São muitos,nos tempos que correm,os factores que contribuem para a descredibilização da política e dos políticos.
Actividade e protagonistas com costas largas nas quais parecem poder assentar todos os males de sociedades em transformação mas com notórias faltas de rumo.
Penso que os políticos ,algumas vezes por culpa própria,também se põe demasiado a jeito para a maledicência e descrédito que parecem rodeá-los de forma obsessiva.
E,nalguns casos,como notória injustiça!
Mas parece ser uma das regras dos tempos que correm.
E o povo,"ajudado" por alguns maus exemplos vindos de onde...não podiam vir,lá vai metendo tudo no mesmo saco.
Daí me parecer que os políticos deviam zelar mais pela sua imagem, pela sua reputação, pela sua actividade .
E serem muito mais selectivos em relação aqueles que os rodeiam.
Daí o atrever-me a deixar aqui, fruto de uma experiência de muitos anos na vida política,algumas sugestões quanto a companhias a evitar.
Dos menos "perigosos" para os "aterradores" aqui vai uma pequena escala:
Desde logo evitar aqueles que dizem nada querer da política.
Que só lá andam por altruismo,companheirismo,vontade de servir ,etc.
São os primeiros a apresentar"factura" independentemente da contribuição que tenham dado seja para o que for.
E para a "cobrança" atropelam quem se lhes meter á frente.
Depois,já num grau de perigosidade maior, evitar firmemente aqueles que dizem que não precisam da política para nada.
Mas como andam lá é porque aquilo que de facto precisam não é confessável.
Caso contrário não andariam nessa actividade de que dizem não precisar.
São já razoavelmente perigosos.
Mas não tanto como esses espécimes despreziveis que vivem das benesses da política dizendo que não são políticos!
Que não fazem campanhas,não "sujam" as mãos a cumprimentar eleitores,não dão um passo útil para a eleição dos políticos.
Mas depois estão na primeira fila para as nomeações para aqueles lugares em que podendo continuar a gabar-se que não são políticos podem continuar a viver confortavelmente com os proventos oriundos da politica.
Da politica rejeitam os ónus e o "mau nome".
Só querem os proveitos e a qualidade de vida.
E,de preferência,pouco trabalho!
Estes são de evitar a todo o custo.
Destroem rápidamente a imagem de qualquer político por melhor que ele seja.
Finalmente o topo de gama (negativa bem entendido) daqueles que devem ser evitados a todo o custo.
Aqueles que andam na política mas afirmam não ter ambições políticas!
Desses o remédio é fugir a sete pés.
Porque são os mais falsos, e perigosos,de todos.
São tão ambiciosos,tão destituidos de escrúpulos,tão capazes de qualquer malfeitoria para atingir os seus objectivos que o melhor é mesmo tratá-los como potenciais delinquentes.
O ideal é nem respirar o mesmo ar.
Porque eles poluem e infectam tudo em que tocam.
Grosso modos são estas as companhias a evitar na política.
Exemplos de cada um dos casos ?
Como diz o meu sábio amigo ,Zeca Mendonça,livros de memórias só depois de reformado!
Depois Falamos
"...Desde logo evitar aqueles que dizem nada querer da política.
ResponderEliminarQue só lá andam por altruismo,companheirismo,vontade de servir ,etc.
São os primeiros a apresentar"factura" independentemente da contribuição que tenham dado seja para o que for..."
Caro Sigilo!
Você foi directo à coisa...
Mas esse tem sido, a seu modo, o comportamento do PSD antes de Manuela Ferreira Leite, salvaguadando conhecidas excepções...
Eu, por exemplo, situo-me no lote que a transcrição em epígrafe dá nota. Mas será essa postura defeito de "cidadania" ou defeito de "partidarite aguda"?
Ve-se mesmo que estou a falar com um PROFISSIONAL da política e que ainda não tem CAE...Cumprimentos!
Caro Anónimo:
ResponderEliminarAcho que na politica,como na vida, as pessoas devem assumir aquilo que querem.
Os falsos despreendimentos inquinam qualquer postura.
Na análise quie fiz não estava pensar particularmente no PSD.
Nele,como nos outros partidos,há gente desta.
E da outra.
Da boa.
Claro que sou politico profissional desde há dez anos.
Mas sou com gosto e sempre o assumi.
Faltou falar de uma espécie: os que trabalham (a destruir, claro), num partido, para que outro controle o país -são as toupeiras. Assim uma espécie de ratazanas...
ResponderEliminarExistem políticos brilhantes e competentes que falham num grande numero de questões. O que é preciso é saber porquê !
ResponderEliminarOs acontecimentos políticos, sociais e económicos dos últimos meses dispensam-me de apontar exemplos para suportar uma tese assim tão forte.
Penso que a razão mais evidente deste falhanço reside no facto que se trata duma profissão na qual se começa muito cedo a fazer carreira e na qual se sentem tão bem que têm dificuldades em ceder o lugar.
Vota-se por um tal ou um tal sobre a base dum programa. Uma vez a competição acabada, o vencedor esquece rapidamente o programa que lhe permitiu de convencer uma maioria de eleitores e desenvolve toda as acções necessárias, com uma grande energia, só com um fim : voltar a ser reeleito.
Quem acompanhar a acção de Nicolas Sarkozy , em França, pode encontrar nele um exemplo do que escrevo. Voltou as costas ao programa para o qual foi eleito e, a meio do mandato, já entrou em campanha de novo para assegurar 2012 !
Mesmo se analisou, em tempo oportuno, as deficiências do SISTEMA e se prontificou a remediar à situação, a través da famosa ruptura com o passado, o resultado foi nulo. E o sistema continua a ser tão injusto como antes!
Mas não será a função do político, justamente, de se preocupar das desigualdades produzidas pelo SISTEMA para as compensar? Metendo as mãos ao lume ?
As instituições representativas dos cidadãos , isto é, eles, os políticos, têm por função de regular a sociedade, em todos os seus aspectos, da justiça à saúde e à educação, entre outros, de regular a economia e a finança e de redistribuir uma parte da riqueza produzida segundo o consenso democrático.
Como escrevi há dias num jornal da nossa terra : “Os políticos são, por vezes, tampões esponjosos enriquecidos e tranquilizados com todos os privilégios, para assim absorver as responsabilidades da insanidade dos mestres do SISTEMA toxico, e que se prestam às criticas mediévicas no circo das televisões e outros média, para dar nas vistas, e assim manter viva esta ilusão grotesca, esta fumarada enganadora que se chama liberdade de expressão, à qual se reduziu a democracia. “
O povo, na sua maioria, por falta de cultura política , não detectará o sentido profundo dum SISTEMA , ao qual pertencem muitos políticos, fundado unicamente sobre o primado do dinheiro, e que, enquanto ele for o mestre, fará do ser humano a ultima coisa desprezável sobre a terra, a derradeira preocupação da raça de chacais que é a dos financeiros especuladores e dos homens de negócios opulentos, que retiram grande proveito da situação, com a cumplicidade duma parte da classe política ao seu serviço que a ovaciona e vive para ela.
Esta é a imagem que, infelizmente para a Democracia, aparece com mais evidência no mundo de hoje.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarEsses encontram-se espalhados pelos várioos generos.
Em especial pelos que não são politicos
Caro Freitas Pereira:
ResponderEliminarComo imaginará estou de acordo com a sua análise.
O que acho é que o continuo desprestigiar da classe politica abre o espaço perigoso á incubação de tentações totalitárias.
E de salvadores das Pátrias.
E a Europa já experimentou disso que chegasse.
Isso diz o Cirilo porque não conhece as 'conecções' com o PS, da bicharada que por aqui(LX) pulula ... Os chefes claro, que os boys só pensam em sacar: vamos ver quantos desempregados das últimas eleições, inscritos no PSD, vão ser empregados na CML pelo Costa -a pedido da Paulinha...
ResponderEliminarCaro Cirilo
ResponderEliminarO SISTEMA que descrevo ,sucintamente , é já tirânico, embora seja ele que qualificamos de liberal, o que leva a noção de liberdade a uma percepção subjectiva, a utilidade do qual não é necessário demonstrar.
Se a maioria de entre nos não tem acesso aos debates desta oligarquia de “business men” estruturados em grandes grupos monopolistas, dos quais Davos é a vitrina oficial, o que é que nos resta?
Resta-nos o que ouvimos e lemos no quotidiano, a Mediocridade.
Mediocridade que se estende aos debates políticos, salvo raras excepções, aquando das consultas eleitorais.
Mas tem razão, Caro Amigo, o risco é grande de ver os “Salvadores das Pátrias” acorrer para nos “libertar” do jugo dos “maus políticos” !
Só que, creio eu, o problema mudou de dimensão : Já não é ao nível das “Pátrias” que o perigo existe, mas ao nível planetário. Porque muitos são já aqueles que chamam a altos gritos “ o governo mundial”.
Só que este, longe de ser uma solução, não seria mais que uma tirania mundial que reforçaria mais ainda a dominação sistémica, sem trazer soluções.
E isto porque o CAPITAL, base do SISTEMA, é ele mesmo planetário.
Caro Anónimo:
ResponderEliminarRealmente não conheço.
Mas não me admirarei se esses favores forem feitos.
Mais não serão do que a retribuição das "gentilezas"que essa senhora teve para com a candidatura de António Costa.
Caro Freitas Pereira:
A União Europeia mais o G8 jã são um esboço desse governo mundial.
è apenas uma questão de tempo até transformarem em oficial algo que é ainda oficioso.
Mas não nos queixemos: foi isso que os governantes quiseram e os povos deixaram.
Agora que a factura vai ser pesada lá isso vai...