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terça-feira, outubro 22, 2024

Camisolas

De facto a evolução do marketing, e do merchandising a ele associado, tem conhecido nas últimas décadas um desenvolvimento extraordinário que remete quase para a pré história o tempo em que os clubes não tinham lojas nem vendiam os seus produtos e em que os equipamentos alternativos eram usados exclusivamente naqueles jogos em que se confundiam os das duas equipas.
No caso do Vitória, por exemplo, apenas se jogava com o alternativo quando o visitante era o Farense porque nesses tempos era a equipa da casa que mudava de equipamento e de resto a camisola branca era sempre a utilizada.
Mas os tempos evoluiram.
E apareceram os terceiros equipamentos, muito por força de imposições da UEFA quanto às competições europeias, que rapidamente evoluiram no sentido de serem um forte chamariz para a compra dado serem normalmente bastante diferentes no desenho e nas cores daqueles que tradicionalmente eram usados pelos clubes.
E a seguir, mas apenas em alguns clubes, por força de estratégias comerciais e nada mais apareceram os quartos equipamentos muitas das vezes aludindo a causas especiais ou a momentos especificos da vida dos clubes como os centenários por exemplo.
Confesso é que nunca tinha visto, mesmo em clubes de dimensão mundial como o Real Madrid, Barcelona, Manchester United, Liverpool. Milan, Inter, etc,etc, com um universo de adeptos/compradores muito superior ao de qualquer clube nacional um facto como o protagonizado esta época pelo Sporting.
Sete equipamentos diferentes. Sete!
O tradicional, o de camisola branca, o de camisola preta, o de camisola verde, o cor de rosa , o da linha CR7 e agora o habitual Stromp.
Sete!
Mesmo considerando que o cor de rosa foi feito, e muito bem, para assinalar e incentivar a luta contra o cancro (como aliás aconteceu também com outros clubes) e provavelmente não voltará a ser utilizado ainda assim sobram seis.
Coitados dos roupeiros (parece que agora se chamam técnicos de equipamentos) com tanto equipamento para tratar.
São estratégias comerciais respeitáveis mas ainda assim numa visão tradicionalista, admito-o, considero que tanto equipamento, tanta camisola diferente, ajuda a diluir a imagem do clube em vez de a vincar em torno do seu equipamento tradicional que ao longo de muitas décadas foi o que permitiu uma identificação imediata entre clube e as suas equipas.
Até porque em bom rigor, mesmo considerando as exigências da UEFA em termos de equipamentos para a Liga dos Campeões, parece-me que três equipamentos mais o tradicional Stromp chegavam perfeitamente para fazer frente a todas as situações.
Mas é apenas a minha opinião.
Depois Falamos

Nota: A Nike nos últimos anos vai de desilusão em desilusão parecendo apostada em "assassinar" os equipamentos tradicionai dos clubes. No Barcelona, por exemplo, cometeu autênticas barbaridades transformando as listas verticais de sempre em listas horizontais e depois em quadrados tipo Boavista.
Agora no Sporting cria sete equipamentos, alguns até bem engraçados, mas a camisola tradicional é absolutamente feia  e um atentado à tradição das camisolas do Sporting.

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