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quarta-feira, janeiro 21, 2009

Nação Feliz

Ontem foi, por razões várias, um dia absolutamente histórico para os Estados Unidos.
E,quiçá, para o mundo.
A tomada de posse do 44º Presidente dos EUA, Barack Hussein Obama, foi um acontecimento que mereceu mediatismo a nivel planetário naquele que foi o acontecimento politico mais televisionado da História.
As razões são conhecidas e dispenso-me de estar aqui a enumerá-las.
Do que vi da cerimónia, e não vi tudo longe disso, apreciei a forma como os americanos sabem fazer as coisas.
Aquela mistura tão deles entre grandiosidade, formalismo, simplicidade e cariz popular.
Houve contudo uma coisa que me impressionou particularmente:
Nas imagens televisivas, nas entrevistas de rua, nos cidadãos anónimos e nas personalidades conhecidas.
Nos brancos, nos negros, nos asiáticos.
Nos jovens e nos velhos.
Vi gente feliz.
Gente com esperança, optimista, com pensamento positivo quanto ao futuro.
E esse é um belo exemplo que os EUA ontem deram ao mundo.
Talvez o efeito mais global da eleição de Obama.
Transmitir a convicção de que "isto" vai melhorar.
Só por isso já valeu a pena.
Depois Falamos

4 comentários:

  1. Parabéns pelo magnífico comentário!

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  2. À parte a organização, a cerimónia e tudo o que envolveu a tomada de posse e que faz da democracia dos USA a que mais respeito do mundo e que me faz, apesar de todos os defeitos, admirar tanto o país devo dizer o seguinte:

    Não estou nem mais nem menos optimista quanto ao futuro da política mundial, agora que Obama tomou posse. Gosto de Obama, não escondo, mesmo que tivesse preferido a eleição de Hilary no partido, por razões que já justifiquei, mas ontem ouvi o discurso de Obama e fiquei surpreendido... pela negativa.

    Foi daqueles discursos que soam bem, que são feitos para grandes plateias, para gerar esperança, sorrisos, aplausos... mas um discurso pobre de conteúdo. Sem novidades, sem perspectivas. Estava à espera de mais confesso, ainda para mais sendo o seu primeiro discurso enquanto presidente dos USA. As referências infinitas a Deus não chegam, é preciso muito mais.

    Não estou com isto a dizer que não ache Obama capaz, muito pelo contrário. Mas estou a dizer que tenho muitas dúvidas que ele possa estar ao nível das elevadíssimas expectativas que o mundo o colocou. Obama não será um salvador e saberá muito bem que tem um peso enorme nos ombros. Espero, sinceramente, que seja bem sucedido, mas vamos baixar um pouco as expectativas.

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  3. Tal como disse aqui

    Não tenho escrito nada, pelo menos aqui, sobre as eleições nos EUA e sobre o seu novo presidente. Mas agora que ele tomou posse e vai começar a trabalhar, apraz-me dizer algo.

    Por mais que muita gente pense Obama não vai, com um passe de mágica, acabar com a guerra no Iraque, resolver o conflito israelo-palestiniano, fechar guantanamo ou tirar os EUA da crise financeira. Obama não é nenhum super-homem.

    Como diz muito bem, o José Gomes André no blogue Delito de Opinião "Há muita gente que ainda não percebeu o que quer dizer Obama com 'esperança'. Não se trata de aguardar por soluções messiânicas, mas sim de apelar ao engenho e ao espírito de luta americanos – que nos momentos mais difíceis ergueram uma e outra vez os Estados Unidos."

    Ora isto serve também para nós, portugueses e europeus. Não estejamos á espera de messias ou de políticos mágicos para nos tirar desta crise profunda. Vamos também pegar na nossa força de vontade e na nossa capacidade de improvisar, para saírmos desta situação.

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  4. Caro Anónimo:
    Obrigado pelas suas palavras.
    Caro Vimaranes:
    Importa são os actos.
    Palavras é uma questão de circunstância,de inspiração, de contexto.
    Agora estou de acordo consigo quanto ás expectativas;parecem-me demasiado altas.
    Caro Luis:
    É isso.
    Não vamos esperar que Obama resolva os nossos problemas.
    Vamos é tratar nós deles.

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