Em 31 de Maio último escrevi um texto em que fazia uma primeira análise ao que pode ser o plantel do VItória para a temporada 2022/2023.
Faltava então (e continua a faltar) muito tempo para o fecho do mercado, com todas as possibilidade de alterações que sempre trás, pelo que o texto era mais um ponto de situação do que outra coisa qualquer.
Hoje, dia do primeiro jogo oficial da nova temporada, já é possível ter uma ideia muito mais precisa do que será o plantel embora continue a faltar muito e angustioso tempo para se saber com que jogadores poderemos de facto contar até Janeiro de 2023.
E assim sendo que nos diz este plantel?
Na baliza estamos muito bem com Bruno Varela, Trmal e Celton Biai mais Antal Bencze a rodar na B. É um sector em que não tememos comparações com outros candidatos a lugares europeus.
Na lateral direita também há boas expectativas. Maga vai continuar a evoluir e Bruno Gaspar retornado à boa condição física dá todas as garantias.
No centro da defesa creio termos melhorado em termos de qualidade. Mumin e Jorge Fernandes (a jogar novamente bem até á lesão) garantem experiência, André Amaro vai lutar por um lugar e Villanueva é um verdadeiro reforço que vai contribuir para a eficácia defensiva de forma clara.
Na lateral esquerda a ver vamos. Helder Sá pode agarrar o lugar, Ogawa é uma incógnita mas com boas expectativas e Afonso Freitas fará pela vida mas terá poucas hipóteses no imediato.
No meio campo há posições bem preenchidas e uma carente.
Para jogarem à frente da defesa, no que se convencionou chamar posição 6, estamos bem.
Handel e Bamba são duas pérolas das quais muito se espera, Alfa Semedo (se ficar o que não parece provável) é uma boa alternativa e ainda pode jogar a central caso necessário e Indio é um jogador a ver porque a transição do Trofense para o Vitória não é fácil.
Para a posição 8 há um bom naipe de soluções.
André Almeida é a estrela da companhia, mas Tiago Silva, Janvier e Dani Silva (grande época na B) garantem a Moreno uma variedade de soluções muito interessante.
Mas há uma posição que do meu ponto de vista está carente. O plantel não tem um verdadeiro número 10. Aquele jogador que faz o último passe, coordena os movimentos ofensivos e faz golos.
Os mais antigos lembrar-se-ão de Ademir Alcântara e os mais jovens de João Carlos Teixeira.
No ataque há um misto de sensações.
André Silva foi uma grande contratação, Anderson pode ser uma alternativa ou um complemento muito interessante e Herculano continuará a evoluir entre a A e a B quero crer.
Pelo que na posição de ponta de lança não creio que haja problemas.
Nos extremos vamos a ver.
Ficaram Rúben Lameiras e Nélson da Luz e chegou Jota Silva.
Do primeiro espera-se mais regularidade, do segundo que faça deste ano o seu ano de "explosão" e sobre o terceiro há muita expectativa aguçada pela boa pré temporada.
Mas falta um extremo que jogue pelo flanco e caia para o meio para fazer golos.
Os mais antigos lembrar-se-ão de Roldão e os mais jovens de Davidson.
Em suma a 21 de Julho creio que temos um bom plantel que se visse preenchidas as lacunas referidas (o "10" e o extremo) poderia transformar-se num caso muito sério na luta pelos lugares europeus e na participação na própria Liga da Conferência.
O problema é que 31 de Agoto vem muito longe e pelo que se vai lendo e ouvindo é mais provável que saia gente que faz falta do que entre gente que complemente o que já há.
Mas não vale a pena sofrer por antecipação.
É com estes que hoje vamos a jogo e é com eles que temos de passar à próxima eliminatória.
Depois Falamos.
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