Gravador

Houve um tempo penoso da democracia portuguesa em que a desconfiança entre o então PR e o então PM era tanta que cada um deles passou a levar para as reuniões semanais um gravador para que ficasse registos das suas conversas. 

Foram protagonistas desse desagradável facto António Ramalho Eanes e Francisco Pinto Balsemão. Esperemos que o episódio de ontem não obrigue a que em futuras reuniões entre o primeiro ministro e os líderes da oposição seja preciso voltar ao tempo dos gravadores. 

Porque uma democracia adulta exige protagonistas à altura e que poupem o país a cenas tão desagradáveis como essas dos anos 80. 

O que se passou nas conversas entre Luís Montenegro e André Ventura só eles saberão na sua plenitude. Por mim acredito na versão de Luís Montenegro.

Depois Falamos.