem para lá do tal erro no primeiro golo do Paços que serviu de pretexto.
A semana passada o jornal "A Bola" ,destinatário preferido das "fugas" de informação do Vitória, noticiava que Douglas será titular até final da época.
E há duas coisas de que tenho a certeza:
Uma é que não foi Rui Vitória quem lhes deu essa garantia.
A outra que isso vai ser uma realidade.
Até nas entrelinhas é fácil ler.
Depois Falamos

P.S. Que fique bem claro que nada disto belisca minimamente Douglas. É um excelente profissional, um grande guarda redes,não tem nada a ver com as manobras de bastidores e  a baliza está-lhe muito bem entregue 
Como esteve a Assis.

domingo, março 22, 2015

O Nosso 14

Estes da fotografia, uma vezes em maior número e outras em menor, são os únicos que estão a "jogar" ao nível da primeira volta e por isso merecem um justo destaque.
Quanto aos que pisaram o relvado de Alvalade, e numa perspectiva imbuída do espírito pascal, há a dizer o seguinte um a um:
Douglas: Sofreu quatro golos, sem culpa em nenhum, e não teve muito mais que fazer. Na baliza não está o problema. Nem nunca esteve ao longo da época.
Plange: Rui Vitória insiste em que ele está preparado para jogar na primeira equipa e em que a sua adaptação a lateral foi um sucesso. Infelizmente parece-me estar enganado em ambas as questões. Amorim, misteriosamente dispensado, é e será sempre melhor lateral que Plange.
Josué: Numa defesa a meter "água" por todo o lado vai assumindo o papel de pronto socorro. Não chega é para tantas encomendas. Apesar de tudo um dos melhores em Alvalade.
Kanu: Passou de não convocado a titular depois da lesão de João Afonso. Não tem justificado a preferência em relação a Moreno. Muitas dificuldades face a Slimani e Cia. Foi o autor do nosso golo numa emenda oportuna.
Bruno Gaspar: Um bom lateral direito e um apenas sofrível lateral esquerdo. Num jogo face a um adversário com bons extremos (Nani, Carrillo, Mané) o Vitória "inventou" nas duas laterais. Dificilmente o resultado podia ser outro.
Bouba: Um jogo discreto e sem a influência que exercia na equipa tempos atrás.
André: No filme "O Clube dos Poetas Mortos" há uma frase dos alunos em relação ao professor (interpretado por Robin Williams) que ficou célebre: "Oh Captain, my Captain..."
Aplica-se plenamente ao actual momento de André e ao jogo que fez em Alvalade.
Bernard: Alguém terá de lhe explicar, porque me parece algo esquecido, que o futebol é um jogo de equipa. Jogar para o brilho individual não é boa estratégia. Especialmente quando não há...brilho!
Alex: Outro dos que escapou,mas por pouco, à palidez que foi regra. Procurou jogar simples e levar a equipa para a frente. Mas com o recuo para lateral(para remediar um erro de escalonamento) até as boas intenções desapareceram.
Tomané: Talvez o melhor vitoriano na noite de Alvalade. Não regateou esforços, correu toda a frente de ataque (onde esteve sozinho até à entrada de Valente), criou os poucos lances com alguma objectividade do ataque vitoriano. Em tempo de Páscoa foi o "cordeiro" destinado ao sacrifício. Mais uma vez.
Sami: Titular, segundo a ficha oficial do jogo, saiu aos 58 minutos sem ter jogado.
Valente: Primeira opção de Rui Vitória trouxe alguma agressividade ao ataque e protagonizou uma ou duas jogadas de perigo para o ultimo reduto leonino. Justificava-se ter entrado mais cedo. Desde o primeiro minuto para ser mais objectivo.
Gui: Um remate de cabeça com algum perigo. Mais nada.
Otávio: Entrou numa altura em que o destino do jogo estava traçado há muito.Mas entrou...
Assis, Moreno, Cafu e Ivo Rodrigues não foram utilizados.
Vem aí duas semanas de paragem antes da agora importantíssima recepção ao Arouca a três de Abril.
Nestes dias se ganhará(ou perderá) o apuramento europeu face ás reflexões que terão de ser feitas e decisões que terão de ser tomadas por Rui Vitória e a sua equipa técnica. 
Melhor que ninguém eles saberão que há coisas que tem de mudar na equipa.
Porque a margem de erro acabou!
Depois Falamos

Via Sacra

Com o aproximar da Páscoa o Vitória prossegue cristamente a sua própria via sacra, feita de dor, abandono, sacrifício, despojo das riquezas(podem ler pontos) acumuladas e pelo caminho ajuda caritativamente os pobres, os doentes, os arruinados, os carentes, os tesos e os remediados.
Hoje a via sacra teve em Alvalade mais uma das suas etapas.
Onde o clube mais cristão da 1ª Liga não se furtou à sua responsabilidade de ajudar quem precisava, e de dar moral a quem com ela andava de rastos, e assim prestou-se a levar uma cabazada de uma equipa banal a quem na primeira volta tinha dado uma lição de jogar bom futebol.
Hoje, em relação a essa primeira volta, apenas uma das equipas mudou.
A cristã.
Para muito pior.
Porque a outra continua a ser uma equipa banal e que vai ficar em terceiro lugar porque as duas melhores equipas do Minho desistiram de lutar por essa posição.
Ao ponto de não ter qualquer receio de afirmar que o Vitória da primeira volta, em condições normais, teria vencido hoje o Sporting com alguma naturalidade.
Acontece que esse Vitória, infelizmente, deixou de existir por culpa própria depois de uma época de reabertura de mercado em que se "suicidou" desportivamente de várias formas desde a saída de jogadores que lhe fazem uma tremenda falta até à entrada de elementos que apenas vieram corroer uma das principais caracteristicas da equipa que era a coesão e a solidariedade interna.
Sem que a culpa seja de quem veio como é óbvio.
São profissionais e vieram para onde os mandaram.
A responsabilidade é em primeiro lugar de quem os foi pedir e em segundo de quem os põe a jogar sem que nas suas exibições haja algo que o justifique.
Depois disto que mais dizer sobre a via sacra de hoje?
Que o Vitória fez mais uma exibição fraquissima, em que marcou um golo caído do céu no único remate que fez à baliza, na qual se viram exibições penosas de jogadores que meses atrás nos enchiam a alma vitoriana de satisfação?
Ou que entramos em campo já a perder face ao escalonamento da equipa, à aposta num Sami que esteve 58 minutos de total nulidade em campo e em que inacreditavelmente se voltou a apostar num lateral direito que nunca o será (pelo menos numa equipa com as nossas responsabilidades)e para isso se transformou um bom lateral direito num apenas sofrível lateral esquerdo?
Pode dizer-se isto(e muito mais) mas era "bater nos ceguinhos" e a aplicação das virtudes cristãs, especialmente nesta época pascal, é da responsabilidade de todos nós  pelo que também me fico por aqui.
Esperando que a paragem no campeonato sirva aos responsáveis, incluindo Rui Vitória, para uma séria reflexão quanto ao que vão fazer nas próximas oito jornadas.
Porque mesmo sem sabermos o resultado do Vitória FC-Paços de Ferreira(apenas se joga amanha)sabemos que temos três equipas a quatro pontos de distância.
E se o Paços ganhar em Setúbal fica apenas a um ponto!
Ou seja o apuramento europeu está em risco.
Um risco cada vez mais sério!
Depois Falamos

P.S. E eu sou dos que pensa que o Vitória tem de ficar sempre nos cinco primeiros.
Sempre!

Sucessores...

Ontem, a propósito de rigorosamente nada, o Diário de Notícias resolveu alinhavar mais um conjunto de sucessores de Passos Coelho na liderança do PSD (como se por acaso esse assunto estivesse na ordem do dia) aproveitando para juntar mais um nome aqueles de que periodicamente se vai falando com maior ou menor frequência.
Sabe-se como aparecem estas "notícias" pre fabricadas, sabe-se o jeito que dão para tentar introduzir "ruído" onde há harmonia, percebe-se que quando o outrora mirifico novo líder do PS é cada vez mais contestado dentro do...PS elas contribuem para o desviar de atenções.
Para além de serem uma prova de vida para alguns.
A verdade é que dispersa a "espuma" da "noticia" o que fica é...nada!
Ainda assim serve, ao menos,para uma pequena reflexão sobre como no PSD se encaram as lideranças.
Que quando ganham são glorificadas e quando perdem parece que tem de ser obrigatoriamente "defenestradas" tão depressa quanto possível.
O pior exemplo disso foi em 2005 quando Pedro Santana Lopes perdeu as legislativas e ainda os votos não estavam contados em todas as mesas do país e já alguns, que tinham feito a campanha ao lado de PSL, apareciam a exigir a sua demissão imediata.
Com uma falta de vergonha, de solidariedade politica e de ética partidária que constituiu um momento triste da vida do partido.
Até porque Santana Lopes, nas condições em que "herdou" partido e governo e vitima de um golpe de Estado com epicentro em Belém, podia e devia ter continuado na liderança do PSD.
E por isso, esperando sinceramente que Pedro Passos Coelho continue como primeiro ministro e líder do PSD depois das próximas legislativas, não estou nada certo que se os portugueses não o reconduzirem no primeiro cargo os militantes do partido não o reconduzam no segundo se for essa a sua vontade.
A seu tempo se verá.
Certo estou é que se PPC decidir sair fruto de uma derrota eleitoral os militantes mais depressa premiarão quem nada fez para que isso acontecesse do que aqueles que por acção ou omissão andam a contribuir para que isso eventualmente aconteça.
Quanto aos nomes referidos pelo DN nada de novo.
Misturam-se pessoas com credibilidade para o cargo com outras que só podem ser fruto de um Carnaval tardio e pelo caminho promovem-se nomes de que ninguém se lembraria sem estas notícias pré fabricadas.
Técnicas que qualquer agência de comunicação, ainda que de vão de escada, conhece perfeitamente.
Depois Falamos .

sexta-feira, março 20, 2015

Sorteados!



São estes os jogos dos quartos de final da Liga dos Campeões.
Que, do meu ponto de vista, deixam claros favoritos para as meias finais.
Jogo a jogo:
PSG e Barcelona reeditarão um duelo de edições anteriores e uma vez mais o clube catalão é o favorito.
Tem melhor equipa, melhores jogadores, melhor futebol e a vantagem extra de Messi estar de regresso à sua melhor forma e muito bem acompanhado por alguns super talentos como Iniesta, Neymar e Suarez.
É certo que do outro lado estão Ibrahimovic (apenas no segundo jogo), Cavani, Lavezzi, Pastore e os centrais da selecção brasileira David Luiz e Thiago Silva.
Mas o Barcelona é melhor e vai passar.
No derbi de Madrid está a minha maior duvida quanto a estes quartos de final.
O Real é favorito, até por jogar a decisão em casa, mas desde que Simeone treina o Atlético tem sido comum ver a segunda equipa de Madrid ganhar à primeira.
É a reedição da final do ano passado e por isso a eliminatória mais em aberto.
No Juventus vs Mónaco está uma eliminatória com favorito claro.
A equipa italiana é demasiado forte para uns monegascos que já foram mais longe do que esperavam nesta edição.
E resta o Porto vs Bayern.
Caso para dizer que saiu uma grande "fava" à equipa portuguesa ao apanhar um dos dois principais favoritos a vencer a competição.
Os alemães são melhores que os portugueses jogador a jogador, sector a sector, equipa por equipa.
Tem jogadores de um talento extraordinário (Robben, Ribery, Thomas Mueller, Neuer, etc) que fazem a diferença em jogos decisivos como este.
E ao nível dos grandes jogadores do Bayern o Porto não tem ninguém.
Jackson, Quaresma, Brahimi são muito bons mas não estão no patamar das estrelas bávaras.
E ainda por cima o jogo decisivo será em Munique onde o Bayern tem despachado alguns adversários com resultados pesados.
Claro que são inevitáveis as comparações com a final de 1987 ganha pelo Porto.
Passaram quase trinta anos e por isso as realidades nada tem a ver uma com a outra.
É verdade que em 1987 o Bayern já tinha uma equipa superior ao Porto e os portugueses acabaram por ganhar com todo o mérito.
Acontece que nessa final o Porto tinha dois jogadores de categoria mundial:
Madjer e Futre.
E agora não tem nenhum.
Em conclusão parece-me fácil prever que nas meias finais estarão Barcelona, Real Madrid, Bayern e Juventus.
Só dois jogos perfeitos de qualquer outra das equipas evitará isso.
Em qualquer dos casos vamos ter oito grande jogos a caminho de umas meias finais absolutamente sensacionais.
Depois Falamos

quinta-feira, março 19, 2015

Somos Favoritos!

Fernando Sá, que não é de meias palavras e muito menos de prestar vassalagem a pseudo "grandes", foi muito claro nas suas declarações quanto a esta final a 8 da Taça de Portugal de basquetebol.
"O Vitória é favorito".
Naturalmente que não é preciso realçar o gosto, o prazer , a emoção que é ver alguém falar assim em nome do nosso clube afirmando uma ambição e uma vontade de ganhar em que todos os vitorianos se revêem certamente.
Porque quem assim fala...entende-nos.
Porque quem assim fala...percebe o clube para o qual trabalha.
Porque quem assim fala...fala directamente ao coração dos vitorianos.
Este é o ADN Vitória.
E mesmo sabendo que  nas meias finais poderemos encontrar o DDT do desporto português, mais o seu orçamento obsceno , o seu treinador que gosta de provocar e alguns jogadores que nasceram quando a inteligência e a boa educação estavam de férias, mesmo assim Fernando Sá assume sem receios o favoritismo.
Sabendo que poderá não ganhar.
Mas passando a mensagem que interessa e com a qual nos identificamos sempre neste clube e em qualquer modalidade.
Queremos ganhar. Não temos medo deles nem de ninguém!
E perante isto a nós, adeptos, resta fazermos o resto.
Enchermos o pavilhão e darmos à nossa equipa o suplemento de "alma" que pode fazer a diferença quer em relação aos "apitadores" que vão aparecer quer aos adversários que estão habituados a jogar em pavilhões quase desertos incluindo o DDT.
Porque dos adversários...tratam eles!
Depois Falamos

quarta-feira, março 18, 2015

São Estes!

Concluídos os oitavos de final da Liga dos Campeões estão definidos os oito melhores clubes da presente edição que vão disputar agora os quartos de final.
Barcelona, Real Madrid, Atlético de Madrid, Porto, PSG, Mónaco, Juventus e Bayern de Munique.
Três espanhóis, dois franceses, um português, um italiano e um alemão!
Dois oito há cinco que já foram campeões europeus e todos por mais que uma vez.
Real Madrid, Barcelona, Bayern, Juventus e Porto.
Outro, o Atlético de Madrid, já disputou duas finais mas perdeu ambas e o Mónaco esteve numa final (com o FCP) e perdeu-a por isso o PSG é o único dos oito que nunca jogou uma final da Champions o que atesta bem a valia deste lote de equipas.
Dizia há momentos Pep Guardiola que nesta fase já não há por onde escolher porque são todos bons.
É verdade que sim.
Mas a "diplomacia" do grande treinador espanhol não esconde a realidade.
São todos bons,é verdade, mas há uns que são melhores que outros e esses serão os grandes favoritos à vitória final.
É evidente que o sorteio de 6ª feira vai ser muito importante pelos "acasalamentos" que vai proporcionar e que podem permitir que clubes teoricamente menos fortes possam continuar em prova enquanto outros mais fortes ficarão pelo caminho.
Há que esperar para saber as previsões que se podem fazer.
Neste momento face aos apurados sou de opinião que há dois favoritos ao triunfo final.
Barcelona e Bayern de Munique.
São, para mim, as duas melhores equipas.
A seguir aparecem Real Madrid e Juventus equipas com grande jogadores e grande historial na prova que embora menos fortes que as duas que referi são ainda assim suficientemente fortes para não temerem qualquer delas.
Dificilmente o campeão europeu deixará de ser um destes quatro clubes.
Depois vem PSG, Porto e Atlético de Madrid que estão num patamar claramente abaixo dos quatro favoritos o que não significa que qualquer um deles, até pelos caprichos do sorteio, não possa acalentar as suas esperanças de chegar longe.
E o Atlético é o vice campeão em titulo convém não esquecer.
Resta o Mónaco de Leonardo Jardim, teoricamente o mais fraco dos oito e aquele com quem todos querem jogar nos quartos de final, mas convém não esquecerem que ao Arsenal custou caro subestimar os monegascos.
Sexta feira se saberá o que as bolas da sorte destinam a cada clube.
Depois Falamos

Que Jogo!

O Barcelona -Manchester City foi daqueles jogos que faz o futebol uma modalidade inigualável.
Um jogo intenso, disputado no terreno todo, em que à supremacia dos catalães opuseram os ingleses uma enorme entrega ao jogo(ás vezes excessiva convenhamos)que lhes permitiu saírem de Camp Nou com uma derrota mínima quando podiam perfeitamente ter sido goleados tantas as oportunidades desperdiçadas pelo Barcelona.
E na noite de Barcelona duas estrelas brilharam a uma altura extraordinária.
Messi que a jogar, a driblar , a assistir colegas e a criar oportunidades mostrou estar de volta à sua melhor forma e um imenso Joe Hart que se revelou uma barreira quase intransponível tantas as oportunidades de golo que negou aos catalães com um espantoso conjunto de defesas.
Então na segunda parte devem ter andado pela dezena o conjunto de defesas que protagonizou.
Simplesmente espantoso.
Apenas Rakitic conseguiu "furar" aquela imensa muralha e os postes ajudaram em mais duas ocasiões em que Hart não foi suficiente.
A contrapor a esse vendaval de futebol ofensivo protagonizado pelo melhor tridente atacante do futebol mundial (Messi-Neymar-Suarez)o City contrapôs três oportunidades claras de golo a mais evidente das quais foi o penalti falhado por Aguero ou defendido por Ter Stegen conforme preferirem.
Foi daqueles jogos em que um 6-2 seria um resultado correspondente ao que se viu.
Passou a melhor equipa da eliminatória, com imensa justiça, e reafirmou que é uma das grandes candidatas a vencer a prova.
Quiçá a maior.
Depois Falamos.

P.S. Outro espectáculo foi ver Guardiola , hoje treinador do Bayern de Munique, a vibrar com as jogadas de Messi e o golo de Rakitic.
Profissionalmente está noutro lado mas Barcelona é a sua terra e o Barça o seu clube de coração.
Ao qual, como jogador e treinador,deu muito!

terça-feira, março 17, 2015

E Agora Rui?

O mais fácil no futebol é culpar os treinadores pelos maus resultados.
São o bode expiatório mais à mão de semear.
Podem as direcções dirigir mal, os jogadores jogarem pouco, os departamentos médicos serem ineficientes mas o primeiro a ser responsabilizado é sempre o treinador e a primeira panaceia para resolver os problemas é despedi-lo.
Despedindo um (mais a sua equipa técnica) aliviam-se as responsabilidades e culpas de muitos.
Estou naturalmente desiludido com a segunda volta do Vitória.
Com os resultados, com algumas exibições, com a falta de golos e de pontos que vem caracterizando as ultimas semanas da nossa equipa A.
E não estou de acordo com todas as opções de Rui Vitória.
Desde tácticas de jogo a opções que faz nas convocatórias, no onze inicial e nas substituições durante as partidas.
Mas estou de acordo com muitas outras.
E como eu qualquer vitoriano que goste de futebol e veja os jogos do Vitória.
Mas é assim com Rui Vitória como seria com Mourinho ou Guardiola ou qualquer outro treinador do mundo do futebol.
Porque um dos grandes atractivos desta maravilhosa modalidade é o permitir que cada um de nós seja treinador de bancada, alinhave as suas tácticas, faça as suas convocatórias , escale a sua equipa e faça as suas substituições durante o jogo.
Quero com isto tudo dizer que estando o Vitória numa crise de exibições e resultados, que nos acabrunha a todos depois do que a primeira volta nos permitiu sonhar, continuo a acreditar firmemente que Rui Vitória faz parte da solução e não do problema como outros responsáveis do clube.
E é com ele ao leme que vamos sair da crise!
Porque ao avaliarmos o actual momento da equipa temos de ter memória.
Não a memória que interessa a alguns, e que é falar de uma Taça ganha em futebol e que parece ser desculpa e justificação para tudo (ponham os olhos no basquetebol que já ganhou duas e este fim de semana vai tentar ganhar a terceira sem se ouvirem os seus responsáveis a falarem repetitivamente do passado), mas sim a memória do que tem sido o percurso de RV e da sua excelente equipa técnica nestes quatro anos de clube.
Quatro anos em que teve de reconstruir a equipa todos os anos  e ás vezes mais que uma vez por ano.
Quatro anos em que teve de conviver regularmente com um balneário com salários em atraso.
Quatro anos em que viu partir os seus melhores jogadores.
Quatro anos em que lançou jovens talentosos mas pouco pôde desfrutar do seu talento.
Quatro anos em que teve muitas vezes, na defesa do supremo interesse da sua entidade patronal, de fazer cara alegre a coisas feias.
Quatro anos em que teve de assistir a invasões de treinos e intromissões nos balneários sem uma palavra de repúdio por parte de quem a devia ter tido.
Pior.  Propiciadas por quem devia impedi-las.
Quatro anos em que decisões "comerciais" se sobrepuseram a opções desportivas.
E nestes quatro anos, mesmo com os seus erros próprios que são tão inegáveis quanto humanos, Rui Vitória foi o grande(quantas vezes único) factor de estabilidade da equipa de futebol A.
E por tabela do próprio clube.
Resistindo a vicissitudes diversas.
Que foram de ele próprio (para além dos jogadores como é sabido) ser "oferecido" ao mercado a ter sido nomeado no inicio desta temporada como manager com poderes absolutos na gestão do plantel (foi o que se anunciou)para depois cair na realidade de ser apenas ouvido, e nem sempre, nos vários negócios que foram feitos.
Situação que teve o seu triste corolário na transferência de Traoré para o Basileia!
Rui Vitória tem, como qualquer ser humano, as suas qualidades e defeitos.
Tem,contudo, uma qualidade extraordinária que é a de ser extremamente leal ao clube para o qual trabalha, colaborante com a sua direcção, sempre preocupado em contribuir para a resolução dos problemas e em não fazer o que quer que seja que os possa criar.
E essa qualidade que é extremamente louvável tem,porém, o condão de em certas situações acabar por se transformar num defeito.
Que é o de fazer dele o bode expiatório de situações e desencantos pelos quais não é responsável.
Aqui chegados é pois tempo de perguntar e agora Rui?
Agora o que fazer para devolver à equipa a sua aura conquistadora e a sua apetência por ganhar.
Sabemos que jogadores decisivos (Hernâni e Traoré) ou que podiam ser opções importantes (Defendi, Barrientos, Crivellaro, Amorim) já cá não moram.
E que dos chamados reforços de Janeiro apenas Valente o é de facto porque os outros não vieram acrescentar nada ao que já cá havia.
Oferecem mais diversidade mas não mais qualidade.
Mas é o que temos.
E se com o que tínhamos nos podíamos bater com Sporting e Braga com o que temos a nossa obrigação continua a ser sermos superiores a Paços de Ferreira e Belenenses.
E isso tem de começar sábado em Alvalade.
Talvez apostando nos jogadores que vão estar cá para o ano  e para os quais não é indiferente ir ou não ir à Europa com a camisola do Vitória.
Talvez convocando e alinhando uma equipa, e montando a respectiva estratégia, com base na sua mais profunda convicção de que é a melhor equipa naquele momento e para  aquela circunstância.
Talvez, sem abdicar da lealdade que é uma sua boa imagem de marca, compenetrando-se de que tem um nome a defender e a ambição de uma carreira a fazer e estas segundas voltas  em nada contribuem para que essa ambição se revista de caracteristicas motivadoras para futuras entidades patronais.
Não sou ninguém para dar conselhos a Rui Vitória.
A não ser um adepto que quer o melhor para o clube e acredita convictamente que Rui Vitória ,tendo as suas responsabilidades no "problema", faz parte da solução necessária a devolver o Vitória ao caminho dos triunfos.
Depois Falamos.

domingo, março 15, 2015

A "Arte" do Bitaite

bitaite 
(origem duvidosa)

substantivo masculino

[Portugal, Informal]  Comentário ou opiniãogeralmente sem fundamento ou sem pertinência (ex.: mandar bitaites sobre futebol). [Equivalente no português do Brasilpitaco.] = BOCABITATEPALPITE
Palavras relacionadas:
.
(Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

Foi o falecido professor Hernâni Gonçalves quem popularizou o termo bitaite, e a respectiva adaptação ao futebol, ao ponto de ter ficado para todo o sempre conhecido como o "Professor Bitaites".
Que ele aplicava com muita piada e sem ofender ninguém.
Foi um percursor dos "mind games" actualmente tão em voga.
E por isso não admirou que num país que "respira" futebol, e em que as provocações ao adversário são o pão nosso de cada dia, o bitaite se transformasse rapidamente numa verdadeira instituição nacional ao serviço de todas as estratégias dentro e fora dos relvados.
Dirigentes, treinadores, jogadores, comentadores, jornalistas todos se converteram ao bitaite.
E por isso não admirou que nas ultimas eleições no Vitória o bitaite também por lá andasse.
Na falta de uma lista opositora deu jeito inventar um "inimigo" externo à lista única e atacá-lo à "bitaitada" como forma de justificar algumas coisas e dar moral a "tropas" cuja mobilização não brilhava pela intensidade nem pelo entusiasmo.
Confesso que achei alguma piada.
Pelo estilo, pela imaginação prodigiosa, pela novidade que constituiu face ao "discurso" anterior ou até à falta de discurso quando ele se justificava para defender o clube dos verdadeiros inimigos.
E assim se ouviu falar de "inimigos que conspiravam diariamente á mesa dos cafés", de "agendas ocultas", de "faróis" cuja luz dirigia os críticos ou de uso intensivo de redes sociais para criticar" tudo e todos".
Passaram as eleições, a lista única foi reeleita pelos sócios que nela entenderam votar, o clube/SAD voltou ao dia a dia longe da diversão "bitaitica".
E voltou à dura realidade.
A realidade de uma equipa A de futebol em queda livre, a confirmação de que as mexidas no plantel em Janeiro foram um grande erro, a sensação instalada de que a desorientação é cada vez maior e a certeza de que a gestão desportiva é inconsequente.
E ,claro, voltaram os discursos errados no conteúdo e no timing.
Antes, no pré eleições, já se tinham ouvido coisas tão difíceis de entender como de conciliar,
Como a não obrigação de ficar nos 5 primeiros em simultâneo com a ambição de um apuramento para a Champions num prazo de três anos.
Agora fala-se na ambição europeia quando o tempo de o fazer tinha sido na primeira volta com a equipa em alta e em que um discurso ambicioso seria ainda mais motivador para jogadores e adeptos. 
Neste momento serve apenas para colocar pressão onde ela já existe em excesso na sequência de maus resultados, más exibições e perda de pontos atrás de pontos.
Pelo caminho enfraqueceu-se aquilo que nunca poderia ter sido enfraquecido se existe ambição desportiva e associativa.
Enfraqueceu-se a equipa, com as mexidas de Janeiro, e a motivação dos adeptos com um negócio com o Porto que é devastador para o nosso orgulho associativo.
Passaram as eleições repito.
E a equipa está como se vê!
A fazer perigar o apuramento europeu , a desbaratar o que de bom fez na primeira volta, a desvalorizar continuamente os seus principais activos.
E a responsabilidade não está nas mesas de café, nas luzes de faróis,em agendas ocultas ou nos frequentadores de redes sociais.
Está em quem dirige.
E não há "arte" do bitaite que consiga esconder isso.
Depois Falamos.

sábado, março 14, 2015

O Nosso 14

Os adeptos cumpriram.
E acorreram em bom número embora ainda longe de outras tardes e noites que todos recordamos.
A verdade é que apelos á presença feitos pelo presidente , pelo treinador, pelos jogadores, mais vídeos promocionais e uma enxurrada de convites ajudam mas não substituem o essencial.
Uma equipa que jogue bem, dê espectáculo, marque golos e ganhe jogos.
E o actual Vitória não garante nada disso.
Individualmente:
Douglas: Sem culpa no golo pouco mais de difícil teve para fazer.
Bruno Gaspar: Sem saliências especiais, quer pela positiva quer pela negativa, fez um jogo regular.
Josué: Numa equipa em queda tem sido uma das excepções pela qualidade que tem transmitido. Bem a defender e bem a sair para o ataque com a bola. Uma certeza numa equipa com algumas incertezas.
Kanu: Cumpriu sem comprometer nem brilhar.
Chemman: Reapareceu mas pese embora uma primeira parte interessante não convenceu muito por força da forma como foi ultrapassado no lance do golo. Luís Rocha, o melhor lateral esquerdo do plantel, continua misteriosamente arredado da equipa A.
Bouba: Exibição discreta. Depois da lesão tarda a recuperar a forma.
Otávio: Muito interveniente no jogo procurou definir jogadas no ultimo terço com passes para os avançados. Exibição positiva mas sem deslumbrar. Longe disso.
André: Não regateia esforço mas está num momento menos bom de forma. Ainda assim garante classe no meio campo.
Valente: Inconformado, lutador, bate-se sem receio (como foi bem evidente...) mas a fortuna não lhe bateu à porta por mais que a procurasse. Teve uma oportunidade clara mas o guarda redes defendeu com alguma sorte à mistura.
Tomané: Forma com Valente uma dupla interessante embora desta vez sem resultados práticos Bateu-se com empenho mas tal como o colega viu o guarda redes defender, outra vez com alguma sorte, a única oportunidade clara de que dispôs.
Alex: Na primeira parte quase se pode dizer que o Vitória foi Alex mais dez tal a sua preponderância no comando do jogo da equipa. Uma muito boa exibição. Na segunda parte quando se esperava que da qualidade de passe resultassem situações de golo viu-se obrigado a recuar para o lugar de Chemman ficando muito longe das zonas onde o seu discernimento podia fazer a diferença.
Areias: Lançado na expectativa que o seu "faro" de golo fizesse a diferença não teve oportunidades para tal. O estilo de jogo de Areias pede flanqueadores e o Vitória não os teve.
Zitouni: A sua entrada procuraria garantir posse de bola, qualidade de passe e distribuição de jogo a partir de zonas mais recuadas. Bateu-se com denodo mas sem felicidade.
Gui: Ultima aposta de RV foi aquilo que de mais parecido a equipa teve com um flanqueador. É um jogador irrequieto,imprevisivel, lesto no um para um. Ainda teve algumas iniciativas pela direita mas inconsequentes.
Assis, Moreno, Cafu e Ivo Rodrigues não foram utilizados.
Já noutra publicação o disse e aqui reitero.
Lesões e castigos são atenuante mas não são desculpa.
Porque se é verdade que Bernard, Álvez, João Afonso e Bruno Alves davam mais opções a RV é igualmente verdade que nenhum deles faria uma diferença gritante em relação aos que jogaram.
E ninguém no seu perfeito juízo dirá que essa diferença seria assegurada por Plange ou Sami!
Os que podiam fazer realmente a diferença,esses, já cá não moram.
Depois Falamos.

"Complicador" Ligado

A hipótese do terceiro lugar perdemo-la com o claro enfraquecimento da equipa no mercado de Janeiro.
A do quarto lugar temo-la vindo a perder nas ultimas semanas com exibições frouxas, opções discutíveis e constantes alterações na equipa (também por força de lesões há que reconhecê-lo) em busca de um "onze" que nos reponha no bom caminho.
Hoje teremos comprometido, praticamente em definitivo, essa possibilidade de ainda ficarmos no quarto lugar depois de segunda derrota consecutiva face a adversários claramente acessíveis enquanto o Braga também perdia dois jogos seguidos mas perante as duas melhores equipas da Liga.
Ou seja onde devíamos ter recuperado seis pontos recuperamos,,,zero e mantemos-nos á mesma distância.
Na próxima jornada vamos a Alvalade enquanto o Braga recebe a Académica pelo que em condições normais a distância ainda vai aumentar.
A verdade é que na segunda volta em 24 pontos em disputa fizemos...seis pelo que até a 5ª posição pode perigar se se mantiver este ritmo de perda de pontos.
Hoje, perante um adversário perfeitamente ao nosso alcance e que não veio a Guimarães com um autocarro à frente da baliza nem recorreu ao anti jogo como tantos fazem, foi mais do mesmo em relação a jogos anteriores.
Futebol sem profundidade, em que ninguém vai à linha cruzar para que os pontas de lança possam rematar de frente para a baliza, meio campo pouco criativo e uma equipa que não regateia esforços mas que animicamente parece estar nas "lonas".
Assistimos a um jogo "entretido" (como diria o grande Quinito deste enfrentamento entre os "seus" Vitórias) com uma grande oportunidade  para cada lado(Valente e Rambé), na primeira parte, e praticamente o mesmo na segunda com os setubalenses a chegarem ao golo num lance feliz,é verdade, mas fruto de uma felicidade que procuraram!
O Vitória bem se esforçou,é impossível negá-lo, por chegar ao golo e Rui Vitória chegou a ter em campo três pontas de lança em simultâneo (Tomané, Valente e Areias, todos portugueses e dois formados no clube o que é de destacar) mas isso não foi sinal de criar muitas oportunidades de golo porque faltaram os flanqueadores que as propiciassem.
Apenas um remate acrobático de Tomané criou verdadeiro perigo e isso é manifestamente muito pouco para uma equipa que precisava de ganhar o jogo.
Um mau resultado que compromete as aspirações europeias.
E não vale a pena andarmos em busca de atenuantes com os jogadores impedidos por lesão ou castigo.
É evidente que Álvez e Bernard, em boa forma, dariam mais qualidade mas são os únicos cuja presença poderia trazer algo mais  neste jogo porque aqueles que faziam a equipa  mais forte...já cá não moram.
Paulo Baptista fez um bom trabalho num jogo sem casos polémicos e em que os jogadores não complicaram.
Depois Falamos