Desconfio que não serei o único português que está absolutamente farto de ouvir falar no Orçamento de Estado para 2025.
No que é, no que devia ser , no que realmente será.
Nas danças entre um governo sem maioria mas que terá afunilado em demasia a aposta quanto ao parceiro viabilizador, o maior partido da oposição dividido entre assumir uma atitude construtiva e com sentido de estado ou seguir a demagogia "bota abaixo" do esquerdismo radical que cada vez mais parece querer tomá-lo de assalto e o terceiro maior partido cuja conduta ziguezageante traduzida em várias posições em torno de viabilizar ou não o OE lhe retirou credibilidade.
Os outros partidos por mais que se esganicem as manas e o rapazinho todo pipi do BE, se assista ao confrangedor espectáculo do PCP continuar a querer falar em nome de um povo que não quer saber dele para nada, se confirme que a IL anda à procura do ponto de equilibrio entre a responsabilidade e a irresponsabilidade, que o Livre vive na Lua e o PAN serve para gastar o dinheiro mais mal gasto de todo o OE a verdade é que todos eles juntos não contam para nada em termos de aprovação ou chumbo do OE.
É um assunto a resolver entre AD, PS e Chega.
E nesse contexto, em que por vezes parece que Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos são os únicos adultos (e isto inclui dirigentes do PSD e do PS) na sala enquanto André Ventura está mais para as traquinices, o que se espera é que de uma vez por todas o interesse do país se sobreponha a tácticas partidárias que sendo legítimas já foram longe de mais.
O que equivale a dizer que a solução menos má, neste contexto e face ao que até agora se tem passado, é o OE ser viabilizado pelo PS e o Chega cumprir a sua anunciada decisão irrevogável de votar contra o OE.
Sem prejuízo de considerar, mas é apenas a minha opinião, que o governo apostou demasiado num entendimento com o PS, fechando a porta ao Chega como foi público e notório, e assim se colocando numa dependência perigosa em relação a um PS agitado por convulsões internas bem perceptiveis entre os que querem uma solução responsável e os que adormecem e acordam a pensar em novas geringonças como é o caso evidente da sua esbaforida líder parlamentar e putativa candidata ao lugar de Pedro Nuno Santos se as coisas a este correrem mal.
Aguardemos no que tudo isto vai dar porque até à votação do OE ainda falta algum tempo mas o que se dispensa, pela certa, são mais episódios diários de uma novela sem qualidade nem interesse.
Caso para perguntar aos principais actores se não acham que já chega?
Depois Falamos
Sem comentários:
Enviar um comentário