Este Sporting-Vitória disputado em Alvalade foi um jogo que se decidiu nos detalhes, tal o equilíbrio verificado em termos estatistícos, a favor do Sporting com a justiça de ter sido a equipa que mais mereceu vencer.
Cada equipa fez 12 remates, a posse de bola foi de 51% x 49% a favor do SCP, remates enquadrados foram 4x2, o SCP fez 436 passes e o VSC 432, o SCP acertou 358 passes e o VSC 360, fizeram 13 faltas contra 10 do Vitória, enfim todo um equilíbrio que com o detalhe, decisivo, de o Sporting ter feito um golo e o Vitória nenhum.
E, em bom rigor, para lá desse golo as melhores oportunidades foram do Sporting pelo que o resultado não sofre contestação.
Pepa promoveu algumas alteraçóes no "onze" face ao que começou o jogo com o Benfica e se as entradas de Handel e Rochinha se justificaram pelo labor de ambos já as de Bruno Duarte e João Ferreira não tiveram nenhum efeito positivo na equipa face à forma discreta como se exibiram.
Na primeira meia hora o jogo foi repartido com oportunidades em ambas as balizas mas depois do golo de Coates num lance estudado e já visto noutras ocasiões, com o inevitável Coates a aparecer a cabecear como e para onde lhe apeteceu, o Sporting assenhoreou-se do jogo e podia ter aumentaod o marcador não fora a segurança de Bruno Varela e os fora d ejogo bem assinalados aos seus avançados.
No regresso do intervalo o SCP desperdiçou de imediato uma soberana oportunidade mas manteve o domínio perante um Vitória que parecia algo atordoado cada vez que o adversário surgia em lances de contra ataque e em boa verdade nesse período esteve o Sporting mais perto do segundo que o Vitória do empate.
A situação só começou a mudar aos 60 minutos aquando das entradas de Estupinan e especialmente de André Almeida que deu ao meio campo vitoriano a velocidade, a pressão ofensiva e a meia distância que até então não tinha conseguido e começou a empurrar o adversário para trás mas sem criar grandes oportunidades.
Janvier também ajudou mas o Vitória não conseguiu nunca criar lances de finalização para Estupinan, até porque Quaresma não estava em dia daqueles cruzamentos que são a sua imagem de marca, e a jogada de maior perigo acabou por ser um remate de André Almeida a rasar a barra.
Em suma um bom jogo do Vitória, pese embora alguma tremideira no centro da defesa, e um resultado justo face ao que se viu ao longo dos noventa minutos.
Destaques individuais para Bruno Varela sempre muito seguro e a negar duas ou três oportunidades de golo, para Tomás Handel que fez um jogo de muito boa qualidade dando equilíbrio e geometria ao jogo da equipa e fazendo o melhor remate do Vitória em todo o jogo e para André Almeida cuja entrada permitiu ao Vitória assenhorear-se do controlo do jogo.
O árbitro Rui Costa fez um bom trabalho mas tem de ter mais atenção à cronometragem.
Na primeira parte com um golo e duas consultas ao VAR em lances de golos anulados deu apenas um minutos de descontos o que é manifestamente pouco. Na segunda com dez substituições e várias paragens do jogo deu quatro minutos o que é claramente abaixo do que seria adequado.
Num tempo em que para algumas equipas os jogos parecem apenas acabar quando marcam o golo necessário há que ter mais atenção a estas questões.
Depois Falamos.
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